quinta-feira, agosto 31, 2006

Há mais de 27 horas que os reclusos se evadiram. Nenhum detido.

E há mais de 12 horas que o brigadeiro Mick Slater, comandante militar australiano em Timor-Leste, declarou hoje à rádio ABC que sabe onde estão os 57 presos que quarta-feira fugiram da cadeia de Becora, em Díli, entre os quais o major Alfredo Reinado.

E ainda não foram lá?

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10 comentários:

Anónimo disse...

Declaração contra a ocupação neocolonial australiana no Timor Leste~

Por o Partido da Igualdade Socialista (Austrália)
8 Julio 2006


Este artigo foi publicado no WSWS, originalmente em inglês, no dia 1 de junho de 2006.

O Partido da Igualdade Socialista (SEP—vinculado ao CIQI) de forma inequívoca se opõe à intervenção militar do governo Howard no pequeno estado vizinho, o Timor Leste. O envio de tropas armadas, apoiadas em veículos armados, navios de guerra e helicópteros de ataque, são um ato escancarado de agressão neocolonialista que visa proteger os interesses econômicos e estratégicos do imperialismo australiano na região asiática do Pacifico.

As 1.300 tropas já ocuparam a capital do Timor Leste (Dili) e substituíram a fracionada força de segurança do país. Utilizando métodos aperfeiçoados durante a ocupação do Iraque, o exercito australiano impôs inúmeras leis marciais. Seus soldados têm largos poderes para abordar e deter qualquer um indefinidamente, sem precisar se referir às autoridades do Timor Leste.

O governo de Canberra (Austrália) simplesmente maquiou o fato de querer a substituição do primeiro ministro Mari Alkatiri por alguém mais afeito aos seus interesses. O primeiro ministro australiano, Howard, declarou publicamente que o Timor Leste “não vem sendo bem governado”. Um editorial do periódico Australian, do oeste australiano, em 30 de maio demonisou Alkatiri caracterizando-o como impopular, arrogante, corrupto e marxista, culpando-o pela briga entre facções do país e pela violência, e subitamente pediu a instalação de um novo primeiro ministro.

Apesar das tropas australianas terem sido “convidadas” pelo governo Alkatiri, Howard recusou-se a lhe dar apoio contra os rebeldes armados, sob o falso pretexto de “neutralidade”. Nos bastidores, a Austrália tacitamente apoiou as tentativas do presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, a colocar Alkatiri de lado, declarando um “estado de cerco” e tentando assumir o total controle sobre as forças de segurança. Como Canberra tem interesses não é uma questão de se, mas quando, Alkatiri será substituído.

Alkatiri certamente não é marxista. Nem mesmo representa, mais que seus rivais, as aspirações e os interesses da população pobre do país em meio à disputa da pequena elite dominante de Dili, que governa desde sua independência formal em 2002. Mas sob o ponto de vista do governo australiano, o principal, erro de Alkatiri foi o fato de ter se recusado imediatamente a apoiar às exigências de Canberra na negociação sobre as grandes reservas de petróleo e gás do Timor. Ao mesmo tempo, ele tem procurado apoio político e econômico em outras regiões, particularmente na antiga metrópole colonial, Portugal.

Longe de estar ajudando a população timorense, a intervenção militar do governo Howard tem, desde o inicio, sido dirigida por interesses australianos sobre a invasão do Timor Leste por seus rivais europeus e asiáticos desde que a presença da ONU na ilha começou a declinar. As tensões políticas foram marcadamente acirradas em março, depois que aproximadamente 600 soldados foram demitidos por terem realizado uma greve em razão dos salários e das condições de trabalho. Em 28 de abril, a policia governista atirou contra um protesto de soldados “rebeldes” e jovens desempregados em Dili, matando ao menos seis pessoas e ferindo diversas outras.

O papel principal de articulador de conflitos entre as forças de segurança timorenses foi desempenhado por uma sombria figura, o Major Alfredo Reinado, ex-exilado na Austrália e recruta da academia de defesa nacional, que emergiu como o “líder rebelde”. Assim que os conflitos entre as forças “rebeldes” e governistas se intensificaram, o governo Howard, com o respaldo da administração Bush, utilizou-se do desdobramento do conflito para despachar dois navios de guerra e mais tropas no dia 12 maio para o mar do Timor. O governo Alkatiri não foi nem mesmo informado.

O objetivo de Canberra era tanto o de prevenir a intervenção de outras forças, principalmente Portugal (que estava considerando a possibilidade de enviar sua polícia paramilitar para dar assistência ao governo timorense), como pressionar a realização do congresso do atual partido no governo, o FRETILIN (Frente Revolucionária do Timor Leste Independente), de 17 para 19 de maio, onde uma oposição à liderança de Alkatiri estava sendo articulada.

