segunda-feira, maio 29, 2006

Demissão ministros Defesa e Administração...

Díli, 29 Mai (Lusa) - A possibilidade de Xanana Gusmão assumir a responsabilidade pela defesa e segurança de Timor-Leste e o afastamento dos ministros da Administração Interna e da Defesa são os principais temas em debate no Conselho de Estado, que termina terça- feira.

Fontes da Presidência da República e do Governo timorenses contactadas pela Lusa coincidiram nos termos do acordo que o Conselho de Estado está a debater para se ultrapassar a crise político-militar em Timor-Leste.

As fontes, que solicitaram o anonimato, indicaram que em cima da mesa está o afastamento dos titulares no Governo da Administração Interna, Rogério Lobato, e da Defesa Nacional, Roque Rodrigues.

Ambos têm sido duramente criticados nas últimas semanas pela sua actuação em torno da crise com as forças de segurança de Timor- Leste, que se agudizou com o desmembramento da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e divisões nas Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste (F-FDTL).

Paralelamente, o Presidente da República, Xanana Gusmão, assumiria, pelo menos interinamente, a responsabilidade pelas áreas da defesa e da segurança, coordenando as acções das F-FDTL e da PNTL, e seria o "interlocutor privilegiado" das forças internacionais no terreno.

"O encontro está a decorrer em ambiente muito positivo e poderá haver um acordo em breve", referiu uma fonte governamental.

Um elemento da Presidência da República disse à Lusa, depois da interrupção ao início da noite de hoje, que Xanana Gusmão, e o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, mantiveram no encontro de hoje uma relação de "grande proximidade" e marcada pela "amena cavaqueira".

Fonte do gabinete de Alkatiri disse que no decurso da reunião de hoje foram chamados ao Palácio das Cinzas (Presidência da República) os embaixadores dos Estados Unidos e do Japão em Díli, sem precisar, no entanto, o motivo da iniciativa.

O elemento do gabinete do presidente timorense contactado pela Lusa referiu que o acordo que está a ser discutido no Conselho de Estado começou a ser delineado domingo, durante a reunião entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri na residência do Chefe de Estado, em Balibar, arredores de Díli. A mesma fonte indicou que essa reunião "a sós" entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri "foi decisiva" para o teor "de consenso" que marcou o debate de hoje.

No final da reunião de domingo, Mari Alkatiri manifestou-se "satisfeito" com o encontro com Xanana Gusmão, afirmando à Lusa excluir a possibilidade de demissão do seu Governo.

"Tornou-se claro que não há nenhuma intenção de demitir o Governo", declarou então Mari Alkatiri, afirmando estar "optimista" quanto à estabilidade política em Timor-Leste.

O debate no Conselho de Estado centra-se, em parte, em torno da definição constitucional dada ao Presidente da República, por um lado como "Comandante Supremo das Forças Armadas" e, por outro, como "símbolo e garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas".

Fontes ligadas ao processo disseram à Lusa que a combinação da responsabilidade suprema sobre as F-FDTL e a avaliação de Xanana Gusmão de que no caso da PNTL não se verifica o "regular funcionamento" das instituições, ajuda a solidificar os argumentos do Chefe de Estado para assumir o controlo das duas instituições."
...

QG da Polícia Militar a arder

O edifício ao lado do QG da Polícia Militar, que pertenceu às FDTL e que hoje de manhã foi saqueado está a arder. Encontram-se militares australianos no local.

Terminou o Conselho de estado

Hoje ainda não há declaração conjunta.

Pequeno intervalo...

Não há ocorrências de distúrbios. Não há tiros há 18 horas.

Decorre Conselho de Estado.

Já voltamos.

Professores que não se sintam seguros

Poderão utilizar os meios disponíveis como o fizeram alguns colegas seus nos últimos dias.

