sexta-feira, agosto 25, 2006

Conselho de Segurança deverá aprovar hoje nova missão ONU

Nova Iorque, 25 Ago (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá votar hoje uma resolução sobre a nova missão da ONU em Timor-Leste.

A resolução deveria ter sido votada na semana passada mas foi adiada de vido ao não entendimento quanto à composição e atribuições das forças internacio nais em Timor-Leste.

A maior parte dos membros do Conselho apoia a proposta expressa no rela tório do secretário-geral, Kofi Annan, que recomenda que seja constituída uma fo rça militar da ONU que apoie um contingente policial internacional.

A proposta de Annan é de que o número de militares seja reduzido a 350 e o contingente policial integre 1.608 elementos.

Entre os países que têm forças de segurança em Timor-Leste, esta propos ta é apoiada por Portugal, Malásia e Nova Zelândia.

A Austrália, apoiada pelos Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, contra põe que às Nações Unidas deve ser deixado unicamente o comando das forças polici ais - um "papel que pode desempenhar mais eficazmente", segundo o embaixador aus traliano Robert Hill - , continuando os australianos a liderar as operações mili tares.

Quanto às forças policiais, a Austrália, apoiada pela Nova Zelândia, de sejaria que o contingente fosse fornecido por um único país, pois assim seria fa cilitada a formação da polícia timorense reactivada.

O Conselho de Ministros timorense aprovou há quatro dias o plano de rea ctivação da polícia, que ficará sob a responsabilidade do comissário português A ntero Lopes.

MRF.

18 comentários:

Anónimo disse...

Acho que nao houve nenhuma aprovacao do Conselho de Ministros Timorense a responsabilizar o Sr. Comissario Antero Lopes pela reactivacao da PNTL

Anónimo disse...

A Austrália - o querido "país amigo" do Senhor Presidente da República e de Ramos-Horta - revela-se perante o mundo nas suas intenções quanto a Timor-Leste.

A miséria de Timor-Leste é que os outros países estejam mais precoupados em defender a sua soberania do que o seu Presidente da República e Primeiro Miistro.

A pobreza do povo são os seus lideres.

Anónimo disse...

Um condutor esta enfiado num grande bicha de trafego, la na avenida principal de Dili. Nada movia.
Derepente um individuo bate na janela do seu carro. O condutor abaixo o vidro e pergunta: "o que se passa"?
"Terroristas sequestraram Xanana Gusmao. Estao pedindo 80 milhoes para seu resgate. Senao eles vao encher-lhe de gasolina e atirar-lhe um fosforo. Nos estamos de carro em carro para colher uma dadiva"
O condutor pergunta, "Quanto e que estao dando na media"
"Cerca de um litro"

ONLY JOKING

Anónimo disse...

Anonimo das 6:27:20 PM.

Foi a brincar, a brincar que voces limparam centenas dos vossos proprios camaradas no mato.
Just Joking? Acho que nao. Se pudessem era isso mesmo que faziam! Assassinos!!

Anónimo disse...

Com estas políticas de reboque da Austrália e dos EUA, quem sabe se realmente um dia terrorostas não apareçam em TL para raptar o PR ou PM?
Se é suposto TL servir de escudo da protecção da Austrália no combate ao terrorismo, quem sabe se ao defender esse país do terrorismo, através da instalação de bases militares australianas, não prejudique sua própria segurança, tornando-se em alvo principal?

Anónimo disse...

Quais bases australianas?

Anónimo disse...

Quais bases australianas? Bases militares, claro.
Não me diga que não sabe de que os australianos estão a preparar isso há já vários anos? E que um dos seus pontos de interesse, por alguma razão, seja a Ataúro?

Anónimo disse...

Mostre lá onde estão.

Eu sou como S. Tomé. Ver para crer.

Anónimo disse...

Ainda não estão, mas hão de estar. Tudo a seu tempo! Há ainda que subir vários degraus para se chegar aí!

Anónimo disse...

