sexta-feira, outubro 13, 2006

De um leitor

Importánsia ba ko'alia portugés iha Timor Lorosa'e

O papel do português no desenvolvimento cultural e linguístico de Timor-leste é indispensável. Mesmo os timorenses que conheço, que dizem que não falam nem compreendem português, usam um tétum muito lusificado.

Quanto à acusação que o português seja uma língua difícil, o nível do inglês falado deles é bastante fraco, e o inglês escrito deles é ainda pior. Eles mesmo fazem os mesmos erros como gente que fala português, por exemplo, dizem "recourses" em vez de "resources".

Os que propõem o indonésio como língua oficial dizem que a grande maioria de indonésios continuam de falar as línguas regionais. Sim falam aquelas línguas, mas não lêem, escrevem, publicam nem emitem naquelas. O estatuto destas línguas é muito inferior, e é por isso que alguns os chamam (erradamente) dialectos.

(Outra coisa: não é preciso de chamar o indonésio "bahasa" - é o equivalente de chamar o português "língua", ou o inglês "language". Na Malásia, Singapura e Brunei, fala-se malaio, do que o indonésio é uma variedade.

Sem dúvida, o indonésio e o inglês são línguas importantes para Timor-leste, mas representam uma ameaça à identidade separada do país. O papel do português é como contrapeso às línguas dos vizinhos gigantes.

O sistema multilingue de Luxemburgo seria o melhor modelo para Timor-leste, onde estudantes aprendem luxemburguês, alemão, francês, inglês, e uma outra língua moderna ou clássica. Em Timor-leste, os estudantes devem aprender o tétum, português, indonésio e inglês, e outras línguas asiáticas e europeias, com línguas timorenses em vez de línguas clássicas.

Viva o timortuguês!

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24 comentários:

Anónimo disse...

Concordo 100% com o Timortugues ... a luta continua .. o cao ladra a caravana passa .. os golpistas liderado pelo Xanahorta ficam

Anónimo disse...

Gostei de ler o ponto de vista do/a leitor/a. De facto a opcao dos timorenses, quer atraves dos partidos politicos historicos,quer atraves do Congresso do CNRT em Setembro de 2000, pelo portugues como uma das linguas oficiais do jovem pais, tem raizes historicas e culturais. Li algures que a lingua portuguesa em Timor-Leste constituiria um dos elementos mais importantes da diferenciacao cultural, o que em grande parte dificultaria a absorcao da cultura timorense pela Indonesia. Os australianos costumam dizer que os timorenses nao querem aprender o portugues porque eh uma lingua muito dificil. A minha resposta a esses cangarus eh a de que, pessoalmente, falo, escrevo, traduzo e ensino latim, portugues e ingles e os anos que levei a estudar estas tres linguas e mais outras me dizem que o ingles e mais dificil que o portugues.
Nao respondem, mas o riso amarelo das suas faces de "camarao" diz tudo.

Com professores tao competentes como abnegados vindos de Portugal, Brasil e outros paises da lingua portuguesa e com a nossa determinacao venceremos!...

Anónimo disse...

Concordo plenamente com os dois comentarios anteriores!
Viva Timortugues!...

Anónimo disse...

I
Vai-te catar... a sério!...
Pois é a língua Portuguesa é e foi a língua da resistência, mas deverá ser parceira da língua Inglesa, Bahasa e o Tétum no desenvolvimento esta é a dura realidade que não deverá ser ignorada.
A coexistência é absolutamente necessária, o Mundo é cada vez mais constituindo por camadas e sobreposições culturais sendo imprescindível o respeito mútuo e a aceitação das diferenças culturais e linguístas.
Nós os Portugueses, somos mestres neste catamento e nesta convivência e por isso somos um povo do Mundo.
Para mim a língua Portuguesa e o casamento com a língua Tétum é a afirmação da independência de Timor Leste e da sua cultura, mas não poderá ignorar a realidade do catamento da visinhança, do mercado e do negócio.
Por exemplo, nas Filipinas a escola é dada em língua local e em Inglês e o mesmo acontece no Nepal e em Portugal o Inglês também já foi introduzido ao nível do ensino básico, isto só para dizer que tem que haver uma estratégia para a forma de estar, viver e sobreviver e não pôr um par de palas na cara, estreitando a visão, reduzindo a alegria de sabermos comunicar, de percebermos e fazer entender os nossos pontos de vista de forma universal.
Vejo a língua como a minha Pátria, o meu catar familiar, administrativo e cultural, mas como negócio, mercado e no meu desenvolvimento adiciono-lhe as línguas tantas como as necessárias.
É o espaço em se que nasce, a família, a mobilidade, as interacções, o tempo e em suma a acção transformadora do homem e das sociedades e a absoluta necessidade de se catarem, comunicarem e transmitirem ideias e necessidades que se encarregarão de em cada instante, tempo e época de escolher naturalmente as suas línguas - de reserva fica o gesto de ternura, o aceno ... e a fotografia, a tal, das mil palavras de todas as línguas e a velha máxima do vai-te catar...o que é muito bom