Quando a liderança da oposição entrou em colapso, os arranjos australianos começaram a engrenar. No dia 24 de maio, sob a pressão de Canberra, assim como de Gusmão e do ministro do exterior Ramos Horta, Alkatiri finalmente concordou em apoiar um convite formal para que Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal enviassem tropas.

Em 25 de maio, sem nem mesmo esperar pelo acordo final sobre as intenções e regras para o comprometimento, Howard ordenou que os militares avançassem “a todo vapor”. Em questão de dias, todos os complementos às tropas australianas, assim como as unidades avançadas da Malásia e da Nova Zelândia, estavam instalados. Navios de guerra ancoraram no porto de Dili e um helicóptero de tipo Black Hawk patrulhava o local.


A farsa da “independência”

A ocupação militar do Timor Leste expõe o absurdo de todo o efusivo discurso feito em 1999 de que a “independência” de metade da ilha da Indonésia conduziria a um novo período de paz, prosperidade e democracia para os timorenses. Na era da produção globalizada, um pequeno país nunca poderia ser “independente” das varias forças globais e regionais ou das principais corporações e instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o FMI.

Com o despertar da invasão da ditadura de Suharto na então colônia portuguesa em 1975, a população do Timor Leste travou uma corajosa luta contra a repressão da Indonésia, que custou aproximadamente 200.000 vidas. Todavia, a perspectiva da “independência”, promovida por líderes do Timor como Gusmão e encampada por radicais da classe média na Austrália e internacionalmente, provou-se uma política equivocada. Isso bloqueou a luta unificada dos trabalhadores do Timor Leste e da Indonésia contra a junta militar em Jacarta em 1999 e colocou-os diretamente nas mãos da Austrália e de Portugal, que competiam pela dominação e pela influência na região.

Governos australianos consecutivos, de coligações partidárias e trabalhistas, apoiaram a tomada do poder por Suharto em 1975 e 1978 em troca do controle sobre o gás e o petróleo do Mar do Timor. A Austrália tornou-se o primeiro país no mundo a reconhecer oficialmente a anexação do Timor Leste pela Indonésia.Mesmo depois da queda de Suharto em 1998, o governo de Howard continuou a apoiar as tentativas de Jacarta em resistir às exigências da realização de um referendo no Timor Leste.

Canberra somente mudou de direção quando se tornou evidente que Portugal, com o respaldo da União Européia, assegurou o apoio da ONU ao referendo. Isso abriu a real possibilidade de um Timor Leste “independente” que, sob a tutela portuguesa, não reconheceria os direitos australianos sobre o petróleo e o gás sob seu Tratado da Região do Timor com Jacarta. Com a assistência da administração de Clinton em Washington, o governo Howard embarcou em sua maior mobilização militar marítima desde a Guerra do Vietnã.

A intervenção em setembro de 1999 foi parte de uma nova era de militarismo, abastecida pelo crescimento das rivalidades inter-imperialistas, seguindo o fim da Guerra Fria e marcada, em particular, pela primeira investida norte-americana contra o Iraque na Guerra do Golfo em 1990-91. Howard teve seu exemplo na guerra da OTAN contra a Sérvia apenas alguns meses antes, na qual o presidente americano Clinton e o primeiro ministro britânico Blair desenrolaram a bandeira do “imperialismo ético” como justificativa para se sobrepor à soberania nacional da antiga Iugoslávia.

Os Estados Unidos e seus aliados europeus utilizaram grosseiras mentiras sobre assassinatos em massa e o êxodo de albaneses de Kosovo para disseminar na opinião pública certo receio em relação a uma guerra predatória para separar a província de Kosovo da Sérvia. No Timor Leste, o governo Howard, com a ajuda de Clinton e da ONU, utilizou-se da violência de milícias armadas da Indonésia, que buscavam o referendo pela independência, para justificar o envio de tropas sob o falso pretexto de estar defendendo o povo timorense.

A habilidade de Howard em se portar como o “libertador” do Timor Leste era completamente dependente do entusiástico apoio de toda a política e da mídia do establishment australiano, incluindo o Partido Trabalhista e o Partido Verde. Assim como na guerra da OTAN, foram os antigos radicais da classe média, em particular o Partido Social Democrata e seu periódico Green Left Weekly, que foram seus maiores incentivadores por uma intervenção militar australiana no Timor Leste, organizando demonstrações de tropas para pressionar Howard a levar a cabo o que seu governo já tinha se decidido a fazer.