Anónimo das 8:32:
Se for ao arquivo do timor-online de 24 de Junho, já portanto há dois meses encontra lá a denúncia desta cidadã Australiana, por exemplo. Mas há outras notícias deles quererem uma base militar permanente para 3000 militares:

Caros Amigos de Timor-Leste
Recebemos de Timor-Leste, nos dois últimos dias, relatos muito perturbadores relacionados com o destacamento das nossas forças de defesa através de Timor-Leste pelo Governo Australiano.

Parece que o nosso governo decidiu sem dar explicação a nós nem aos Timorenses que as nossas tropas vão agora assumir papéis não contemplados no papel original de manutenção da paz.

É importante para todas as partes do conflito e para a reputação da ADF, como força de manutenção da paz que eles se mantenham neutrais e não sejam usados para propósitos políticos.

Parece que é preciso lembrar ao Ministro Nelson e ao Ministro Downer que nos opomos fortemente à politização da nossa ADF e pedimos respostas honestas a questões sobre o seu papel em Timor-Leste, por exemplo:

* Quantos membros da ADF estão correntemente em Timor-Lestee para que propósitos?

* Requereu o governo de Timor-Leste ao Governo Australiano para construir uma base em Timor para aquartelar 3000 das nossas forças para os próximos dois anos?

* Porque é que está a demorar tanto a desarmar os vários grupos rebeldes e qual é o relacionamento do ADF com esses rebeldes armados?

* Porque é que a coligação das tropas internacionais sob comando da ADF tem sido incapaz para parar a queima de casas e de edifícios governamentais em Dili?

* É verdade que a ADF está agora aquartelada no distrito de Los Palos? Se sim, porquê e quem é que autorizou? E porque é que os nossos soldados estão correntemente a patrulhar aldeias em Los Palos?

* É verdade que a ADF está a tentar influenciar politicos locais, por exemplo, questionando cidadãos Timorenses sobre o seu apoio à FRETILIN incluindo referências ao PM Alkatiri como o "ex-PM" e tratando cidadãos com modos duros e intimidatórios?

* Porque é que a bandeira Timorense foi substituída pela bandeira Australiana no complexo do Ministério da Educação em Vila Verde?

* É verdade que o governo Australiano não apoia o destacamento em Timor-Leste duma força multinacional de capacetes azuis da ONU que não esteja debaixo do comando da ADF?

Para sua informação junto uma carta enviada a políticos ontem sobre o papel da Austrália em Timor- Leste. Se quiser juntar a sua voz à crescente comunidade com preocupações, por favor contacte o seu deputado Federal e os Ministros:

Ministro Nelson: B.Nelson.MP@aph.gov.au
Ministro Downer: A.Downer.MP@aph.gov.au


Com agradecimentos

em solidariedade por um Timor-Leste independente, democrático e cheio de paz

Deborah Durnan
Email: djdurnan@bigpond.com
22 Junho 2006

Hon Dr Brendan Nelson MP
Ministro da Defesa
Parliament House
Canberra ACT

Caro Dr Nelson

Estou profundamente perturbada com o papel da Austrália na crise corrente em Timor-Leste.

A minha preocupação começou por surgir com a afirmação do Primeiro-Ministro que Timor-Leste estava a ser ‘pobremente governado’. Apesar dos muitos aplausos para o desempenho do Governo de Timor-Leste vindos do grupo de dadores e mesmo do Banco Mundial, entre outros.

A minha compreensão do seu desempenho inclue o estabelecimento do Fundo Petrolífero dum modo que minimiza o risco de desvios (coisa que eu pensava o Governo Australiano apoiaria), a negociação de acordos para assegurar a formação de um número significativo de médicos em Cuba às custas de Cuba, a prevenção da armadilha da dívida económica do terceiro mundo, etc. Onde está a pobre governação é um mistério para mim. Talvez me possa providenciar detalhes específicos que suportem o comentário do Primeiro-Ministro?

