quarta-feira, junho 07, 2006

Explicações exigem-se, senhor Hasegawa.

ABC
mounts on Alkatiri to stand down

The World Today - Wednesday, 7 June , 2006 12:30:00
Reporter: Peter Cave

ELEANOR HALL: The UN's special Envoy to East Timor will leave Dili for New York in the coming hours, carrying a recommendation for the Security Council to approve a UN mandated police force for the country.

It caps a critical week for the UN in East Timor, where its senior diplomat in the country, Special Representative Sukehiro Hasegawa, has visited rebels to try to defuse the crisis.

He's told the ABC's Foreign Editor Peter Cave that the rebels won't come down from their hideouts unless Prime Minister Mari Alkatiri stands down.

And remarkably, Mr Hasegawa has also suggested the UN may be involved in a process for that to happen.

PETER CAVE: Mr Hasegawa, you have been with Mr Ramos Horta to see some of the soldiers who are still in the hills. What is the likelihood that they'll soon come in and surrender their weapons?

SUKEHIRO HASEGAWA: Yes, I went to Gleno and Maubisse with the Foreign Minister Ramos Horta and I met Major Tarak Palasinyar (phonetic) in Gleno and also Alfredo Reinado in Maubisse.

They are very firm in maintaining their demand that the Prime Minister resign before they can enter into any negotiations for reconciliation. In other words, they are demanding that the Government be dissolved before they can start the reconciliation process that the President has been proposing.

PETER CAVE: Can that happen?

SUKEHIRO HASEGAWA: I think in the long run this is possible, but I think the due course of fact finding, investigations and process of justice have to be carried out before that happens.

PETER CAVE: You think the Government can be dissolved?

SUKEHIRO HASEGAWA: The Government is here, as the Prime Minister insists, based on Constitutional framework and that he insists that the Government has been formed through the electoral process that took place four years ago. Therefore, they are equally firm in insisting they have a legitimate right to remain in power.

PETER CAVE: So how do you think this could be resolved, sir?

SUKEHIRO HASEGAWA: I think we have one joining point here. The Prime Minister, he spoke to me. He's agreeable to the investigations to be carried out over what happened in April and May. He's very transparent. He insists that the truth should be known, what happened.
And he's agreeable to the investigations to be carried out with the participation of the international investigators and the prosecutors.

PETER CAVE: And that process could lead to his impeachment, could it?

SUKEHIRO HASEGAWA: I think it depends on the findings of the investigation. I think we should not presume anything that may happen. I think justice should prevail, but more importantly, truth should be established.

ELEANOR HALL: That's the UN Special Representative to East Timor, Sukehiro Hasegawa talking to Foreign Editor Peter Cave. And Peter Cave joins us now in Dili.

And Peter, you've only just spoken to Mr Hasegawa. This is a major political development. What does it mean for Prime Minister Alkatiri's future?

PETER CAVE: Well, it means, basically, that he's going to have to face an investigation into these claims that are being made by the soldiers in the hills that he was behind the killings of several soldiers at a demonstration a month ago and also the massacre of 12 unarmed police under UN escort last month.

These are the claims being made by the soldiers in the hills. They say that the Prime Minister is directly responsible and as Mr Hasegawa said, the Prime Minister, Mr Alkatiri has agreed to a… an investigation by international investigators and international prosecutors.

ELEANOR HALL: And did Mr Hasegawa give you any indication of how Mr Alkatiri responded?

PETER CAVE: He said that he was very open, that he had agreed to this process taking place.

ELEANOR HALL: And presumably, Mr Hasegawa's also consulted the President?

PETER CAVE: Mr Hasegawa has had several meetings with the President in the last two days. This, I guess, has come out of talks he had with Mr Alkatiri this morning.

ELEANOR HALL: And have we got any indication yet on the timeframe on this?

PETER CAVE: There was no indication of a timeframe, although the Special Representative of Kofi Annan, Ian Martin, is on his way back to New York at the moment, and Mr Hasegawa told me that he expected that there would be a meeting of the UN Security Council within 24 hours to discuss those recommendations coming back with Mr Martin.