A intervenção ainda impôs a bancarrota da liderança do FRETILIN no Conselho Nacional de Resistência Timorense (CNRT). Sua perspectiva não era a de encampar uma luta contra o imperialismo, mas a de encorajar as grandes nações para fundar um estado capitalista “independente”, o qual então poderiam administrar. Com nível de violência das milícias indonésias em 1999, Gusmão ordenou a seus guerrilheiros das Forças Armadas Pela Libertação Nacional do Timor Leste (FALINTIL) que refreassem as retaliações, para poderem assim continuar, sem represálias, os assassinatos. Os lideres da CNRT notaram que as imagens de uma guerra civil aberta poderiam repelir as forças ocidentais, apesar de que as imagens de assassinato de pessoas indefesas e destruição de suas vilas e pequenas cidades ajudariam a assegurar a intervenção ocidental.

A ONU santificou a ocupação militar australiana e estabeleceu sua Administração Transitória para o Timor Leste (UNTAET) com os poderes de um protetorado colonial para administrar todos os aspectos das relações do Timor Leste. Sergio Vieira de Mello, o administrador da ONU, presidiu uma eleição encenada para uma assembléia constituinte, onde venceu o FRETILIN, e uma apuração “farsesca” para o escritório do presidente, contestada por Gusmão e um simbólico candidato da oposição. O FRETILIN rapidamente declarou que a assembléia formaria o governo quando a independência fosse declarada em 2002. Tais eleições foram adiadas para 2007.

Enquanto hipocritamente deplora a atual violência entre facções, o governo Howard é diretamente responsável pela crise social e política no Timor Leste. A intervenção militar australiana suspendeu os poderes da atual camarilha de líderes políticos. Howard uniu-se aos gritos de louvor na cerimônia de independência em 2002 para a “primeira nação do novo milênio e a mais nova democracia no mundo”. Depois de passados cinco anos, apesar de todas as suas expressões de interesse sobre o bem-estar dos timorenses, o governo de Canberra, como o de outros países contribuintes, proveu nada além do que uma mísera ração em socorro do Timor que continua sendo uma das nações mais empobrecidas do mundo.

O governo Howard extrapolando suas intenções assegurou dividir o petróleo e o gás do Mar do Timor entre os leões. Sob uma lei internacional de fronteiras, que a Austrália recusou-se a reconhecer, ao Timor Leste foi designada a maior parte dos recursos marítimos. Mesmo depois das celebrações da independência formal, o governo australiano trouxe o primeiro ministro eleito Alkatiri a Canberra e pressionou-o a assinar um tratado para que cedesse parte dos recursos marítimos à Austrália. Isso arrastou deliberadamente outras negociações subseqüentes, sabendo muito bem que o Timor, dependente economicamente, não poderia se permitir esperar.

No ano passado, Canberra ameaçou Dili a atrasar qualquer colonização final nas fronteiras marítimas de 50 para 60 anos e a dividir as reservas de petróleo e gás, o que seria uma grande desvantagem para o Timor. Conhecidas reservas de petróleo e gás localizadas sob o Mar do Timor são estimadas em aproximadamente 30 bilhões de dólares. Dois terços das reservas repousam mais próximas do Timor que da Austrália e pelas leis internacionais deveriam pertencer a Dili. Sob a negociação final, o rendimento da maior reserva, Grande Nascer-do-Sol, será dividida em 50-50, ainda que 80 por cento devesse pertencer ao Timor Leste. Mesmo que as conversas tenham se arrastado, Canberra embolsou $1 bilhão em royalties e taxas em seis anos da reserva de Laminaria-Corallina enquanto Dili não recebeu nada, ainda que a área esteja inteiramente em águas timorenses - se a lei internacional fosse aplicada.

Não é nenhuma surpresa que agudas tensões sociais existam no Timor Leste. Elas têm sido manipuladas por líderes inescrupulosos que também forjam embates entre os “ocidentais” e os “orientais”. Sem ajuda e enganado sobre os rendimentos de gás e petróleo, o governo timorense tem sido capaz de levantar somente por volta de $50 milhões em rendimentos, uma soma completamente inadequada para negociar com os imensos problemas econômicos e sociais que confrontam a população. A erupção de gangues de jovens desempregados nas ruas de Dili, roubando e praticando vinganças contra seus rivais, são as conseqüências das políticas, não somente de Gusmão, Horta e Alkatiri, mas também de Howard e seus ministros.


A hegemonia regional da Austrália

Já existem sinais de que o governo Howard está preparando uma transformação na presente intervenção militar para transformá-la em uma ocupação mais permanente, neocolonial, do Timor Leste. A mídia australiana vem especulando que as tropas permanecerão ao menos até as eleições do ano que vem. O ministro do exterior Alexander Downer contou à radio da Corporação Australiana de Transmissão (ABC) em 29 de maio que sem a intervenção australiana “o Timor Leste corre o risco de se tornar um Estado falido.”