II
O Tétum e o Português são as línguas administrativas e culturais decretadas por uma lei democrática. E ainda bem, o resto será o mercado que resolverá, se comprar escreverá ou falará na língua franca ou na língua que acordar.
Como infelizmente Timor Leste não possui ainda indústria que possa suportar o desenvolvimento que todos queremos e desejamos terá que se catar com as ferramentas necessárias e mais adequadas, Chinês, Japonês, Malaio, Inglês normalmente contratualmente e científicamente acordada-se o uso da língua Inglesa, como na Àsia no passado se acordou no Português para as relações diplomáticas e comerciais ... o Mundo está em movimento e nesta questão do catamento está em contínua adptação e mudança.
O que importa é não se fechar as portas e as janelas e deixar de ver a paisagem e deixar entrar a alegria de sabermos transmitir e compreender os que nos escrevem ou falam.
Cabe ao Governo de Timor Leste e aos Governos de Língua Portuguesa, nomeadamente Portugal e o Brasil de como verdadeiros amigos do desenvolvimento sustentado de Timor Leste promover e criar as condições para a instrução nesta matéria da língua.
A batalha e a primeira etapa é muito bem está em curso, tudo focado nas línguas Tétum e Portuguesa, o resto virá por acréscimo e necessáriamente outros passos se seguirão, a língua é um entrosamento necessário e não possui limites, excepto no ponto vista de Governação dum País, pelas razões políticas, estratégicas e de padronização, tem que haver um diapasão e esse é a música do Tétum e do Português o que me deixa muito feliz e marca um espaço e um compasso com muitos milhões de falantes da língua Portuguesa.
Mas, isto não significa que não se abram as portas e janelas à música de outras bandas não esquecendo que é a necessidade de nos entendermos, de fazer coisas em conjunto (o som da Cultura que nos envolve) e a satisfação das nossas necessidades que constrói e faz a Língua no dia a dia na liberdade de escolha, de cantar ou gritar, por exemplo pela salvação do País da Esperança - com é a voz da diplomacia dos Países da Língua Portuguesa e dos falantes e agentes no terreno.FORÇA AMIGOS!

Malai X

Anónimo disse...

Não há dúvida alguma que o aprender não ocupa lugar! E mais ainda quando o aprender a lingua que foi utilizada como loby para a nossa luta para a independencia, provando assim que nós éramos diferentes do poder ocupante.
Na Austrália o português é ensinado não só nas escolas como parte do curriculo escolar, como também é ensinado no ministerio da defesa a tropas Australianas. E esses soldados acham que é uma lingua facil de aprender porque se escreve como se fala e se fala conforme está escrito! Pelo que eu acho que essa história do se dizer que o Português é dificil não é mais do que uma jogada politica de alguns australianos que só porque pensavam que o terem ajudado o pessoal durante a resistencia que já eram donos do distino do pais. Eles esqueceram-se ou mesmo não sabiam (porque muitos a luta foi só gritar nas ruas e andar com autocolantes nos carros defendendo os timorenses e nunca tiveram a hipotese de ver por dentro dos bastidores como é que o loby era feito, não quero dizer que despreso o trabalho deles, antes pelo contrario nos devemos estar eternamente agradecidos, mas isso não segnifica que tenhamos de perder a nossa identidade e subjugarmo-nos às imposições de todos os que nos ajudaram.) que esse foi um dos principais factores que muito contribuiu para a nossa independência.

