domingo, junho 11, 2006

Portugal não desiste

Para sensibilizar europeus com assento no Conselho de Segurança
Freitas vai informar homólogos da UE sobre situação em Timor-Leste
10.06.2006 - 20h55
Lusa, PUBLICO.PT

O ministro dos Negócios Estrangeiros português vai informar os seus homólogos da União Europeia sobre a situação em Timor-Leste, na reunião da próxima segunda-feira, no Luxemburgo, dedicada à preparação da próxima cimeira europeia.

Portugal pretende obter o apoio dos países europeus que têm actualmente assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas para um maior envolvimento da organização em Timor-Leste.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se no dia seguinte, em Nova Iorque, para analisar a situação em Timor-Leste, num encontro que poderá contar com a presença de José Ramos-Horta, chefe da diplomacia timorense.

Na reunião será analisado um relatório do secretário-geral, Kofi Annan, sobre a futura presença da ONU no território após o fim da actual missão (Unotil), cujo mandato termina no próximo dia 20.

Annan deverá defender o reforço da presença da ONU no país, com um contingente policial e militar próprio, a fim de assegurar a paz e a estabilidade no país nos próximos anos – uma opção apoiada por Portugal.

Nesse sentido, Freitas do Amaral vai explicar a situação no território aos seus homólogos europeus, em especial aos representantes da França e Reino Unido (membros permanentes do Conselho de Segurança) e também da Dinamarca, Eslovénia e Grécia (membros eleitos por um período de dois anos).

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3 comentários:

Anónimo disse...

Acho muito bem que Portugal não desista. É precisamente nas horas difíceis que os amigos não devem desistir!

E espero que os países membros da CPLP também se mexam diplomaticamente para ajudar a jovem República Timorense nesta hora difícil. Quando a História destes tempos sombrios fôr escrita, ficará registado quem estendeu as mãos a Timor e quem olhou para o outro lado.

Quanto à ajuda adicional que Portugal deveria disponibilizar no terreno, sou da opinião de que -pelo menos- um hospital de campanha seria da máxima utilidade para ajudar a população deslocada, que precisa de cuidados médicos. Esse hospital deveria estar fora da alçada Australiana e responder apenas aos orgãos de soberania da RDTL.

Quanto à companhia da GNR, creio que necessita do apoio de uma unidade escalão batalhão. Pelo que que se deveria disponibilizar à RDTL um batalhão de Fuzileiros. Mais um vez, esse batalhão deveria estar fora da alçada Australiana e responder apenas aos orgãos de soberania da RDTL.

Anónimo disse...

Calma amigo das 6:55 PM: para a saúde, TL já está servida, têm lá já uns 260 médicos cubanos, o Ministério da Saúde de TL está diáriamente em cima da situação, se for preciso os cubanos metem lá o tal hospital, (ainda agora na semana passada instalaram dois na ilha da Indonésia onde houve o tremor de terra), parece-me que as questões sanitárias e da saúde estão bem acompanhadas.

Quanto à questão das forças de segurança o que o governo de TL pretende é que o assumto seja assumido pela ONU - daí agora esta guerra de boatas. É que o Conselho de Segurança da ONU reúne terça-feira para discutir o assunto, por isso o MNE Português anda a sensibilizar membros do Conselho de Segurança para atender às pretensões de Timor-Leste e descartar as da Austrália (que quer continuar a mandar).

Anónimo disse...

"num encontro que poderá contar com a presença de José Ramos-Horta" na!! na!! tenho impressão que o homem não foi ou não vai.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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