quinta-feira, junho 22, 2006

Dos leitores

Nao foi o unico a lutar 24 anos. Foi um grande estratega sim, todos reconhecemos mas nao estava a lutar sozinho. E isso de lutar 24 anos nao lhe da o direito de por o pais a venda...

7 comentários:

Anónimo disse...

O presidente esta a ser teleguiado pela dama e por todos aqueles que rodeiam nunca fizeram nada de bom

Anónimo disse...

Pois não estava a lutar sozinho, agora também não deve estar, de outro modo não estaria a fazer o que está a fazer! Mas está tudo doido?
Xanana Gusmão o povo está consigo, dessa é que ninguém o tira. Ao menos podiam era aproveitar a boleia e vere se páram em definitivo com as agressões e passam à fase necessária de estabilização.
Vejam lá o que é que fazem que o homem bate-vos a porta e aí é que talvez depois tenham vocês razão, mas só depois, com a evidente necessidade de entrada e permanência de forças exteriores para defenderem um povo que além de massacrado pelos colonizadores e invasores, teria agora de se subjugar a uma incapacidade total de um Governo que não resolve as crises. É que se assim não for estão à espera de quê? Os deslocados ainda continuam nos mesmos sítios? É vergonhoso, não se vê no que deu?

Anónimo disse...

"O problema que Timor-Leste está a passar é que se tornou uma república arquista, sem passar por uma interligação dos seus dirigentes para com os problemas e necessidades do seu povo.
Como o principal problema desse país é a extrema miséria em que o povo vive, onde a maioria da população ganha menos de 1 dólar por dia, o que os dirigentes nacionalistas deste ou qualquer país teriam de fazer de imediato era tentar aumentar essa quantia para pelo menos 5 dólares por dia.
Como?
A questão é tirar a quem tem para distribuir a quem não tem.
Como neste caso quem tem é o Estado, porque a iniciativa privada é pouco importante neste momento para a economia de Timor-Leste, e o Estado é detentor de quase toda a riqueza, basta à classe política ganhar menos para a distribuição de renda se tornar mais equilibrada.
Outro factor importante e de um despesismo imenso, são os cooperantes, a minha opinião é que se outros países querem ajudar Timor-Leste cooperando, no caso de Portugal, dando cursos para professores Timorenses de Português, terão de ser esses países que querem cooperar, que terão de pagar aos seus cooperantes, Timor-Leste, como país subdesenvolvido, apenas terá de pagar com o agrado e o respeito dos Timorenses e nada mais, noutra fase de desenvolvimento do País, voltar-se-á a ponderar no assunto e pedir dividendos, porque todos sabemos que não há almoços grátis.
Outro pormenor, quanto ganhará um deputado em Timor?
E Xanana Gusmão?
Será que Timor tem necessidade da existência de um parlamento como aqui é regra na Europa?
Não pode o povo eleger delegados que o representem, sem necessidade de eleições?
Porque tem este modelo de "Democracia" ocidental ser exportado para países que estão a começar uma nova experiência existencial autónoma.
A passagem de duas colonizações (a Portuguesa e a Indonésia) deveria ter despertado nos dirigentes de Timor-Leste um sentido de Pátria e uma compreensão das diferenças culturais dos seus cidadãos.
Primeiro de tudo ter-se-ia de salvaguardar e conseguir a unificação de um estado multicultural e isso não passa por arquismos, mas sim por múltiplos anarquismos, locais (em cada região) e depois nacionais.
O que proponho é reuniões de cidadãos (tribos, neste caso) que debatam abertamente os problemas que são realmente importantes para eles.
O Estado, porque existe, deveria ser o regulador e organizador de todas essas reuniões, até os cidadãos Timorenses se organizarem e criarem a sua própria ideia de Estado, ou de Nação, arquista ou anarquista conforme se viesse a propor.
Quando os cidadãos timorenses tiverem o poder de decidir o que realmente desejam então poder-se-iam organizar em Estado como melhor o acharem.
Até lá a função do Estado seria a de distribuir os apoios internacionais o mais igualitariamente possível. Quando numa sociedade em construção o estado adquire demasiados poderes torna-se uma ditadura como em Cuba em que Fidel Castro, reina num país em que povo está na miséria, mas ele é detentor das maiores fortunas do mundo (segundo a revista Forbes).
O estado só é necessário quando faz alguma coisa pelos seus cidadãos, quando deixa de fazer e apenas faz enriquecer alguns à sua custa, o estado deixa de fazer sentido e isto é válido em qualquer parte do mundo.
Penso, por fim, que a Língua Portuguesa poderá e deverá ter um papel unificador em Timor-Leste, muito maior do que qualquer força da GNR.
Se estes requisitos não forem preenchidos o que acontecerá é Timor tornar-se um estado mais da Austrália e criar com isso mais um foco de conflito na região, com a Indonésia, especialmente por causa do petróleo."