Timurguês ou Brasilguês, Alenteguês ou Algarguês, tudo é valido porque a nossa identidade está ligada ao "GUÊS".

Kuda Tali (Rebo Rebo)

Anónimo disse...

Ami barak iha rai klaran koalia portugues la dun diak, ami balun hatene deit lia fuan ida ka rua, maibe, ami barak hatene mak tetun ho bahasa. Ne Ami foin sa'e sira ho katuas sira mak hanesan ne'e; ami nia oan sira barak hakarak mak portugues, balun hakarak tetun, bahasa indonesia sira haluha ona, ami mak sei koalia hela; diak liu ita hotu kaer deit mak portugues ho tetun; se ita kaer fali bahasa, Bapak sira sei tama fali ita nia rai i ita teinke submete ba sira tamba sira mak koalia bahasa diak liu ita. Agora daun-daun, Bapak Kuba sira komesa tama ona. Ida ne'e oin seluk fali, maibe sei hanesan oituan. Ida be angles ne husik ba ita bot sira mak koalia. Ami sira be mama loro-loron ne"e nanal tos ona. Maka ne deit. Obrigado.
Kuda buru

Anónimo disse...

Caro senhor Kuda Buru:
Hau admira ita bot nia komentariu e hau mos konkorda katak diak liu ita la bele fó imposissaum ba ita nia labarik sira atu sei koalia indonesia. Ita tenki dune kair ita nia lian tetum no mos portugues tamba lia fuan rua ne maka ita nia identidade.
Hau sei sorte ahu lian tetum, no portugues tamba amu lulik sira maka hanorin hau iha eskola.
It tei insentiva ita hoto, labarik ka katuas, ka foin sai, kaben ka klossan hodi ita aprendi ita nia lingua oficial portugues ho tetum. P´ra frente viva o Tetum e o Portugues essa é a nossa identidade.

Maracujá

Anónimo disse...

Falar o português ou qualquer outra língua não é o problema. O problema é o de sistema de educação. Se não houver um sistema bom, quer que seja a língua, o povo de Timor-Leste não vai ao lado nenhum.

Anónimo disse...

Kuando hau visita Timor primeria vez tinan kotuk ne hau admira Timor kiik oan sira iha escola primaria aprende kolia Portugues. Hau hanoin gerasaun foun ida ne sei kolia Portugues.

Ita nia lingua oficial ita tenki usa Portugues ho Tetum. Ita mos tenki kolia bahasa, no ingles e importante tamba ne halo Timor multi-ligual e loke fonte communicasau ho ita nia vizinhos. Mais ne la significa ke ita tenki representa Ingles no Tetun iha kurikulum escola Timor nian no.

Concodo ita tenki avansa ho Portugues e Tetun.

Anónimo disse...

Não tem nada a ver com o texto divulgado. Vamos ao desporto:

Nos jogos da Lusofonia Portugal venceu Timor por 56 a zero.

e uma pena .
Sabem que da selecção Australiana ( futebol de salao) fazem parte dois irmaos timorenses, o Fortunato e o Atito de Carvalho. Tambem jogam a alto nivel o Nelson Ribeiro e o seu irmao Nelito Ribeiro. Porque que quando s ão selecções nacionais nao vão buscar tambem os timorenses que jogam fora do pais. È assim que fazem com os jogos de futebol e outros.
Ainda temos mais atletas que na Australia se salientam e representam a Australia a nivel de selecção nacional e estatal.
Por exemplo temos a ginasta ruth Moniz que colocou a Australia em 11 lugar e mais recentemente foi seleccionada em Melbourne para a selecção do Estado de Victoria em Netball, a jovem Tania Guterres.

Anónimo disse...

Acho bem utilizar atletas Timorenses residentes na diaspora como tambem dar a oportunidade como Timorenses de votar nas eleicoes. Abaixo a descriminacao.

Arbiru.

Anónimo disse...

Concordo. Abaixo a descriminacao. Unidos todos seremos vencedores

Anónimo disse...

