terça-feira, outubro 24, 2006

Homem morto no exterior de igreja em Timor durante as orações da noite

Tradução da Margarida.

SMHT.com

Outubro 23, 2006 - 7:53PM

Dois homens foram esfaqueados até à morte no exterior de uma igreja durante as orações da noite em Timor-Leste, disse um funcionário do hospital na Segunda-feira, na última violência a perturbar a pequena nação desde que tropas estrangeiras chegaram em Maio.

Quatro outras pessoas, incluindo um cidadão chinês, foram feridas nas lutas no domingo à noite entre gangs rivais na capital,disse Dili, António Caleres, director do Hospital Nacional de Dili.

O atirar de pedras entre dois grupos de jovens espalhou-se para a igreja Católica de Aimutin onde partiram as janelas antes de esfaquearem dois homens não identificados, disseram testemunhas. Ambos foram mortos a blocos da igreja.

O cidadão Chinês foi esfaqueado no estômago, disse Caleres. Não há mais detalhes disponíveis.

Antonio Transfiguração, responsáveis dos padres Salesianos em Timor-Leste, disse que a violência era particularmente porque ocorreu "perto de um lugar santo quando decorria a missa .... perdemos a nossa dignidade como seres humanos."

Entretanto, o Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo, cuja resistência à sangrenta ocupação da Indonésia o fez ganhar juntamente com o Primeiro-Ministro José Ramos Horta em 1996, o Nobel da Paz, disse que se encontraria com os soldados desertores para ajudar a encontrar uma solução para a instabilidade política em curso.

Belo, agora um missionário em Moçambique, está numa visita de 10 dias à nação inquieta.

"É tempo de acabar com a violência e a crise," disse hoje aos deslocados.

"É muito fácil para nós matar os nossos irmãos e irmãs Timorese ... a nossa cultura é uma cultura de guerra e não uma cultura de paz."

Belo disse que terá conversas com o desertor e em fuga comandante da polícia militar Alfredo Reinado – que fugiu em Agosto da prisão com dúzias de presos – e outros representantes dos soldados despedidos.

Ramos Horta, ao falar antes de apanhar um voo para o Vaticano, disse que pedirá ao Papa Benedict XVI para visitar Timor-Leste, visto que a presença do Papa poderia ajudar a acalmar tensões.

"Desejo discutir muitas questões com ele ... incluindo maneiras para ajudar os pobres neste país," disse Ramos Horta aos repórteres.

Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa ocupada pela Indonésia até 1999, mergulhou em crise em Abril quando perto de 600 soldados foram demitidos depois de estarem em greve para protestar alegadas discriminações.

A violência espalhou-se em guerra de gangs, pilhagem e fogos postos que deixou pelo menos 33 pessoas mortas e pôs 150,000 a fugirem das suas casas.

A calma regressou largamente com a chegada de tropas internacionais e a instalação de um novo governo, mas ainda ocorrem incidentes isolados.

AP

.

16 comentários:

Anónimo disse...

Concordo quando dizem que a "Igreja é um lugar sagrado". Mas na Igreja também não é permitido muita coisa, que se verificou em Timor-Leste, ao longo destes últimos anos, pois não?
1. Manipulação de pessoas;
2. Manifestações com Santas;
3. Casas de tortura; (Casa Bispo díli) já estão esquecidos do que aconteceu aos dois portugueses entre outros timorenses de quem nínguém falou....?
4. Obrigar os alunos das escolas Católicas a participar na Manifestação contra o PM do país.

Mas que raio de exemplo tem estado a dar a Igreja Católica em Timor-Leste?
Isto tudo revolta porque a Igreja tem sido tudo menos um bom exemplo a seguir em Timor-Leste.
Deveria sim cumprir o seu papel e não andar a instigar a violência.
Padres como Domingos Maubere, Filomeno Jacob, etc...
Qual a diferença entre estes com Reinado e Railos?
São Padres claro e escondem-se atrás da Igreja.
Vejam o que fizeram ao D. Ximenes Belo. Agora já é importante a presença dele em Timor, para apagar os fogos, claro, ele tem o respeito do povo e esse respeito é de seu mérito próprio.

Anónimo disse...

Ximenes Belo caga entencas agora, mas quando a falecida Madre margarida comecou a falar, cavou daqui a sete pes doente e so parou em Mocambique. O Horta tambem caga sentencas mas passa a vida a laurear a pevide pelo estrangeiro, enquanto a populacao se esfaqueia e se mata.Que grande Presidente e PM dariam estes dois Nobeis da Paz. Um inquerito aserio ea podridao destes dois artistas que mereciam era o Nobel da Hipocrisia e nao da Paz.

Terça-feira, Outubro 24, 2006 4:04:40 PM

Anónimo disse...

Anonimous Terça-feira, Outubro 24, 2006 4:04:40 PM, tens muito jeito para ladrar..he..he.. : )

Anónimo disse...

Ladrar? Dizer verdades e ladrar? Tambem estas escondido por traz de uma batina ou es algum sacristao, anonimo das 5:24:29?
Ze Cinico

Anónimo disse...