East Timor minister says Alkatiri Government in control

ABC Local Radio
The World Today - Monday, 29 May , 2006 12:22:00
Reporter: Eleanor Hall

ELEANOR HALL: East Timor's Minister for Agriculture, Forests and Fisheries, Estanislau da Silva, is adamant that the Government of Mari Alkatiri is in control of the situation and that there is no move by the President to dismiss the Government.

Mr da Silva arrived in Sydney this morning, but he's remained in regular contact with Timor's Prime Minister, who's preparing for his meeting with the President.Mr da Silva joined me in The World Today studio.

ELEANOR HALL: How are relations between the President and the Prime Minister at the moment?

ESTANISLAU DA SILVA: The relation is very good. It was never bad. The President is someone... he's always vocal. When he sees things he thinks are not going well he speaks out. And then, but we have never had, as a government, we've never had any problems with the President. I get along very well with the President, as well as with the Prime Minister, of course.
ELEANOR HALL: What about these reports on the weekend that the Prime Minister accused the President of planning a coup d'etat against him?

STANISLAU DA SILVA: No. I think he never said it. I think this is a misleading information, or an attempt to portray that East Timor is in a complete chaos, that the leadership don't understand each other, so this is a political crisis. This is not really, really the case.

ELEANOR HALL: And yet there are suggestions that the Foreign Minister has been looking for a constitutional way to dismiss the Prime Minister so that a government of national unity could be appointed by the President. What can you tell us about this?

ESTANISLAU DA SILVA: I think this is another speculation. I don't think so. The Foreign Minister is part of the Government, of the Mari Alkatiri Government, and the constitution doesn't allow it.

ELEANOR HALL: What's your response to the Australian Prime Minister's comments that East Timor has not been well governed?

ESTANISLAU DA SILVA: I think one has to be very, very careful to make some statements. I don't think that the Prime Minister John Howard was well informed of the development in East Timor.

ELEANOR HALL: He's reiterated his statements, though, when questioned again.ESTANISLAU DA SILVA: Yes. I think, yeah, you've got to understand that this government run the country from zero. And then what we have achieved has… we have been praised by international institutions like IMF (International Monetary Fund).

ELEANOR HALL: Are there enough foreign troops there now, in your view?

ESTANISLAU DA SILVA: Yes. This is only in Dili, because the reason... one of the reasons why we called for foreign troops is to restore the stability in Dili, and then for people to feel more safe, because this is a very young country, we have very young police force, we have very young armed force.

ELEANOR HALL: Did the UN leave too early?

ESTANISLAU DA SILVA: Um, this is something that is debatable. But the fact is that we didn't have that much support that we would've had a well-trained and professional police force.ELEANOR HALL: So if it's not east and west and it's not discontent with Mari Alkatiri, what is it driving this violence?

ESTANISLAU DA SILVA: I think it's mainly because people become impatient, they want to get things done overnight. And then we still haven't got all the necessary institutional resources to do everything as quickly as people expected us to do.

ELEANOR HALL: And how long do you think that Australian troops should remain now in your country?

ESTANISLAU DA SILVA: At least we hope that they should be there until the end of the election, and then to still be there to help to train our people and the armed forces, and then as well the assistance from the Australians to train our police forces. And then …

ELEANOR HALL: So you're talking a year, more than a year?

ESTANISLAU DA SILVA: We… it's all... it is negotiable. We haven't specified a time. But we will work, with the Australian and international forces that are in Timor to have their support to be there to train our people.

ELEANOR HALL: But at this stage you don't anticipate just a short intervention for a couple of months?

ESTANISLAU DA SILVA: I don't think so. And this has become very, very clear, with this statement from our Foreign Minister, Jose Ramos Horta, that we still need assistance at least until the elections, which will be in 2007.

ELEANOR HALL: And that's East Timor's Minister for Agriculture, Estanislau da Silva.

