quinta-feira, setembro 21, 2006

De um leitor

Tradução da Margarida.

No site 'New Mathilda, decorre um debate sobre este artigo. Reprodução dos dois cometários iniciais:

1 - Posted - 20/09/2006 : 16:12:52

Esta alegada carta do oficial de topo da polícia Abilio Mesquita (Abilio Mausoko) da prisão de Becora, apresentada como 'nova evidência' contra o Presidente Gusmão por John Martinkus é um documento demonstradamente falso que andava a circular em massa em Dili há algum tempo atrás. Foi-me dada uma cópia por um residente divertido em Dili.

O modo como foi apresentado aos Australianos no New Matilda como um documento credível é uma questão séria, contudo, que poderá custar mais vidas Timorenses.

Similarlmente, os anteriores documentos de Gusmão escritos a Alfredo Reinado eram simplesmente a pedir-lhe para se comportar e regressar ao quartel –nada de sinistro nisso.

Tristemente, os recentes escritos de John Martinkus sobre Timor-Leste não são dignos do homem que escreveu 'A Dirty Little War'.

E por favor, New Matilda, seja mais responsável.

Jill Jolliffe


2 - Posted - 20/09/2006 : 16:44:49

O documento tem estado em circulação em Dili e foi-me dado por várias fontes. Também está em circulação uma gravação audio de Mesquita a fazer uma declaração similar. Este documento é mais uma peça de informação no que é ainda uma série de eventos muito escuros que levaram à crise corrente.

Enquanto alguns destes detalhes desconfortáveis vieram para a luz do dia e revelam que a violência recente em Dili estava a ser manipulada, e ainda está a ser manipulada, algumas pessoas não hão-de querer que a informação veja a luz do dia.

Contudo apresentar-se uma versão simplificada do que se passa em Dili não vai também beneficiar ninguém, e menos ainda, os Timorenses.

John Martinkus
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8 comentários:

Anónimo disse...

Jill Jolliffe,

Posso ate concordar contigo que um documento cujo autor nao e claramente identificada seja considerado como simples propaganda. Concordaria contigo nisso se isto fosse a postura normal. Na verdade tudo o que se fez ate agora, visando o derrube de Alkatiri foi propaganda sem nunca apresentar evidencias ou factos. O c'umulo foi o Programa Four Corners. Na altura a Jill nunca em nenhuma vez foi capaz de tentar denunciar estas propagandas. Porque agora o faz? Quando comecam a aparecer novo angulo de abordagem de toda a crise?

Sem duvida nenhuma que o Martinkus com toda a coragem procura encontrar esse novo angulo de abordagem.

Lamentavelmente, outros jornalistas como a Jill, parece-me que ja estao a tomar partido.

Para quem conhece a historia da ligacao da Jill a Timor-Leste, sabe-o bem que a Jill, ha muito e durante os anos da resistencia, ja nao acreditava na independencia deste Pais. Simpatizava mais com a chamada "terceira via" que defendia uma ampla autonomia para Timor-Leste.

Seja seria e so ganhara com isso.

LJ

Anónimo disse...

A Jil sempre tomou partido, sobretudo em casa de Xanana e na fundação da "first lady". Jil Jolife é pouco credível. Ao longo dos anos foi passando por Timor em momentos importamtes mas só consegue ver aquilo que Xanan lhe diz para ver. Jil não se dá com os outros jornalistas, a demasiada proximidade faz com se veja claramente qual o papel dela em Timor-Leste. Já deu o seu contributo no passado, escreveu sobre Timor, sobre os jornalistas assassinados pelos indonésios. Jil até gritou contra a Austrália o seu país emprestado por ter ignorado o massacre de Balibó.
Mas tudo tem o seu tempo!
Jil mosta a sua baixeza ao atacar um jornalista de investigação que faz investigação. John mexe nas coisas, arrisca não fica pela palavra que lhe dão vai mais além: INVESTIGA.
Jil não gosta pois não é ela que dá a ainformação.

Lembro que só uma revista como a VISAO em portugal é que ainda lhe dá espaço para escrever, escreve sempre sobre o mesmo. E se se derem ao trabalho de ver os arquivos da Visão vão ver como Jil está senil e afectada psicologicamente pela morte de quem amava em Balibó.
Jil larga o John e deixa-te ficar em Darwin.

Quanto às tuas parcerias e favores a quem te paga o hotel em Dili, Fundação Halola, são tuas nãos as mistures com a verdade.