ELEANOR HALL: And, would Mr Alkatiri stand down whilst the investigation is ongoing?

PETER CAVE: I simply don't know. This is breaking news, this has happened… this is the first that this has been announced on our program. It's only come out in the last half hour and so far no one has had a chance to take it in.

ELEANOR HALL: Peter Cave in Dili, thank you.



Senhor Hasegawa, explique-se. Ou será que o senhor Peter Cave não mente?

18 comentários:

Anónimo disse...

Ah grande Dentinho! Fresquinho na RTP (vai dar agora no Jornal das 13 na RTP1), o Dentinho a reportar do «quartel-general» do Reinado (mas quantos homens é que estarão mesmo com ele) e a dizer que estão lá soldados australianos, que não querem ser filmados (mas foram) e o Dentinho a perguntar-se que resta saber se eles estão lá para o «guardar» ou controlar... Estas coisas têm que se saber e o Howard, e o seu Governo eleito democraticamente, e respeitador da lei internacional, têm que ser confrontado com isto! Mas afinal quem manda em Timor? Os australianos estão a actuar de acordo com que instruções?

Anónimo disse...

ABC
Sobem a pressão para Alkatiri sair

The World Today - Wednesday, 7 June , 2006 12:30:00
Reporter: Peter Cave

ELEANOR HALL: O enviado especial da ONU para Timor-Leste deixará Dili para New York nas próximas horas, levando uma recomendação para o Conselho de Segurança aprovar um mandato para uma força policial para o país.

Coroa assim uma semana crítica para a ONU em Timor-Leste, em que o seu mais categorizado diplomata no país, o Representante Especial Sukehiro Hasegawa, visitou os rebeldes e tentou acabar com a crise.

Ele relatou ao Editor Internacional da ABC Peter Cave que os rebeldes não saem dos seus esconderijos a não ser que o Primeiro-Ministro Mari Alkatiri saia.

E extraordináriamente, Mr Hasegawa também sugeriu que a ONU poderá envolver-se no processo para isso acontecer.

PETER CAVE: Mr Hasegawa, esteve com Mr Ramos Horta a visitor alguns dos soldados que estão ainda nas montanhas. Quais são as probabilidades que eles regressem e entreguem as suas armas?

SUKEHIRO HASEGAWA: Sim, fui a Gleno e a Maubisse com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Ramos Horta e encontrei-me com o Major Tarak Palasinyar (ponetico) em Gleno e também com Alfredo Reinado em Maubisse.

Eles estão muito firmes em manter a sua reivindicação de que o Primeiro Ministro se demita antes de iniciar qualquer negociação para a reconcialiação. Noutras palavras, eles exigem a dissolução do Governo antes de se começar o processo de reconciliação que o Presidente tem proposto.

PETER CAVE: Pode isso acontecer?

SUKEHIRO HASEGAWA: Penso que a longo prazo isso é possível, mas penso que o curso normal de apuramento dos factos, investigação e o processo da justiça têm que chegar ao fim antes que isso aconteça.

PETER CAVE: Pensa que o Governo pode ser dissolvido?

SUKEHIRO HASEGAWA: O Governo existe, como o Primeiro Ministro insiste, baseado na moldura Constitucional e ele insiste que o Governo foi constituído através do processo eleitoral que teve lugar há quatro anos. Portanto, eles são igualmente firmes a insistir que têm um direito legítimo a permanecer no poder.

PETER CAVE: Então como pensa que isto se pode resolver, sir?

SUKEHIRO HASEGAWA: Penso que temos aqui um ponto comum. O Primeiro Ministro, falou comigo. Ele concorda que as investigações sejam sobre o que aconteceu em Abril e Maio. Ele é muito transparente. Ele insiste que a verdade deve ser conhecida, aconteça o que acontecer.
E ele está de acordo em que as investigações sejam conduzidas com a participação de investigadores e persecutores internacionais.