"O sistema multilingue de Luxemburgo seria o melhor modelo para Timor-leste, onde estudantes aprendem luxemburguês, alemão, francês, inglês, e uma outra língua moderna ou clássica.
ESTA IDEIA SERIA EXCELENTE SE O POVO TIMOR-LESTE JA TIVESSE UMA ESCOLARIDADE BASICA CAPAZ DE APREENDER OUTRAS LINGUAS, MAS INFELIZMENTE VIVE AINDA OS SEUS PRIMEIROS ANOS DE INDEPENDENCIA E ENSINO MUITO FRAGEIS.~
ESTA SERA UMA OPCAO QUE IRA CONCERTEZA DILUIR A APRENDIZAGEM DAS LINGUAS OFICIAIS, CRIAR EM TIMOR UMA AUTENTICA TORRE DE BABEL E ONDE O TETUM E PORTUGUES SERAO POUCO DIVULGADOS E CADA VEZ MAIS CONFUSOS E MAIS UMA PORTA ABERTA PARA QUE "A LINGUA INGLESA SEJA O FACTOR DE CONVERGENCIA E ENTENDIMENTO ENTRE TODOS" ......
MAIS UMA "AUSTRALIANICE"? ASSIM NAO TEREMOS NUNCA UM TIMOR LIVRE E INDEPENDENTE....

Anónimo disse...

TRanscrição por não estar on-line:

Austrália vai ter comando próprio em Timor-Leste

Público, 13 de Outubro de 2006

Por: Adelino Gomes

Timor-Leste desistiu de defender a integração dos militares australianos na próxima missãp da ONU no país. Num encontro com o seu homólogo John Howard, em Camberra, o primeiro-ministro José Ramos-Horta declarou-se convencido de que, dada a escassez de recursos, é preferível combinar forças de manutenção da paz, fornecidas por esta organização mundial, com actores regionais.

A oposição do Brasil, Malásia, Nova Zelândia e Portugal deverá assim ser insuficiente para evitar que a Austrália - como desde o início exigiu, apoiada pelos EUA, Grã-Bretanha e Japão - assuma uma posição de supremacia militar em Timor-Leste, subalternizando o papel das outras componentes da missão, cuja composição definitiva será aprovada no próximo dia 25, em Nova Iorque.

Horta anunciou, na mesma ocasião, que o Parlamento Nacional ratificará, em Novembro, o tratado de exploração conjunta de petróleo e gás natural no mar de Timor. E revelou que o relatório da ONU sobre a violência de há meio ano, aguardado com grande expectativa e receio de novos confrontos, deverá ser tornado público na próxima segunda-feira.

O primeiro-ministro timorense manifesta-se favorável à emergência, já nas próximas eleições legislativas e presidenciais, de líderes da nova geração. Admite, contudo, que se assim não acontecer, pode ele próprio candidatar-se a qualquer dos dois lugares.

Um recente relatório do International Crisis Group (ICG) sugeriu que Xanana Gusmão e o ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, desistam de qualquer papel nas eleições de 2007 “para que novos líderes possam emergir”.

O ICG é presidido pelo chefe da diplomacia australiana Gareth Evans e co-dirigido pelo ex-comissário europeu Chris Patten e pelo antigo embaixador dos EUA na ONU Thomas Pickering.

Evans protagonizou com Ali Alatas, seu homólogo indonésio, a assinatura de um tratado de partilha dos recursos petrolíferos do mar de Timor, em 1989. “Um momento nauseabundo da tragédia de Timor”, segundo o cineasta John Pilger, que no seu filme Death of a Nation (1994) incluiu imagens dos dois ministros a festejarem a assinatura com champanhe, a bordo de um avião militar australiano que sobrevoava Timor.

Anónimo disse...

Hei kuda buru, o nian ideias nee sei seculo rua tolu liu, tenki hare ba oin, ohin loron iha seculo 21 dadaun nee la iha pais ida iha mundo nee mak hakarak atu invade pais ida, hare dait golpe militar iha Gune Bisau iukus liu agora iha Thailandia. Militares sira hatun/halo golpe mas sira la tur iha governo, tamba se hanesan nee comunidade internasional sira sei halo pressao makas liu. Nee so para ohan aan deit. Neduni tenki hanoin katak deficilmente pais seluk ida sei hanoin halo invasao, a nao ser invasao economica.

