sábado, agosto 19, 2006

Dos leitores

Esquece-se que "Mari Alkatiri e os seus camparsas" foram fundadores da Fretilin e que a foi sob a liderança da Fretilin que se iniciou a luta contra o inimigo e que a Fretilin nunca baixou os braços.

E que, conforme consta da nota biogáfica de Mari Alkatiri:
“A FRETILIN declarou a independência do país a 28 de Novembro de 1975, e proclamou a formação da República Democrática de Timor-Leste. O Dr. Alkatiri foi nomeado como Ministro Sénior e Plenipotenciário para os Assuntos Políticos.

Como directa consequência das incursões e infiltrações fronteiriças, deparado com a iminente invasão do país pelas forças militares indonésias, o Vice-Presidente e Primeiro Ministro de Timor-Leste, Nicolau Lobato, pediu ao comité central da FRETILIN para enviar uma delegação para o estrangeiro para mobilizar a comunidade internacional e tentar evitar a invasão. O Dr. Alkatiri foi um membro desta delegação que deixou o país a 4 de Dezembro de 1975 (três dias antes da invasão acontecer). Ele foi um dos três líderes timorenses no último voo para fora de Timor-Leste antes da invasão. O voo foi organizado por David Scott AO, fundador da Community Aid Abroad. Como Chefe do Departamento Externo da FRETILIN, o Dr. Alkatiri esteve sito em Moçambique até 1999.

A primeira experiência no estrangeiro do Dr. Alkatiri como Chefe da Delegação Externa da FRETILIN foi em Dezembro de 1975 no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que subsequentemente adoptou uma resolução para condenar a Timor-Leste por parte da Indonésia.

Em 1977, o Dr. Alkatiri foi nomeado Ministro para as Relações Externas do Governo da República Democrática de Timor-Leste no exílio. De 1975 a 1982, o Dr. Alkatiri participou em todas as sessões da Quarta Comissão da Organização das Nações Unidas.
Em 1982, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou uma Resolução solicitando ao Secretário Geral para "iniciar consultas com todas as partes de modo a procurar meios para alcançar uma solução compreensiva para o problema de Timor-Leste e para que se pudesse proceder ao relatório para a Assembleia Geral (Resolução 37/30 de 23 de Novembro de 1982). O Dr. Alkatiri participou em todas as rondas de consultação convocadas pelo Secretário Geral da ONU e de 1983 em diante, em todas as sessões da Comissão da ONU para os Direitos Humanas relacionadas com Timor-Leste. Liderou também a delegação de Timor-Leste durante a Conferência Ministerial do Movimento Não-Alinhado em 1985 e em numeroso eventos internacionais onde a causa de Timor-Leste era abordada. No início dos anos 90, o formato do processo de consultação foi alterado, com a criação de conversas trilaterais entre a ONU, a Indonésia e Portugal (o poder administrativo de jure em Timor-Leste). O Dr. Alkatiri participou activamente neste processo e também no Diálogo "Um Timor-Leste Abrangente" patrocinado e mediado pela ONU e que teve inicio em 1995.

Em 1994, o trabalho diplomático desempenhado pelos representantes da resistência no estrangeiro foi reconhecido como um dos três componentes decisivos da luta pela libertação (juntamente com as frentes armadas e clandestinas). O Dr Alkatiri foi nomeado como um dos quatro membros da Comissão Coordenadora da Frente Diplomática.

Como parte dos grandes ajustamentos à Resistência iniciada em meados dos anos 80, a Resistência reestruturou a sua organização para se tornar a "Convenção Nacional Timorense na Diáspora" em Abril de 1998. O que deu origem ao estabelecimento do Conselho Nacional de Resistência Timorense (CNRT) - uma organização mãe de todas as organizações políticas para a independência. O CNRT adoptou a "Magna Carta", um documento que delineava o futuro de Timor-Leste. Este documento foi apresentado à comunidade internacional como sendo a visão da "Resistência" para o futuro do novo Estado de Timor-Leste. O Dr Alkatiri foi o autor do documento. Durante a convenção ele foi eleito membro da Comissão para a Política Nacional do CNRT.

