quinta-feira, setembro 14, 2006

Responsáveis pela crise vão ser identificados por comissão da ONU

Os responsáveis pela violência registada em Abril e Maio em Timor-Leste serão identificados no relatório que vai ser elaborado por uma comissão de peritos da ONU, disse hoje o presidente daquele órgão.


Segundo Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Independente de Investigação, mandatada pelas Nações Unidas para estabelecer os factos e circunstâncias relevantes da crise político-militar timorense, o relatório será entregue a 7 de Outubro ao secretário-geral da ONU, ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e ao presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste.

"Não somos nenhum tribunal, pois não fomos mandatados para julgar quem quer que seja, mas vamos apontar quem está envolvido e recomendar acções judicia is contra esses responsáveis", precisou Sério Pinheiro.

A Comissão Independente foi criada pela ONU a 12 de Junho, na sequência de um pedido nesse sentido, enviado quatro dias antes pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros, hoje primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta.

Presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a Comissão integra ainda a sul-africana Zelda Holtzman e o britânico Ralph Zacklin.

Ao longo dos três meses de mandato conferido pelo secretário-geral da ONU, a comissão ouviu cerca de 200 pessoas e consultou mais de 3 mil documentos.

Aquelas fontes irão servir para um relatório que incluirá recomendações que reforcem a responsabilidade, tendo em conta os mecanismos jurídico-legais existentes em Timor-Leste, pelos crimes e violações de direitos humanos alegadamente cometidos particularmente nos dias 28 e 29 de Abril e entre 23 e 25 de Maio.

Nestas datas, a crise político-militar timorense foi marcada por confro ntos armados entre facções da polícia e das forças armadas, a que se associaram grupos de civis, armados pelas duas partes beligerantes.

A crise, que provocou cerca de 30 mortos e mais de 160 mil deslocados internos, tem vindo a ser alimentada por confrontos entre bandos rivais, sobretudo na capital, Díli, com efeitos na destruição de propriedade privada e do Estado .

Em resultado da crise, o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, tendo sido substituído por José Ramos-Horta.

"Esperamos que as recomendações que vamos apresentar sejam depois divulgadas", salientou Sérgio Pinheiro, que reconheceu, todavia, que cabe às autorida des timorenses uma decisão nesse sentido.

"Estamos a lidar com acontecimentos recentes, em que muitas das pessoas que ouvimos ocupam presentemente cargos de responsabilidade política. Essa situ ação requereu da comissão um grande sentido de responsabilidade. Penso que se tr ata de uma tarefa delicada, mas não penso que seja difícil ou impossível", acrescentou.

Nos dias 28 e 29 de Abril, no final de uma manifestação patrocinada por ex-militares, efectivos militares enviados pelo então governo liderado por Mari Alkatiri substituíram a Polícia Nacional na contenção dos manifestantes, e nos dias 23, 24 e 25 de Maio registaram-se combates entre efectivos das forças armadas e militares sublevados, em vários pontos de Díli.

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12 comentários:

Basilio Araujo disse...

UN - GARBAGE IN GARBAGE OUT

I remember in 1999 to have made a press statement describing UN mission in East Timor entitled "UN-Garbage in Garbage Out". The title is self explanatory since UN does garbage all around the world wherever they go. Look what UN has done in Yugoslavia. Look how UN is now taking to the international court by the Yugoslavian victims who are still suffering due to UN negligence in handling the conflict.

They UN staff just waste UN member countries money to create new conflicts around the world in order to create new job opportunities for the international jobless force whose lives are dependent on UN missions.

Should UN do an excellent job in East Timor in 1999 without fabricating the victory of the pro-independence wing by siding them and excluding the pro-integration wing in the ballot, the political situation in East Timor might be totally different. But UN committed a crime in East Timor by holding a popular consultation without the presence of one of the main parties in conflict (the pro-integration faction). UN counted the ballot not on the polling station, but transported it to another place without the escort or witnesses and counted them without allowing the witnesses of the pro-integration side. So what happened - UN planted East Timor Independence with Garbage.

So, a mistake has been done. Garbage has been planted by UN and from that fabricated mistake now born a country called East Timor. Now the UN workers are harvesting the garbage UN pre-fabricated in 1999. So what else will the East Timorese get after independence? It looks like only refugees (150.000 still remained in Indonesia and another 100.000 displaced in the capital of their own country) while UN staffs pass by with their glamorous cars, eat at the best restaurants in town and spend holidays in the paradise of Bali with beautiful Balinese or Javanese.

