sábado, outubro 14, 2006

TOUGH TIME AHEAD FOR RECONCILIATION WITHIN THE POLICE

Dili, 13 Oct. (AKI) - The East Timor Police Force (Polisa Nacional de Timor-Leste - PNTL) efforts to rebuild itself are being hampered by a deep mistrust and the scars left behind by the violence of the past few months. "What I wish to do now is to reconcile all police officers and unite them to serve the people, like in the past," East Timor police commander, Superintendent in Chief Paulo de Fatima Martins told Adnkronos International (AKI).

The former 3300-strong PNTL imploded and virtually dissolved in the midst of the April-May riots that rocked the tiny Southeast Asian country. The police force's weaknesses were rooted in its composition that included a large number of men who had worked for the Indonesian administration during the 24-year long occupation. This led to internal splits and to a rivalry with the army, which is made up mostly of former freedom fighters.

Between April and May, when a dispute within the army started the widespread riots that eventually led to the fall of former prime minister Mari Alkatiri's government and the deployment of foreign troops to East Timor, the police disintegrated and clashes with the army took place.

The worst incident happened on 25 May, when ten unarmed policemen, who had been assured safe-passage by the United Nations, were killed and 30 more were injured when rogue elements of the military opened fire. The police officers were accused of having attacked the military headquarters a day earlier.

However, those who were involved in the unrest say that the situation is even more complicated.

“I saw some of my police colleagues wearing military uniforms, carrying M-16 rifles and shooting at us,” Joao ‘Zeca’ Quinamoco, a former police officer, who survived the attack, tearfully told AKI.

“What I want is reconciliation and forgiveness. But the police officers who committed the crimes against us should be brought to justice. Reconciliation without justice is a nonsense,” added Joao, stressing the difficulties of rebuilding the nation.

Honorio Moniz, another former police officer, blamed East Timor police's deputy general commander Inspector Lino Saldanha.

“He was there on the 25 of May, with others. They were wearing military uniform and shooting with M-16. They were from the east of the country,” he said emphasizing the regional-ethnic divide that was also one of the causes of the crisis.

East Timorese from the east are known as 'lorosae', while those from the west are 'loromonu'. The former accused the latter of having collaborated with Indonesia during the occupation.

"Is it possible for us to accept him back? Should we respect him? Should we salute him as our senior and commander while in the past he was a traitor to the institution?" he added.

Adnkronos International (AKI) tracked down Inspector Lino Saldanha who rejected the accusations.

“I totally reject this accusation. I had no weapons at all. I was facing papers and computers at all time. This is serious slander,” he said.

However, Saldanha agreed that reconciliation should come with conditions.

“Reconciliation is good, but the officers who directly and indirectly provided weapons to civilians, and those who have made false accusations, should be investigated and brought to justice,” he said.

In East Timor, policing is currently carried out mainly by the United Nations Police (UNIPOL). UNIPOL Acting Commander, Antero Lopes, recently said that about 900 Dili-based police are now registered for a screening process that began in early September, as a prerequisite for returning to work. Fifty of them, have returned to work.

(Fsc/Gui/Aki)

Oct-13-06 12:19

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Difíceis tempos à frente para a reconciliação no seio da polícia
Dili, 13 Oct. (AKI) – Os esforços para a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) para se reconstruir a si própria estão a ser atrasados por uma profunda desconfiança e por cicatrizes deixadas pela violência de há alguns meses. "O que desejo fazer agora é reconciliar todos os oficiais da polícia e uni-los para servirem o povo, como no passado," disse o comandante da polícia de Timor-Leste, Superintendente em Chefe Paulo de Fátima Martins ao Adnkronos International (AKI).

A antiga PNTL de 3300 elementos implodiu e dissolveu-se virtualmente no meio dos distúrbios de Abril-Maio que abalaram o pequeno país do Sudeste Asiático. A fraqueza das forças da polícia estava enraizada na sua composição que incluía um grande número de homens que tinham trabalhado para a administração da Indonésia durante os 24 anos da ocupação. Isto levou a divisões internas e a rivalidades com as forças armadas, que na sua maioria é constituída de antigos lutadores da liberdade.

Entre Abril e Maio, quando a disputa no seio das forçar armadas começou os distúrbios alargados que eventualmente levaram à queda do governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri e ao destacamento de tropas estrangeiras para Timor-Leste, a polícia desintegrou-se e tiveram lugar confrontos com os militares.

O pior incidente aconteceu em 25 de Maio, quando dez polícias desarmados, a quem tinha sido garantida uma passagem segura pela ONU, foram mortos e mais 30 foram feridos quando elementos párias das forças armadas abriram fogo. Os oficiais da polícia eram acusados de terem atacado o quartel-general dos militares um dia antes.

Contudo, os que estiveram envolvidos no desassossego dizem que a situação é ainda mais complicada.

“Vi alguns dos meus colegas polícias vestirem uniformes militares, carregarem espingardas M-16 e dispararem contra nós,” João ‘Zeca’ Quinamoco, um antigo oficial da polícia, que sobreviveu ao ataque, contou a chorar ao AKI.

“O que quero é reconciliação e perdão. Mas os oficiais de polícia que cometeram os crimes contra nós devem ser levados à justiça. A reconciliação sem justiça é um disparate,” acrescentou João, sublinhando as dificuldades de reconstruir a nação.

Honório Moniz, um outro antigo oficial da polícia, acusou o vice-comandante-geral da polícia de Timor-Leste Inspector Lino Saldanha.

“Ele estava lá em 25 de Maio, com outros. Vestiam uniformes militares e dispararam com M-16. Eles eram do leste do país,” disse enfatizando o divisor regional-étnico que foi também uma das causas da crise.

Os Timorenses do leste são conhecidos como 'lorosae', enquanto os do oeste são os 'loromonu'. Os primeiros acusaram os últimos de terem colaborado com a Indonésia durante a ocupação.

"É possível aceitá-lo de volta? Deviamos Respeitá-lo? Devíamos saudá-lo como nosso senior e comandante quando no passado foi um traidor para a instituição?" acrescentou.

Adnkronos International (AKI) seguiu a pista do Inspector Lino Saldanha que rejeitou as acusações.

“Rejeito totalmente esta acusação. Não tinha qualquer arma. Estava à frente de papéis e de computadores nessa altura. Isto é difamação grave,” disse.

Contudo, Saldanha concordou que a reconciliação devia vir com condições.

“É reconciliação é boa, mas os oficiais que directamente ou indirectamente deram armas a civis, e aqueles que fizeram acusações falsas, devem ser investigados e levados à justiça,” disse.

Em Timor-Leste, o policiamento está correntemente a ser feito principalmente pela Polícia da ONU (UNIPOL). O comandante em exercício da UNIPOL, Antero Lopes, recentemente disse que cerca de 900 polícias com base em Dili estão agora registados para um processo de escrutínio que começou no início de Setembro, como um pré-requisito para regressarem ao trabalho. Cinquenta deles, regressaram ao trabalho.

(Fsc/Gui/Aki)

Oct-13-06 12:19

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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