quinta-feira, junho 01, 2006

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"O aproveitamento político e o folclore que está a ser feito pelo Sr. Ministro/Laureado/Dr Honoris Causa começa a atingir a raia do ridículo.

Já percebeu que não consegue o cargo de Sec-Geral da ONU, começou a campanha em TL para PR.Por que é que ele omite o trabalho dos seus colegas de Governo, dando a impressão manipulada que ninguém está a fazer nada?

Ainda não pediu a demissão, pois não?

Porque é que omite, por exemplo, o trabalho incansável do seu colega Arsénio Bano que está a coordenar toda a assistência humanitária: ninguém fala dele e a imagem que foi construída é a de que é o Sr. Ramos Horta e os miliatres australianos é que são os 'salva-pátria'.

Pelo menos Portugal respeita a estrutura de Estado timorense. O que o avião leva será entregue às pessoas que têm por responsabilidade, resultante dos cargos que ocupam, realizar estas acções.

E o seu colega Dr. Rui Araújo que não parou por um segundo em resposta à situação desfazendo-se em contactos para fazer acelerarar o processo de chegada dos medicamentos mais urgentes, manter a estrutura de serviços de saúde a funcionar e até, enquanto médico, a apoiar os seus colegas?

E quanto à electricidade, Sr Ramos Horta. Só ontempensou nela. Quem é que acha que a manteve em funcionamento? Quem é que assegurou que estivessem lá os técnicos e funcionários necessários ao funcionamento?Quer que continue?

Num teatro que também passa pelo trabalho exímio que o Sr Horta faz com a comunicação social, chegámos ao folclore da construção de uma representação de homem que faz tudo e que, sozinho, até está a 'aguentar' a estrutura governativa do país.

A diferença é que os seus colegas estão todos no terreno a trabalhar - por que é que omite propositadamente isso? - e o Sr. nem tem a humildade de o reconhecer ou sequer 'colaborar' e 'articular' com eles. A diferença entre eles e você, reside no número de militares australianos a fazer protecção pessoal e os meios de transporte e a publicitação que faz de qualquer passo que dá - eles não têm segurança pessoal nem helicópteros e estão mais preocupados em acorrer à situação de emergência do que em publicitar o que estão a fazer - nem orçamento têm para ter a equipa de media que o Sr. mantém a debitar comunicados.

Não se esqueça que os australianos não confiam em si - aliaram-se nesta fase, mas deixam-no cair à primeira oportunidade. Acham-no um \'troca-tintas\' que muda de opinião de 5 em 5 minutos, nunca sabem se irá desdizer-se e dar um cambalhota na entrevista seguinte.

Não acha que começa a ser demasiado \'hollywoodesco\'? Considera o \'deployment\' australiano \'remarkable\'.

Já leu a imprensa australiana de hoje? à Excepção do Governo Howard, os restantes criticam a incapacidade deles! Não vê os despachos internacionais dos correspondentes que aí estão.

Nenhuma das suas Assessoras que fez a recolha do que a BBC e a CNN estão a dizer? Olhe que uma delas fala bem inglês - é australiana.

Não está a ouvir a voz da população e o que dizem sobre o que tem se vindo a verificar no terreno? O papel da Igreja ... tem sido insubstituível no apoio e protecção à população. Como sempre as Madres cumprem o papel missionário que tão bem as distingue de uma parte do clero timorense.

Mas dizer que D. Ricardo desempenha um papel construtivo no acalmar da população é um pouco excessivo.

Não é o Sr. Bispo que anda a ajudar a incendiar os ânimos fazendo apelos políticos para a demissão do Primeiro Ministro perante os já célebres e bem organizados manifestantes do Palácio das Cinzas e, por acaso - do cansaço, certamente - esqueceu-se de apelar à paz, à calma, à desmobilização daqueles senhores, ou também, de apelar à assistência humanitária internacional tão necessária?

Nota: repararam nas imagens transmitidas da manifestação e em como todos os cartazes eram iguais bem como os panos - até a mesma caligrafia - numa altura em que nem lojas existem para comprar aquela bonita cartolina e os metros de pano, a tinta, os marcadores, etc.?

Sr. Ramos Horta, a CGD não encerrou portas, sabe poroquê? Averigue junto da CGD. Mesmo sem protecção militar australiana. O problema de encerrar e não prestar serviços só se verificou com o ANZ.

Teve a sua primeira refeição no Carlos ... que bom. Parabéns."

13 comentários:

Anónimo disse...

Parabens malai azul. Que grande analise. Concordo plenamente consigo.

Anónimo disse...

os portugueses que ai estao tem medo de perder os tachos e a rica vida que lhes arranjaram... arrogam-se protectores dos timorenses, mas fazem adoptam exactamente a postura colonialista que tanto citicam.. que bem prega frei tomas... mais do que voluntarios empenhados, a maioria sao oportunistas encartados!!!!!

Anónimo disse...

Grande verdade anónimo no.2.

