segunda-feira, setembro 18, 2006

Sugestões de trabalho de casa para jornalistas menos atentos aos últimos acontecimentos

1. Tentar obter declarações do Presidente da República acerca das acusações de Abílio Mesquita e das exigências dos manifestantes. Porta do Palácio das Cinzas/Residência em Balibar. Pelo menos imagens da recusa do PR.

2. Idem PM Ramos-Horta, General Matan Ruak/Coronel Lere/ Oficiais FDTL e antigos combatentes, sobre as reuniões do PR. QG das FDTL, Hera e Metinaro.

3. Visita à prisão de Becora para entrevistar Abílio Mesquita "Mausoko". Pedir autorização ao Ministro da Justiça e ao próprio.

4. Entrevistar Leandro Isaac e questioná-lo sobre a sua presença/participação no ataque a casa do General Matan Ruak.

5. Entrevistar Hasegawa, que parte nos próximos dias, sobre o incidente e sobre o que pensam as Nações Unidas da realização de eleições em 2007. Que modelo de apoio ao processo eleitoral e sobre a última resolução do Conselho de Segurança.

6. Entrevista ao General Mick Slater sobre a redução da presença militar australiana para 900 efectivos, numa fase em que o Governo australiano emite avisos sobre eventuais conflitos. Questionar porque ainda não foi capturado nenhum dos 56 reclusos evadidos.

7. Idem ao responsável da UNPOL, sobre a capacidade de patrulhamento e restabelecimento da ordem na cidade de Díli, caso se confirmem as manifestações que exigem a demissão do Governo, a dissolução do Parlamento e a destituição do Presidente do Tribunal de Recurso. Questionar porque ainda não foi capturado nenhum dos 56 reclusos evadidos.

8. Entrevistas ao organizadores das manifestações anunciadas e adiadas. Investigar quem patrocina a logística das mesmas. Ir a Ermera, Gleno, Liquiçá, etc.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Pois era bom que seguissem esse passos , mas não me parece... dedo cá um dedinho que advinha...

Anónimo disse...

No telejornal da RTP passaram uma reportagem sobre a formação de professores em Timor-Leste.

Que grande exemplo de coragem e determinação demonstraram as senhoras e os senhores, futuros professores, em alacançar um sonho e um projecto de vida: uma educação superior. E que grande lição de vida eles poderão representar para aqueles jovens que vagueam pelas ruas, semeando destruição e medo por onde passam.

A reportagem que acabámos de ver mostra que vida em Timor-Leste não parou, que há pessoas que sonham com o futuro, desejam-no e sobretudo trabalham para o ter.

Petra

Anónimo disse...

Penso que a comunicação social está a fazer um trabalho demasiado superficial sobre Timor, tal como sempre aconteceu. Timor sempre foi uma terra longínqua e continua a sê-lo. Por isso, este texto poderia ser uma boa cartilha para os senhores jornalistas que se contentam em ouvir as declarações de certas pessoas, quando, se, como e onde elas quiserem, em vez de adoptarem uma atitude verdadeiramente jornalística de investigar para além daquilo que é aparente.

Em Portugal, Timor está quase sempre ausente dos telejornais, o que é lamentável.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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