segunda-feira, julho 03, 2006

De um leitor para outro

...a Fretilin teve os mandatos que teve porque teve 57,37% do voto popular e os outros dividiram-se em 11 partidos. E já nesse ano, em 2001, tinha o Alkatiti como Secretário-geral e o Lu’Olo como Presidente e exactamente por tudo isso um é PM e o outro Presidente do Parlamento Nacional.

Por quem quiser, invoque tudo menos o silêncio dos corruptos. Esse não é um argumento sério. Se há conhecimento de casos de corrupção ou há queixas nos tribunais ou calem-se. Insinuações não são admissíveis.

Não invoque também o argumento das elites. Por aqui foi denunciada a participação dalguns da “elite” na preparação e execução da golpaça e ninguém os contestou. E lembro-me que o Railós e sus muchachos até foi duma fazenda da elite que posaram para o Micael e para as câmaras da Four Corners…

Claro que nos compete a todos – a si e a mim também – opinar sobre tudo isto. Somos ambos seres humanos racionais. E francamente não descortino quem é a “gente melhor” que está a tentar resolver a crise… fora os da Fretilin a maioria que vejo a falar e a fingir que faz mas só complica é gente que foi “dialogar” com assassinos confessos, como por exemplo com o Alfredo.

Quem não deve não teme. Se a Fretilin foi e é de facto a única organização política sensata, moderada, abrangente que tudo fez para aliviar o sofrimento do povo – que ainda hoje aí está a dar assistência nos campos de deslocados, que accionou o pedido para apoio humanitário na União Europeia e na ONU – se foi a única organização política que apesar de perseguida, apesar de ter sedes queimadas e dirigentes e deputados seus igualmente desalojados porque lhe queimaram as habitações, não apelou à vingança, e sempre tratou com civilidade os restantes órgãos de soberania, porque teria a Fretilin de ir, novamente, para o esclarecimento eleitoral com medo ou com problemas? Além de que facilidades foi coisa que a Fretilin nunca conheceu nem na clandestinidade nem já em liberdade, depois da independência. Como grande partido da resistência, da libertação e da democracia a Fretilin vai continuar junto do povo a trabalhar. Disso não tenha dúvidas.

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4 comentários:

Anónimo disse...

Porque não colocam em forma de post exactamente os comentários que vos são adversos?

A resposta está contida na pergunta, não é? Não colocam porque não interessa. Não vos interessa. O que vos interessa é fazerem agora a voz do santinho que tem estado atento ao POVO. Tenham dó que o POVO está a sofrer e precisa de deixar o sofrimento para as calendas da memória.

Refaçam vocês aquilo que não tiveram ainda a dignidade de fazer - PEÇAM DESCULPA PELO SOFRIMENTO QUE ESTÃO A CAUSAR, AGORA E ANTES! Ainda não decidiram que o têm de fazer urgentemente?

Pensem nisso, já pensaram mas não querem admitir que o tempo está a ficar apertado.

Malai Azul 2 disse...

Este blog faz os posts de leitores que considera com interesse.

O comentário que refere é uma acusação de corrupção anónima e intriguista a deputados do Parlamento Nacional.

Já aqui anteriormente explicámos que nem somos um orgão de comunicação social, nem um serviço público.

Temos convicções e opiniões. E sempre deixámos claro que achamos que o PM Mari Alkatiri foi derrubado através de um golpe com influências externas.

Nunca censurámos um comentário (mesmo desfavorável à nossa opinião) a não ser que tivesse uma linguagem imprópria.

As opiniões "desfavoráveis" estão online nos comentários.

Aconselho-o a fazer um blog. É muito simples. Experimente: http://www.blogger.com/home

Anónimo disse...

Nem mais, malai azul!

Anónimo disse...

Um post sassinado por "anónimo", não lembra ao diabo!

A responsabilidade por aquilo que se escreve também atinge os blogs, sabia, senhor anónimo (desvergonhado)!?...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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