quinta-feira, agosto 31, 2006

Notícias traduzidas pela Margarida

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A sério?! Esquecem-se que a segurança estava à vossa responsabilidade?

ABC News Online
Última actualização: Quinta-feira, Agosto 31, 2006. 10:46am (AEST)
Tropas e polícias Australianas perseguem o antigo líder amotinado Alfredo Reinado e outros fugitivos. (Reuters)

Fugitivos de Timor-Leste saíram da prisão, diz o brigadeiro

O comandante das Forças Australianas em Timor-Leste diz que 56 presos que fugiram ontem da prisão de Dili literalmente saíram pelo portão principal.

O Brigadeiro Mick Slater diz que acredita que a fuga foi organizada e os presos andam agora com armas.

"Sei que quando isto aconteceu ontem eles não estavam fechados," disse.

"It was visiting time and there were a large number of visitors in the prison.

"Houve uma espécie de manobra de diversão feita pelas visitas e depois os presos conseguiram sair pelo portão principal."

O antigo líder amotinado Alfredo Reinaido - que foi acusado de tentativa de homicídio - estava entre os presos.

O Ministro da Justiça Australiano Chris Ellison diz que a fuga ainda desestabilizará mais Timor-Leste.

O Senador Ellison diz que a prisão em Dili está debaixo do controlo das autoridades Timorenses.

"Uma fuga em massa envolvendo 56 presos não acontece por acaso e é por isso que é tão preocupante," disse.

"Mas com certeza que deve ser feito um inquérito sobre como isto aconteceu mas repare, as autoridades Timorenses tinham a prisão à sua responsabilidade e são elas quem deve ter isto em consideração."

O Brigadeiro Slater diz que a polícia e as tropas Australianas andam à procura dos presos.

"Sabemos que a maioria deles ainda estão na cidade e é uma questão de os tentar encontrar em partes da cidade que são muitos densas perto dos subúrbios," disse.

O académico George Quinn da Australian National University, que se especializou em Timor-Leste, diz que é um incidente muito sério.

Diz que a presença de forças Australianas e outras significar um regresso à violência vista mais cedo este ano é improvável, mas que o incidente pode ainda assim causar problemas.

"É muito provável que estes presos em fuga se liguem agora a jovens desafectos que têm criado confusão mesmo nos últimos dias em Dili e também noutros locais," disse.

"Penso que vai ser difícil às forças Australianas e outras gerirem a situação."

TENHAM VERGONHA!

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A Polícia da ONU, as forças de segurança internacionais mexem-se para apanhar os presos em fuga
Centro de Notícias da ONU

30 Agosto 2006 – A Polícia das Nações Unidas e forças de segurança internacionais em organizaram hoje uma busca alargada às dúzias de presos que fugiram da Prisão de Becora, imediatamente a leste da capital, Dili.

Procuram apanhar os presos em fuga por meio de operações intensificadas em Dili e nas áreas em redor, disse o Comissário da Polícia da ONU em funções Antero Lopes.

O Sr. Lopes pediu com força à população para contactar a Polícia da ONU ou as forças de segurança internacionais caso tenham alguma informação sobre os presos em fuga. O grupo inclui o Major Alfredo Reinado, o líder de um grupo armado que exigiu a resignação do Primeiro-Ministro durante o recente desassossego em Timor-Leste.

A violência mais cedo este ano no país, que a ONU ajudou a guiar na independência da Indonésia em 2002, deixou dúzias mortos e forçou algumas 155,000 pessoas a fugir de suas casas. Os confrontos irromperam quando o Governo despediu cerca de 600 soldados que tinham entrado em greve.

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Escândalo! Tenha vergonha, Governo Aussie!!!
ABC News Online
Última Actualização: Quinta-feira, Agosto 31, 2006. 2:23pm (AEST)


Timor-Leste procura ajuda para pôr segurança na prisão

O Ministro da Justiça de Timor-Leste diz que espera que as forças internacionais ajudem a pôr segurança na prisão de Dili, de onde fugiram 56 presos ontem.

Os fugitivos ainda estão em fuga e acredita-se que saíram pelo portão principal durante uma confusão na hora das visitas.