No início da invasão de 1999, Howard vergonhosamente sugeriu que a Austrália deveria funcionar como “xerife dos deputados” para os Estados Unidos na região asiática do Pacífico. Seguindo os escândalos dos líderes regionais, ele voltou atrás em sua observação, mas nunca desistiu da estratégia suporte: como uma segunda ou terceira ordem de poder, a Austrália somente pode reagir a seus rivais e proteger seus interesses na região com o respaldo dos Estados Unidos. O suporte de Canberra à administração de Bush e sua falsa “guerra ao terror” e a participação ilegal na ocupação americana do Iraque em 2003 tinham precisamente a intenção de assegurar o apoio dos EUA para suas próprias aventuras neocoloniais.

Com o passar dos meses da invasão do Iraque, o governo de Howard estigmatizou as Ilhas Salomão como “um Estado falido”, desesperadamente clamando que estavam se tornando um refúgio para criminosos internacionais, traficantes e terroristas, e lançou a sua própria operação “preventiva”. Em julho de 2003, uma força-tarefa australiana de soldados, policiais e oficiais aterrisou em Honiara. A Missão de Assistência Regional às Ilhas Salomão (RAMSI) tomou todos os níveis de poder na pequena ilha do Pacifico, com a intensão de permanecer por pelo menos uma década. Algumas semanas depois da última intervenção no Timor Leste, o governo Howard despachou mais de 300 soldados e policiais para as Ilhas Salomão para apoiar o RAMSI, em meio à crescente oposição local e à hostilidade contra a ocupação australiana.

Enquanto tentava manter a ilusão do “respeito” da Austrália pela soberania nacional do Timor, Howard já havia indicado que uma operação do tipo de RAMSI já estava sob consideração. Quando questionado pelo canal de televisão ABC em 28 de maio sobre uma similar presença australiana por um longo período em Dili, ele disse “eu não descarto nenhuma possibilidade”.

A intervenção australiana nas Ilhas Salomão e no Timor Leste são um sinal da intensificação das rivalidades inter-imperialistas na região. A responsabilidade de Howard no crescimento de disputas econômicas e estratégicas no que ele chamou de “nosso quintal” é a de estabelecer guarnições militares pelo “arco de instabilidade” ao norte da Austrália. Em 25 de maio, em seu discurso no parlamento na intervenção do Timor Leste, o primeiro ministro enfatizou que “a Austrália tem um interesse nacional vital na promoção e manutenção da estabilidade em nossa região”.

Num comentário intitulado “Demonstração de Poder” no periódico Australian em 31 de maio o editor Paul Kelly asperamente declarou que a Austrália deveria assumir a total hegemonia, não somente no Timor, mas em toda a região. Deixando de lado a pretensa “neutralidade” de Howard, ele apontou que Canberra já estava determinando negociações no Timor Leste e que deveria fazer o mesmo em outros países.

“Nesse sentido a Austrália está operando como força regional ou como uma potencial hegemonia que tem conseqüências na segurança e na política. Essa linguagem é desagradável a muitos. Apesar disso é a realidade. É novo território experimental da Austrália. Nós estamos envolvidos numa força regional e descobrindo os riscos e dividendos no exercício desse poder. Nós tomamos a completa carga das leis e ordens no Timor Leste e sua força de luta doméstica é conduzida contra o cenário de nossa pressão”, declarou ele.

O comentário de Kelly é parte de uma discussão mais ampla dentro dos atuais círculos para preparar próximas intervenções militares pelo Pacifico asiático. Paul Dibb, um antigo oficial superior de defesa, escreveu no Australian em 16 de maio: “como um veterano colega da defesa me disse recentemente, o arco de instabilidade ‘é com certeza como o inferno'. O panorama para o Timor Leste, as Ilhas Salomão, Papua e Nova Guiné, Vanuatu e Fiji, sem falar no prospecto de instabilidade na província indonésia de Papua, está longe de ser tranqüilizador. Nós há tempos reconhecemos que ninguém cuidará de nossos interesses nessa parte do mundo. Como John Howard observa, a nossa responsabilidade é de tomar a liderança e outras pessoas - incluindo nossos aliados americanos - esperam que sejamos capazes de faze-lo.”

Essa erupção do militarismo australiano alimenta grandes perigos, não somente para os trabalhadores do Timor Leste, das Ilhas Salomão e do resto da região, mas também para os trabalhadores australianos, que serão inevitavelmente forçados a suportar as aflições dessas aventuras militares. O envio de contingentes australianos ao Oriente Médio, à Ásia Central e ao Pacífico vem sendo acompanhado por uma agressão sem precedentes em estabelecidos direitos civis e democráticos. O estabelecimento de observatório neocolonial pela região do Pacífico está vendo a transformação da Austrália numa polícia estatal que tem a intenção, sobretudo, de suprimir qualquer oposição nas políticas governamentais. Os trabalhadores na Austrália e de todo o mundo precisam se opor aos predatórios planos do governo Howard e exigir a imediata e incondicional retirada de todas as tropas estrangeiras do Timor Leste e das Ilhas Salomão.