Manuel Pedro

Anónimo disse...

deixem-me lá dizer que o país não vivia nenhum drama antes deste problema, estava a construir a demcoracia e a dar passos fortes no sentido do desenvolvimento.

Tudo isto é uma brincadeira do Xanana e do Ramos Horta. Duvidam? não duvidem!

Anónimo disse...

Não se vivia drama nenhum? Não desta natureza mas vivia-se um drama não menos sério e anti-democrático.

Vivia se uma “quase” crise institucional onde a separação de poderes era um abstracto.

Via se um Luolo a ser entrevistado na qualidade de Presidente do Parlamento a defender críticas directas ao governo; via-se um PM a ordenar a desobediência dos departamentos às decisoes dos tribunais porque dizia que os juizes nãovaliam nada e deviam voltar para a escola; via-se o chefe da bancada parlamentar da Fretilin a argumentar que não era grande pecado que a fretilin usasse bens e activos do estado para mobilizar e acomodar os militantes da fretilin participantes da contra-demonstração à igreja.
Via-se também os familiares e amigos dos governantes a ganhar “justamente” o monopólio dos contractos do governo; via-se os administradores de distrito (nomeados pelo governo) a fazerem “desaparecer” dezenas de milhares de dólares de cada vez até ao ponto de se tornar tão vergonhoso que tinham que ser despedidos; via-se pessoas a terem melhor chance de recrutamento para a administração pública por serem da fretilin; via-se os jornais a serem perseguidos com despejo por serem críticos do governo; via-se um líder da oposição a ser perseguido pelo PM por difamação num processo de lei quando a difamação ainda nãoera crime; via-se um partido da oposição (undertim) a ser atacada ao icar a sua bandeira e o PM a justicar o assalto criminoso dizendo que a Undertim devia ser mais cuidadosa a conduzir as suas actividades; via-se um PM e “os duros” da fretilin a extrair o medo do povo já demasiado traumatizado pela guerra, a dizer que se a fretilin perder vai haver sangue; via-se 30 funcionários públicos a serem imediatamente suspensos por participarem num comício da PD ainda que não fosse dia de trabalho; etc,etc,etc

Factos sintomáticos de um governo apostado numa governação de TENDÊNCIAS para a ditadura.

E nãohavia crise? A verdade e que foram essas coisas e outras mais que levaram o povo ao descontentamento fazendo PM e os líderes da Fretilin perceber que, se tinham ganho com 56% dos votos na ultima eleição, a queda da popularidade do governo significaria um resultado bastante diferente nas próxinas eleições porque o povo pouco importa com o petróleo e as brilhantes politicas a não ser que se traduzam na melhoria das suas vidas, o que não viram acontecer.
Para anticipar essa perda de “fé” no governo foi preciso tomar providencias para garantir uma outra vitória nas legislativas. E poque não podiam fazer em menos de 1 ano o que não conseguiram em 4 a intimidação pela força de grupos civis armados tornou-se numa opção demasiada aliciante e oportuna.

Não havia crise? Quem disse isso devia estar a viver MUITO BEM E COMFORTAVELMENTE aleio as dificuldades do povo.

Anónimo disse...

O KRXG nao so lutou mas COMANDOU toda uma luta! Um soldado jamais se podera equiparar a um Comandante Supremo

Anónimo disse...

Anónimo das 5:06 PM: diz bem, o Xanana comandou, isto é tempos houve em que o Xanana era o primeiro entre os seus pares. Mas a partir de determinada altura pôs-se fora desse colectivo que comandou. E o Alkatiri não, manteve-se no seio dos seus pares, membro do seu partido, a Fretilin, o grande partido com raízes profundas no todo nacional de Timor-Leste.

E finalmente não se esqueça que no dia das eleições o seu voto vale rigorosamente o mesmo que o voto do Xanana ou o voto do Alkatiri, todos valem só um voto.

Mas politicamente o voto de Alkatiri vai juntar-se ao voto do seu partido e é por juntarem tantos votos que sendo só um o voto do Alkatiri vai contar mais.

Pois como dizia o grande poeta chileno Pablo Neruda, no poema dedicado ao seu partido: "Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo."

É essa a grande força do Alkatiri, ser um homem de partido, do grande partido que é a Fretilin.

E deixo-lhe o poema de Pablo Neruda:

“Ao meu Partido”
Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.
Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.
Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.
Deste-me a liberdade que o solitário não tem.
Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.
Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.
Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.
Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.
Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.
Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.
Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.
Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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