quinta-feira, setembro 28, 2006

Chegada de António Costa a Timor marcada por incidentes nas ruas

Publico.pt
27.09.2006 - 08h55 Lusa

No dia em que o ministro de Estado e da Administração Interna português, António Costa, inicia uma visita a Timor-Leste, grupos de jovens geraram alguns distúrbios nas ruas de Díli, com as forças de segurança a dispararem balas de borracha contra os manifestantes.

Uma fonte da GNR disse à Lusa que os incidentes ocorridos nas últimas horas em vários pontos da capital estão relacionados com a visita do ministro português.

António Costa já chegou a Díli, para uma visita de três dias aos militares da GNR e aos polícias portugueses estacionados em Timor-Leste.

O ministro, que tem encontros previstos com o Presidente Xanana Gusmão; com o presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu-Olo"; com o primeiro-ministro, José Ramos-Horta; e com o seu homólogo Alcino Barris, visitará o quartel da GNR, que mantém 127 militares em Díli.

No encontro com Ramos-Horta, António Costa deverá discutir a possibilidade de Portugal reforçar o contingente da GNR, duplicando o número de homens, se o líder do Governo timorense fizer um pedido nesse sentido, tal como admitiu na semana passada.

O ministro português garantiu que Portugal vai continuar a apoiar Timor na área da segurança. "Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo", salientou o governante português.

Na sexta-feira passada, Ramos-Horta declarou à Rádio Renascença que, se as Nações Unidas optarem por não enviar soldados para Timor-Leste, o seu Governo poderá pedir a duplicação dos elementos da GNR, tendo garantido já o apoio da Austrália.

ONU decide em Outubro se envia missão militar

O Conselho de Segurança da ONU vai discutir no final de Outubro a situação timorense e deverá decidir se envia ou não uma missão militar para o país.

Na resolução 1704, aprovada a 25 de Agosto, o Conselho de Segurança estabeleceu uma missão de acompanhamento - a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) - por um período inicial de seis meses e que inclui até 1608 agentes policiais e 34 militares de ligação e administrativos. A possibilidade de rever o número de militares e a natureza da missão é contemplada no texto da resolução, que pede ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que faça chegar as suas recomendações ao Conselho de Segurança até 25 de Outubro.

A este respeito, António Costa disse que vai trabalhar com as autoridades timorenses "na melhor forma de ajudar".

Abraço aos militares portugueses

Outro objectivo desta visita é o encontro com os militares da GNR e os agentes da PSP estacionados em Timor-Leste.

"Trago-lhes um abraço em nome dos portugueses, porque o trabalho que desenvolveram é motivo de orgulho para todos os portugueses e isso tem que ser reconhecido perante eles", acrescentou.

O governante, que incluiu na sua comitiva o comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, e o director nacional da PSP, Orlando Romano, recebeu cumprimentos do seu homólogo timorense, Alcino Barris, e do embaixador de Portugal, João Ramos-Pinto.

Neste primeiro dia da visita António Costa efectua uma visita ao quartel da GNR e reúne-se com os agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP. No plano político, terá um encontro de trabalho com Finn Reske-Nielsen, representante especial do secretário-geral da ONU em funções, e jantará com o primeiro-ministro Ramos Horta.

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10 comentários:

Anónimo disse...

Era bom para Timor que a cooperação com a polícia portuguesa se mantivesse intensa e por muitos e bons anos. Como a cooperação militar.
Quando estive em Timor convivi de perto com polícias timorenses. Eram em regra bem formados, mas inexperientes, sobretudo ao nível de comando. Claro que são capazes e um dia Timor terá uma polícia de qualidade. Mas tudo isso leva tempo. A experiência e a preparação levam tempo. Pelo que o apoio de polícias mais experientes é essencial. Porque os problemas surgem, existem e as forças de segurança têm de ter capacidade de resposta.(Portugal registou ao nível da formação e actuação da sua polícia uma evolução notável nos últimos 30 anos).

Convivi de perto também com os militares portugueses em Timor (designadamente em Gleno) e pude então constatar a afinidade dos militares quer com as autoridades timorenses, quer com a população em geral. Pelo que talvez cooperação militar fosse também desejável. A prazo, Timor Leste poderia e deveria ambicionar a ter um exército bem preparado e profissional, e Portugal pode ajudar.

Anónimo disse...

Sim e o povo? De que nos faz termos uma excelente força ou mesmo forças de sgurança quando aquilo que é básico para que tais forças existam derivam duma incipiente governação?