Trabalhadores timorenses, aldeões e a juventude devem extrair conclusões políticas definitivas de suas experiências destes últimos sete anos. Sob a dominação das forças maiores e do capital global, a “independência” não fez nada além de aprofundar a miséria social e os ataques aos direitos democráticos essenciais. A catastrófica lógica separatista pode ser vista nos conflitos fratricidas que explodiram nas ruas de Dili. A única solução progressista é a luta política que unifica as massas do Timor com seus irmãos e irmãs vizinhos da Indonésia, Austrália e de toda a região, assim como de todo o mundo, baseado num programa socialista. Somente com o fim da dominação do capital mundial e do imperialismo os recursos necessários podem ser disponibilizados para o fim da terrível pobreza que aflige a vasta maioria da população de todos os países.

Anónimo disse...

O brigadeiro está a cumprir o seu papel. Mais uma vez!
Parabéns senhor brigadeiro faz-me lembrar o idiota do seu colega Cosgrove cuja entrada em Timor em 1999 teve exactamente estes contornos. Lembra-se co mo protegiam as milícias próintegracionistas? parece que sim pois está a fazer exactamente o mesmo hoje. Americanos e australianos (com indonésios caladinhos mas cooperantes) estão a cumprir mas a demorar no alcançar dos objectivos.
isto já lembra os ambiciosos judeus nos ataques ao libano.

Anónimo disse...

Reinado está no quartel australiano e será evacuado para a Austrália! Só pode!

Anónimo disse...

Porque a Austrália quer uma mudança de regime em Timor Oriental
por Nick Beams [*]
Se alguém acreditasse na versão oficial, a entrada das tropas da Austrália em Timor Leste dever-se-ia aos mais nobre motivos. Estão ali simplesmente para restaurar a paz e a estabilidade após o colapso da autoridade do governo. Mas esta ficção política foi desmascarada pelos acontecimentos dos últimos dias, pela luta pelo poder que iniciou a crise e que a trouxe à superfície.

A intervenção do governo de Howard nada tem a ver com a protecção dos interesses do povo de Timor Oriental. O objectivo é produzir uma "mudança de regime" substituindo o governo do primeiro-ministro Mari Alkatiri por uma administração mais em consonância com os interesses australianos.

Há uma máxima em política exterior que diz que não existem aliados nem alianças permanentes, só interesses permanentes. É o caso de Timor Oriental, onde uma das principais preocupações do governo australiano, apoiado pelo Partido Trabalhista da oposição, foi assegurar que outros poderes não tivessem possibilidade de usar sua influência no que se refere explicitamente ao "pátio traseiro da Austrália".

Em 1999 o governo de Howard enviou tropas para liderar a intervenção militar da ONU a fim de assegurar que a Austrália – mais do que o primeiro poder colonial, Portugal – exercesse a maior autoridade no Timor Oriental pós-independência e estivesse na melhor posição para explorar as valiosas reservas de gás e petróleo. Sete anos depois as motivações essenciais são as mesmas.

O conflito subjacente com Portugal foi aberto em 9 de Junho quando o primeiro-ministro John Howard assegurou numa entrevista que a crise de Timor Oriental devia-se a uma "pobre governabilidade". Era um ataque claro ao governo de Alkatiri. A declaração foi respondida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Diogo Freitas do Amaral, que definiu as afirmações de Howar como "uma interferência nos assuntos internos" de Timor Oriental. "Não estamos de acordo com esta classe de declarações por parte de países estrangeiros", acrescentou.

Mas Howard não foi dissuadido. De facto, decidiu dizer mais quando teve a oportunidade seguinte.

Numa aparição no programa matutino do domingo da televisão ABC, "Insiders", Howard foi perguntado "quão mau" havia sido o governo de Timor Oriental e sobre a responsabilidade de Alkatiri.

Howard disse que não queria entrar "em comentários pormenorizados sobre os políticos do país", mas foi exactamente o que fez. Era óbvio, dizia Howard, que o país não fora bem governo nos últimos anos. Além disso disse que não pensava retractar-se dos comentários feitos dois dias antes.

Perguntado sobre se os planos a longo prazo da Austrália seriam semelhantes àqueles levados a cabo nas Ilhas Salomão, onde oficiais australianos haviam tomado conta do Ministério das Finanças, assim como da gestão da polícia e das prisões, Howard foi mais além:

"Bem, não descarto nada, mas não quero declarar nada sobre o que vai suceder ou sobre o deveria suceder sem antes discutir o assunto com os timorenses orientais", disse. "Quero dizer, encontramo-nos diante de um caminho complexo a percorrer. Por um lado, queremos ajudar, somos o poder regional que está em posição de fazê-lo. É nossa responsabilidade ajudar, mas quero respeitar a independência dos timorenses. Contudo, por outro lado, devem desempenhar essa independência ou as responsabilidades dessa independência com mais eficácia do que o fizeram nos últimos anos".