A minha segunda onda de preocupações foi ver pessoal militar Australiano observar pilhadores a roubar mercadorias dos armazéns governamentais – foi somente quando apareceu a polícia Portuguesa que a pilhagem foi parada – mas na maioria dos casos tarde demais.

Em terceiro lugar, tem sido o modo como os soldados rebeldes têm sido tratados pelos media Australianos, e algumas fontes bem informadas têm acusado que isto está a vir das informações que lhes chegam da Embaixada Australiana.

Agora foi alegado (por um observador em Dili) que os militares Australianos estão a jogar um papel activo encorajando as pessoas a oporem-se ao Primeiro-Ministro, Dr Mari Alkatiri, e mesmo a referirem-se a ele como ‘ex-Primeiro-Ministro’. Estes relatos são actuais, de ontem.

O que é que estavam dois helicópteros Australianos a fazer visitando Lospalos no dia 9 de Junho deste ano? Relatos dos locais dizem que eles tentaram dizer às pessoas lá para se oporem ao Primeiro-Ministro.

Que outros lugares visitaram o pessoal Australiano?

Porque é que fizeram as visitas?

É verdade que têm estado a tentar influenciar a política local de Timor-Leste?

Mais ainda, porque é que a Austrália (ao lado dos USA) se opôs ao prolongamento do papel da ONU em Timor Leste como foi requerido pelo Governo de Alkatiri poucos dias antes de ter enviado as tropas para Darwin no caso de serem necessárias em Dili?

Porque é que o Governo Australiano não disse aos soldados rebeldes para desarmarem e regressarem aos quartéis, e a todos os partidos para apoiarem o processo constitucional e democrático nesta democracia nascente? Se o Governo Australiano apoiar qualquer outra posição arrisca-se a criar um país que rebenta em violência sempre que alguém não gostar duma decisão política ou do Governo.

Será um dia muito triste para a Austrália e para a nossa região se acabarmos por nos comportar como o horrível rapaz briguento Australiano à imagem dos USA na América Central e do Sul ao longo dos anos.

Espero antecipadamente a sua resposta.

Sinceramente

Ben Bartlett

Cc
Hon Alexander Downer, Ministro dos Negócios Estrangeiros
Hon Kim Beazley, Líder da Oposição
Kevin Rudd, Shadow Ministro-sombra dos Negócios Estrangeiros
Robert McClelland, Ministro-sombra da Defesa
Warren Snowden MP Secretário-Parlamentar-sombra para Northern Territory & Indigenous Affairs
Senador Bob Brown, Líder dos Verdes Australianos
Senador Kerry Nettle, Verdes Australianos

Anónimo disse...

Mas como eh que essa teoria de base militar com 3000 militares se encaixa agora com a anunciada reducao das forcas militares autralianas para 650 quando a nova missao da ONU comecar?

E quem sugere que a Australia iria manter 3000 soldados permanentemente em Timor a sua propria custa nao imagina o quao absurdo essa sugestao eh e muito menos o custo associado com isso. A Australia jamais desejaria manter esse numero de soldados em Timor porque seria insustentavel e sem razao para isso.

Anónimo disse...

Mas não é quando a “nova missão da ONU começar”, segundo o que disse o embaixador Australiano na ONU Robert Hill, “a Austrália reduzirá de 2.000 para 650 elementos a força militar que tem em Timor-Leste quando chegar o contingente de 1.608 polícias”, isto é quando estiverem todos os polícias em Dili.

Mas por outro lado, o Ramos-Horta disse no Parlamento esta semana que a Austrália "está disponível para manter militares em Timor -Leste até Dezembro” e hoje já garantiu à Lusa que “para já a Austrália irá manter-se até ao final de Dezembro em Timor-Leste e num quadro de relações bilaterais entre os dois, mas adiantou que antes do final do ano terá de "ser feita uma avaliação sobre a continuidade dos australianos ou, caso seja necessário, da constituição de uma Força de Paz mais alargada e não apenas exclusiva da Austrália".