Afinal quem comanda essas forças? E quais são afinal os verdadeiros objectivos... ???

Anónimo disse...

Este teórico gosta mais de ter aí os Australianos a protegerem os fugitivos? Não percebo porque é que não quer que os Timorenses possam novamente começar a assumir a sua própria segurança... ou prefere de facto ter os Australianos como guarda-costas toda a vida e mais seis meses? Acham que não é tempo de os deslocados poderem regressar com segurança para as suas casas? E nem repara que desde que os Australianos chegaram o número de deslocados TRIPLICOU?

A GNR esté em Timor-Leste PRINCIPALMENTE para ensinar os polícias Timorenses a policiar e não para os substituir. Espero é que se empenhem nessa formação para que possam deixar a segurança bem entregue aos próprios Timorenses, sob a liderança do Governo que os Timorenses elegeram.

Anónimo disse...

Os Australianos ou seja melhor chamarmos por cunhados de Xanana quer manter a sua posicao porque o golpista ja comprometeu o petroleo de TL em troco do seu barlake em tetun significa ( a compra duma mulher Australiana ) que chama Cristy Gusmao

Anónimo disse...

Seja bemvindo Ministro de Portugal. Desjamos a sua ajuda de enviar mais GNR para enfrentar os golpistas liderado por Xanahorta

Anónimo disse...

A Crise político-militar que se vive em Timor-Leste teve a sua origem num problema disciplinar e actos de insubordinação e não em qualquer descriminação objectiva (está provado), como alguns dos líderes dos ex-militares fizeram constar e políticos com falta de sentido de Estado foram alimentando fazendo de caixa de ressonância. A situação foi manipulada ao nível político e aproveitada a diversos níveis (interno e externo), sendo progressivamente politizada para criar instabilidade e insegurança, tendo em vista interromper o processo político em curso, promovendo a queda do governo.
Os factos que existem permitem aferir, que a manipulação dos ex-militares terá dois planos diferentes: plano interno (toda a gente sabe quem são os digníssimos actores/intervenientes) e plano externo (dois países grandes – um deles com a mania que controla o planeta e que tem um Império - toda a gente sabe quais são, menos os ingénuos…) com a mesma finalidade (manter a instabilidade controlada), mas com objectivos diferentes: interesses pessoais, tendo em vista a luta pelo poder e os tais países em não deixar que o país se desenvolva e, se necessário, promover a queda do governo (para tal se concretizar seria necessário subverter e enfraquecer as Forças de Segurança-PNTL/F-FDTL) por se encontrar numa esfera geoestratégica/geopolítica diferente das dos interesses daqueles países. Por este motivo se entende o apoio privilegiado que sempre foi dado à PNTL e a promoção da instabilidade, como aliás se tem vindo a constatar na região em que Timor-Leste se insere. Timorenses! Abram os olhos e não sejam ingénuos…., nem deixem que “os cangurus” vos transformem em aborígenes !!
O envolvimento do antigo Ministro do Interior (Rogério Lobato, que terá desviado ou roubado diamantes em Angola e, por isso, este vários anos preso nunca devia ter sido nomeado para funções governativas, pois era um incompetente como chegou a ser afirmado pelo próprio Presidente Xanana – entretanto durante a crise fez-lhe rasgados elogios!), de alguns partidos políticos da oposição e elementos da Igreja na manipulação dos ex-militares em todo este processo está identificado, desde algum tempo e, portanto, não constitui propriamente uma novidade. Infelizmente, o débil sistema judicial e a falta de transparência, cuja independência tem sido de carácter duvidoso, se forem tidos como referencia, alguns casos recentes, nomeadamente os processos em que estava envolvido Rogério Lobato (arquivados por sua ordem com vários insultos aos procuradores portugueses nos jornais timorenses), não permite assumir que, ao nível interno, possa haver investigação com rigor e isenção dos problemas relacionados com a crise político-militar. Neste contexto, acentua-se a importância da Comissão de Investigação Internacional para que as investigações possam, de facto, ser imparciais e conclusivas. Aquela comissão já tem elementos e provas mais que suficientes! Vamos ver se não distorcem a verdade ou se o relatório não vai ser apresentado ao Xanana (amigos australianos) para a respectiva censura ou manifestação de reservas. No âmbito dessas investigações deveria ser dada especial atenção e tido em consideração um dos aspectos importantes - a organização e controlo da manifestação dos ex-militares em ABR06 com ligações a grupos de actividade criminal, nomeadamente o Kolimau 2000 (assumido pelo governo em comunicados oficiais!). No entanto, julga-se que seria fundamental para a credibilização (ao nível interno e externo) de um Estado de direito e para que os timorenses possam ser devidamente informados, obter respostas às seguintes questões:
 Quem de facto organizou e apoiou a realização da manifestação?
 Porque foi autorizada a participação do Kolimau (grupo de actividade criminal reconhecido publicamente como o responsável pelos actos de violência (Osório Leki)? (existem fotografias várias com os designados “peticionistas” em acção)
 Porque foi mobilizado aquele mesmo grupo (liderados por Osório Leki) para a manifestação de apoio ao governo em SET04? (existem fotografias nos jornais)?
 Porque foi autorizado os manifestantes utilizarem o fardamento das F-FDTL?
 Porque tinham alguns manifestantes (ex-militares e civis) armamento e granadas? (foi amplamente divulgado pela PNTL, que tinha sido passada a necessária revista)
 Quais as verdadeiras intenções e motivações dos diversos intervenientes?
 Porque actuou a PNTL de forma passiva e sem a necessária postura pró-activa?
 Porque foi adquirido armamento pela PNTL (desde a sua criação) sem o necessário controlo por parte dos órgãos competentes?
 Porque foi criado o problema artificial “Loromonu” e “Lorosae” dentro das forças de segurança?
 Porque foi entregue armamento diferente ao pessoal da PNTL conotado com Lorosae e Loromonu ?
 Quem armou os civis e qual a origem das armas de fogo?
 Porque foram recrutados ilegalmente/armados civis, que trabalharam com uma unidade da PNTL (URP) em operações policiais nos distritos da fronteira (NOV/DEZ05)? (factos publicados em jornais timorenses com a designação e justificação do antigo Ministro do Interior Rogério Lobato – operações de contra-guerrilha !!)
 Porque ocorreu a falência total da cadeia de comando da PNTL com a consequente desintegração e incapacidade de controlar a situação?
 Porque as autoridades, a diversos níveis e, estranhamente, referiram que a PNTL estava a controlar a situação e a monitorizar os movimentos dos dissidentes e desertores?
 Porque não foi efectuada com carácter urgente e em simultâneo a inspecção/verificação armamento às F-FDTL/PNTL?
 A fragilidade das Forças Segurança (F-FDTL/PNTL), apesar do apoio privilegiado à PNTL dado pelas NU e Austrália constitui terreno propício às manipulações externas. A quem interessa esta situação?
 Porque existiu falta de solidariedade institucional em todo o processo?