Que se matem é uma coisa, mas que as forças internacionais fiquem a ver é outra. Ainda me custa a entender que fazem tantos policias e militares aqui. Talvez só ganhar dinheiro como qualquer cidadão e esquecer tudo o resto. Se fosse Timorense nem punha os pés junto desses policias nme com eles convivia. Tirando os GNR que têm tomates no sito para acabar com esta patuscada, todos os restantes são anjinhos da mamã. Tenham vergonha e ponham fim a estas coisas e se for necessário matar alguém, que matem. Ja ha Timorenses a desejar o tempo dos Indonésios...

Anónimo disse...

Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai

Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.

Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.

Kuda Reno ou Kuda Burro Timor Oan Rai Nain precisa de sair do colonialismo e caminhar adiante com o inquebrantavel desejo de Ukun Racik Aan , Kaer Racik Kuda Talin

Anónimo disse...

"Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo."

Makasae, Bunak, Fataluco and Makalero are Papuan languages. They are related to many other languages spoken in Alor, Wetar and the island of Papua.

Kemak, Mambae, Tokodede, Tetun, Baikeno, Uaimua and the rest belong to the Austronesian family of languages and related to languages spoken in much of eastern Indonesian archipelago.

Bunak is also spoken in West Timor. Fataluco is spoken in the islands of Wetar, Kisar and Leti. Galolen is also spoken in Liran and Wetar. Tetun and ist variations are spoken both East and West Timor. Baikeno has more speakers in West Timor than in East Timor.

Anónimo disse...

Leitor das 4:46:44 PM : tal como são sagradas as ideias políticas de cada um também são sagradas as ideias religiosas e as crenças de cada um. E tal como é um crime contra a democracia um ataque a uma sede de um partido político é também um crime contra a democracia um ataque contra uma igreja, uma sinagoga ou uma mesquita. E se é revoltante um ataque a um militante partidário seja de que partido for é igualmente revoltante um ataque a um membro duma religião unicamente por o ser ou por ir para as orações.

São ABSOLUTAMENTE condenáveis todos os ataques que nos últimos dias têm ocorrido em Dili contra católicos e muçulmanos e os assédios feitos a mesquitas e igrejas. Não nos enganemos, são obras exactamente dos mesmos golpistas que antes tentaram uma guerra “étnica” e que agora estão a tentar cavar divisões “religiosas”. Só com tolerância e respeito mútuo se pode avançar para um futuro pacífico e próspero que é o que os Timorenses mais precisam.

Anónimo disse...

OS TIMORENSES QUE AMAM A SUA PATRIA TÊM DE SE UNIR NUM GRANDE MOVIMENTO POPULAR (LOROSAE E LOROMONU) E CORRER COM OS AUSTRALIANOS, QUE INVADIRAM E ESTÃO A OCUPAR O PAÍS PARA CONTROLAR A SUA SOBERANIA (NA ESTRATÉGIA AUSTRALIANA ESTAS ACÇÕES SÃO DESIGNADAS POR OPERAÇÕES DE PACIFICAÇÃO !!!!) È SÓ HIPOCRISIA PATROCINADA AO MAIS ALTO NÍVEL (PR E PM).

QUEREM TRANSFORMAR O POVO MAUBERE EM "ABORÍGENAS" (PARECE QUE ALGUNS GOSTAM DESSE ESTATUTO!!!.

SERÁ QUE VALEU A PENA A LUTA E SOFRIMENTO PELA INDEPENDÊNCIA PARA SERMOS CONFRONTADOS COM AQUILO QUE SE ESTÁ A PASSAR EM TIMOR-LESTE? SÓ COM UM FORTE MOVIMENTO POPULAR E FORTE UNIDADE NACIONAL SERÁ POSSÍVEL ULTRAPASSAR ESTA CRISE QUE AFECTA SERIAMENTE A DIGNIDADE DOS TIMORENSES E DO ESTADO DE DIREITO.

ESTÃO A SER ENGANADOS! REVOLTEM-SE E MOSTREM DO QUE SÃO CAPAZES OS TIMORENSES!.....CORRAM COM OS AUSTRALIANOS E TAMBÉM COM OS LIDERES QUE VOS ANDAM A ENGANAR, POIS JÁ NÂO PRECISAM DE MAIS EVIDENCIAS. REINADO E COMPANHIA JÁ VIRAM QUE FORAM ENGANADOS E VÃO ACABAR POR SER DESCARTADOS PARA EVITAR COMPROMETER O PR E SEUS LACAIOS…

LUTEM PELA VOSSA SOBERANIA. OS TIMORENSES NÃO PRECISAM DA AJUDA DE PAÍSES COMO A AUSTRÁLIA, QUE QUEREM ANULAR A SUA IDENTIDADE PARA SUBJUGAR O POVO E PODEREM EXPLORAR AS RIQUEZAS DO PAÍS, EXPLORANDO O POVO TIMORENSE E DEFENDENDO OS INTERESSES GEOESTRATÉGICOS E GEOPLÍTICOS DOS EUA

Anónimo disse...

