terça-feira, junho 27, 2006

No Abrupto

A doença dos títulos: "Timorenses solidários com Xanana". Todos? A maioria? A resposta certa é "alguns" que até podem ser muitos, os que são trazidos "em camiões e autocarros à capital timorense e juntaram-se às cerca de 700 pessoas que passaram a noite diante do Palácio do Governo." Mais do que isto, o jornalista não sabe e provavelmente não pode saber.

Por falar em Timor, está na altura de os órgãos de comunicação social começarem a preparar outra ida e volta dos seus enviados. Até para se saber o que está lá a fazer a GNR, e que timorenses mandam nela, Xanana ou o governo do país. A não ser que tudo isso seja uma ficção e sejam as autoridades portuguesas a decidir quais os timorenses que têm legitimidade para dar ordens à GNR, ou seja, tomem partido. Então, nesse caso, um governo democrático (o nosso) devia ir à Assembleia explicar as suas opções, e uma oposição a sério devia exigi-las. A não ser assim temos que ler os jornais australianos para saber o papel de Portugal na crise de poder em Timor.

5 comentários:

Anónimo disse...

E por onde tem andado, e anda, a Oposição neste caso?
Que disse?
Que pensa, em especial o PSD?
O diáfono manto do silêncio...

Anónimo disse...

O PCP tem andado onde sempre andou: apoiando o povo de Timor-Leste e a Fretilin e alertando contra o que lá se passa, conforme a última tomada de posição do dia 22 de Junho que em baixo deixo. Os outros partidos - todos eles PS, BE, PSD, PP - estão calados que nem ratos.´É que a "causa" de Timor-Leste já não rende, nem votos nem fama de bons samaritanos. Simplesmente vergonhoso! Mas cá vai a última tomada de pos~ição tirada do www.pcp.pt:

"O PCP e a situação em Timor Leste
Nota do Secretariado do Comité Central do PCP
22 de Junho de 2006

Perante os novos e inquietantes contornos da crise política e institucional que tem estado em desenvolvimento em Timor Leste, e em coerência com a sua solidariedade de sempre para com o povo timorense e a Fretilin na sua luta pela soberania e o progresso social, e consciente da importância da posição de Portugal nesta difícil conjuntura, o PCP:

• Alerta o povo português para a escalada de ingerência imperialista da Austrália nos assuntos internos de Timor Leste, particularmente evidente e chocante da parte das suas forças armadas que, explorando problemas internos timorenses, intervém abertamente para realizar ambições económicas e políticas na região, contra o legítimo Governo timorense e contra a Fretilin, comportando-se como força de ocupação;

• Reitera que, é ao povo timorense que compete resolver os seus próprios problemas por mais complexos que sejam e decidir do seu próprio caminho de desenvolvimento, sem pressões nem ingerências externas. São condenáveis as tentativas de impor ao povo timorense quaisquer tutelas de cariz colonialista, ainda que com a cobertura da ONU;

• Considera que em nenhuma circunstância a força da GNR deslocada para Timor Leste - por solicitação dos órgãos de soberania e no quadro do integral respeito pela Constituição timorenses - se deve imiscuir nos assuntos internos deste país soberano."

Anónimo disse...

Biba a pecepista! Desconfiei logo que a estranha da Margarida que aqui arrota posta de pescada só podia ser comunista... Está explicado porque a tal de Margarida fala de Timor-Leste no gênero sabichão de quem domina o mundo e não domina nada, porque já passou de moda...
Margaridinha, deixe de dar palpites. Você quer, mas não é nenhuma especialista de Timor-Leste. Os timorenses que não são do seu grupo , e são aos milhares, não precisam de si...
E chega de falar dos aussies. Eles estão fazendo o que muitas pessoas de portugal também fazem. Meter a colher onde não sáo chamados.
Vá coser meias.

Anónimo disse...

O que eu acho espetacular é que este blog, em termo teóricos, atirou-se do prédio e continua a dizer: até aqui tudo bem!!

Anónimo disse...

E mesmo. Mas e o caso tipico de "denial". ate beijarem a calcada isto e!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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