UN member countries should learn from the experience not to allow their staffs having party at the cost of the tears of the victims these staff have created.

Tell the UN commission in East Timor not to plant new more garbage and stop creating new conflicts to serve as excuse to prolong UN mission in East Timor in order to get employed.

Anónimo disse...

O comentário anterior, assinado por excelentíssimo senhor Basílio Araújo, é no mínimo merecedor de uma intervenção oficial por parte da Missão da ONU em Timor por ofender a ONU e seus esforços da paz mundial.

O dito comentário parece uma plágio e distorção de certos eventos históricos e da missão da ONU segundo os termos expressos na Carta das Nações Unidas. O autor saberá certamente qual o fim que se pretende atingir com o comentário.

Primeira das falsidades é ao afirmar: "Look what UN has done in Yugoslavia".
A intervenção da ONU na guerra civil na ex-Jugoslávia foi quase secundária, e sempre no sentido de se criarem as condições para o cessar de fogo que possibiliaria a continuação das negociações entre as partes.
Os principais culpados desse conflito eram a Alemanha e o Vaticano que reconheceram antecipadamente a independência de duas das repúblicas da federação jugoslava, a Eslovénia e a Cróacia. Naquela primeira era apenas a questão de tempo que a sua independência fosse reconhecida, visto ter cerca de 97% da população de etnia eslovena. O problema pôs-se na Cróacia em que havia duas etnias, iguais em termos constitucionais, e agravando-se com a Bósnia e Herzegovina com três grupos étnicos.
A pressão exercida pela Alemanha e pelo Vaticano sobre o resto da União Europeia, visivilmente contrária ao reconhecimento da independência antecipada, resultou no seu reconhecimento, agravando ainda mais o conflito e originando o alastramento deste para a Bósnia. Ressaltaram assim as divisões históricas da velha Europa e sua incapacidade de acção política conjunta.

A ONU teve apenas que aceitar as condições referentes ao TPI impostas pelas EUA, julgando-se apenas estadista de apenas de uma das partes do conflito. A Procuradora-Geral, Carla del Ponte, conseguiu igualmente trazer perante a justiça internacional os suspeitos de crimes de guerra de outras partes, o que também é um exemplo de que não há reconciliação sem a justiça. E esta deve ser igual para todos.

Sobre o referendo pró-independência em Timor melhor é nem falar desse assunto já que as condições do mesmo foram conhecidas mundialmente.

Reclamando o contrário é reclamar que o tempo recuasse e acontecimentos parassem antes do referendo.

Petra

Anónimo disse...

É importante ter presente o que recentemente foi escrito num Jornal em Portugal, que de certa forma vai ao encontro do meu último comentário, que não deve agradar muito aos australianos e a alguns timorenses:
“……Não entendem essas pessoas que apenas estão a inviabilizar um país? A hipotecar o seu futuro e o futuro dos seus filhos? A semear o sofrimento, a morte e a destruição? E que os motivos invocados são gratuitos, primários e inconsequentes? …..Não entendem essas pessoas que um Estado, para subsistir, precisa de (um mínimo de) Paz, Lei e Ordem? Que a violência apenas gera mais violência?.....”;
Este vosso servo acrescenta, que nunca haverá desenvolvimento sem segurança e que para os timorenses viverem em segurança o país terá de se desenvolver de forma sustentada e sem interferências externas que condicionem a vontade nacional!
Assim, tudo o que se tem passado recentemente justifica perfeitamente o comentário efectuado no seu excelente Blog, que fico satisfeito estar a incomodar e por isso aqui reitero apesar de alguns “chicos espertos” timorenses e internacionais terem a mania que são donos da verdade e que os outros são todos um cambada de estúpidos e ignorantes! Atenção ao velho ditado “ verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima”.
O que se passa em Timor é um escândalo e uma vergonha patrocinada pelo PR e seus amigos australianos (através de alguns pontas de lança como a sua linda e simpática mulher bem conhecida do também seu especial amigo RH!!!!!) com a utilização e manipulação de Reinado e companhia o que não dignifica o Estado de Direito e a imagem do país e dos timorenses perante a Comunidade Internacional. Já não existe a mesma onda de solidariedade e respeito pelos líderes timorenses, que demonstram não merecer o seu povo nem o sacrifício de todos os que lutaram pela independência. Será que o PR, RH e os restantes intervenientes no golpe institucional ainda não perceberam que podem existir provas muito grave e comprometedoras? E que estão a ser usados pelos políticos do país dos “cangurus” com apoio dos “cowboys”? O PR deixou de estar lúcido e hipotecou todo o crédito e prestigio internacional e mesmo a nível nacional!!! Quando se aperceberem já será tarde porque os australianos vão descartá-los ou fazê-los desaparecer…. Existem de facto essas provas, pois não são apenas os australianos com capacidade de trabalhar “underground”, que serão entregues no momento, local próprios e instâncias internacionais adequadas para evitar manipulações, tendo em vista o processo de impunidade em curso com o patrocínio de alguns responsáveis do sistema judicial e das NU, que também terão de prestar contas!! Já foram enviadas algumas das provas para a sede da ONU, através de canais especiais.
Em síntese, podemos dizer que terá de ser o povo timorense, através de uma efectiva mobilização nacional, a proceder com urgência a uma verdadeira triagem daqueles que não interessam ao país e a encontrar a solução adequada, que não passe apenas pelas visões lunáticas e utópicas, do PR e seus amigos, relacionadas com a famosa “reconciliação”, fechando os olhos à justiça, tendo em vista a total impunidade!
Este vosso servo continua a acompanhar a situação com muita atenção e voltará a dar notícias. CH