O que este anonimo acaba de relatar vem confirmar uma certa opiniao aqui discutida nos ultimos dias em relacao aa necessiadade de serem os filhos rainain de Timor a assumir os destinos da nossa Nacao e poor termo de vez aa ditadura dos mesticos Xanana, Ramos Horta, Carrascaloes, etc.. Ja viram ate que ponto estes mesticos "malae oan", stritu sensu, aqui ,malae ee
o estrangeiro branco, inventaram a teoria da nossa Identidade Nacional? Dizem estes senhores que a "assimilacao" da cultura portuguesa nos tornou diferentes do resto dos melanesios, malaios, etc., donde a necessidade de aa forca obrigar as nossas criancas a falarem o portugues para serem diferentes dos seus vizinhos Indonesios!!! Nao seraa mais util aprender o Mandarim ou Japones?

Anónimo disse...

Eu concordo com o post anterior, talvez seja tempo de Timor viver à sua maneira sem ter que agarrar algum modelo exterior. Em relação às pessoas citadas anteriormente, talvez seja uma espécie de caciquismo, enraizado desde a época colonial. Acho que se vive da figura de algumas pessoas e do seu relacionamento com o passado e pouco com a nova geração. Acho que é tempo de uma NOVA GERAÇÃO TIMORENSE tomar o poder e deixar cair os velhos caciques, que seguramente estam mais para uma cama e uns chinelinhos que para trabalho activo. Como é possivel, com a chegada da época da chuvas a situação dos refugiados não estar resolvida. Infelizmente, quem tudo perdeu, ainda mais vai perder.

Anónimo disse...

O Mari nem mestico timorense eh! Ou seja timorense so de nascenca.

Anónimo disse...

Timor: Deslocados tentam impedir acesso ao aeroporto de Díli
Residentes num campo de deslocados situado junto ao aeroporto de Díli tentaram esta terça-feira impedir o acesso àquelas instalações, daí resultando confrontos com militares australianos e polícias malaios, disse à Lusa fonte policial na capital de Timor-Leste.

A mesma acção foi tentada segunda-feira de manhã, mas a presença de militares da força da GNR em Timor-Leste frustrou a intenção.

Moradores na zona de Comoro, onde se situa o Aeroporto Internacional Nicolau Lobato, disseram à Lusa que se verificaram confrontos, com os deslocados, maioritariamente naturais da parte leste do país, a apedrejarem as forças australianas e malaias.

A fonte policial contactada pela Lusa salientou que estão em curso investigações, pelo que não deu mais pormenores sobre os incidentes, registados ao final da tarde (hora local), incluindo se foram feitas detenções.

Tal como na segunda-feira de manhã, militares da GNR foram chamados ao local, mas a sua intervenção não chegou desta vez a ser necessária.

Os incidentes de segunda-feira e de hoje sucedem-se aos confrontos registados durante o fim-de-semana, na área de Aimutin e em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, de que resultaram dois mortos e um ferido, segundo o director do Hospital Nacional, António Caleres.

A fonte policial contactada pela Lusa revelou que estão já montadas novas áreas de intervenção das forças australianas, malaias e portuguesas em Díli.

Os militares da GNR têm a seu cargo a zona situada entre o heliporto, no bairro de Fatuhada e o limite leste da capital, enquanto as forças combinadas da Austrália e Malásia operam entre o heliporto e Taci Tolu, a entrada ocidental da cidade.

De comum à situação anterior continua a ser a necessidade de solicitação de intervenção da GNR sempre que os militares australianos e os polícias malaios não conseguirem controlar os incidentes na sua área.

Milhares de timorenses continuam a viver em campos de deslocados internos em várias zonas de Díli e em diversos distritos fora da capital por as suas casas terem sido destruídas durante a onda de violência de Abril e Maio, ou por recearem pela sua segurança.

Diário Digital / Lusa

24-10-2006 14:04:00

Anónimo disse...

Os racistas sao-no porque teem complexos de inferioridade. Eles sao os grandes destruidores de todo um povo. Esses que se dizem puros sao os filhos abandonados dos malaios, dos papuas, dos africanos, dos chineses dos mongois, dos indianos etc.Sou de cor preta, meu pai e minha mae sao timorenses, mas diziam-me, quando eram vivos, antes de srem mortos pela FREYILIN, que os seus antecessores vieram do Laos, por isso tenho os olhos em bico. Dir-se-ia que sou um meio chines preto, mas estou aqui pronto para me confrontar com qualquer branco, amarelo, vermelho ou preto como eu. Complexado, como alguns dos comentaristas, por ser preto, isso nunca, se o fosse sao Pedro jamais me abrira as portas para me juntar a eles no ceu quando tiver que dizer adeus aos complexados racistas da minha terra.

Anónimo disse...

..GO home Aussie.....!!

Anónimo disse...

Ukun Racik Aan ,
Kaer Racik Kuda Talin
Kaer kois kuda talin
Kaer fali kuda lasan

Kaer fali kuda lasan
Doko tun doko sa'e
Kaer metin rabat oh
Kaer Lasama rabat rae

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.