segunda-feira, outubro 23, 2006

Há suspeitas da violência ter motivação politica - PM Ramos-Horta

Díli, 23 Out (Lusa) - Os recentes casos de violência em Díli, que provocaram este fim-de-semana pelo menos dois mortos e um ferido, poderão ter motivações políticas, considerou hoje o primeiro-ministro José Ramos-Horta.

O chefe do governo, que falava à Agência Lusa à partida para o Vaticano, onde será recebido esta semana em audiência pelo Papa Bento XVI, salientou que "muito brevemente poderemos desvendar este mistério".

"A polícia está a levar isto a sério e acredito que muito brevemente poderemos desvendar este mistério. Estarão pessoas deliberadamente a fomentar a instabilidade, a violência com fins políticos, ou na realidade (a violência) continua a ter apenas dimensão criminal, tratando-se de rivalidades de grupos de artes marciais", disse.

José Ramos-Horta adiantou existirem informações que apontam para que os actos de violência façam parte de uma agenda política.

"Há informações, não confirmadas, de que há elementos organizados nalguns campos (de deslocados), nalguns bairros, conluiados com certos elementos da ex-Polícia Nacional de Timor-Leste, com grupos de artes marciais, envolvidos na violência", frisou.

"Fala-se também de dinheiro que recebem. Quando há dinheiro a circular para instigar a violência, isso poderá significar já uma agenda política de alguém, de alguns sectores", declarou, sem adiantar pormenores.

"Não temos elementos. Há indícios. Há pessoas que dizem, que falam. A polícia internacional está a fazer uma investigação aturada, mas não temos ainda nada de concreto", reconheceu.

Segundo fonte hospitalar contactada pela Lusa, no sábado e domingo pelo menos duas pessoas morreram e uma ficou ferida, em consequência da violência registada em vários pontos da capital timorense.

Alguns órgãos de comunicação social estrangeiros aludiram à existência de mais dois mortos, mas a Missão Integrada da ONU em Timor- Leste (UNMIT) e o Hospital Nacional não confirmaram à Lusa a existência de mais vítimas mortais.

Durante a estada no Vaticano, o chefe do governo timorense vai ainda reunir-se com o secretário de Estado do Vaticano, com quem debaterá o início do processo de discussão da Concordata.

"Trata-se da primeira visita oficial de um primeiro-ministro de Timor-Leste ao Vaticano", destacou.

O regresso a Díli está marcado para o próximo dia 30.

EL-Lusa/Fim

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7 comentários:

Anónimo disse...

O que acontecerá ao Comandante da PNTL, Paulo Martins, que esvaziou o paiol e abandonou o seu posto quando as populações de Díli estavam a viver momentos dramáticos? Quem e o verdadeiro Paulo Martins? Que papel desempenhou durante a ocupação? Quem lhe deu ordens para esvaziar o paiol? Porque e que não reforçou a polícia no dia 28 de Abril a pedido de Alkatiri na qualidade de PM da RDTL? Onde se refugiou quando desapareceu de Díli? Não foi para Aileu mas foi para um outro sitio de protecção onde estavam albergados todos os cúmplices do golpe de estado. Quem lhes deu guarida? Foram os protagonistas do golpe de estado em TL? Deixemos de iludir-nos com os resultados das investigações da Comissão de Inquérito das NU. O relatório não me satisfaz. Lê-se entre linhas que se omite de propósito acontecimentos importantes para que os protagonistas do golpe de estado não sejam descobertos. Um dos exemplos e o caso dos contentores de armas. Alegou-se que estas armas foram distribuídas aos civis. A Comissão de Inquérito das NU fez uma investigação exaustiva sobre isso? Onde estão os resultados? Porque se omite isto?
Porque tantas omissões e tantos mistérios ? Estejamos atentos e vigilantes.

Anónimo disse...

