sábado, novembro 11, 2006

Notícias - traduzidas pela Margarida


A Coreia do Sul decide enviar 100 polícias para Timor-Leste a pedido da ONU

SEUL, Nov. 10 (Yonhap) – A Coreia do Sul decidiu despachar cerca de 100 oficiais da polícia para Timor-Leste no princípio do próximo ano em resposta a um pedido da ONU para ajudar a resolver a instabilidade crescente no jovem Estado da Ásia do Sudeste, disse a agência da polícia na Sexta-feira.

O Conselho de Segurança da ONU requisitou a Seul através do Ministério dos Estrangeiros que a polícia Coreana participe na operação de manutenção da paz em Timor-Leste, onde se aprofundou um caos sangrento desde a sua independência da Indonésia em 1999.

A ONU aprovou uma resolução em Agosto para destacar cerca de 1,600 oficiais de polícia das suas nações membros para a região, e forças da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal têm participado nas operações.

A Agência da Polícia Nacional diz que enviará 5 oficiais em 23 de Novembro antes de chegar o corpo principal. Equipados com excelência em conhecimentos de línguas estrangeiras e em capacidade física, os oficiais serão encarregados de trocar conhecimentos de segurança com os oficiais locais e da ONU e comandarão o destacamento Coreano com o tamanho de um batalhão no próximo ano, disse.

De 1999-2003, a Coreia do Sul operou uma unidade militar com cerca de 400 soldados em Timor-Leste para ajudar a reconstruir o país a pedido da ONU e das forças multinacionais lideradas pela Austrália.

Batalhas de armas e ataques incendiários subiram em Timor-Leste em Março no processo de demissão de cerca de 40 por cento dos soldados locais depois da libertação, quando tropas do governo e os soldados afectados se confrontaram violentamente.

Em Setembro de 1999, Timor-Leste tornou-se independente depois de 24 anos de governo Indonésio depois de um referendo apoiado pela ONU.

hkim@yna.co.kr
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Dili: Timor-Leste 'precisa de tropas estrangeiras para a paz'
Reuters/The Australian - Novembro 10, 2006

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta disse que o pior período de violência no seu país já passou, mas pediu às tropas Australianas e da Nova Zelândia para ficarem para guardarem a paz.

A Austrália liderou uma força de 3200 tropas estrangeiras para Timor-Leste no fim de Maio depois do pequeno país ter caído no caos a seguir ao despedimento de 600 soldados amotinados.

Lutas que puseram polícias e militares de Timor-Leste uns contra outros e que evoluíram para distúrbios e pilhagens nas ruas da capital, Dili, deixando cerca de 30 pessoas mortas e 150,000 deslocadas.

Há cerca de 1000 tropas Australianas em Timor-Leste.

“Os piores momentos já passaram e as autoridades da polícia estão melhor equipadas,” disse o Sr Ramos Horta num discurso que marcou os 100 dias do seu cargo.

Mas disse que a presença das tropas estrangeiras era no melhor interesse de Timor-Leste porque já estão familiarizadas com o país e as pessoas.

“As forças militares Australianas e da Nova Zelândia vão continuar em Timor-Leste a colaborar com as operações da UNPOL (a polícia da ONU),” disse.

A ONU tinha concordado em enviar 1600 polícias internacionais para Timor-Leste e propôs uma força militar de 350 tropas sob o seu comando.

O Sr Ramos Horta disse que reconhecia as preocupações do Parlamento sobre os arranjos do comando entre as tropas internacionais e a polícia da ONU.

“Estamos a negociar um acordo trilateral com a ONU e a Austrália, a sua intenção é regular as funções das forças militares e estabelecer um mecanismo de coordenação de alto nível no qual todas as partes estejam representadas,” disse.

A violência esporádica tem continuado em Timor-Leste e no mês passado irromperam lutes em Dili entre grupos armadas, matando quatro pessoas e obrigando ao encerramento do aeroporto principal.

O território de cerca de um milhão de pessoas votou em 1999 num referendo para a independência da Indonésia, que o anexou depois de Portugal ter acabado o seu domínio colonial em 1975.

Timor-Leste tornou-se totalmente independente em 2002 depois de um período de administração da ONU.

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Cem dias do Governo foram "muito difíceis"
Jornal de Notícias, 10/11/06

Os primeiros 100 dias de José Ramos-Horta à frente do Governo timorense foram "difíceis", reconhece o primeiro-ministro, explicando que tal se deve ao facto de não terem sido cumpridas as expectativas de rápida estabilização e de maior segurança que todos esperavam. O balanço surge, aliás, no mesmo dia em que o elenco sofreu a primeira baixa com a demissão da vice-ministra da Justiça, Isabel Ferreira, e foi confrontado com o sequestro (ver caixa) de sete trabalhadores humanitários.

A chegada das forças internacionais, entre finais de Maio e princípios de Junho, na sequência de um pedido de apoio das autoridades timorenses à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para pôr termo à violência, não impediu a "destruição de grande parte de alguns bairros de Díli," reconhece Ramos-Horta.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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