O "caminho complexo" refere-se às actividades dos rivais da Austrália na região, como indicavam os comentários do ministro dos Negócios Estrangeiros português. Até o momento, o governo australiano esteve em condições de contestar estas pressões graças ao apoio dos Estados Unidos. Do mesmo modo como a administração Clintou apoiou a intervenção de 1999, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, deixou claro que o seu país apoia plenamente a última deslocação de tropas. Numa conversação telefónica com o ministro das Relações Exteriores australiano, Alexander Downer, Rice disse ter-lhe perguntado: "O que quer que façamos?".

O foco imediato da mudança de regime é a reunião do Conselho de Estado, de carácter consultivo, que se celebra agora em Dili. Esta entidade, convocada pelo presidente Xanana Gusmão, tem a capacidade de demitir o governo de Alkatiri e nomear um suposto governo de unidade nacional até as próximas eleições que devem ser celebradas em Maio.

Após uma reunião de 9 horas celebrada ontem [dia 10], o Conselho não chegou a tomar uma decisão e as negociações continuam hoje. Enquanto isso, não havendo decisão oficial, o ministro das Relações Exteriores de Timor Oriental, José Ramos Horta, deixou claro que, no que a ele e a Xanana Gusmão se refere, Alkatiri deve renunciar.

Em declarações à televisão ABC, Ramos Horta disse: "O que agora é necessário é uma solução da actual crise política que implica, obviamente, primeiro o primeiro-ministro no sentido que muita gente quer, o da sua renúncia".

Quando perguntado da sua situação, Ramos Horta recusa comentar, explicando que está envolto em negociações com ambas as partes.

A campanha em Timor Oriental para expulsar Alkatiri, o líder do partido preponderando (Fretilin) decorre há algum tempo. A situação explodiu após a decisão de Alkatiri de converter em opcional a educação religiosa, ao invés de obrigatória.

Este movimento elementar de separação igreja-estado provocou denúncias virulentas da igreja católica. Celebraram-se manifestações com proclamações de expulsão de Alkatiri e o final do "seu governo extremista". Numa nota pastoral publicada em Abril de 2005 a hierarquia eclesiástica de Dili dizia que o gabinete continha "marxistas" que punham a democracia em perigo. Além disso dizia-se que o governo seguia políticas baseadas no "modelo chinês" e no "terceiro mundo retrógrado".

Segundo uma reportagem do Asia Times, o embaixador dos Estados Unidos em Timor Oriental apoiava abertamente a igreja nos seus protestos de rua contra o governo no ano passado, chegando inclusive a comparecer pessoalmente a uma delas.

Em Janeiro último um líder da Fretilin membro do parlamento nacional, Francisco Branco, denunciou que um conhecido sacerdote empreendeu uma campanha para derrubar o governo. Segundo Branco, o sacerdote havia explicado aos paroquianos que a decisão de enviar estudantes a Cuba converteria Timor num país comunista e que a Fretilin havia planeado matar padres e freiras se ganhasse as eleições seguintes.

Uma vez iniciada a intervenção militar, os media australianos, seguindo o governo Howard, aumentaram as denúncias contra o governo de Alkatiri.

Num comentário publicado sábado passado, o editor australiano Greg Sheridan qualificou Alkatiri como um "desastroso primeiro-ministro, liderando a 'chamada camarilha de ideólogos de Moçambique', em referência ao longo período de exílio de Alkatiri em outra colónia portuguesa durante a ocupação indonésia de Timor Oriental.

"A catastrófica decisão de converter o português em língua nacional de Timor Oriental ilustra perfeitamente o dogmatismo e o grau de irrealidade do pensamento de Alkatiri. É uma decisão que priva de direitos civis os jovens timorenses que falam tetun, indonésio ou inglês. Entrincheira a camarilha de velhos e dogmáticos marxistas-leninistas da Fretilin e exacerba as divisões no seio da sociedade de Timor Oriental. Além de não ajudar em nada a que os jovens de Timor Oriental ganhem a vida".

Alkatiri e os seus partidários não são marxistas nem comunistas. Nem tão pouco o governo de Howard e seus porta-vozes dos media estão interessados nas políticas do governo para o povo de Timor Oriental. A oposição australiana a Alkatiri baseia-se em que Alkatiri e sua facção procuram apoios de outras potências mais relevantes, principalmente Portugal e, cada vez mais, durante o último período, a China, como contrapeso ao imperialismo australiano.