MA

Anónimo disse...

"Lamentavelmente, outros jornalistas como a Jill, parece-me que ja estao a tomar partido."

Pelo contrário. Até acho bom que as pessoas se definam e mostrem claramente aquilo que são, para que não haja dúvidas e se separem as águas.

Anónimo disse...

Voces sao todos uns desenvergonhados!!! O MartiKUS escreveu alguns dos artigos mais belicosos contra o PR com base numa "carta" que alegadamente foi escrita por um mausoko e para voces isso e ser imparcial??? Mas quando outros jornalistas com uma historia de envolvimento na causa de Timor mais longa que a desse fulano fala a desmascarar a sua falta de profissionalismo eh porque estao a tomar partido e depressa buscam razoes para os mandarem a abaixo.

Tenham vergonha na cara pa! So quem eh cego eh que nao consegue ver que primeiro, nao ha confirmacao oficial sobre o autor dessa carta ou declaracao e segundo mesmo que fosse o mausoko o autor ele nao avanca com nenhuma prova concludente para apoiar a sua declaracao.

Concordo com a Jill Joliffe.

Anónimo disse...

Viva!!! Jill Joliffe.

Anónimo disse...

É lamentável que alguém tenha o atrevimento de denegrir a competência e estatura profissional da Jill Joliffe.

Tive a honra e o prazer de a conhecer e de com ela conversar sobre Timor.

O seu amor profundo à nossa terra, a sua dedicação à libertação contra o ocupante, a sua persistência durante tantos anos para não deixar morrer a causa timorense nos fóruns internacionais, são a prova mais que evidente do reconhecimento que todos lhe devemos.

Ter alguém a baixeza de a denegrir só vem lembrar como muitos a tudo estão dispostos, para inquinar sectariamente a discussão dos problemas de Timor.

Quando a bitola da seriedade de um jornalista ou comentador político é, se está a favor ou contra Alkatiri e a liderança da FRETILIN, que adianta a discussão?

Esta manobra de desacreditar alguém, que ainda não há muito era respeitada pelos mesmos que agora a criticam é conhecida e tem o nome de "cair em desgraça", tão comum nos países e regimes já desaparecidos atrás da antiga cortina de ferro.
Porque ela criticou um jornalista que mais não faz que propagandear teorias de conspiração a favor da FRETILIN, deixou de ser de um dia para o outro, a jornalista séria e amiga de Timor que era até há bem pouco tempo.

Isto não se faz. É assassínio de caracter sem vergonha.

Para esta malta, só é serio e isento quem apoiar a FRETILIN de olhos fechados.

Alkatiri fez coisas positivas para Timor (tudo o que se relacione com o dossier do petróleo), mas é responsável por tudo o que de negativo se desenvolveu e mantém na sociedade timorense.

É responsável pelo nepotismo das instituições do estado, pela generalizada corrupção em todos os níveis das instituições públicas, pela tentativa de estabelecer mecanismos de perpetuação do poder e pela visão messiãnica de que tudo é devido à FRETILIN.

O controlo absoluto por parte da FRETILIN faz parte da estratégia de tornar a FRETILIN a única força política legítima, remetendo toda a oposição para um papel de figura decorativa que emprestasse a ideia de democracia ao país.

Por isso, criticar quem apoia a FRETILIN é imediatamente visto como reaccionário e denegrido.
É o problema de quem apoia sectaria e cegamente sem sequer parar para reflectir e pesar os factos antes de se pronunciar.

Anónimo disse...

Come on! Nao venham com tretas. O sr. pode conhecer a Jill e falar sobre Timor varias vezes, mas por favor... O sr conhece mesmo bem a Jill?

Concordo com o comentarista LJ, pois tambem fui testemunho de que a Jill ja nao acreditava na independencia de Timor e, miseravelmente, defendia "uma ampla autonomia para Timor".

Nao pro ou contra Xanana ou Alkatiri que vamos julgar, mas sim pela pratica das pessoas. Como a Jill ha e houve muitos que agora vem cantar muito alto ou mais alto que os timorenses.

Anónimo disse...

A Jill defendia essa ideia quando a Indonésia não aceitava discutir a autodeterminação de Timor, como o primeiro passo para acabar com a violação sistemática dos direitos humanos em Timor. Ela nunca defendeu que Timor devia ser parte integrante da Indonésia contra sua vontade. Seja pelo menos honesto.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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