Um dos que fugiu é o líder amotinado Alfredo Reinado.

A prisão de Dili é gerida pelas autoridades Timorenses, mas o Ministro da Justiça da Austrália Chris Ellison diz que é possível que funcionários Australianos tenham agora um papel mais forte na prisão.

"É algo de que falaremos com as Nações Unidas e com o Governo Timorense," disse.

"Quero dizer, tem de se lembrar que estamos lá a convite do Governo Timorense e não nos movimentamos em Timor-Leste e lhes dizemos como gerir as coisas."

Polícias e tropas Internacionais continuam na busca dos fugitivos.

As Nações Unidas dizem que muitos dos presos em fuga são criminosos condenados.

O responsável da polícia da ONU, Antero Lopes, diz que é ser-se optimista serem todos apanhados sem problemas.

"Não acreditamos que correntemente sejam uma ameaça massiva, mas é potencialmente perigoso," disse.

Nenhum dos presos estava armado na altura da fuga, mas as autoridades admitem que não faltam armas na comunidade.


Esta declaração de um membro do Governo Australiano é uma ofensa à soberania e ao Governo de Timor-Leste.

São os maiores RESPONSÁVEIS pela fuga de ontem, visto que retiraram a segurança exterior da qual eram responsáveis e agora querem aproveitar este incidente para dizerem que têm de tomar conta da prisão?

Aguardamos a reacção do Primeiro-Ministro Ramos-Horta.


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Mentira. Agora do Ministro da Defesa Kiwi.
The Dayly Telegraph

Os Neo-Zelandezes 'não são culpados' da fuga do Reinado

Agosto 31, 2006 12:00


A Nova Zelândia hoje negou que as suas tropas tivessem sido retiradas da guarda da prisão em Timor-Leste dias antes duma fuga em massa.

Tropas Australianas e outras tropas estrangeiras perseguem 57 presos, incluindo o líder da milícia amotinada Major Alfredo Reinado, que saiu da Prisão de Becora na capital Dili ontem.

O Ministro da Justiça de Timor-Leste Domingos Sarmento foi citado pela ABC como tendo dito que a retirada das tropas da Nova Zelândia da guarda da prisão somente dias antes deviam agora ser chamadas para a prisão.

O Sr Sarmento disse que os fugitivos tinham enganado os guardas da prisão responsáveis pela segurança da prisão, e fugiram durante a hora das visitas.

Mas disse que não acreditava que a fuga teria acontecido se as tropas da Nova Zelândia, ou membros da força internacional alargada, estivesse a guardar a prisão.

"A força da Nova Zelândia saiu em 26 de Agosto. Penso que se a Nova Zelândia ou a força internacional, ou qualquer outra força estivesse lá, eles (os presos) não saíam (sic), não fugiam, não enganavam os guardas prisionais," disse na ABC.

Disse que pediria às tropas adicionais para regressar e ajudar a reforçar a segurança da prisão.
"Sim, sim espero que a força internacional regresse e ajude (na prisão)," disse.

Mas o Ministro da Defesa da Nova Zelândia Phil Goff devolveu a culpa para o Governo de Timor-Leste, dizendo que conquanto que eram as tropas da Nova Zelândia que patrulhavam o distrito de Becora não tinham a responsabilidade da segurança da prisão.

"A Nova Zelândia e a força multinacional não são, nem nunca foram responsáveis pela gestão das prisões em Timor-Leste ou pela manutenção da segurança nelas," disse Mr Goff.

"Esta é da responsabilidade única do Ministério da Justiça de Timor-Leste.

"A nossa presença tinha por objectivo deter qualquer ataque externo contra a prisão, tais como os que queriam ajustar contas."

Um porta-voz de Mr Goff disse que as tropas da Nova Zelândia não ficaram encarregues com a guarda continuada da prisão.

Dirigiram um ponto de controlo temporário fora das instalações alguns dias atrás, o que pode explicar os comentários de Sarmento, disse o porta-voz.

"O trabalho que têm feito à volta da prisão e relacionado com ela não mudou e está em curso," disse.

