quinta-feira, outubro 12, 2006

Notícias - Traduzidas pela Margarida

Polícia de topo da Austrália critica a polícia da ONU
Reuters - 7.45pm Quarta-feira Outubro 11, 2006
Por Rob Taylor

CANBERRA – O polícia de topo da Austrália fez uma avaliação grosseira da polícia que a ONU envia para os locais problemáticos do mundo e disse que um grupo de polícias que o Bangladesh enviou para Timor-Leste pode ser mais um empecilho do que uma ajuda.

O Comissário da Polícia Federal Australiana Mick Keelty disse que a ONU estava crescentemente a contar com polícias civis em vez de tropas para destacamentos de segurança, mas que muitas vezes eles têm treinos pobres e estão mais à vontade a policiar em casa.

"Nem é provável vermos qualquer sucesso maior de um dia para o outro com a chegada nestes últimos dias de 186 polícias do Bangladesh para servir em Timor-Leste," disse Keelty no clube nacional dos media da Austrália.

"É uma história familiar da ONU. É difícil dar polícias com capacidades comparáveis de todo o mundo, e damos connosco a tentar ajudar esses polícias que vieram ajudar."

A ONU está crescentemente a contar com polícias como consequência da guerra do Iraque, argumentando que muitas vezes estão melhor adaptados do que os soldados para deterem criminosos e acalmarem multidões em fúria.

A Austrália tem cerca de 700 polícias destacados no Sudão, Jordânia, Ilhas Salomão e Timor-Leste, para onde foram enviados em Maio deste ano a seguir a uma explosão de violência étnica alimentada por lutas no seio das forças de segurança. Pelo menos morreram 21 pessoas e mais de 150,000 foram deslocadas.

Como parte da sua reconstrução, Timor-Leste pediu à ONU pelo menos 800 polícias para ajudar a estabilizar o país por um período de cinco anos.

A Austrália liderou uma força de 3200 tropas estrangeiras para terminar as lutas em Maio, que colocou polícias e militares de Timor-Leste uns contra os outros.

Há correntemente 130 polícias Australianos na jovem nação, a ajudar a treinar e a reconstruir a força de polícia de Timor-Leste, e a assistiram a ONU a manter a segurança.

Keelty disse que o modo multinacional da ONU para treinar a polícia de Timor-Leste depois da votação para a independência do país da Indonésia tinha sido um falhanço claro.

O órgão mundial está a preparar um relatório sobre a violência de Maio e o massacre de 12 polícias desarmados por soldados no exterior da sede da ONU em Dili.

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ICG – Urgente dar empregos a desertores de Timor-Leste
Reuters - 10 Out 2006 11:58:00 GMT
Por: Ahmad Pathoni

JAKARTA – Dar empregos a cerca de 600 militares amotinados cujo despedimento desencadeou a violência mortal em Timor-Leste este ano é crucial para resolver a crise lá, disse um relatório da International Crisis Group (ICG) na Terça-feira.

O ICG disse que a situação crítica que começou com violência alargada em Maio não tinha acabado e que a saída de um inquérito da ONU sobre a violência, prevista este mês, era potencialmente divisória e que podia levar a mais problemas.

Uma série de protestos dissolvidos em caos e violência, a maioria na capital de Timor-Leste, Dili, e à sua volta em Maio depois do então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter despedido 600 membros amotinados das jovens forças armadas do país de 1,400 elementos. "Deixar perto de 600 soldados fora do sistema é uma bomba relógio, mesmo se a maioria está desarmada," disse o ICG, um grupo de prevenção de conflitos com base em Bruxelas.

Os líderes da violência obviamente que não devem ter autorização para regressar para as forças de segurança mas precisa-se de se encontrar empregos ou militares ou civis para outros que não estiveram envolvidos, disse o relatório.

Cerca de 100,000 pessoas foram deslocadas na violência, que levou ao destacamento duma força internacional de 2,500 antes de um certo grau de ordem ser finalmente restaurada. Mesmo depois de chegarem, têm havido explosões esporádicas de fogos postos e confrontos entre gangs de jovens.

São complexas as raízes da violência, e envolvem elementos de rivalidades políticas e regionais. O Primeiro-Ministro Alkatiri resignou sob pressão em Junho. Foi substituído por José Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz e o representante de Timor-Leste no exterior durante a sua luta para se libertar da ocupação da Indonésia que durou de 1975 a 1999. Ramos-Horta foi visto como aceitável para a comunidade internacional bem como para muitos do partido de Alkatiri, a Fretilin.

O ICG disse que o relatório da ONU que está para vir sobre a violência é esperado indicar os nomes dos responsáveis e recomendar processamentos e que será "explosivo" porque vai cobrir os casos mais sensíveis, incluindo a morte de polícias desarmados por soldados. "A ONU, o governo, as forças de segurança e os líderes comunitários todos precisam de ter respostas prontas, incluindo propostas para processamentos que garantirão julgamentos justos e razoavelmente rápidos," disse o relatório.

O carismático Presidente Xanana Gusmão e o rival antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri podem precisar de considerar abdicar de qualquer papel nas eleições de 2007 para resolver o impasse político e permitir que apareçam novos líderes, disse o ICG.

Uma colónia Portuguesa durante centenas de anos antes da ocupação pela Indonésia, Timor-Leste é um dos mais pobres países no mundo em termos de rendimentos mas tem recursos consideráveis de petróleo e de gás que estão mesmo a começar a serem explorados.