Freitas do Amaral atribui alerta a professores a erro na embaixada

"Lisboa, 29 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas d o Amaral, afirmou hoje que a indicação de retirada dos professores portugueses d e Timor-Leste foi dada por alguém da embaixada em Díli, contra a orientação tran smitida por Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Freitas do Amaral disse ter conhecimento de que "alguém da embaixada [de Portugal em Díli], que não o embaixador", infor mou domingo os cerca de 150 professores portugueses de que seriam retirados de T imor-Leste a partir de terça-feira, mas sublinhou que essa não foi a orientação dada ao embaixador João Ramos Pinto.

"Estamos a tentar apurar como é que foi possível alguém ter transmitido essa informação", disse.

"A posição do Governo português que foi definida pelo senhor primeiro-m inistro e transmitida por mim à embaixada em Díli, ontem [domingo], é a seguinte : neste momento, a situação da ordem pública em Díli está melhor e só por si não justifica que o Governo ordene a evacuação geral de todos os portugueses reside ntes em Timor-Leste e também não se justifica medida especial para os professore s", disse Freitas do Amaral.

"O Governo tem prontos meios aéreos para concretizar essa evacuação, se e quando a situação o justificar, mas de momento não é esse o caso", frisou Fre itas do Amaral, numa declaração à agência Lusa a partir de Zamora, Espanha, onde vai participar hoje numa reunião bilateral sobre cooperação transfronteiriça.

"Há mesmo algumas probabilidades de a situação vir a melhorar a partir desta noite ou de amanhã [terça-feira]", salientou.

Vários docentes colocados em Timor-Leste disseram domingo à agência Lu sa, em Díli, que havia uma decisão conjunta dos ministérios dos Negócios Estrang eiros e da Educação portugueses no sentido de regressarem a Portugal devido à im possibilidade de se concluir formalmente o ano lectivo em curso.

Esta informação foi também transmitida aos professores colocados fora d e Díli, nomeadamente na zona leste do país, que receberam a indicação de que dev iam regressar hoje à capital timorense para embarcarem terça ou quarta-feira par a Darwin (Austrália), de onde seguiriam depois para Portugal.

Os professores colocados fora de Díli, alguns dos quais já estavam prep arados para rumar à capital, foram esta manhã informados de que a informação da véspera tinha sido anulada.
O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, disse entretanto, em decl arações à SIC Notícias, que telefonou domingo ao chefe do Governo, José Sócrates , a quem garantiu a segurança dos professores que Portugal mantém em Timor-Leste .

PNG."

Exótica aberto ao jantar

Com produtos fresquinhos!

Agora, neste momento

Confirma-se que o Embaixador americano está dentro da sala do Conselho de Estado.

Presidência pede a manifestantes para regressarem a casa

"Díli, 29 Mai (Lusa) - A reunião do Conselho de Estado que está a decorr er desde as 10:00 horas (02:00 da manhã de Lisboa) em Díli continua sem fim à vi sta e um funcionário da Presidência da República veio apelar aos manifestantes p ara que voltem para as suas casas.

"O senhor Presidente pede-vos que dêem uma oportunidade, que lhe dêem t empo para resolver este problema. A reunião ainda não acabou e ainda não se sabe quando vai acabar", disse o funcionário da Presidência República às poucas deze nas de manifestantes que se mantêm frente ao portão principal do Palácio das Cin zas.

A reacção dos manifestantes não foi uniforme com alguns a dizerem que n ão querem sair porque dizem "o povo está a sofrer e a morrer" e exigem que o pri meiro-ministro Mari Alkatiri se responsabilize pelas mortes e pela destruição em Díli.

Entretanto, o embaixador do Estados Unidos em Díli, Joseph Reese, entro u no Palácio das Cinzas, presumivelmente também para consultas com o presidente Xanana Gusmão."

...

Comentário (10)

"Esperemos que se sosseguem os ânimos e as ambições. E também a surdez. "

E no fim do dia, vem ao de cima o sentido de Estado e a responsabilidade dos líderes timorenses.

O que está o Embaixador americano a fazer no Palácio das Cinzas?