Nenhumas tropas da Nova Zelândia se retiraram do distrito.

"O pessoal das nossas Forças de Defesa organizam bloqueios de estradas e têm dirigido patrulhas na área de Becora à procura dos presos," disse Mr Goff.

"Estamos preocupados com o facto dos presos terem sido aparentemente capazes de fugir com tanta facilidade, através do portão principal da prisão.

"É uma questão que requer claramente investigação pelas autoridades de Timor-Leste, em discussão com a Missão da ONU em Timor-Leste."

Mais um, Senhor Primeiro-Ministro. Aguardamos a sua reacção.

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Mais um mentiroso. Forças australianas NÃO SELARAM A CIDADE.
REUTERS

Forças internacionais procuram o chefe dos amotinados de Timor-Leste
Quinta-feira Agosto 31, 2006 6:58 AM BST

Por Lirio da Fonseca

DILI (Reuters) - Forças internacionais de segurança e a polícia da ONU em Timor-Leste lançaram uma busca pelo líder amotinado Major Alfredo Reinado que fugiu da prisão com mais de 50 presos, disseram funcionários na Quinta-feira.

Reinado, que foi uma dos líderes duma revolta que mergulhou a jovem nação no caos em Maio, fugiu da prisão de Becora perto da capital na Quarta-feira.

O Brigadeiro Mick Slater, o responsável pelas tropas Australianas em Timor-Leste, disse que os presos saíram da prisão pelo portão principal durante a hora das visitas. A facilidade da fuga levantará preocupações sobre a frágil situação de segurança na antiga colónia Portuguesa.

João Domingos, responsável da administração da cadeia de Becora, disse que usaram cortadores de relva para intimidarem os guardas durante a fuga.

"Fugiram todos os homens de Alfredo juntamente com outros envolvidos em crimes comuns. Temos confiança que os presos por crimes comuns se entregarão," disse aos repórteres.

Disse que não sabia se os guardas ajudaram a fuga onde 57 participaram mas 148 ainda continuam na prisão.

"Ameaçaram-nos com cortadores de relva. Disseram ‘abram as portas ou morrem'. Abrimos as portas e 57 fugiram," disse Domingos.

As Nações Unidas concordaram na semana passada numa nova missão em Timor-Leste, com 1,608 polícias, apesar duma disputa sobre se as tropas internacionais lideradas pelos Australianos devem manter-se independentes ou serem parte da força da ONU.

"As Nações Unidas e as forças de segurança internacional concordaram em trabalhar juntas e em coordenarem esforças para apanhar todos os presos que fugiram," disse a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste numa declaração.

UMA CIDADE FECHADA

Slater descreve a fuga em massa como desanimadora e disse que provavelmente os fugitivos estão agora armados, apesar de Dili permanecer quieta e calma.

"Fechámos a cidade. Fizémo-lo cerca de 15 minutos depois da fuga ontem," disse Slater à rádio da Australian Broadcasting Corp.na Quinta-feira.

Disse que a fuga pareceu organizada e que os presos se tinham separado em grupos mais pequenos, mas que a maioria ainda estavam em Dili.

"Agora é uma questão de os tentar encontrar em partes da cidade que são muito densas, nos subúrbios," disse Slater.

Timor-Leste sofreu uma série de protestos que evoluíram para violência alargada em Maio depois de 600 membros das forças armadas de 1,400 elementos antiga colónia Portuguesa terem sido despedidos.
...

(Reportagem adicional por Paul Tait em SYDNEY)


Não vimos desde ontem nenhum controlo de viaturas por parte dos militares australianos dentro da cidade.

Mais grave ainda, segundo fontes próximas dos oficiais kiwis que solicitaram apoio aéreo com helicópteros depois de terem tido conhecimento da fuga, O COMANDO AUSTRALIANO ALEGOU NÃO TER MEIOS PARA O FAZER.

NÃO SÃO COINCIDÊNCIAS.


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Os deuses devem estar loucos

The Age

Perseguição aos fugitivos 'acabará em derramamento de sangue'
Agosto 31, 2006 - 1:49PM

Qualquer tentativa de recapturar o líder amotinado Timorense Major Alfredo Reinado falhará quase de certeza e é provável que provoque um confronto sangrento, diz um politico local.