A resposta às perguntas anteriores vai, por certo, esclarecer muita coisa e haverá surpresas…. Não se esqueçam do ditado “A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA”. Para a próxima intervenção, este vosso servo deixará mais umas perguntas interessantes!
Para terminar, importa ter presente, que a resolução da crise político-militar ainda não terminou e a avaliação da extensão dos danos, sendo dificultada por vários factores, já permitiu identificar que deixou “FERIDAS QUE IRÃO SER DIFÍCEIS DE CICATRIZAR”. O processo de desarmamento/reorganização da PNTL tem de ser transparente (elementos referenciados com dissidentes/desertores incluindo a própria cadeia de Comando não podem nem devem ser admitidos)

Anónimo disse...

"O ministro português garantiu que Portugal vai continuar a apoiar Timor na área da segurança. "Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo", salientou o governante português."

Esta frase resume o essencial. Portugal diz "presente!" quando é preciso e Timor pode continuar a contar com a sua ajuda. Nesse aspecto, povo português, Governo e Oposição (com uma excepção, o BE) estão de acordo e não há quebra de solidariedade. Esta frase do Ministro português, dita em solo timorense, é uma afirmação convicta dos laços indissolúveis que unem os dois povos e que nenhum invasor poderá alguma vez quebrar.

Concordo com o Anónimo das 3:43:38 AM. A GNR (e eventualmente a tropa também) deve permanecer o tempo que for preciso para amparar as forças timorenses até elas terem capacidade e experiência para resolverem os problemas sem vacilar, de modo a poderem ser um pilar sólido da sociedade timorense, gerador de confiança e tranquilidade, em que o povo se pode apoiar.

O trabalho externo e interno deve ser feito por unidades timorenses
sempre apoiadas por elementos portugueses, trabalhando em conjunto. Depois, gradualmente, as responsabilidades irão sendo transferidas para os policiais timorenses, à medida que forem aumentando os níveis de auto-confiança e a experiência necessária para tomar decisões e gerir recursos, principalmente humanos.