Anónimo disse...

Basílio Araújo deve estar equivocado quando fala em "UN garbage". Certamente confundiu o referendo de Timor-Leste com o "referendo" de Papua Ocidental...

Anónimo disse...

Basilio de Araujo? Esse lacaio traidor que, com alguns mais, tentou impedir o processo para as votacoes livres em 1999? Olha quem apareceu em cena. E ainda faltam uns poucos mais a surgirem a tona ou que preferem continuar eclipsados. Irmaos timorenses, cuidado com os vendedores da Patria. Esses estupidos sem escrupulos sao traidores da Patria e do Povo Timorense. Nao merecem nenhum respeito.

Anónimo disse...

“We are dealing with recent events, in which many of the people from whom we have heard occupy presently positions of political responsibility. This situation has demanded a great sense of responsibility by the commission. I think this means difficult task, but I do not think it is a difficult or impossible one” said Sergio Pinheiro. Interesting statement, and one indicating serious consideration by the commission to arrive at the truth I trust.

Anónimo disse...

Pois é Petra

É pena que o direito à independência só seja reconhecido conforme nos dá jeito ou não.

Então a Croácia não tinha já sido independente antes de Tito a juntar à grande Jugoslávia?
E a Eslovénia?
E pelos vistos só se mantinham unidos pela força. À custa da repressão.

Ainda há muita gente que não ultrapassou a perda da grande Jugoslávia Titista.

Mas os mesmos que choram esta perda, foram os primeiros a aplaudir a independência por exemplo de São Tomé e Príncipe.
Onde não havia razões históricas (eram ilhas desabitadas e desconhecidas quando foram descobertas e colonizadas), nem movimento independentista.
Não estou a dizer que não têm direito a ser independentes, apenas a apontar a dualidade de critérios.

Esta "malta" de pseudo esquerda intelectual tem pouca coerência nos porpósitos.

Anónimo disse...

Basilio Araujo/Rui Lopes a mesma raiva. Ha caes raivosos que ainda teimam em ladrar! O que o comentarista de Setembro 14, 2:25:58 AM nos esta a dizer eh exactamente aquilo que se fazia nas chamadas eleicoes realizadas no tempo de Suahrto a quem esse comentarista servia como anggota! Esse sr. comentarista eh sobrinho do Bispo Basilio do Nascimento e eh um alto quadro indonesio trabalhando num dos Ministerios da area politica.

Anónimo disse...

Para o anónimo das 2:51:54,

A Croácia e Eslóvenia, antes de serem integradas na República Federativa da Jugoslávia (é seu nome correcto, não sendo a propriedade privada de nenhum estadista) não eram independentes, mas faziam parte integrante do Império Austro-Húngaro, passando a partir de 1918 a integrar o chamado Reino de Sérvios, Croatas e Eslovenos.
A Croácia teve um curto período de independência durante a II Guerra Mundial, concedida por Hitler por ser aliada da Alemanha nazi.

Admito que na ex-Jugoslávia nem todos os povos encontravam a sua expressão da identidade, devido sobretudo a grande diversidade de povos, culturas, diferenças culturais e religiosas que a componham, compreendo plenamente e reconheço o seu direito à independência.

Não se trata por isso de nenhuma atitude saudista, mas apenas da aplicar a justiça nos critérios.
Infelizmente, os interesse falam muitas vezes mais alto que a justiça.