E uma coisa é a Austrália querer ter uma base com capacidade para 3000 militares outra coisa é a Austrália querer manter 3000 militares seus em TL. Mesmo agora, eles foram 3000, liderados pelos Australianos, isto é com neo-zelandezes e malaios… Quanto à razão, eles acharam agora que houve razão para isso.

Anónimo disse...

A explicação para a redução é muito simples:

1 - Fica muito mais barato

2 - A eficácia é a mesma

3 - Os objectivos de derrubar Alkatiri e afastar a presença militar da ONU foram atingidos

Anónimo disse...

"Ainda não estão, mas hão de estar. Tudo a seu tempo! Há ainda que subir vários degraus para se chegar aí!"

Quando começarem as obras para a tal base avisem-me, ok?

Até lá, não sejam parvos.

Anónimo disse...

Anónimo das 3:09:26 AM:

Como escreveu o General José Loureiro dos Santos, no Público de 12 Julho 2006, no seu artigo “Sobre o destino da plataforma geoestratégica timorense” (…)

“Para já, parece que a Austrália está na rota do estabelecimento de um seu protectorado em Timor-Leste. Para isso, ser-lhe-ão muito úteis as infra-estructuras que começou a construir durante a anterior comissão das suas forças expedicionárias, no território cujo controlo tanto deseja... (…)”

http://timor-online.blogspot.com/2006/07/sobre-o-destino-da-plataforma.html

PS: Parece pois que eles já se tinham antecipado. Aconselho aliás a leitura do artigo.

Anónimo disse...

As infra-estruturas eram todas em pré-fabricados e foram desmontadas.
É só ir ao Google Earth e ver que nos sítios onde estavam os aussies está tudo terraplanado.
O Sr. General devia informar-se melhor.
Efectivamente os aussies chegaram a falar nisso em Moleana, mas o facto é que não está lá nada. Tudo limpo.

Anónimo disse...

Então repare no que disse o Ministro da Defesa da Austrália, três dias depois das tropas Australianas terem desembarcado em TL e verá que de facto eles vieram para ficar. E hão-de certamente querer ficar instalados como deve ser. O documento está no site do Ministério da Defesa Australiana e deixo o link no fim:

Transcript
MIN60528/06
28 May 2006
DR BRENDAN NELSON ON CH.10 MEET THE PRESS
08:03 AM, Sunday, 28 May 2006
E&oe……………………………OPERATION ASTUTE, EARTHQUAKE IN INDONESIA
INTERVIEWEES: Dr Brendan Nelson, Defence Minister; Jose Ramos-Jorta, East Timor Foreign Minister; John Howard, Prime Minister; Fran Kelly, Radio National; Brendan Nicholson, The Melbourne Age.
(...)
FRAN KELLY: What about security in the region generally? Is it time, or should Australia be considering having permanent deployments throughout the region so we can respond more quickly?
DR BRENDAN NELSON: Well, basically we deploy when we believe there is a need to do so. Now, whether that's in a preventive or a responsive way, and those deployments last until basically the job is done, which is an expression that, you know, we use in relation to a number of our deployments. I can't imagine that we would be looking at permanent deployments across the board, but it is likely that we will be deployed in East Timor for the foreseeable future. But again the nature and size of that deployment will be negotiated in consultation with the East Timorese government, other coalition partners. And, as I say, we think that there is a very important role for United Nations in the future development and governance of East Timor, and we take that into account.
(...).
http://www.minister.defence.gov.au/NelsonMinTranscriptTpl.cfm?CurrentId=5681

Anónimo disse...

O diabo, como costuma dizer são os pormenores. E saber interpretar o que se lê. Às vezes interrogo-me se as distorções dessa imbecil se devem apenas à limitação intelectual, se, mais grave ainda porque ser ignorante pode não ser só culpa dela, mas à manifesta má fé. E aí é desprezível.

O Ministro Nelson diz: "But again the nature and size of that deployment will be negotiated in consultation with the East Timorese government, other coalition partners."

E a Tamagoshi conclui que vão ficar em Timor para sempre.
O que, obviamente, eu condeno e rejeito.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.