PETER CAVE: E esse processo pode conduzir ao seu impeachment, pode?

SUKEHIRO HASEGAWA: Penso que isso depende do que se apurar na investigação. Penso que não devemos presumir nada que possa acontecer. Penso que a justice deve prevalecer, mas mais importante, que se deve estabelecer a verdade.

ELEANOR HALL: É o Especial Representante da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa a falar com o Editor Internacional Peter Cave. E Peter Cave junta-se a nós em Dili.
E Peter, acabou de falar com Mr Hasegawa. Este é um desenvolvimento político maior. O que é que isso significa para o futuro do Primeiro Ministro Alkatiri?

PETER CAVE: Bem, significa, basicamente, que ele vai ter de ter uma investigação nesses queixas que têm sido feitas por soldados nas montanhas que ele esteve por detrás da morte de vários soldados numa demonstração há um mês e também no massacre de 12 polícias desarmados debaixo da escolta da ONU no mês passado.

Estas são as queixas que são feitas pelos soldados nas montanhas. Eles dizem que o Primeiro Ministro é directamente responsável e como Mr Hasegawa disse, o Primeiro Ministro, Mr Alkatiri concordou com uma…uma investigação por investigadores e persecutores internacionais.

ELEANOR HALL: E Mr Hasegawa deu-lhe alguma indicação de como Mr Alkatiri respondeu?

PETER CAVE: Disse que ele estava muito aberto, que ele concordava que este processo se fizesse.

ELEANOR HALL: E presumivelmente, Mr Hasegawa também consultou o Presidente?

PETER CAVE: Mr Hasegawa teve vários encontros com o President nos últimos dois dias. Isso, adivinho, foi referidos na conversa que ele teve com Mr Alkatiri esta manhã.

ELEANOR HALL: E já tem alguma indicação para o calendário disto?

PETER CAVE: Não houve referência a um calendário, se bem que o Representante Especial de Kofi Annan, Ian Martin, está de regresso a New York neste momento, e Mr Hasegawa disse-me que espera que haja uma reunião do Conselho de Segurança da ONU dentro de 24 horas para discutir essas recomendações que Mr Martin leva.

ELEANOR HALL: E. Mr Alkatiri sairá enquanto decorre a investigação?

PETER CAVE: Simplesmente não sei. Esta é uma notícia de última hora, isto aconteceu … isto é a primeira vez que está a ser anunciado no nosso programa. Só se soube na última meia hora e até agora ninguém ainda teve a oportunidade de a relatar.

ELEANOR HALL: Peter Cave em Dili, obrigada.

PS: O Peter Cave é dos que perde a ideia quando relata. Vejamos:

1 - O que supostamente disse SUKEHIRO HASEGAWA a Peter Cave: “Penso que temos aqui um ponto comum. O Primeiro Ministro, falou comigo. Ele concorda que as investigações sejam sobre o que aconteceu em Abril e Maio. Ele é muito transparente. Ele insiste que a verdade deve ser conhecida, aconteça o que acontecer.
E ele está de acordo em que as investigações sejam conduzidas com a participação de investigadores e persecutores internacionais.”

O que Peter Cave relatou: “o Primeiro Ministro, Mr Alkatiri concordou com uma…uma investigação por investigadores e persecutores internacionais.”

Isto é de uma investigação COM a participação de, passa a uma investigação FEITA por…

Anónimo disse...

Aprontem-se para mudar de USD para AUD's estou a falar de $

Anónimo disse...

Timor-Leste: Força policial com mandato ONU necessária durante 2 anos - Horta

Díli, 07 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Ramos Horta, defendeu hoje a necessidade da presença em Timor-Leste de uma força de polícia internacional, com mandato da ONU, durante um período de dois anos.

Essa força policial deverá estar em Timor-Leste dentro de três meses, a crescentou Ramos Horta, que acumula desde sábado a pasta da Defesa.

