quinta-feira, junho 15, 2006

Ver para crer

Rebeldes prontos a entregar armas - comandante australiano

Díli, 15 Jun (Lusa) - Os militares rebeldes timorenses estão prontos a entregar as suas armas, anunciou hoje em Díli o comandante das forças australianas, brigadeiro Mick Slater.
"Estamos no processo de acertar a maneira de eles entregarem as suas armas, e há indicações que eles vão respeitar esse compromisso", adiantou aquele militar, citado pela Associated Press.
"Estou confiante que devemos iniciar o processo de recolha de algumas armas ainda hoje ou então amanhã (sexta-feira)", acrescentou.

O número o tipo de armas em poder dos rebeldes, liderados pelo major Alfredo Reinado, que se encontra nas montanhas em Maubisse, a cerca de 60 quilómetros de Díli, é desconhecido.
Os rebeldes, entre os quais cerca de 600 que protagonizaram em finais de Abril uma manifestação na capital timorense, abandonaram a cadeia de comando na sequência de combates opondo efectivos das forças armadas contra civis, e que se seguiram confrontos entre grupos de civis armados em vários bairros de Díli, que forçaram dezenas de milhar de pessoas a procurar refúgio em dezenas de campos de acolhimento espalhados pela cidade.

Na passada semana, em declarações à Lusa, o major Alfredo Reinado reconheceu que preferia o diálogo à força, remetendo para os políticos a resolução da crise político-militar.

O anúncio do brigadeiro Mick Slater é feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmão ter anunciado em mensagem ao Parlamento que tinha chegado a hora de se passar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.

Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.

Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de Maio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para ajudarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Nacional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.
EL.

1 comentário:

Anónimo disse...

E o Reinado é um "Major" obediente às suas hierarquias superiores!
Timor é um palco...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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