Acordo à vista!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Segundo um observador atento, espera-se que no final do dia seja anunciado um acordo entre os orgãos de soberania e que resulta no entendimento sobre a titularidade dos Ministérios da Defesa e do Interior.


Obrigado.

DON'T JUST BLAME THE EAST TIMORESE GOVERNMENT

Dear Sir/Madam RE: LETTER TO THE EDITOR - DON'T JUST BLAME THE EAST TIMORESE GOVERNMENT

Those who support the new nation of East Timor realise that its first government has made a number of mistakes. However, it is all very well for John Howard and other detractors to make scathing comments.

It must be realised that East Timor has inherited many dire problems which were not all of its own choosing.

For 24 years, while the Indonesian military was carrying out genocide that saw the one third of the population perish, the world community turned its back. The war on terror had not officially started!

When it was decided that the remaining two thirds of the Timorese who survived should have a democratic vote to determine their future, it was.

John Howard and Alexander Downer who insisted that the TNI should police the operation.

Viewers of the mini series "Answered by Fire" know what happened. The TNI with the militias they recruited, trained and armed, killed at least 2000 more Timorese, destroyed 80% of the country's infrastructure and put the lives of many UN personnel at risk.

Despite this, the courageous East Timorese gained their independence albeit with the country in ruins.

The TNI has never been forced to compensate for its murderous and destructive actions and the world community has stood by and allow the criminals to escape justice. These perpetrators are still committing crimes in West Papua and Acheh and they remain a great threat to the East Timor's fragile security.

Many wished the UN to extend its peace keeping mission longer and it was the Australian government was one of the strongest voices that argued that it should not continue.

Since the TNI departed in 1999, there has been much drilling of oil and natural gas in Timor's half of the Timor Sea. The Australian government has taken nearly $3 billion revenue that rightly belongs to ET. This money is needed to rebuild the nation's infrastructure, provide humanitarian programs and to maintain a viable defence force to maintain Timor's sovereignty.

The reduction in defence force numbers was a major causal factor in the recent unrest and, yes, the process could have been handled much more wisely by the Mari Alkatiri government.

However, it has to be said that , but some other players, including Australian leaders, could also have shown more wisdom, support and compassion than they did.

It is good that Australiais again playing a major role to restore security again in Timor. Let us make sure that this time, the support lasts longer to ensure that security is more viable and that the countries involved in this exercise respect East Timor's sovereignty on both land and sea.

Andrew (Andy)
Acock Information Officer
Australia East Timor Friendship Association (SA) Inc.

Manifestantes só trabalham até às cinco. Não lhes pagaram horas extraordinárias?

Apenas restam 50 manifestantes junto do Palácio das Cinzas. Testemunha no local diz que os seguranças da Presidência da República distribuiram-lhes pacotes de batatas fritas...

Crise deve-se a divergências Xanana-Alkatiri - PM Nova Zelândia

"Wellington, 29 Mai (Lusa) - A primeira-ministra da Nova Zelândia considerou hoje que a crise política em Timor-Leste é consequência de divergências entre o presidente timorense, Xanana Gusmão, e o chefe do governo, Mari Alkatiri.

Helen Clark disse à TV da Nova Zelândia que a actual crise política tem também origem nas tensões existentes entre Alkatiri e Xanana Gusmão e dentro da própria Fretilin (no poder).

"Até recentemente as Nações Unidas consideravam Timor-Leste como uma história de sucesso, mas está provado que se trata de uma democracia muito frágil", disse ainda Helen Clark.

A chefe do governo neozelandês escusou-se a comentar se achava correcto que o primeiro-ministro Mari Alkatiri abandonasse o cargo.

"Trata-se de uma falha de liderança política de dimensões consideráveis (Ó). Ocorreu uma crise política que se tornou incontrolável, perdendo-se o controlo do exército e da polícia numa demonstração de falta de liderança", acrescentou.

Helen Clark considerou igualmente que as tropas australianas e neozelandesas deram uma resposta muito rápida ao pedido de intervenção em Timor-Leste.

