segunda-feira, outubro 09, 2006

CDS apoia eventual reforço do contingente da GNR - Ribeiro e Castro

Díli, 09 Out (Lusa) - O CDS-PP apoia o eventual reforço do actual conti ngente da GNR estacionado em Timor-Leste, desde que isso seja solicitado pelas a utoridades timorenses, disse hoje em Díli o presidente do partido, José Ribeiro e Castro.

"O CDS está disposto a aceitar o reforço se isso for solicitado e sabe- se que isso é falado. Mas se isso for solicitado, o CDS não terá dificuldade em apoiar essa decisão", disse.

Ribeiro e Castro falava à Lusa e RTP no final da visita que efectuou ho je ao quartel da GNR, no âmbito da deslocação de quatro dias a Timor-Leste, inic iada domingo, tendo destacado a "excelência" do desempenho dos militares portugu eses.

"Portugal pode estar orgulhoso do desempenho destes homens, que à semel hança de outras missões em que estão elementos das forças armadas, da GNR e da P SP, prestigiam o nome de Portugal", adiantou.

"Apoiamos, como partido da oposição, a decisão do governo em enviar a GNR. Conhecíamos as dificuldades e as incertezas, mas felizmente tudo correu bem.

Sabíamos que era necessário, indispensável, vir apoiar Timor numa situação de g rande instabilidade e incerteza, e o facto das coisas terem corrido bem deve-se a qualidade, à experiência, ao excelente desempenho destes homens e do seu coman do", afirmou o líder do CDS-PP.

"Para nós, a operação em Timor-Leste é uma prioridade que deve ser entendida pelos portugueses e órgãos de soberania", vincou.

Para Ribeiro e Castro, as missões com a participação de militares e polícias portugueses, como a de Timor-Leste, constituem "factor de apoio à estabilização da democracia, do estado de Direito e consolidação institucional".

Referindo-se expressamente a Timor-Leste, o presidente da CDS salientou que está confiante no futuro, para "o que possa resultar das eleições de 2007 e para uma maior maturidade politica, para o desenvolvimento positivo do diálogo nacional".

Contudo, reconheceu, persistem "factores de incerteza no horizonte, até às eleições", previstas para o primeiro semestre de 2007.

"É indispensável garantir a ordem e a segurança depois do colapso das forças de Timor-Leste para assegurar a possibilidade da estabilização política. M as há também factores de incerteza que resultam do [relatório da Comissão de] In quérito Independente [da ONU], e a sua divulgação e a situação dos deslocados", frisou.

Além da continuação do apoio da comunidade internacional e da Comissão Europeia, Ribeiro e Castro defendeu ainda a necessidade das autoridades timorenses serem mais céleres na resolução dos problemas que estão ao seu alcance.

"Também é necessária maior celeridade das autoridades de Timor. Mas tal vez uma pressão da comunidade internacional, a partir da ONU, da Comissão Europeia, das organizações não-governamentais e da Igreja Católica, possa acelerar as respostas", acrescentou.

"São precisas respostas práticas, porque - ouvi vários testemunhos e is so é praticamente unânime - a situação das populações deslocadas pode deteriorar -se aceleradamente com o início da época das chuvas. É fundamental ter outro tip o de alojamento e o tempo para agir já é muito curto. Creio que a falta não é pr opriamente de fundos, mas da capacidade de realização e de execução e aí é preci so maior celeridade", disse.

O presidente do CDS já se encontrou com o primeiro-ministro José Ramos- Horta, o antigo chefe do governo e líder do partido maioritário, a FRETILIN, Mari Alkatiri, e o presidente do Partido Social Democrata (PSD, oposição), Mário Carrascalão, e vai prosseguir os contactos com outros dirigentes políticos, bem como com dirigentes religiosos e militares "para ter uma prestação mais completa d a sua visão da situação actual e evolução".

EL-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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