Anónimo disse...

Meus Caros

Cumprem-se hoje precisamente trinta e oito (38!!) anos da minha primeira chegada a Timor-Leste, e recordo com uma certa nostalgia e como se fosse agora os momentos que vivi na amurada do navio “Timor” a ver a cidade de Dili, o Palácio do Governo e as suas ruas mais próximas…..

ruas que, naquele mesmo momento, eram percorridas por uma procissão a Nossa Senhora, pois estávamos a 13.outubro…

Por essa terra permaneci uns anos, lá casei com uma timorense (de quem tenho duas filhas mulheres timorenses!!!), e por lá tenho estado inúmeras vezes desde meados de Novembro.1999, em trabalho e em férias…

Recordo ainda com emoção o momento da minha segunda chegada a Dili, em meados de Novembro.1999, vindo de Darwin no “catamaran” das tropas australianas (não existiam nesses tempos voos comerciais para Dili…), com os cheiros a queimado a penetrarem nas nossas narinas e a cidade ainda coberta de detritos provenientes da destruição das milícias… detritos nos passeios pois a Interfet os tinha varrido para os lados para poder pass(e)ar os blindados nas ruas de Dili…

recordo ainda que, passados poucos dias e nos arredores de Dili naquilo que era na altura a “casa” onde vivia o Leandro Isac e sua família, tive a oportunidade de realizar um encontro com o João Carrascalão, o David Ximenes e o próprio Leandro (e ainda o Major Rossini)… e, ainda, uma longa conversa com Xanana em Ailéu e os encontros com “velhos” conhecidos e companheiros das lutas na diáspora que começavam entretanto a chegar ao território… tenho filmagens nos primeiros dias de Dezembro.1999 aquando da inauguração da sede do CNRT na “casa chinesa”, com o Mari, o Ramos-Horta e tantos tantos outros na varanda do edifício e o Xanana a fazer as honras da casa no hastear da bandeira…

Naqueles tempos todos acreditávamos que a independência, a surgir em breve, iria possibilitar que o Povo Timorense conhecesse finalmente a liberdade, a democracia e o desenvolvimento social e económico porque tanto lutou e sacrificou muitas vidas…

Entretanto, quanto a Timor-Leste faço tenções de por lá acabar os meus dias e é com profunda angústia e preocupação que assisto impotente ao que se está a passar no país….

não tendo qualquer ilusão de que os infaustos acontecimentos no país vão continuar a proliferar por mais uns meses, sob a batuta de interesses ilegítimos e estranhos a Timor-Leste, aguardo contudo que com as eleições de 2007 (espero bem que as não adiem como parece ser já a pretensão de muito boa gente!!!) a situação se clarifique por uma vez e melhore de forma significativa, para bem de Timor-Leste e, fundamentalmente, para bem das suas gentes de todos os lados e quadrantes…

Por último, resta-me deixar aqui expressos os meus agradecimentos ao malai azul pelo lançamento deste blog e, acima de tudo, pelo esforço de o manter, não obstante muitas vozes da reacção que por cá aparecem!!!! pois tem sido para mim (e tenho consciência de que o é também para muita gente!!) o veículo central de informação e clarificação do que se passa no país…

bem haja!!
e VIVA TIMOR-LESTE, enquanto Estado de Direito independente e democrático, e liberto das garras dos aussies e outros que tais………

PS: fazia tenções de vos enviar um cheirinho de Timor-Leste em 1969!!às portas de Dili e em março.2004 em Laleia.... não consegui fazê-lo!!! lamento-o....

Anónimo disse...

