sexta-feira, outubro 20, 2006

EAST TIMOR: CHRISTIANS SHOULD RESPECT THE MUSLIM MINORITY, SAYS PREMIER

Dili, 20 Oct. (AKI) – As the Muslim holy fasting month of Ramadan draws to a close, the constant harassment of the 500 Muslims, sheltered in the Annur Mosque in Dili, the capital of East Timor, has been condemned by East Timor's prime minister, Jose Ramos-Horta. In an interview with Adnkronos International (AKI), Horta said that Christians should respect the Muslim minority and the attacks that have occurred since the riots erupted in the country in May must stop.

"I condemn these attacks against our Muslims brothers and sisters who are now on their holy fasting month. In this period, more than ever, we should show our respect to them because they are minority," Horta told AKI.

Together with the Philippines, East Timor is the only predominantly Catholic country in Southeast Asia. According to a local Muslim official, there are only 2,452 Muslims in East Timor. However, according to the CIA Fact Book and several other sources, Muslims form four percent of the roughly one million inhabitants.

"We have very good relationship with our Muslims in East Timor. Every year our president [Xanana Gusmao] and our Catholic religious leaders and I have celebrated the end of the fasting period [Eid-ul Fitr] with them," Horta added.

The 500 Muslims sheltered in the mosque are part of the thousands who have been forced to flee their homes after the violence erupted in the former Portuguese colony last May.

A dispute within the army started the widespread riots that eventually led to the fall of former prime minister Mari Alkatiri's government and the deployment of foreign troops to East Timor.

As AKI was able to confirm, the Muslims have been the subject of constant harassment and sporadic violence by a mob of Christian youths, who often act under the influence of alcohol.

"We have been attacked many times," Annur Mosque Coordinator, Anwar da Costa, told AKI.

He then blamed the United Nations Police (UNIPOL) for failing to protect them.

"UNIPOL is doing nothing for us. Many of my people in the mosque were attacked. Some of them were serious injured during the fasting month," he added.

UNIPOL Commissioner, Portuguese police superintendent, Antero Lopes said that he had received information and complaints from the Muslim community and confirmed that UNIPOL will conduct routine patrols around the Annur Mosque area.

"The protection of the Muslim community is one of our programmes. I believe that daily contact will be intensified," he told AKI.

In the meantime, the president of the Muslim Community Centre of East Timor, Arif Abdullah Sagranm, forgave the attackers and minimised the problem.

"We forgive those who have attacked us because Islam loves peace and stability," he said, adding that the attacks hadn’t had a serious impact on the celebration of the fasting month.

He then told AKI that, due to the crisis in East Timor, Eid-ul Fitr [the day that marks the end of the fasting month of Ramadan] was going to be celebrated with only a simple ceremony.

"We will celebrate Eid-ul Fitr next Tuesday in a simply way. We will not invite our formal leaders including the East Timor Catholic Church leaders," he said.



(Fsc/Gui/Aki)
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2 comentários:

Anónimo disse...

Tolerância e convivência fraterna: são ensinamentos de Bento XVI.

Anónimo disse...

Tradução:
TIMOR-LESTE: CRISTÃOS DEVEM RESPEITAR A MINORIA MUÇULMANA, DIZ O PRIMEIRO-MINISTRO
Dili, 20 Out. (AKI) – Quando chega ao fim o mês sagrado de jejum do Ramadão, o assédio constante aos 500 muçulmanos, abrigados na Mesquita de Annur em Dili, a capital de Timor-Leste, foi condenada pelo primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta. Numa entrevista com Adnkronos International (AKI), Horta disse que os cristãos deviam respeitar a minoria muçulmana e que os ataques que têm acontecido desde que os distúrbios irromperam no país em Maio devem parar.

"Condeno estes ataques contra os nossos irmãos e irmãs muçulmanos que estão agora no seu mês sagrado de jejum. Neste período, mais do que nunca, devemos mostrar o nosso respeito com eles porque são minorias," disse Horta a AKI.

Juntamente com as Filipinas, Timor-Leste é o único predominantemente Católico lno Sudeste da Ásia. De acordo com um funcionário local muçulmano, só há 2,452 muçulmanos em Timor-Leste. Contudo, de acordo com o CIA Fact Book e várias outras fontes, os muçulmanos são quatro por cento da população de cerca um milhão de habitantes.

"Temos muito boas relações com os nossos muçulmanos em Timor-Leste. Todos os anos o nosso presidente [Xanana Gusmão] e os nossos líderes religiosos católicos e eu temos celebrado o fim do período de jejum com eles," acrescentou Horta.

Os 500 muçulmanos abrigados na mesquita fazem parte dos milhares que foram forçados a fugir das suas casas depois da violência que irrompeu na antiga colónia Portuguesa no passado mês de Maio.

Uma disputa no seio das forças armadas começou distúrbios que se espalharam e que levaram eventualmente à queda do governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri e ao destacamento de tropas estrangeiras para Timor-Leste.

Como AKI pôde confirmar, os muçulmanos têm sido objectos a assédio constante e a violência esporádica por uma multidão de jovens católicos, que muitas vezes actuam sob influência do alcool.

"Fomos atacados muitas vezes," disse o coordenador da mesquita de Annur, Anwar da Costa, ao AKI.

Depois acusou a Polícia da ONU (UNIPOL) por não os proteger.

"A UNIPOL não faz nada por nós. Muita da minha gente na mesquita foi atacada. Alguns deles foram feridos com seriedade no mês do jejum," acrescentou.

O Comissário da UNIPOL, o Português superintendente da polícia, Antero Lopes disse que tinha recebido informação de queixas da comunidade muçulmana e confirmou que a UNIPOL conduzirá patrulhas de rotina á volta da área da mesquita Annur.

"A protecção da comunidade muçulmana faz parte do nosso programa. Acredito que o contacto diário será intensificado," contou ao AKI.

Entretanto, o presidente do Centro Comunitário Muçulmano em Timor-Leste, Arif Abdullah Sagranm, perdoou os atacantes e minimizou o problema.

"Perdoamos a todos os que nos atacaram porque o Islão ama a paz e a estabilidade," disse, acrescentando que os ataques não tinham tido um impacto sério na celebração do seu mês de jejum.

Disse então ao AKI que, devido à crise em Timor-Leste, Eid-ul Fitr [o dia que marca o fim do mês de jejum do Ramadão] ia ser celebrado somente com uma simples cerimónia.

"Celebramos o Eid-ul Fitr na próxima Terça-feira de maneira simples. Não convidaremos os nossos líderes formais incluindo os líderes da Igreja Católica de Timor-Leste," disse.



(Fsc/Gui/Aki)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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