Em Agosto de 1999, o Dr. Alkatiri foi nomeado pelo Presidente do CNRT, Xanana Gusmão, para se encarregar das questões ligadas ao Mar de Timor em nome da Resistência. Sob a sua orientação, o Acordo do Mar de Timor (mais tarde o Tratado do Mar de Timor) foi negociado com sucesso com a Austrália), com uma distribuição na percentagem de 90:10 em favor de Timor-Leste.

Sob a liderança do Dr. Alkatiri, Timor-Leste negociou os termos para a exploração do campo Bayu-Undan com a ConocoPhillips, um grande investidor no Mar de Timor, assegurando assim para Timor-Leste uma receita estimada nos 3 mil milhões de dólares norte-americanos durante os próximos 17-20 anos. Tem também mantido uma forte posição na em garantir a delimitação das fronteiras marítimas permanentes de Timor-Leste. Uma fronteira permanente é vista pelo Dr. Alkatiri como uma parte integral do direito de Timor-Leste à auto-determinação, do mesmo modo que a fronteira terrestre define o território. Mais importante ainda, fronteiras permanentes irão permitir com que Timor-Leste tenha acesso aos recursos do Mar de Timor, permitindo assim com que Timor-Leste se desenvolva e supere os formidáveis desafios sem estar dependente de auxílio externo.

O Dr. Alkatiri foi o Coordenador Adjunto do Conselho Presidencial da FRETILIN entre Agosto de 1998 e Abril de 2001. Foi também membro do Comité Nacional Consultativo (CNC) de Timor-Leste em 2000. Em Setembro de 2001, o Dr. Alkatiri foi nomeado Ministro Chefe do Segundo Governo de Transição e Ministro da Economia e Desenvolvimento. Aquando do Dia da Restauração da Independência a 20 de Maio de 2002 - o Dr. Alkatiri foi nomeado Primeiro Ministro e Ministro do Desenvolvimento e Ambiente da República Democrática de Timor-Leste. Ele é o Presidente da Mesa da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e redigiu o Plano Nacional de Desenvolvimento.

Sob a liderança do Dr. Alkatiri, durante os primeiros dois anos de independência Timor-Leste tornou-se membro do Fundo Monetário Internacional, da Organização das Nações Unidas, Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento. Timor-Leste é membro das Nações de Africanas, das Caraíbas e do Acordo Comercial ACP-EU. É também membro da CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Timor-Leste possui o estatuto de observador no Fórum das Ilhas do Pacífico (PIF) e na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Timor-Leste excedeu as expectativas dos parceiros de desenvolvimento na área da gestão económica, reduzindo e controlando o défice orçamental.

O Dr. Alkatiri incutiu uma firme política de transparência e responsabilidade a todos os níveis do Governo. Iniciou o programa da Governação Aberta em Janeiro de 2003, que percorreu quase todos os distritos com resultados positivos.

Foi concedido ao Dr. Alkatiri o prémio 'Lifting up the world with a Oneness' - durante a sessão 58 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque a Outubro de 2003. Outros recipientes incluem Nelson Mandela, o Papa João Paulo II, Madre Teresa e Mohammad Ali.

http://www.pm.gov.tp/port/biography.htm

14 comentários:

Anónimo disse...

this is what people never talk about!!!

Anónimo disse...

Onde está Wally?

Anónimo disse...

Apenas um pequeno comentario sobre a frase que se segue.

Pois o texto começa assim:
"Esquece-se que "Mari Alkatiri e os seus camparsas" foram fundadores da Fretilin e que a foi sob a liderança da Fretilin que se iniciou a luta contra o inimigo e que a Fretilin nunca baixou os braços."