Vamos ver se a comissão de inquérito patrocinada pela ONU vai ter a coragem e ser isenta em relação a todos os intervenientes responsáveis… Não deixa de ser curioso o PR já andar a fazer comentários sobre os eventuais responsáveis...Questão muito importante: Porque é que ele e os seus amigos australianos já têm conhecimento do que está no relatório? (querem saber o dia e quem deu conhecimento?). Por exemplo: no incidentes do dia 25MAI06 há um internacional (querem que diga o nome?) que afirma ter sido as F-FDTL a abrir fogo sobre a PNTL (devem estar a brincar e pensam que são todos parvos). Mas o grande problema são as provas - Filmes dos incidentes, dos encontros e gravações das conversas de alguns conspiradores com o PR e o actual PM, assim como outros testemunhos, que já foram entregues directamente ao Secretário-Geral das NU, porque parece que a comissão não esteve muito interessada (será que foi manipulada pelos jogos de bastidores do PR e do seu chefe de gabinete!?). Não se esqueçam "A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA". É tudo uma farsa, tendo em vista a impunidade de alguns dos principais responsáveis, que a ONU (manipulada pelos homens das terras dos “cangurus”) não pode patrocinar e lá vai continuar a instabilidade e a desgraça dos timorenses!
O GRANDE OBJECTIVO DAS "BESTAS" DOS AUSTRALIANOS E SEUS LACAIOS É PROVOCAR INCIDENTES E INSTABILIDADE PARA QUE NÃO POSSA HAVER ELEIÇÕES OU ESTAS SEJAM IMPUGNADAS". QUE PENA OS TIMORENSES NÃO ABRIREM DEFINITIVAMENTE OS OLHOS E SE UNIREM PARA CORREREM COM ESSA GENTE PARA FORA DO PAÍS…ANALISEM COM ATENÇÃO E CHEGARÃO À CONCLUSÃO QUE O PR ESTÁ “NUM BECO SEM SAÍDA”. De facto é pena! Sempre disse, que as missões das NU, principalmente a UNOTIL, têm sido responsáveis directa ou indirectamente por quase tudo o que tem acontecido (quer por omissão ou falta de acção). A comissão vai apontar alguns dos responsáveis (arraia miúda) mas os principais, VÃO FICAR IMPUNES!!!!! Como é que já sei? Descansem que não sou bruxo. Para o PR e seus amigos (ou inimigos?) o grande tribunal será a sua própria consciência e o povo timorense. Quem fez acordos com os indonésios na cadeia é capaz de tudo.…Será que já vendeu a soberania dos timorenses? Quais as contrapartidas dos intermediários ou mediadores? Até breve. Continuarão a ter notícias minhas. Primo do RAMELAU

Anónimo disse...

Lafaek Moris,

Reconheço que Timor Leste não é o Luxemburgo, mas é importante para aprender da experiência de um outro pequeno país com vizinhos gigantes.

Na minha versão deste sistema, o tétum seria o meio de instrução da educação primaria, e o português o meio de instrução da educação primaria. O indonésio e inglês seriam ensinado como línguas estrangeiras - importantes, sim, mas não meios de instrução. Isto impederia a criação de um Torre de Babel.

Mesmo na epoca portuguesa em Timor, foi a possibilidade de aprender uma outra língua estrangeira alem de inglês, embora tenha que ser o indonésio e não o francês. Nos sistemas de educação de outros países na região, não há quase nenhuma oportunidade para estudantes aprenderem qualquer língua estrangeira alem de inglês, asiática nem europeia.

Este sistema seria melhor que a proposta do acadêmico George Quinn, que faria o tétum o meio de instrução principal com o inglês a segunda língua nas escolas, com apenas "a oportunidade" de aprender o português e o indonésio.

Isto é exactamente o que fizeram os EUA nas Filipinas no século passado com a promoção do tagalog e inglês e a marginalização do espanhol. Os americanos chamavam os filipinos "Little Brown Brothers" (pequenos irmãos morenos) e há alguns australianos que querem fazer o mesmo.

Anónimo disse...

Correcção: o português o meio de instrução da educação secundaria

Anónimo disse...

Em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, a escolaridade é toda feita em português. O que não faz, por exemplo, que os cabo-verdeanos tenham deixado de falar crioulo.

Não percebo a vantagem de só se ensinar português no secundário, numa altura em que a aprendizagem da língua é mais complexa.

Só se alguém tem problemas em que o português passe a ser a língua materna dos novos timorenses.

Só se for por causa desta nova experiência denominda TLEBES (Terminologia Linguistica Ensino Básico e Secundário). Aí sim, ficará difícil até para os estudantes portugueses em Portugal.