O formato e a missão dessa força policial deverão ser definidos na próxima semana, pelo Conselho de Segurança da ONU, disse ainda Ramos Horta, citado pela Associated Press.
Actualmente, encontram-se em Timor-Leste 120 efectivos da GNR, que chegaram sábado, e 106 polícias australianos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, disse hoje em Adelaide, Austrália, que o seu governo quer aumentar, "o mais rapidamente possível", o número de polícias do seu país em Timor-Leste para 200.

A Malásia está a estudar o envio de mais 250 polícias, para juntar aos 225 que já enviou para Timor-Leste, enquanto a Nova Zelândia tenciona enviar entre 30 e 40.

O envolvimento destes quatro países surgiu a pedido das autoridades timorenses, na sequência de confrontos violentos em Díli nas últimas semanas, que se seguiram a uma manifestação patrocinada por ex-militares no final de Abril.

EL.Lusa/Fim

PS: Quer isto dizer que as tropas aussies já não fazem falta e que se vão embora?

Anónimo disse...

CONSIDERANDO O QUE SE PASSA EM ALGUNS PAISES EM SIMILAR SITUACOES
POLITICAS ACHO QUE A DE TIMOR LESTE ATE E BASTANTE "AL DENTE".
SERA QUE ALGUEM SABE DIZER SE A GNR LEVA TAMBEM UMA FABRICA DE GELO?(SE O QUE ME CONTARAM E VERDADE O PESSOAL NO CLIMA QUENTE GOSTA DE PEDRA DE GELO PELO CANAL SUEZ ACIMA)JA AGORA ESTA POLITIQUICE DOS VARIOS QUADRANTES ESTA A ATINGIR A SATURACAO.MALAI AZUL QUE TAL PUBLICARES ENXERTOS DA GAIOLA ABERTA DE JOSE VILHENA?
NAO HA NADA QUE SUBSTITUA UMA BOA RISADA.

Anónimo disse...

Comentários de quarta-feira, 7 de Junho:

“A Unotil já se pronunciou mostrando-se precocupada caso o Código Penal fosse aprovado.
A altura o PM disse que preocupado estava ele por as Nações Unidas violarem um dos seus principios fundamentais ingerindo nas decisões politicas do país.

Claro que ninguém quis saber....
Da UNOTIL silêncio absoluto. O que se compreende já que quem tomou as posições é quem ordena os inquéritos.

E logo de imediato como tiveram que se remeter ao silêncio face às declarações públicas do PM organizaram

"An UNOTIL Policy Review and Coordination Meeting (PRCM) was held on 3 February to discuss the continued and increased need for international support to the national media, which is an important component of a democratic society...
The salient points made in the discussions include, among others, the following:
• The controversial defamation clause in the Penal Code currently under consideration can have severe implications for journalists;"

O Kofi Annan ou talvez o Ian Martin deveriam prestar mais "atenção" à UNOTIL. “
.........
A UNOTIL determinou como não essenciais os funcionários das Nações Unidas, que trabalham no sistema judiciário provocando assim a paralização dos Tribunais.
Agora o Senhor Hasegawa pronuncia-se sobre a queda do PM timorense.
A exigência de explicações por parte do Senhor Hasegawa deveria ser pedida pelo Governo timorense junto do Conselho de Segurança e a dá-las seriam muitas.
Mas não esperem por explicações por parte do Senhor Hasegawa mas podem ter a certeza de que ele se vai “movimentando”..... a dúvida é se é à luz dos principios das Nações Unidas.

Anónimo disse...

O Hasegawa coitado tem que se preocupar com o seu emprego. Acham que ele iria desagradar à Australia, Indonésia e Estados Unidos e preocupar-se com Timor?

Anónimo disse...