A primeira-ministra admitiu que os efectivos militares dos dois países deverão permanecer em Timor-Leste, pelo menos, até às eleições de Timor-Leste marcadas para 2007.
A Nova Zelândia já tem 40 militares em Timor-Leste devendo esse número subir para 160 nos próximos dias.

Uma companhia das forças armadas da Nova Zelândia está a ultimar os preparativos em Townsville para seguir para Timor-Leste.

Além da Nova Zelândia, as autoridades timorenses também pediram ajuda a Portugal e à Malásia para contribuírem com forças militarizadas para restabelecer a ordem em Timor-Leste."

Minha senhora, agora que o PM australiano foi duramente criticado, nacional e internacionalmente, vem um país vizinho, conhecido por andar a reboque do PM australiano fazer declarações de ingerência interna em Timor-Leste e até num partido político estrangeiro?

Comentário (9)

"Antes de mais o meu muito obrigado pelo excelente trabalho que estão a fazer no vosso blog.
Já estive em Timor em 2001 e tenho as malas feitas para partir para Dili (estou em Lisboa) numa missão de cooperação entre o governo português e o governo timorense, no entanto o MNE em Lisboa não me dá luz verde para arrancar enquanto as coisas estiverem como estão. Nos ultimos dias não tenho largado o vosso blog, na vã esperança de ler uma notícia dizendo que tudo está calmo...

A minha solidariedade convosco

Um abraço,
(UM LEITOR IDENTIFICADO)

APELO: O MNE português tem-se mostrado exemplar no apoio a esta crise em Timor-Leste. Por favor, que o IPAD não tenha uma política diferente.

Comentário (8)

"Cheguei às terras do crocodilo no dia 28 de Abril e fiquei por mais 10 dias - acabaram-se as férias. Cumpri o desejo de voltar, pois já tinha vivido e trabalhado em Timor, durante dois anos. Não tive nenhuma vontade de "fugir". Não encontrei Timor como circulava na comunicação social. Concordo que, nesse momento, se exagerava devido aos rumores propalados. No entanto, agora, ao longe, fico amargurado de saber dos atropelos, feitos por irmãos, aos direitos mais elementares do ser humano. Acredito que a nobreza desse povo - que precisa de tempo para se educar e formar - vai dar a volta por cima e respeitar a democracia tão penosamente conquistada. Força Timor Leste e até sempre!

Um abraço timorense,
Rogério"

Tudo bons rapazes...

Testemunha no local afirma ter visto que um grupo de sete ou oito manifestantes, à frente do Palácio das Cinzas, com cartazes estavam a "apreciar" vários pares de botas da tropa que teriam "comprado" nas imediações. Militares australianos ao lado.

Lembramos aos mais distraídos, que horas antes o QG da polícia militar foi pilhado. Nessa altura informámos que uma das coisas que se viam as pessoas a roubar eram botas da farda militares...

Austrália concede dois milhões de dólares para apoiar desalojados

"Camberra, 29 Mai (Lusa) - O governo australiano anunciou hoje que vai conceder mais dois milhões de dólares para ajudar a resolver a crise humanitária em Timor-Leste.

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, disse que o apoio destina-se a ajudar os cerca de 50 mil timorenses que fugiram das suas casas em consequência da violência em Díli.

"Vamos enviar de imediato alimentos, tendas e medicamentos de vários locais da Austrália para Timor-Leste num apoio de sensivelmente um milhão de dólares", disse.

Alexander Downer referiu que outro milhão de dólares será canalizado para o Fundos das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e outras agências humanitárias internacionais para ajudarem os milhares de desalojados em Timor-Leste.

O governo da Austrália já havia concedido anteriormente uma verba de um milhão de dólares a agência governamentais e não- governamentais que actuam em Timor-Leste.

"A Austrália continuará a seguir os acontecimentos em Timor- Leste e está pronta a apoiar ainda mais se lhe for pedido", disse ainda Alexander Downer.

Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão, há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mau estar entre o Presidente da República e o chefe do governo.

Nos últimos dias, confrontos, principalmente em Díli e arredores, de militares contra militares, e entre estes e elementos do corpo da Polícia Nacional, envolvendo populares, provocaram já vários mortos e feridos e criaram uma situação de instabilidade e insegurança generalizadas no país, cujas autoridades tiveram de apelar à ajuda militar e policial de Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia.

Segundo a Cruz Vermelha Australiana (CVA), cerca de 50.000 timorenses foram forçados a abandonar as suas casas e vivem agora em abrigos temporários de recurso, na sequência da violência dos últimos dias em Díli."

GCS.

NOTA: Estes dois milhões de ajuda humanitária correspondem a quantos barris que o governo australiano rouba a Timor-Leste?

Os porquês

Ramos-Horta recusou-se a responder a uma pergunta da enviada da Rádio Renascença sobre se a dissolução do Parlamento será um dos temas em agenda.

E ironizou, quando o PÚBLICO quis saber em que qualidade - "de ministro, de prémio Nobel ou de antigo porta-voz de Xanana?" - tem estado a desenvolver estas iniciativas, visitando bairros e fazendo apelos à população.

"Talvez de futuro secretário-geral da ONU..."

in Publico, 29 05 06

Voltou a reunir o Conselho de Estado depois do intervalo para almoço.

East Timor government not split, Labor MP says

In The Age
Last Update: Monday, May 29, 2006. 9:48am (AEST)

Federal Labor backbencher Warren Snowdon says his sources in East Timor have denied there is a split in the East Timorese Government,and have accused Prime Minister John Howard of destabilising the elected Government.

On Friday, Mr Howard said it is time for the country's political leaders to lift their game, and East Timorese Foreign Minister Jose Ramos Horta has acknowledged a failure of government leadership in therun-up to the current crisis.

Portugal's Foreign Minister has described Mr Howard's remarks as interference in the internal affairs of East Timor.

Mr Snowdon says his contacts in East Timor insist that reports about a split between Prime Minister Mari Alkatiri and President Xanana Gusmao are wrong.

"They're very concerned about the assertions being made that somehowor another there's a split between the Prime Minister and the President, that they're not working effectively together, that they've sort of got opposing views about all this," he said."I'm told from sources I have, that are quite reliable, that isn't thecase and they want the world to know that's not the case.

"Mr Snowdon says his sources are angry at Mr Howard's remarks and see such comments as destabilising the Alkatiri Government.

"They're very concerned that this is being used by people who... are opposed to the Government as a means of destabilising the Governmentand painting a picture to the world that, somehow or other, the Timorese Government under Alkatiri has failed in its work," he said.

"They point to the fact that the donor countries met recently, apparently, and indicated their support for the progress that had been made in East Timor.

"I think you have to be very careful of making those assertions that the Prime Minister has made.

"We still have an elected government in East Timor, they will have elections in a couple of months time and they will have the opportunity to express their views."

Mr Snowdon's view is in contrast to that of Labor's foreign affairsspokesman Kevin Rudd."There is plainly disagreement between how the Prime Minister sees things, Mr Alkatiri and how others within the East Timor Government see things," he said.

"When Parliament resumes in East Timor, whether that will prove to bean effective forum for resolving these disagreements we don't yet know.

"We hope that the new UN special envoy Ian Martin is able to play aparticular role in bringing these conflicting views to some point of resolution."


Nota: Nas críticas feitas aos "australianos" deveríamos ter tido o cuidado de pôr "Governo Australiano". As nossas desculpas.

Comentário (7)

"...Força timorenses, na vossa luta pela vossa soberania. E força aos portugueses que aí permanecem. Os amigos conhecem-se nestas ocasiões. "

Comentário (7)

Acho que todo o mundo devia ouvir o que vocês têm para dizer. Era bom se mais textos pudessem vir em inglês também.