Anónimo disse...

O Sr, Anónimo nr 2 não está certamente em TL.

O que acaba de escrever com enorme inconsciência e irresponsabilidade é um insulto aos cerca de 500 portugueses que se encontram em TL.

O senhor que deve estar seguro e confortavelmente sediado fora de TL tem o descaramento e a ousadia de questionar aqueles que nos ultimos dias teem dado repetidas provas de firmeza e solidariedade para com o Povo de TL.

É ignóbil que se permita escrever tais palavras.

O fascismo não permitia qualquer palavra que divergisse do seu pensamento doutrinário. A democracia permite que até o fascismo e terrorismo se expresse livremente.

Que vergonha ler tais palavras de um português!

Anónimo disse...

COMPLETAMENTE E ABSOLUTAMENTE DE ACORDO COM O QUE FOI ESCRITO SOBRE O SR. HORTA!!!!
PALHAÇO!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Essa e' a realidade crua e nua. Tambem estamos aqui em Timor a acompanhar toda essa vergonha...Sr. Horta devia ver o ridiculo por que esta a passar. So' Show off. Os outros trabalham e ele quem leva os louros...

Anónimo disse...

sei muito bem o que se passa em TL e com os drs advisers que para ai proliferam.... bem demais... a esquerda caviar tb habita em dili

Anónimo disse...

Ve la se o ministerio do sr Horta se parece com alguma coisa arrumada e organizada. Que trabalho tem feito para alem das suas viagens para seu show off?

Anonimo nr2, os portugueses que aqui estao, a maioria, sao profs e tao a fazer um bom trabalho. Sao como tropa, nao me queira convencer que sejam mercenarios. Nao estao aqui para voltarem ricos ao seu pais. Eles nao veem deixar dinheiro para os timorenses, veem ajudar a construir o futuro de Timor-Leste.

Anónimo disse...

além do Ramos Horta quem deu a cara e quem foi contactar os peticionários? quem procurou mediar o conflito? O homem tem ambições e merece que sejam concretizadas pois é dos poucos com valor em Timor. Se os tugas estão a mais na meia ilha, que bazem. aliás, que saiam todos os estrangeiros e que regressem os timorenses imigrados. grande futuro ...
arios

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ministros da Defesa e do Interior demitiram-se

Lisboa, 01 Jun (Lusa) - Os ministros timorenses da Defesa, Roque Rodrig ues, e do Interior, Rogério Lobato, apresentaram hoje a demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, disse à Lusa fonte do gabinete de Mari Alkatiri.
Os ministros apresentaram a demissão no decorrer de uma reunião extraor dinária do Conselho de Ministros, que começou cerca das 10:00 (02:00 em Lisboa) em Díli.
A reunião foi hoje de manhã interrompida durante alguns minutos mas con tinua a decorrer, não estando previsto qualquer comunicado no final do encontro, disse a mesma fonte.
No final de uma reunião do Conselho de Estado de Timor-Leste, que decor reu segunda e terça-feira, o Presidente da República, Xanana Gusmão, sugeriu a d emissão dos dois responsáveis.
Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e vio lência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divi sões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal estar entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o chefe do governo, Mari Alkatiri.
Nos últimos dias, confrontos, principalmente em Díli e arredores, de mi litares contra militares, e entre estes e elementos do corpo da Polícia Nacional , envolvendo populares, provocaram já vários mortos e feridos e criaram uma situ ação de instabilidade e insegurança generalizadas no país, cujas autoridades tiv eram de apelar à ajuda militar da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal.
Portugal vai enviar sexta-feira uma companhia de 120 efectivos da GNR p ara o país, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor-leste.
EL/FP.
Lusa/fim

Anónimo disse...

É a experiência americana em prática... Não nos esqueçamos que o Drº Ramos Horta foi durante muitos anos a face e voz da luta... tem um certo traquejo carisma e é ouvido (capta a atenção). Talvez esteja mal habituado, mas quer queiram quer não, é uma das figuras chave no passado, presente e futuro de Timor Leste.

Anónimo disse...

Estes comentarios e tipo de discussao so servem um proposito. Distrair as atencoes daqueles que atraves da sua incompetencia e decisoes pouco ponderadas foram responsaveis pelo desencadear desta desgraca toda. Mortes, destruicao. Alguem tera que responder!

Anónimo disse...

O Anónimo das 4:41:13 PM pergunta "além do Ramos Horta quem deu a cara e quem foi contactar os peticionários". No artigo que aí está da jornalista Australiana Maryann Keady ela diz que pelos vistos foram pelo menos todos os media australianos que por aí estão. E também por cá em Portugal já vi entrevistas com o líder do fulano e ainda há minutos num telejornal.

Também achei piada ao conselho de: "Se os tugas estão a mais na meia ilha, que bazem". Está com medo de quê? Afinal são só 120 GNR's que para aí vão...ou é porque os GNR's não vão ficar sob a direcção nem dos Australianos nem do Mr. Horta?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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