quinta-feira, novembro 30, 2006

Importa-se de repetir?...

(Tradução da Margarida)

The Courier Mail
Novembro 29, 2006 11:00pm
Artigo da: AAP

As tropas Australianas estão a aderir a uma directiva do Governo de Timor-Leste para não prenderem o homem mais procurado do país, o líder amotinado em fuga Alfredo Reinado.

Tropas Australianas foram filmadas a apertar a mão e a conversar com Reinado num seminário de reconciliação na cidade de Suai, 175 km a sul de Dili.

Mas não fizeram qualquer tentativa para o prender, em linha com desejos do Governo de Timor-Leste, disse o Brigadeiro Australiano Mal Rerden.

"Isso é uma matéria do Governo. Decidiram que é apropriado ele participar nesse evento porque procuram maneiras de desenvolver o diálogo e de trazer Reinado de volta ao sistema de justiça," disse à ABC.

Reinado e mais do que outros 50 presos têm estado em fuga desde Agosto, quando escaparam duma prisão perto de Dili.

Ele liderou um grupo de tropas desertoras em Maio e tem sido acusado por muita da violência que dividiu Timor-Leste anteriormente neste ano. Foi acusado com assassínio e posse ilegal de armas na altura da sua fuga.

Reinado pareceu relaxado quando conversou com tropas Australianas e disse que os problemas recentes de Timor-Leste eram da culpa dos seus antigos líderes políticos, incluindo o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

"Sou quem obedece à lei e à ordem, e eles são quem foram indicados pela ONU como responsáveis da crise," disse.

Anteriormente, neste mês, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta disse que Reinado não estava a ser preso porque o corrente comandante militar tinha apelado ao diálogo.

"Porque houve o desejo do Brigadeiro General Taur Matan Ruak de um diálogo com ele, de modo a poder regressar à base e render-se, o governo está a dar-lhe uma outra oportunidade," disse o Sr Ramos Horta.

Disse que tal diálogo visava levar Reinado a render-se e a "contribuir para a justiça ".

As Nações Unidas, no seu relatório à violência em Timor-Leste, apelou para que Alkatiri e demais membros de topo do governo e das forças de segurança sejam investigados criminalmente.

O relatório, realizado a pedido de um governo enfraquecido pelo derramar de sangue em Abril e Maio que deixou 37 pessoas mortas, disse também que a crise podia ser largamente explicada pela fragilidade das instituições da jovem nação.

Alkatiri saiu do cargo de primeiro-ministro em Junho entre alegações de que tinha ordenado e armado um esquadrão de ataque para matar os seus opositores políticos, mas tem consistentemente mantido a sua inocência.

A Comissão da ONU não encontrou qualquer evidência que Alkatiri tenha dado tais instruções nem recomendou que ele fosse processado por movimentos ilegais de armas.

"Contudo, a Comissão recomenda mais investigações para determinar se Mari Alkatiri tem qualquer responsabilidade criminal em relação a crimes de armas," diz o relatório.

O relatório diz ainda que Reinado pode ser "razoavelmente suspeito de ter cometido crimes " durante confrontos armados em 23 de Maio.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Cheira-me que esta é mais uma das directivas do PM e ministro da Defesa, tomada à revelia do governo...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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