PÚBLICO - Domingo, 22 de Outubro de 2006
Australianos barram caminho a general timorense por duas vezes

Adelino Gomes

Patrulha detém Ruak à porta do quartel-general. Horta diz que o comandante do contingente pediu desculpas ao Governo

O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) foi retido por patrulhas australianas, por duas vezes consecutivas, nas proximidades das instalações do quartel-general, em Taci-Tolu, onde se dirigia, apurou o PÚBLICO.

Quarta-feira, dia 18, Ruak foi mandado parar por militares australianos e viu-se impedido de prosseguir o caminho durante cerca de 25 minutos. No dia seguinte, elementos do contingente australiano, estacionado em Timor-Leste a pedido das autoridades deste país, barraram-lhe de novo o acesso às instalações do quartel-general, mas dessa vez durante 45 minutos. Num incidente separado, elementos da segurança de Matan Ruak - antigo comandante militar da guerrilha e, hoje, o mais graduado dos oficiais timorenses - foram igualmente retidos por militares australianos, que os agrediram.

"Confirmo a ocorrência do incidente. O brigadeiro Mick Slater, comandante das forças australianas, fez apresentação de desculpas formais ao Governo e está à espera de um encontro com o brigadeiro-general Taur Matan Ruak para lhe apresentar um pedido de desculpas formais e por escrito", disse ao PÚBLICO o primeiro-ministro, José Ramos-Horta. O encontro não está ainda marcado e provavelmente só ocorrerá no fim da semana que agora se inicia.

O recente relatório da Comissão Especial Independente da ONU, encarregada de averiguar os incidentes sangrentos de Abril e Maio passados, em Timor-Leste, recomendou que Matan Ruak seja investigado judicialmente por transferência ilegal de armas. A Comissão acusa Ruak e o então ministro da Defesa, Roque Rodrigues, de, com a sua actuação, terem criado uma situação de "perigo potencial significativo".

Apesar de considerar "natural" esta recomendação, o primeiro-ministro manteve publicamente a sua confiança em Ruak. "Obviamente a decisão cabe ao Procurador-Geral da República mas não me parece que haja aí novidades", disse Horta ao PÚBLICO, horas depois da divulgação do relatório. "Nunca foi segredo - pois o comando das F-FDTL não andou a escamotear os factos - que o comando das F-FDTL distribuiu armas a veteranos da luta. Mas logo a seguir, quando receberam orientações para as recolher, assim o fizeram sem hesitação. Todas as armas foram recolhidas e verificadas por uma Comissão Internacional composta de observadores de Portugal, EUA, Austrália, Nova Zelândia e Malásia. Por isso, não me parece que haja necessidade de maiores investigações", explicou.

Anónimo disse...

"DUO DA PAZ"

Bispo Belo Presidente
Ramos Horta Primeiro Ministro

"Liderando a mais jovem nacao do milenio"

Anónimo disse...

"RUMO `A PAZ"

Anónimo disse...

Ximenes Belo caga entencas agora, mas quando a falecida Madre margarida comecou a falar, cavou daqui a sete pes doente e so parou em Mocambique. O Horta tambem caga sentencas mas passa a vida a laurear a pevide pelo estrangeiro, enquanto a populacao se esfaqueia e se mata.Que grande Presidente e PM dariam estes dois Nobeis da Paz. Um inquerito aserio ea podridao destes dois artistas que mereciam era o Nobel da Hipocrisia e nao da Paz.

Terça-feira, Outubro 24, 2006 4:04:40 PM

Anónimo disse...

Ukun Racik Aan ,
Kaer Racik Kuda Talin
Kaer kois kuda talin
Kaer fali kuda lasan

Kaer fali kuda lasan
Doko tun doko sa'e
Kaer metin rabat oh
Kaer Lasama rabat rae

Anónimo disse...

Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai

Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.

Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.

Kuda Reno ou Kuda Burro Timor Oan Rai Nain precisa de sair do colonialismo e caminhar adiante com o inquebrantavel desejo de Ukun Racik Aan , Kaer Racik Kuda Talin

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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