Anónimo disse...

H Correia!
E pena que Monteiro nao conheca esse ditado "os amigos sao para as ocasioes".Ele conhece aquele que diz "quando um irmao precisa de ti foge a sete pes e arranja uma boa desculpa"
Quanto a GNR e ao Sr Ministro aqui vai um bom ditado do Confusios: "Um bom amigo ensina a pescar"
Eu diria: "Portugal tem agora a terceira chance de ensinar a pescar como deve ser"

VIVA PORTUGAL/TIMOR LESTE E O PLANETA TERRA.

Anónimo disse...

Margarida, australianas ou outras quaisquer forças em Timor-Leste, para mim só pode significar duas coisas: invadiram ou foram chamadas... fica ao seu critério.

E sim, as forças estrangeiras não deverão sair sem que antes esteja assegurada a segurança do Povo Timorense... que como sabe a perdeu. Esqueceu-se ou interessa não recordar que essas forças estrangeiras estão ali porque as estruturas militares e policiais timorenses não asseguraram a tranquilidade, a paz, a segurança em Timor-Leste?

Quer agora que essas mesmas forças retirem e que fiquem e até venham mais militares (GNR ou mesmo FA) para formarem de novo as estruturas que colapsaram? Em 6 meses? Deve estar a brincar aos cow-bois. Não foi o que fizeram durante a transição? Está a querer dizer que agora e num tão curto espaço de tempo, até às supostas eleições em 2007, essa tarefa estará completa e seguramente passada a estruturas que claramente terão de ser refeitas do ZERO? Deve mesmo estar a brincar... esse fito de se dizer que está assegurada a vitória da FRETILIN é mais uma miragem perante a realidade do que se vive em Timor-Leste do qual o "tubo-de-ensaio" é Dili.

A senhora devia era pensar com mais calma. Como é que vai convencer um povo de que, neste espaço tão curto, as coisas estão finalmente pacificadas? Como vai conseguir tal objectivo quando em 4 anos de governação o resultado foi este?

Se já antes disseram aqui que a culpa da fragmentação também se devia a uma má "instrução" por parte das partes intervenientes na sua formação das FDTL e PNTL, acha possível que os deslocados acreditem que ficarão em boas mãos assim do pé para a mão? Quer ver repetidos os erros da transição?

Parece que sim. E esse seu estar está muito em consonância com as ameaças que jamais a FRETILIN deveria ter dito - NÃO HAVERA ESTABILIDADE SEM A FRETILIN!

Isto fez certamente mais psicologicamente para os deslocados tomarem, e bem, a atitude de não voltarem aos seus locais. Enquanto não houver segurança eles não devem voltar!

Margarida, não baralhe a cabeça das pessoas. Esse triplicar do número de deslocados pode ser visto de outra forma: quando os australianos entraram havia cerca de 30mil, é verdade. Quando o senhor teimoso saiu havia cerca de 145mil a 26 de Junho. Pode dizer-se que afinal o "braço-de-ferro" desse senhor com o PR levou a esse total. Mas já agora pergunto-lhe: então e depois da demissão de Alkatiri quantos mais deslocados apareceram? Não manipule as coisas... veja se percebe...

Quando agora, tão armados em cordeirinhos, perguntam à laia de manobra: PORQUE PERMANECEM ENTÃO OS DESLOCADOS DESLOCADOS?

Agora volte atrás e relembre-se da "ameaça de (des)estabilização" fomentada politicamente pela FRETILIN e é capaz de ter a resposta...

Queria que os deslocados confiassem naqueles que não souberam defender a sua paz e segurança? Só mesmo uma inteligência do outro mundo.

Que os deslocados não saiam enquanto as medidas de segurança e sobretudo a realidade não for de facto assegurada! E isso viu-se e vê-se não pode ser feito pelos timorenses. Não estou a dizer que não tenham capacidade para isso. É preciso refazer de alto a baixo toda a estrutura FDTL e PNTL... e já se viu que não pode ser feito por vias do interesse... partidário!

É nisso que Xanana Gusmão vos bate aos pontos.

Anónimo disse...

Uma vez mais: DESPARTIDARIZEM ESSAS CABEÇAS EM PROL DE SERVIR O POVO QUANDO PARA TAL SÃO ELEITOS COMO DEVE SER! É que nem isso o foram ... autoelegeram-se... marimbaram para a realidade lateral, social e humana, geográfica... agora papaias... aguentem-se!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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