Quem quer que seja que tenha escrito este text esqueceu de acrecentar também : " Esquece-se que o partido do Mari e seus comparsas que fundaram a FRETILIN, co m e çaram a luta contra o inimigo que eram seus próprios irmão timoreneses ( não do MARI porque ele só é timorense por conveniencia, não nasceu lá e n ão fez a tropa porque a nacionalidade dele não permetia que ele fose militar de outro pais) e que não eram da FRETILIN. Esses mesmos irmãos timorenses viram-se forçados a refugiar na casa do inmigo....porque até Portugal os abandonou ( Onde estava Lemos Pires?) . Já disse mais de uma vez que eu quando não sabia a historia verdadeira de Timor , e da guerra de 1975, jovem e aventureiro , eu era da FRETILIN... mas hoje n ão sou oque eles é que mataram os meu pais que não eram da FRETILIN. Está tudo no CAVR- foi o testemunho de um ex-veterano.... está lá... Quando somos jovens ás vezes seguimos queles que mais propaganda fazem e nem sequer paramos para analisar ou ouvir os que falam verdade porque os classificamoos de velhos e conservadores.....Mas quem matou sem mercê de ninguem...quem foram os autores da vala comum de Aileu? Quem matou Magiolo Goveia? quem Matou outro portugus, o Amadeu Coelho , e ainda outro o Lino Cow Boy? Quem matou o seu proprio membro Mario Bonifácio? apenas alguns nomes porque não há espaço para muito mais....

E voces continuam a falar deles como sendo heróis... LAMENTAVEL!!!!

Maracujá

Anónimo disse...

"e que a Fretilin nunca baixou os braços."

Nunca baixou os bracos? pois nao! a ultima demonstracao disso foi no recente congresso da Fretilin. Mas tambem eles ja dicidiram que essa nao e a maneira mais democratica de se proceder a votacao e os estatutos ja incluem uma disposicao para voto directo e secreto. O braco no ar foi so pela conveniencia da altura.

Anónimo disse...

Eu sou contemporaneo de Mari e conheco toda a familia dele. Ele de facto nao foi a tropa portuguesa como o Xavier do Amaral tambem nao foi para a tropa, porque os portuguese alegavam que nao tinham altura suficiente. Mas sei, porque convivi com eles, que os irmaos e primos do Mari estiveram na tropa portuguesa. Para alem de que quando Mari tinha a idade para entrar na tropa conseguiu uma bolsa de estudo para estudar em Angola.
Os comparsas que formaram a FRETILIN inclui obviamente o Ramos Horta e NOS TODOS!

Anónimo disse...

Nós todos, alto lá. Fale por si.

Che Guevara, pouco antes de ter sido morto, disse acerca de Fidel Castro: "Pensei que o culto da personalidade tinha morrido com Staline".

Ao ler esta biografia de Mari Alkatiri no site do governo, digo: "Pensava que o culto da personalidade só iria sobreviver na Coreia do Norte. Enganei-me."

Então a Magna Carta é da autoria do Mari?
Desde quando?
Quando muito, co-autoria.
A falta de humildade é inversamente proporcional à estatura física?

Anónimo disse...

Anónimo das 8:34:01 PM: repete a vilania de inventar sobre quem já não está para se defender além de já saber exactamente quais foram as palavras que o Che quis que fossem as últimas para o Fidel, os pais e os filhos.

Anónimo disse...

Maracujá: você nem reparou que eu escrevi entre aspas "Mari Alkatiri e os seus camparsas" porque estava a responder a quem escreveu essa expressão. O Mari Alkatiri é Timorense porque nasceu em Dili, e porque são timorenses todos os que nasceram em território nacional. E sendo você admirador do Magiolo Gouveia de facto não fazia sentido que simpatizasse com a Fretilin.

E ainda ao Anónimo das 10:22:28, deve andar muito distraído ou com muita falta de memória porque estando essa biografia do Alkatiri desde sempre no site do Gabinete do PM de TL, só agora reparou na menção à Carta Magna. É que se os seus (do Alkatiri) colegas de direcção não a contestaram quer maior prova de que a afirmação é verdadeira? E assumir o que se fez na vida, é tão só isso mesmo, assumir o que se fez. E como vê o Mari Alkatiri já fez muita coisa na vida e muita mais irá fazer a bem de TL e dos Timorenses.

Anónimo disse...

Isso das últimas palavras para Fidel, os pais e os filhos, é invenção Castrista para deitar poeira para os olhos.
E eu não disse que foram as últimas. Disse que foram pouco antes de Castro o trair.
E sim, foi Che quem afirmou que pensara que o culto da personalidade morrera com Staline, referindo-se a Castro, obviamente.