13:57:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8059646
Timor-Leste: Detenção de suspeitos violência causa tensão entre Camberra e Díli
António Sampaio, da Agência Lusa Díli, 07 Jun (Lusa) - A detenção de suspeitos pela violência em Díli está a causar tensão entre Camberra e Díli, com a Austrália a defender alterações na legislação de Timor-Leste e o governo timorense a rejeitar categoricamente tal proposta.
A posição do governo australiano foi hoje divulgada pelo respectivo ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, que afirmou que o Parlamento de Timor-Leste tem que mudar a lei para permitir que polícias internacionais detenham suspeitos de violência.
"Enviar mais polícias para Timor-Leste não vai, automaticamente, resolver o problema. Para que o trabalho diário da polícia possa ser feito, terá certa mente que haver uma mudança na lei de Timor-Leste e isso terá que se fazer no Parlamento", afirmou.
Uma ideia que foi hoje liminarmente rejeitada pelo ministra de Estado e da Administração Estatal, Ana Pessoa, que em declarações à Lusa acusou Downer de "não conhecer a lei de Timor-Leste".
"Ele não conhece a lei em Timor-Leste, nem sabe que a lei não se muda assim. Não sei se no país dele é assim que se faz, mas quero acreditar que não", afirmou Ana Pessoa.
Fontes do governo da Austrália explicaram à Lusa que Camberra insiste em assumir o controlo dos "elementos associados ao processamento de detidos" visto que grande parte dos 106 agentes policiais australianos já em Timor-Leste trabalha na área de investigação criminal.
No entanto, o governo e as autoridades judiciais timorenses insistem que a lei em vigor em Timor-Leste já prevê todo o enquadramento para detenção e tratamento de suspeitos, vincando que a opção é a de firmar protocolos "técnicos" com as forças internacionais no terreno.
"Não é cordial chegarem a que país for e dizerem: 'vamos lá agora fazer a investigação criminal à nossa maneira'. Isto não é feito à revelia do governo de Timor-Leste", considerou Ana Pessoa.
"O que se está a procurar fazer é ter protocolos de trabalho com cada uma das polícias, para tornar muito claro em que áreas é que actuam", disse a governante timorense.
"No caso da investigação criminal está claro que há um sistema judicial a funcionar, há uma Procuradoria, a direcção das investigações cabe à Procuradoria e as polícias têm que seguir os procedimentos e a lei em vigor" em Timor-Leste, sublinhou.
A polémica surge numa altura em que já foi criado um centro temporário de detenção - a funcionar no antigo comando distrital de Díli da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) - para onde são transportados os detidos por soldados australianos.
Segundo fontes judiciais, cerca de uma dezena de pessoas foram já detidas, tendo um deles sido ouvido por um juiz que lhe decretou prisão preventiva.
No caso da GNR, que actua com base na legislação em vigor em Timor-Leste, os efectivos portugueses detiveram já três pessoas, das quais pelo menos uma foi igualmente ouvida por um juiz, que também decretou a prisão preventiva.
Fontes judiciais explicaram à Lusa que o diferendo se deve ao facto do acordo que gere a entrada das forças internacionais em Díli "ser vago" em alguns destes aspectos e ainda às diferenças entre o sistema legislativo anglo-saxónico, da Austrália, e o sistema continental, que se aplica em Timor-Leste.
Timor-Leste vive uma situação de instabilidade e violência desde o fina l de Abril, que levou as autoridades de Díli a pedir a intervenção de uma força militar e policial de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para restabelecer a segurança no país.
ASP.Lusa/Fim
PS: Se bem percebi, primeiro os australianos “ajudaram” ao recrutamento e à formação dos polícias e militares timorenses e agora queriam ser eles a investigar, indiciar (ou não), prender (ou não), julgar (ou não) e dar a sentença conforme as conveniências. Bem lhes respondeu a Ana Pessoa!
É que Timor-Leste não é um protectorado da Austrália é um país independente.

Anónimo disse...

Quando é atingida a "saturação" vencem "as pressões".
O que me parece dramático é que os vários interesses que exercem pressão em Timor Leste estejam tão bem organizados e coesos e do outro lado os timorenses e os seus orgãos de soberania se deixem dividir.
Assim é fácil e os objectivos serão atingidos.

Anónimo disse...