Max Stahl, o jornalista e realizador de filmes britânico, que é um amigo próximo do Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta e de outras personalidades políticas, disse não ter ficado surpreendido ao saber que o líder amotinado tinha fugido duma prisão de Dili.

Mr Stahl, que é também um conhecido de Reinado, viveu em Dili vários anos e ficou famoso pela sua gravação do massacre do cemitério de Santa Cruz em 12 de Novembro de 1991.

Reinado, que é acusado por alguma da pior violência em Timor-Leste mais cedo este ano, foi preso o mês passado com acusações de tentativa de homicídio e ofensas relacionadas com armas mas fugiu ontem juntamente com outros 56 presos.

Acredita-se que visitas na Penitenciária de Becora criaram uma manobra de diversão que permitiu que os fugitivos saíssem pelo portão da frente.

Forças internacionais tentam agora recapturar os fugitivos.

Reinado quase de certeza que terá fugido para as montanhas à volta de Dili, que ele conhece intimamente, e estará rodeado de apoiantes, disse Mr Stahl.

"Qualquer tentativa de o trazer de regresso falhará quase de certeza, e é provável que provoque um confronto armado e sangrento," disse Mr Stahl por telefone de Darwin.

Tal confronto é provável que mergulhe o país de regresso à confusão, disse.

Mr Stahl disse que houve fugas anteriores da Penitenciária de Becora.

"Esta não é uma prisão com um grande palmarés de manter as pessoas no interior," disse Mr Stahl.

No princípio deste mês durante uma visita à prisão, o Primeiro-Ministro Timorense José Ramos-Horta expressou a sua preocupação por a segurança estar demasiado frouxa, disse Mr Stahl.

"Há muito pouco profissionalismo no serviço prisional Timorense, e não há ninguém que arrisque pôr a sua vida em perigo a tentar manter alguém como Reinado lá dentro," disse.

O líder amotinada pode ter orquestrado a fuga porque acreditava que ia haver uma tentativa contra a sua vida se ficasse na prisão, disse Mr Stahl.

As forces internacionais erraram em prender Reinado em primeiro lugar, disse Mr Stahl, e deviam tê-lo tratado como uma figura politica em vez de um criminoso comum.

"(As autoridades Timorenses) sabiam que isto ia criar problemas," disse.

"Teria sido muito melhor se tivesse sido possível evitar que isto acontecesse (prendê-lo)."

Vários homens de milícias pró-Jakarta sentenciados em ligação com os distúrbios de 1999, que deixaram quase 1,500 pessoas mortas, também fugiram da cadeia.

AAP
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Notas:

1. Desde 2003 que não havia uma única fuga da prisão de Becora.

2. Reinado, mesmo que fosse uma figura política, não deveria ser tratado de uma forma diferente de outro criminoso.

3. Como ele pode estar armado, o melhor é deixá-lo em paz, não?

4. O PM partilha desta opinião de um amigo chegado?

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2 comentários:

Anónimo disse...

Nao me admira nada que o Max Stahl percebe mais da politica timorense do que o Malai Azul. Ele soube perceber muito bem que a questao da prisao do Reinado por posse ilegal de armas foi uma decisao politicamante errada que so iria complicar a situacao.

Anónimo disse...

Porque será que perante a gravidade dos ultimos acontecimentos

- o Prémio Nobel, actual Primeiro Ministro, não emite um dos seus maravilhosos comunicados que primam pelo pormenor e até pelo discurso directo e em inglês que segundo se diz é para que todo o mundo os possa ler?

- o Presidente da República não faz um dos seus famosos discursos plenos de emoção?

- o representante das Nações Unidas em Timor, o japonês Hasegawa, não emite um dos seus célebres "press release", a demonstrar a sua tão peculiar preocupação e a "aconselhar" uma investigação para apuramento de responsabilidades?

- os líderes da oposição não se manifestam com os seus habituais discursos inflamatórios e acusatórios?

- os Bispos não se mostrem preocupados com a segurança do povo que tanto os preocupa?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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