Anónimo disse...

Eu sou um timorense que há pouco tempo aprendi a língua de Camões. Posso dizer que o português é uma língua que instrui ,que educa , e muitas vezes para as pessoas que dominam bem o português têm sempre uma postura diferente , um grau de superioridade à nível intelectual.Talvez porque o português tem a sua origem no latim , de maneira que a sua natureza é bastante cultural e religiosa tendo como raiz o cristianismo onde se transforma uma pessoa altamente culta e respeitosa. Acho que é a única língua que possa transformar um indivíduo a saber raciocinar antes de agir .Por isso , é uma língua que educa e instrui.

No que se refere a língua Indonésia , eu digo que não gosto , pois o saber não ocupa lugar . Porém , é triste e lamentável se um timorense aceitar o Indonésio como língua oficial ou língua de instrução. Eu nesse ponto não concordo porque quando os indonésios foram derrotados na consulta popular,queriam acabar com as suas marcas em Timor Lorosa'e , não queriam que o povo timorense ficasse com aquilo que eles construíram durante os 24 anos. Portanto , penso que todo o mundo sabia disso. Agora faço esta pergunta : Se na altura a Língua Indonésia fosse um objecto,por exemplo, um edifício de 5 estrelas , eles deitavam abaixo ou não ? Por isso , ainda bem que fosse uma língua , e por ser uma língua ninguém poderia eliminá-la.
Outro exemplo , muitos estudantes que já estavam satisfeitos com a vitória e embarcaram no dia 5 de Setembro de 99 de Jakarta foram todos eliminados no Cais de Díli. Esses jovens estudantes foram para Jakarta fazer um curso superior , é óbvio que falavam o indonésio... mas na altura ninguém os respeitava ,principalmente a vida deles.

Para terminar , eu não concordo que a língua indonésia seja uma língua de instrução no meu país.Aprender para negociar, sim.

Anónimo disse...

A vantagem do ensino primário e secundário em português é a possibilidade/facilidade de utilizar conteúdos (manuais, programas, gramáticas, livros, dicionários,etc) de outros países. Ter acesso a conhecimento já trabalhado em outros países para não ter de começar do zero em tudo com o tetum.Esses conteúdos têm já chegado ao Timor Leste através de Portugal e do Brasil. Mas mais, muito mais é preciso.
E depois permitir que os alunos no secundário e no ensino superior aprendam mesmo o que é preciso aprender para serem bons profissionais quando chegar a altura de o serem. O que é preciso é pôr a língua ao serviço dos timorenses.Por forma a que a juventude que está agora na escola em dez quize anos chegue ao mercado de trabalho preparada para a vida. Vão ser a geração do Timor-Leste independente. Aé vai-se medir o sucesso do novo Estado. È preciso pois continuar a formar os professores, sobretudo do secundário para que possam efectivamente passar conhecimento aos alunos, prepará-los mesmo!

Anónimo disse...

Eu concordo com a tua afirmação, porque se os timorenses aceitarem e gostarem de aprender o português têm mais valia ,pois já têm muitos irmãos espalhados pelos cinco continentes do mundo e estão dentro desta grande família que é LUSOFONIA.

Anónimo disse...

POR ESTE MEIO FAÇO CHEGAR A TODOS QUE SE RESPONSABILIZAM PELA IMPLEMENTAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM TIMOR PARA EM PRIMEIRO LUGAR , FORMAR OS PROFESSORES TIMORENSES DOS VÁRIOS NÍVEIS DE CONHECIMENTO , CONTINUAR A APRENDER A GRAMÁTICA QUE É COISA FUNDAMENTAL , E, PERANTE OS ALUNOS ELES PROCUREM FALAR SOMENTE O PORTUGUÊS TANTO NA SALA DE AULA , NOS RECREIOS , COMO TAMBÉM ENTRE OS ALUNOS , OU SEJA , PROFESSORES COM ALUNOS , ALUNOS COM ALUNOS.
MESMO QUE FALEM MAL , MAS É SEMPRE IMPORTANTE TREINAR A LÍNGUA E OS MOVIMENTOS DOS LÁBIOS.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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