Neste momento Timor Leste é um palco onde vários interesses económicos e de imposições de vontades externas, interesses pessoais, se vão posicionando e os timorenses que deveriam ser os principais actores vão perdendo esse estatuto e talvez no fim da peça varram o palco e apaguem as luzes da seu tão efémero espectáculo - gerirem o destino do seu pais.

Anónimo disse...

A inexperiência dos lideres timorenses leva-os a posicionarem-se de forma lenta, quase passiva... Abrem os flancos... E aí está o resultado .... até o representante especial das NU tem "opiniões".

Anónimo disse...

tens razão margarida, tens razão. agora tentam fazer passar a tese de que o problema é apenas interno e os timorenses, como aqui há uns anos os países africanos, usam sempre um inimigo externo para se desculparem dos seus erros. isto não está fácil.
e essa do Ramos Horta? a oferecer-se para primeiro?
Rui

Anónimo disse...

Passo a passo a Austrália vai ganhando terreno. Exército, policia e agora sistema judicial.
Inteligente a estratégia já que o judicial é um poder, um dos orgãos de soberania.
O problema é que a Austrália já "entrou" na Procuradoria Geral.

Anónimo disse...

Http://timor-verdade.blogspot.com

Quarta-feira, Junho 07, 2006
aussies nervosos a atravessar a rua e de vigilância a cruzamentos

nervosos de dedo leve

Tiro junto ao parque
há menos de uma semana um aussie junto ao cruzamento de colmera, mesmo ao lado do parque infantil, repleto de crianças que inocentemente ali brincavam, inadvertidamente disparou a sua arma para o chão. O que teria acontecido se o descuidado militar tivesse a arma na direcção do parque?

Outra história
há uns dias conduzindo em frente ao porto, um aussie de óculos escuros saltou para a estrada para a atravessar, não se apercebeu da distância da viatura que se aproximava e no limite do susto optou por parar e apontar a arma ao condutor!

pergunta do condutor: que é isso?
resposta do aussie: tens de me contornar!

palavras para quê?!

posted by cacaubranco @ 11:58 PM 0 comments

aussies evitam gnr?

aussies não querem gnr armada por perto?
parece que se a gnr detiver e pretender entregar alguém ao centro de detenção dos aussies terá de ir desarmada... anedota? realidade? parece que já aconteceu...

posted by cacaubranco @ 11:56 PM 0 comments

tropas australianas recusaram partilhar segurança vip mista armada

mais uma das tais...

aussies recusaram estar ao pé de seguranças timorenses vip armados. esses tiveram de desarmar...

mas em maubisse e em gleno/ermera estão junto dos rebeldes e não lhes tiram as armas e já não têm medo de timorenses armados!

conclusão: aussies confiam mais nos rebeldes do que nos que se mantém fiéis ao estado de Direito. simples, não ?

Anónimo disse...

Calma aí Anónimo, "passo a passo a Austrália vai" procurando ganhar terreno, mas a ministra discorda e espero que a malta daí lhe dê força para não entrarem com esta facilidade toda. Quem entra também sai, o que é preciso são denúncias como esta da Ana Pessoa, em cima do acontecimento, alertanto para as tentativas. Enquanto o governo mantiver esta firmeza há esperança!

Anónimo disse...

Denota-se realmente muita coisa mal explicada. Pode saber-se exactamente quem são as pessoas que afinal foram escolhidas para a "comissão" de investigação sobre o que realmente se terá passado a 28 e 29 de Abril? E mais tarde com aqueles que ao "se renderem" foram simplesmente abatidos? E afinal onde páram as polémicas situações de Tacitulo? Deixem sim senhor entrar quem tem formas de oinvestigar o que se passou. Não receiem aparecer aquilo que de facto aconteceu. Anda a polémica de onde páram as armas e munições, etc e tal... mas já se questionaram mesmo se as respectivas não terão sido retiradas de dentro de Dili expressamente para se evitarem mais confusões? Onde estarão? E se os contentores estiverem a ser resguardados já por forças "estrangeiras"? Seria óptimo! São menos armas a poderem circular numa espiral estúpida de violência. Mas se não estiverem o que vai continuar o Governo a dizer e fazer para resolver isto tudo? Baseado na Constituição? A desordem que existiu já ultrapassou os limites de tudo o que poderia ser razoável! Tivessem resolvido as coisas atempadamente!Reconhecer agora que erraram ao não fazê-lo não chega. Há de facto que saber a origem das coisas e está muita coisa mal contada de outro modo não se veria, por exemplo, como marcou imediatamente terreno o Governo ao fazer sair o comunicado com a sua explicação sobre os acontecimentos do final do mês de Abril. Também não chega porque há mais gente que morreu do que aquilo assumido pelo Governo - é tudo demasiado estranho mesmo. E meus caros senhores, morreu gente não contabilizada - PORQUÊ? É medonho.