“Despite its fragility, East Timor is a young democracy in which we deeply believe. It is the country we have chosen, to live and to work. Since the 28th of April a lot has been said about the situation in East Timor. Rumors, alerts, statements from foreign countries, innocent and not so much, have been spreading the news about the conflict and the insecurity in a way which does not correspond to what we are living. We will try to transmit what is really going on. Not what we have heard... “

Statement of the Asia Pacific Solidarity Coalition (APSOC)

Let us not forget East Timor!

Together with most of its ardent supporters worldwide, the events in Timor Leste these last two days has raised deep concern and anxiety on the state of this fledgling nation that we have accompanied in its struggle for liberation.

The violence spurred by the dismissal from service of more than 500 military personnel that triggered violent protests actions in late April until early this month is hopefully not reflective of a pattern in the coming days. Although not to be condoned, these incidents can be attributed to the birth pangs of this young nation and are nothing compared to the daily fare of other "stable" countries worldwide.

Still, there is reason for unease.
.
The Asia Pacific Solidarity Coalition (APSOC)-- the erstwhile Asia Pacific Coalition for East Timor or APCET --is saddened by this renewed violence and can only hope for the immediate end and just resolution of the problem.

APSOC reiterates its solidarity with the Timorese people in this challenging time and enjoins the international solidarity movement to likewise manifest its concern. Indeed, the saga of this nation of close to a million people continues to beg our attention and accompaniment. But we are also concerned that international troops had again to be invited to help quell the violence in this already sovereign nation.

The Timorese have suffered for more than 24 years of repressive occupation by Indonesia and the violence that marred the independence vote of 1999 is still fresh in their minds. They are enduring the trauma of this past violence and may have yet to completely recover from such.

Such post-traumatic stress could be a major factor in the way people react to any untoward political situation. Of course extreme poverty, the sense of deprivation and social injustice are also realities the people and the government are confronted – and stressed- with.

We support Timor Leste government's avowed efforts towards the peaceful resolution of the conflict and we urge that this be done at the soonest time possible. We also call on all the forces involved in this problem to cooperate with all transparent and sincere initiatives to resolve the issues. We would also like to highlight the important role of Timorese civil society organizations in this time of crisis, where their voluntereerism, ingenuity and patriotism can be of valuable service to the country and the people.

We reiterate our commitment in supporting all Timorese in this most arduous task of nation-building as we urge the people to hold firmly together even amidst the difficult challenges of becoming a truly democratic nation. Our continuing solidarity remains as we continue to offer our hand to all Timorese with a hope of bridging the divide that is now threatening to rip the fabric of the Timorese nation.

A luta continua!
ASIA PACIFIC SOLIDARITY COALITION (APSOC)
25 May 2006

Comentário (6)

"Primeiro incendiaram a casa duma familiar do ministro e deixaram que uma mãe e os seus cinco filhos morressem queimados.

Agora ouvi que incendiaram as casas doutros dois ministros e de dois deputados da Fretilim…e isto fez-me lembrar:

“Primeiro eles vieram buscar os comunistas. Não falei nada, porque era comunista.

Então, eles vieram buscar os judeus. Nada falei, porque não era judeu.

Depois, vieram buscar os operários, membros dos Sindicatos.

Nada falei, porque não era operário sindicalizado.Então eles vieram buscar os católicos e não falei nada, porque sou protestante.

Finalmente, eles vieram me buscar - quando isto aconteceu, não havia restado ninguém para falar”.

Matin Niemoeller, pastor alemão, sacrificado pelos nazistas."

Comentário (5)

"Acabei de receber um mail com a seguinte mensagem:

Eu achava isto uma boa ideia:“Ei malta que esta' em Lisboa, Porto, Faro, Coimbra, etc. Se o amor a Timor e' tanto, porque nao se organizam e fazem uma cordao humano e vestem de novo umas camisolas brancas para ver se pressionam os Sr Socrates e companhia a enviar
RAPIDAMENTE a GNR para Timor?