Esteve em Peniche? Então não afirme o que não sabe.
Lá porque ninguém foi para a imprensa contestar o culto de personalidade escarrapachado no site do governo, não significa que o seu conteúdo é verdadeiro.
Agora você diz uma patacoada qualquer, lá porque ninguém lhe liga o suficiente para a contestar, isso tranforma a sua imbecilidade numa verdade dogmática?
Tenha juízo. Enxergue-se.

Anónimo disse...

Tem razão Margarida.
Quem pode simpatizar com um partido que juntou dezenas de pessoas à beira de uma vala aberta pelos próprios e depois os mata à pancada e depois os atira lá para dentro?
E não contentes, a seguir começaram a fazer o mesmo a camaradas do partido só porque discordaram desse tratamento humano e civilizado dispensado a adversários políticos.
Mas a Margarida ainda é capaz de achar que foram mortes piedosas, porque eram "inimigos da revolução".
E depois admiram-se dos resultados eleitorais que têm no mundo livre e democrático.
Os eleitores esclarecidos, votando em liberdade e sem coacção, sabem muito bem o que não querem. Você e a quadrilha de malfeitores a que chama de camaradas é que ainda não perceberam isso.
Tenham vergonha.

Anónimo disse...

Vocês foram dos que pararam no tempo e andam há 30 anos a alimentar ódios e a dormir. Acordem, olhem à vossa volta e repararão que a maioria dos militantes da Fretilin de hoje nem 30 anos de idade têm. E é com estes que Timor-Leste avançará e não com múmias paralizadas como vocês ou o vosso chefe Xanana, que vivem do mastigar e mastigar de glórias antigas. Engulam-nas de vez, que a malta já se começa a chatear com tanta digestão mal feita e tanta vitimização encenada. É com a malta jovem da Fretilin que o país vai andar para a frente.

Anónimo disse...

Os tais jovens que se mostraram em Metinaro?
Não eram tão jovens assim. E com memória, porque sabem quem esteve ao lado deles no mato e por isso acabaram aos vivas a Xanana.

Engraçado como a Margarida e a "malta" passam pelos crimes de 1975 com tanta leviandade como se não tivessem acontecido, e como se os responsáveis por eles, não fossem os mesmos que lideram o CCF.

Quer transformá-los em santos?
Quer que as pessoas façam de conta que não são capazes do mesmo outra vez?
Como? Se ainda gora voltaram a fazer semelhante em Taci-Tolu e aos polícias desarmados, rendidos, escoltados por polícias da ONU?

Foi encenação as cenas das valas comuns de Aileu?

Foi encenação Taci-Tolu e o QG da PNTL?

Foi encenação a suposta emboscada do grupo do Reiando contra soldados desarmados que ripostaram aos tiros com tiros?

Encenação é o que a FRETILIN tem andado a fazer com o país desde 2002, para conseguir o desígnio divino de governar 50 ou 100 anos com 100% dos votos.

Anónimo disse...

Anónimo das 8:18:44 PM: mais não faz que repetir as patacoadas do Xanana em 22 de Junho, com o pormenor de deixar de fora a UDP: “Hoje, um pequeno grupo, vindo do exterior, quer repetir os comportamentos que nós tivemos de 1975 até 1978.
De acordo com o que todos nós sabemos, em Agosto de 1975, a UDT fez o golpe para expulsar os comunistas da nossa terra, iniciando a guerra entre os timorenses. Em 2006, a FRETILIN quer fazer um golpe para matar a democracia que eles próprios escreveram na Constituição.”

Anónimo disse...

E você acha que Xanana (que até fazia parte do CCF) não sabe do que fala?

Patacoadas?
O homem assume que fez parte da associação de malfeitores, só não quer que os outros sacudam a água do capote e façam de conta de que não tiveram nada ver com isso.
A gravidade dos factos acresce quando, não satisfeitos por liquidarem adversários políticos recorrendo a métodos típicos dos genocídios, ainda fizeram o mesmo a camaradas do partido.

Isso são patacoadas?
Confessadas na primeira pessoa?

É como digo, para si, estas mortes são justificadas por fazerem parte do PREC.
Começo a pensar que os portugueses tiveram sorte em vocês (PCP) não terem conseguido concretizar as tais patacoadas. Vontade não deve ter faltado.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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