Anónimo disse...

1 – Anónimo das 11:53:42 PM: Diz que o governo não resolveu as coisas atempadamente. Deixo-lhe aqui a lista dos links das notas do Gabinete do PM do ano de 2006 e o respectivo link para as ler. A mim parece-me que a sua crítica é sem sentido, mas analise por si.
http://www.pm.gov.tp/port/media.htm
2006
• Primeiro Ministro convoca reunião do Gabinete de Crise e recebe Embaixador da República da Indonésia, 6 de Junho
• Alguma imprensa australiana distorce declaração do primeiro-ministro, 28 de Maio
• Declaração do Primeiro-Ministro, 27 de Maio
• Perímetro de segurança definido, 26 de Maio
• Apoio internacional começa a chegar a Timor-Leste, 25 de Maio
• Timor-Leste pede apoio internacional, 24 de Maio
• F-FDTL reage a ataque de amotinados, 23 de Maio
• Anúncio dos vencedores do primeiro concurso internacional de exploração petrolífera, 22 de Maio
• Comissão de Notáveis começa a ouvir ex-militares, 11 de Maio
• Prosseguem contactos entre Governo e ex-militares, 10 de Maio
• Regresso à normalidade em Timor-Leste, 9 de Maio
• Incidentes em Gleno, calma no resto do país, 8 de Maio
• Primeiro-ministro aceita resignação de ministro do Desenvolvimento, 8 de Maio
• Díli regista passos em relação a normalidade, 7 de Maio
• Gabinete do primeiro-ministro refuta rumores sobre resignação do primeiro-ministro, 6 de Maio
• Situação calma em Díli, 5 de Maio
• Governo decreta regresso dos militares aos quartéis, 4 de Maio
• Tomada de posse da Comissão de Notáveis, 4 de Maio
• Cinco empresas concorreram à exploração petrolífera do Mar de Timor, 20 de Abril
• Primeiro-ministro recebe presidente do Banco Mundial, 7 de Abril
• Reunião de Timor-Leste com os Parceiros de Desenvolvimento - Parceiros de Desenvolvimento elogiam programa do Governo de Timor-Leste para combater a pobreza, 4 de Abril
• Governo apresenta estratégia para combater a pobreza, 31 de Março
• RTP e IAPD concretizam programa de alargamento de cobertura de rádio e televisão em Timor-Leste, 30 de Março
• Conferência introdutória à formação da PNTL sobre o novo Código de Processo Penal de Timor-Leste, 29 de Março
• Primeiro-ministro reúne-se com homólogo japonês, 24 de Março
• Visita de trabalho do primeiro-ministro ao Japão, 17 de Março
• Relatório sobre o Desenvolvimento Humano de Timor-Leste, 9 de Março
• Primeiro-ministro recebe delegação da Millennium Challenge Corporation, 3 de Março
• Seminário sobre participação das mulheres na política, 3 de Março
• Primeiro-ministro destaca importância da RTTL cobrir todo o país, 28 de Fevereiro
• Tolerância de ponto no dia 1 de Março, 28 de Fevereiro
• Novo Código de Prospecção Mineira e Contrato de Partilha de Produção modelo para a ACDP, 28 de Fevereiro
• Assunto: Turismo de Timor-Leste presente na ITB, Berlim, 2006, 26 de Fevereiro
• Grupo de trabalho discute segurança marítima, 21 de Fevereiro
• Primeiro-ministro lança livro em Portugal, 15 de Fevereiro
• O Sindicato dos Jornalistas de Portugal, 13 de Fevereiro
• Publicado edital do concurso público para a exploração do Mar de Timor, 9 de Fevereiro
• Primeiro-ministro comenta incidente com ex-milícias, 11 de Janeiro
• Primeiro-ministro assiste à assinatura de acordo com Austrália, 9 de Janeiro