Após quatro anos de intransigência de Howar e Downer, o governo de Dili foi obrigado no ano passado a adiar o acordo sobre fronteiras marítimas entre os dois países por 50 ou 60 anos. Segundo o direito internacional de fronteiras que a Austrália recusa-se a reconhecer, Timor Oriental tem direitos sobre a maioria dos recursos de gás e petróleo. Contudo, Canberra teve êxito na hora de conseguir que Dili cessasse suas reclamações de soberania sobre as áreas chave de recursos do mar de Timor durante duas gerações. É o tempo suficiente para que se esgotem as principais fontes de gás e petróleo.

Se Alkatiri fosse considerado um aliado da Austrália em Timor Oriental, e não como um obstáculo, a atitude do governo Howard, e consequentemente os comentários dos mass media, teriam sido muito diferentes.

Para começar, os chamados soldados dissidentes, cuja rebelião acendeu a mecha da crise, não seriam retratados como vítimas de uma injustiça. Ao invés disso, a decisão de despedi-los depois de terem ido à greve teria sido aprovada. Os comandantes do exército australiano ao invés de manter contactos com os "rebeldes" te-los-iam denunciado por organizar um motim, tomando as leis nas suas mãos e criando condições para o terrorismo. Contudo, a campanha para expulsar o governo de Alkatiri ajusta-se perfeitamente aos interesses australianos.

Estes interesses centram-se em assegurar a posição australiana numa região onde crescem grandes conflitos de poder. Como destacava ontem um comentário da Australian Financial Review, a rivalidade emergente entre o Japão e a China está a estender-se pelo Pacífico, colocando um "desafio real a um governo que afirma sempre manter magníficas relações com Tóquio e com Pequim".

Depois de assinalar questões económicas de longo prazo que sempre motivaram a política exterior australiana na região, o comentário prosseguia: "É útil recordar que em 1920 os planificadores estratégicos da Austrália estavam preocupados porque o Japão tentava lançar suas redes nos supostos recursos petrolíferos do Timor português, e em 1975 abrigava-se o medo de que a China manipulasse os independentistas timorenses de esquerda a fim de obter vantagem territorial".

Agora que é clara a existência de recursos em gás e petróleo, a rivalidade entre o Japão e a China pela energia apresenta desafios crescentes à Austrália, acrescentava o comentário.

Uma das maneiras de satisfazer estes repto é assegurar que se estabeleça um regime "fiável" em Dili. Este é um factor subjacente importante na luta pelo poder que se desenvolve na capital de Timor Oriental.


11/Junho/06

[*] Analista político australiano.

Anónimo disse...

é o que parece não é? afinal de contas foi a vinte metros do quartel que ele se alojou com homens e armas. Quem o levou para lá? Quem o escoltou? Deixem-se de brincadeiras seus palhaços

Anónimo disse...

Para abrir, este texto de John Pilger onde ele afirma: “Um documento que escapou da Força de Defesa Australiana revelou que o “primeiro objectivo” da Austrália em Timor Leste é “procurar acesso” dos militares australianos àqueles que podem exercer “influência sobre os decisores de Timor Leste”. Um “neo-con” de Bush não diria melhor.”

No meu filme "Morte de uma nação", feito em 1994, há uma cena a bordo de um avião a voar entre o nordeste da Austrália e a a ilha de Timor. Está a decorrer uma festa, dois homens de fato brindam-se com champanhe. "Este é um momento único na história", exulta Gareth Evans ministro dos negócios estrangeiros da Austrália, "é verdadeiramente único na história." Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, celebravam a assinatura do Tratado do Estreito de Timor, que permitiria à Austrália explorar as reservas de petróleo e gás no fundo do mar de Timor Leste. O prémio final eram "zilhões de dólares" como disse Evans.

O conluio da Austrália, escreveu o professor Roger Clark, uma autoridade mundial em direito marítimo, "é como adquirir material a um ladrão... o facto é que eles não têm direito histórico, nem legal, nem moralmente sobre Timor Leste e os seus recursos". Por baixo deles jazia uma pequena nação que sofria uma das mais brutais ocupações do século XX. A fome imposta e o assassínio extinguiram um quarto da população: 180 000 pessoas. Proporcionalmente, esta foi uma carnificina maior do que a do Cambodja sob Pol Pot. A Comissão de Verdade das Nações Unidas, que examinou mais de 1 000 documentos, relatou em Janeiro que os governos ocidentais partilharam responsabilidades pelo genocídio; pela sua parte a Austrália treinou a Gestapo da Indonésia, conhecida como Kopassus, e os seus políticos e a elite jornalistíca divertiram-se com o ditador Suharto, descrito pela CIA como um assassino em massa.

