terça-feira, maio 30, 2006

DN Online

Contigente da GNR deve partir depois de amanhã Armando Rafael Portugal antecipou para depois de amanhã a partida dos 120 militares da GNR para Timor-Leste.

A revelação foi ontem feita pelo ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, numa altura em que a Austrália colocou em Díli cerca de 70 elementos da sua polícia federal, havendo indicações de que esse número poderá chegar muito rapidamente aos 190 homens.

Uma decisão que não estava contemplada nos diversos acordos bilaterais que têm sido estabelecidos pelas autoridades de Díli com Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia, sob supervisão da ONU, e que é susceptível de poder criar novas fricções entre Lisboa e Camberra.

Quanto mais não seja porque o envio destes polícias australianos não foi articulado com Portugal, correndo-se, assim, o risco de uma sobreposição de duas forças de segurança distintas na mesma cidade.

Quando, à partida, era suposto só existir a GNR, razão pela qual o grosso das tropas enviadas pela Austrália seria concentrado nas montanhas em torno de Ermera e de Aileu, fazendo frente aos eventuais revoltosos timorenses.

Designadamente aos militares que se afastaram ou que foram afastados das forças armadas (F-FDTL) ou até da polícia (PNTL).O que não parece estar a ocorrer, tendo os militares da Nova Zelândia sido já desviados para Aileu, substituindo os australianos [ver gráfico].

Uma situação idêntica à que levou Lisboa a intervir, no domingo, junto do secretário-geral da ONU para que fosse assegurada a devida protecção das forças australianas ao presidente do Parlamento timorense, Francisco Guterres (Lu-Olo) e ao primeiro-ministro, Mari Alkatari.

O que até, então, não estava a suceder, apesar das promessas da Camberra.Coincidência ou não, o facto é que Portugal decidiu enviar de uma vez só o seu contigente para Timor-Leste, invocando o estado de prontidão da companhia da GNR.

Pelo que a sua partida só está agora dependente do transporte, tendo o DN apurado que o Governo tenciona fretar um avião de carga para este efeito.

À semelhança do que sucedeu com a operação da GNR no Iraque.

De acordo com as informações obtidas pela Lusa em Díli, a GNR, que já dispõe de três elementos no terreno desde domingo, está a preparar-se para instalar o seu comando em PortBatt, no bairro de Caicoli, recuperando um edifício que já acolheu os capacetes-azuis portugueses no período que antecedeu a independência, em 2002.

Ao lado da GNR estarão 16 elementos dos Grupos de Operações Especiais (GOE) da PSP, dois dos quais passaram a assegurar a protecção do representante da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Ao lado da GNR estarão 16 elementos dos Grupos de Operações Especiais (GOE) da PSP, dois dos quais passaram a assegurar a protecção do representante da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa."
E então quem protege os restantes elementos da ONU ????? Quem protege os restantes elementos da ONU???? A segurança a haver não seria para TODOS??? O que é que o Sukehiro Haseqawa tem a mais que os restantes elementos da ONU, ou será que há colaboradores de 1ª, 2ª e 3ª????????
No mínimo esquisito....

Anónimo disse...

Coitado, o homem está tão assustado. Porque será?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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