2 – Sobre os membros da comissão de investigação junto também o link e a nota do Gabinete do PM:
” Tomada de posse da Comissão de Notáveis, 4 de Maio de 2006
O primeiro-ministro, Mari Alkatiri, confere posse esta sexta-feira, 5 de Maio, aos membros da Comissão de Notáveis que procederá à averiguação da situação nas FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
A comissão foi criada por iniciativa do primeiro-ministro e recebeu o apoio dos quatros órgãos de soberania, tendo sido anunciada a 27 de Abril. A Comissão de Notáveis destina-se a averiguar da verdade material das alegações do grupo de ex-militares denominado "peticionários". A comissão é composta por oito membros efectivos e dois consultivos, integrando representantes dos quatro órgãos de soberania, sociedade civil e Igreja Católica.
Compõem a comissão:
- Longuinhos Monteiro e Sebastião Ximenes, indicados pelo Presidente da República;
- Francisco Miranda Branco e Pedro Mártires da Costa, indicados pelo Parlamento Nacional;
- Ana Pessoa e Alcino Baris, indicados pelo Governo;
- Maria Natércia Gusmão Pereira, indicada pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial;
- Padre António Gonçalves, indicado pela Igreja Católica de Timor-Leste.
Fazem ainda parte da comissão, como membros consultivos, os seguintes representantes da sociedade civil:
- Aniceto das Neves (da Associação HAK) e Tiago Sarmento (Judicial System Monitoring Program).
A cerimónia de tomada de posse está marcada para as 11h30, no Gabinete do Primeiro-Ministro no Palácio do Governo.
Antes, pelas 9h30, no Palácio das Cinzas, o Presidente da República e o primeiro-ministro darão uma conferência de imprensa conjunta sobre a situação actual.
http://www.pm.gov.tp/port/4may06.htm

3 – E só três reparos finais: já reparou quanto é ofensivo para os polícias, investigadores e juízos timorenses o seu apelo: “Deixem sim senhor entrar quem tem formas de investigar o que se passou”? Além de que nenhum Estado admitiria sequer dar assim de mão-beijada a sua soberania sobre a justiça a um estrangeiro!

Já reparou ainda que quando questiona se é “Baseado na Constituição?” está a desvalorizar a democracia e implícitamente a apelar a medidas extra-constitucionais, logo anti-democráticas?

E que quando diz que “morreu gente não contabilizada” o mínimo para que tivesse credibilidade seria indicar os nomes desses mortos alegadamente não “contabilizados” e não o fazendo passa por boateito tentando espalhar mais um boato?

Anónimo disse...

1- Existem sem duvida muitas perguntas para as quais o proprio governo nao consegue das respostas satisfactorias.

2- Quanto a comissao de investigacao, o ideal e mesmo deixar que seja uma comissao independente internacional a levar a cabo essa tarefa como solicitado e concordado pelas autoridades timorenses inclusive o PM

3- Quanto a soberania do pais, ja foi de certa forma comprometida no momento em que foi necessario solicitar que forcas militares estrangeiras entrassem no pais porque o governo viu se incapaz de o fazer.

Resta agora salvaguardar o que resta da soberania e dignidade de timor como nacao contra tentativas de estrangeiros (interesses politicos australianos) para desgasta-las ainda mais.

Independentemente das legitimas questoes internas por resolver, os timorenses tem que unir-se numa so frente para resistir contra essas tentativas.

HanoinTokBa

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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