Defendo apenas que a independência devia ter sido negociada com mais sensibilidade, como no caso da ex-Checoslovaquia, e que as unidades nacionais que pretendessem ser independentes tinham que dar algo em troca reconhecendo o respeito pela igualdade dos direitos de outros povos que permanecessem dentro da sua unidade, o que não aconteceu de maneira alguma.

Provavelmente não havia interesse que existisse uma Jugoslávia como o era na sua dimensão geográfica e populacional, preferindo-se antes retalhá-la. Aqui também foi bem aplicado o prinípio, usado desde sempre por aliados e falsos aliados:"Dividir para reinar", tal como se tem aplicado em Timor-Leste.

A questão é esta: se o dirito à auto-determinação é um princípio consagrado pela ONU, porque umas nações dispõem desse direito e outras não, ou seja porque é que, por exemplo, tanto eforço se tem feito para manter o País Basco dentro da Espanha?
Ou para dividir a ex-Jugoslávia, e agora para unificar uma Bósnia, de que se diz ser uma Jugoslávia em pequeno, quando os seus povos não se conseguem rever nesse novo país como ele está actualmente?

Mas, antes de atribuir culpas a seja quem for do exterior, atribuo-as ao povo. É deste de que depende se os outros vão conseguir levar a cabo aquilo que pretendem ou terão o suficiente de sensatez e impor a sua própria personalidade.

Petra

Anónimo disse...

Tal como diz, era o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Reconhecia-se a identidade de cada povo.

"Defendo apenas que a independência devia ter sido negociada com mais sensibilidade..."

Esquece-se que quando a Croácia manifestou vontade de se tornar independente, foi logo militarmente atacada pelos Sérvios.
Tal como fizeram com a Bósnia.
com sensibilidades destas, negociar o quê?

E só não o fizeram com o Montenegro, porque foram avisados para terem juízo e respeitarem o resultado do referendo.

Ninguém quis retalhar a Jugoslávia, não seja tola.
Para quê? Arranjar sarna para ter coceira?
Foram os próprios povos que assim o quiseram. Alguém os obrigou a pedir a independência?

E tinham razão. Tanto a Croácia como a Eslovénia, já ultrapassaram Portugal no PIB per capita e no poder de compra.

Quanto ao País Basco, já se perguntou a si mesma porque a ETA se recusa aceitar um referendo?

Anónimo disse...

Quanto à Eslovénia, é verdade que já ultrapassou o PIB de Portugal, e está a sair-se bastante bem na EU. Sobre a Croácia, receio que este ainda não seja o seu caso.

Sobre os acontecimentos da altura, não se esqueça que existia um país reconhecido internacionalmente pelo que as coisas devem ser vistas da perspectiva da legalidade e não dos que constituíram formações paramilitares atacando o exército legal e populações indefesas para as assustarem conseguindo, ao consagrerem-se vencedores, que a história fosse escrita de modo que mais lhes convinha.

Se estiver interessado em completar a superfície do seu quadro de visão, recomendo a leitura do livro: "Da Jugoslàvia à Jugoslávia" de Carlos Santos Pereira.

Com cumprimentos,
Petra

Anónimo disse...

Este assunto sai do tópico, mas o que impede a realização de um referendo sobre a autodeterminação basca é simplesmente a "Constitución Española", nada mais:

"Artículo 2
La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles [...]"

Todos estamos recordados de que o novo Estatuto autónomo da Catalunha foi chumbado pelas Cortes apenas por pretender mais autonomia linguística, judicial e fiscal. Só uma versão convenientemente "cozinhada" com o poder de Madrid conseguiu aprovação.

Isto para não falar daquele coronel do Exército que foi condenado a prisão domiciliária e aposentação compulsiva por ter ameaçado que invadia a Catalunha com as suas tropas, se a proposta do novo Estatuto catalão não fosse retirada. Dizia ele que o novo Estatuto punha em causa a unidade da Espanha e que o exército tem como dever sagrado defendê-la a todo o custo...

E, já que estamos com a mão na massa, chamo a atenção para o facto de, nas suas disposições transitórias, a Constituição espanhola prever exactamente o mesmo que se passou em Timor-Leste - transformação da Assembleia Constituinte em Parlamento Nacional:

"Octava.
1. Las Cámaras que han aprobado la presente Constitución asumirán, tras la entrada
en vigor de la misma, las funciones y competencias que en ella se señalan, respectivamente,
para el Congreso y el Senado [...]"

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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