Actualmente a Austrália gosta de de se apresentar como um salvador e generoso vizinho de Timor Leste, depois da opinião pública ter forçado o governo de John Howard a enviar uma força de manutenção da paz há seis anos. Timor Leste é agora um Estado independente, graças à coragem do seu povo e à tenaz resistência dirigida pelo movimento de libertação Fretilin, que em 2001 conquistou o poder político nas primeiras eleições democráticas. Nas eleições regionais do ano passado 80% dos votos foram para a Fretilin, dirigida pelo primeiro ministro Mari Alkatiri, um "nacionalista económico" convicto, que se opõe à privatização e à interferência do Banco Mundial. Um muçulmano secular num país largamente católico romano ele é acima de tudo um anti-imperialista que enfentou as exigências arrogantes do governo de Howard para uma partilha injusta dos benefícios do petróleo e do gás do Estreito de Timor.

A 28 de Abril último, uma secção do exército de Timor Leste amotinou-se, ostensivamente devido a pagamentos. Uma testemunha, a repórter de rádio australiana Marianne Keady, revelou que oficiais americanos e australianos estavam envolvidos. A 7 de Maio Alkatiri descreveu os motins como uma tentativa de golpe e disse que "estrangeiros e forasteiros" estavam a tentar dividir a nação. Um documento que escapou da Força de Defesa Australiana revelou que o "primeiro objectivo" da Austrália em Timor Leste é "procurar acesso" dos militares australianos àqueles que podem exercer "influência sobre os decisores de Timor Leste". Um "neo-con" de Bush não diria melhor.

A oportunidade para "influenciar" chegou a 31 de Maio, quando o governo Howard aceitou um "convite" do Presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos Horta - que se opõe ao nacionalismo de Alkatiri - para enviar tropas para Dili, a capital. Isto foi acompanhado por reportagens tipo "os nossos rapazes vão salvar" na imprensa australiana, juntamente com uma campanha difamante contra Alkatiri como um "ditador corrupto". Paul Kelly, antigo editor do Australian de Rupert Murdoch, escreveu: "Esta é uma intervenção altamente política... A Austrália está a operar como uma potência regional ou um hegemonista político que modela a segurança e o futuro políticos." Tradução: A Austrália, como o seu mentor em Washington, tem um direito divino a mudar o governo de outro país. Don Watson, redactor dos discursos do antigo primeiro-ministro Paul Keating, o mais notório apologista de Suharto, escreveu incrivelmente: " A vida sob uma ocupação assassina podia ser melhor que a vida num estado falhado..."

Ao chegar com uma força de 2 000 militares um brigadeiro australiano voou directamente de helicóptero para o quartel general do líder rebelde, Major Alfredo Reinaldo - não para prendê-lo por tentar derrubar um primeiro ministro eleito democraticamente mas para cumprimentá-lo efusivamente. Como outros rebeldes, Reinado foi treinado em Canberra. Diz-se que John Howard está contente com o título de "vice-xerife" do Pacífico Sul, atribuído por George W. Bush. Recentemente ele enviou tropas para uma rebelião nas Ilhas Salomão e oportunidades imperiais acenam em Papua Nova Guiné, Vanuatu e outras pequenas nações insulares. O xerife aprova.

Anónimo disse...

Major Reinado versus Austrália

Logo que chegado a Timor o comandante do exército australiano deslocou-se a Maubisse, quartel general do dito Major, não para o prender mas para o cumprimentar e deixar acautelada a sua segurança pelos militares australianos.

Reinado é afavelmente cumprimentado e convidado de honra da Presidência da República.

Perante tão amigável relação Xanana Gusmão concede casas a Reinado para se alojar com os seus homens e o respectivo arsenal militar com a proteção dos militares australianos.

E eis que surge um imprevisto:

A GNR portuguesa numa das suas operações de rotina localiza as armas nas citadas casas cedidas por Xanana a Reinado.

Após um dia inteiro entre sorrisos do Reinado, telefonemas, uma carta assinada por Xanana Gusmão que Reinado possuía, lá teve o exército australiano que montar uma operação de charme para o mundo e prender Reinado e os seus homens, contra a sua própria vontade e do Presidente da República.

Claro que o o abrir de portas da prisão neste contexto não é surpreendente.

É evidente que o exército australiano, assim como o Presidente da República saberão do paradeiro do Reinado mas desta vez a incómoda GNR portuguesa não causará mais imprevistos e todos temos a CERTEZA que Reinado e os seus homens estarão bem protegidos por quem deveria capturá-los.

Anónimo disse...

the leaders play with petty politics
the people is suffering
is this independence worth it?
was it woth fighting for?

Anónimo disse...

the leaders play with petty politics
the people is suffering
is this independence worth it?
was it woth fighting for?

Anónimo disse...

"...desta vez a incómoda GNR portuguesa não causará mais imprevistos e todos temos a CERTEZA que Reinado e os seus homens estarão bem protegidos por quem deveria capturá-los.

Sim. Ainda por cima com a GNR agora sob o comando da ONU...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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