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Da boca para fora...
7News – Quarta-feira Outubro 11, 11:36 AM

O PM de Timor-Leste louva as forças Australianas

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste agradeceu às tropas Australianas pela parte que desempenharam na restauração da estabilidade na problemática jovem nação.

José Ramos Horta disse que estava impressionado com a maneira como os soldados Australianos se comportam eles próprios.

"O seu profissionalismo, a eficácia da força, o seu estrito respeito pelos Timorenses sugerem que devemos continuar," disse Horta ontem durante uma palestra em Sydney.

Horta disse ter esperança que cerca de um milhar de pessoal Australiano ficará na região durante o próximo ano enquanto Timor organiza a sua força de polícia.

O PM de Timor disse que é necessário muito trabalho para recuperar da violência deste ano e do desassossego político.

A violência rompeu em Abril em Timor-Leste depois de cerca de 600 soldados terem desertado dos seus postos queixando-se de discriminação e pondo-se ao lado do líder amotinado Alfredo Reinado.

Seguiram-se distúrbios e choques entre gangs de jovens durante u período sem lei que durou até as forças Australianas e internacionais puderem restaurar a ordem na capital de Timor, Dili.

Numa palestra em Sydney, Horta disse que a situação de segurança no seu país tinha melhorado das cenas violentas mas que há ainda muito trabalho para ser feito.

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Imaginem o que não diz a GNR, que os anda a salvar eles todos os dias...
International Herald Tribune

Polícia Australiana enganada por colegas da ONU em locais quentes, diz o chefe da polícia

The Associated Press
Publicado: Outubro 11, 2006

CANBERRA, Austrália – A polícia Australiana enviada para locais quentes no outro lado do mar está a ser crescentemente enganada pelos seus colegas da ONU pobremente treinados, disse o chefe da polícia da Austrália na Quarta-feira.

A ONU luta por atrair polícias com níveis de capacidades comparáveis de diferentes nações à volta do mundo disse o Comissário da Polícia Federal Australiana Mick Keelty.

"E damos connosco a tentar ajudar esses polícias que foram enviados para ajudar," disse Keelty aos repórteres no National Press Club, referindo-se a colegas oficiais da polícia da ONU.

Keelty usou East Timor, também conhecido pelo seu nome Português de Timor-Leste, como um exemplo de acordo mal sucedido de trabalho da polícia sob a bandeira da ONU.

Polícias de vários países ajudaram a treinar a força de polícia de Timor-Leste depois da nação se tornar independente da Indonésia em 1999.

Mas a jovem força local foi ultrapassada pelo desassossego civil na capital Dili em Maio e vários oficiais estão a ser investigados por crimes, incluindo assassínios.

"Um dos pontos baixos do modelo de construção de capacidade da ONU em Timor-Leste foi a orientação multinacional que tomou para treinar e desenvolver ... o que foi a mais nova força de polícia forces. Claramente não resultou," disse Keelty.

"Pelo menos o treino e desenvolvimento da Policia Nacional de Timor-Leste será agora feito numa base bilateral usando a polícia Australiana," acrescentou, referindo-se à reconstrução da força nacional da polícia.

A Austrália foi um dos poucos países que estava a desenvolver a sua polícia para papéis internacionais bem como para os domésticos, disse.

Correntemente, 700 polícias Australianos estão destacados em missões da ONU de manutenção da paz em Timor-Leste, Ilhas Salomão, Sudão, Jordânia e Chipre. Está previsto que o número aumentará para 1,200 pelo final de 2008.

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3 comentários:

Anónimo disse...

O comandante da Policia Austrliana criticou a capacidade das policias de Bangladesh , mas a perguta era essa , durante tres meses o que e que as policias Asutralians fizeram ca em TL ? A resposta e simples : estao a trbalhar para o seu conflito de interece .. portanto nao precisem da criticar as policias de Bangladesh ... sejam benvindo a policia Bangladesh na na nossa nacao .... viva Bangladesh... recua os Austrlianos ou seja melhor chamarmo por CUINHADO do Xananista ....

Anónimo disse...

hahha que mentirosos sao estes sanguinarios secular: Restauração da instabilidade e crise problemática para a jovem nação. Isto e' que os australianos fizeram e estao fazendo neste momento em timor leste.

Anónimo disse...

Tamagoshi: tenha lá mais cuidado na tradução.

No texto original está escrito "hampered" cujo significado é: "1 a : to restrict the movement of by bonds or obstacles : IMPEDE b : to interfere with the operation of : DISRUPT
2 a : CURB, RESTRAIN b : to interfere with : ENCUMBER"

Ou seja, numa tradução benigna podia ter ficado "prejudicada" e numa mais contundente "boicotada", mas nunca "enganada".

Para quem esteve em Timor durante a UNTAET, não podem restar dúvidas que polícias de alguns países não fazem falta, só atrapalham. Refiro-me a alguns países africanos e asiáticos. Recusavam-se a sair do ar condicionado e quando o faziam era o mesmo que nada. Decididamente só lá estavam para receber o ordenado da ONU.

Para não falarmos dos inúmeros acidentes de viação provocados por muitos desses polícias que nem conduzir sabiam.

É óbvio que os polícias australianos tem maior capacidade e profissionalismo, nem tal pode ser questionado. O problema é saber se não estão a condicionar a sua actuação subordinando-a a interesses geopolíticos.

Se querem um exemplo de polícias que podem fazer a diferença em Timor, são os da Samoa e das Fidji.
Com eles ninguém brinca e não têm problemas em patrulhar a cidade a pé.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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