Ja todos percebemos que Timor esta' sozinho... Os portugueses sao os unicos com boas intencoes.

Entao organizem-se e facam pressao para que a actuacao seja rapida. Por Timor.Nao se preocupem que se o povo portugues nao reagir no primeiro dia, reagira' no segundo dia. Ninguem esqueceu 1999.

Basta reavivar a memoria! E vao mexer as multidoes.

Facam isso, POR TIMOR .”Que dizem? Se promovessemos isto por estas bandas? A população está a pedir a presença da GNR.

Isto mesmo confirmou a ministra Ana Pessoa na entrevista das 10.00 na TSF Quem tiver…, pode contribuir com “amigos” na comunicação social!!"

Enviados da ONU na Presidência da República em Díli

"Timor-Leste, 29 Mai (Lusa) - O enviado especial da ONU a Timor- Leste, Ian Martin, e o chefe da missão das Nações Unidas no país, Sukehiro Hasegawa, chegaram hoje à Presidência da República em Díli, onde decorre uma reunião do Conselho de Estado.

Martin e Hasegawa entraram no Palácio das Cinzas cerca das 15:15 locais (07:15 em Lisboa), sem fazerem declarações à imprensa.

Na mesma viatura seguia Tamrat Samuel, do Departamento de Assuntos Político da ONU e um dos elementos da organização que mais acompanhou a questão de Timor-Leste no período entre 1999 e 2002.

A reunião do Conselho de Estado iniciou-se às 10:00 locais, tendo sido interrompida para almoço após cerca de quatro horas.

Centenas de manifestantes que exigem a demissão do primeiro- ministro, Marí Alkatiri, mantêm-se no local, apesar de o presidente da República, Xanana Gusmão, lhes ter pedido, quando a reunião foi interrompida, que abandonassem a zona.

A chegada de Ian Martin e de Tamrat Samuel a Díli estava prevista para hoje.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, enviou a Timor-Leste Ian Martin para avaliar a situação política no país e facilitar o diálogo entre as instituições timorenses.

Ian Martin chefiou a missão da ONU que supervisionou o referendo de 30 de Agosto de 1999, em que a maioria dos timorenses votou a favor da independência, pondo termo a 24 anos de ocupação pela Indonésia."
...

Comentário (4)

"Caros "blogistas"...

Com o devido respeito e dentro do espírito deste contacto, não será de veícular a informação útil aos leitores (fora e dentro de T-L) e transmitir ideias positivas e encorajadoras a quem está (mesmo) num aperto em Timor-Leste e que tanto acarinhamos?

Congratulemo-nos com a reunião dos dois mais importantes líderes! Só peca por tardia. Mas mais uma vez, as coisas são o que são...força Presidente, força PM há vidas em jogo, credibilidade que se perde, segundo a segundo, bens que se destroem inutilmente e tempo precioso desperdiçado.

Usem as vossas capacidades e inteligência e RESOLVAM a situação com os meios disponíveis.

Abandonar ou deixar abandonar, agora, Timor-Leste (será que há alguém interessado nisso?) siginificará retroceder muitos anos e entregar o PAÍS a um curso institucional completamente diferente. "

Lusa questiona pouco...

Porque é que os jornalistas da Lusa aqui em Timor-Leste, quando têm oportunidade, não fazem mais perguntas para nos informarem melhor?..

Não existem distúrbios nem confrontos violentos na cidade

Apelo

"O Prof. Carlos Borromeu Soares sabe que lhe queimaram a casa e tem uma nebulosa informação acerca do paradeiro da mulher e filha (Maria Soares e Marta Soares), que talvez possam estar refugiadas em Motael na Clínica Carmelitas (??)

Se alguém puder ajudar, por favor, que o homem está desfeito em lágrimas e muito angustiado, como é de perceber. Muito obrigado!Abraço e força a todos. Estamos convosco!!!!"

Comentário (3)

"Parabéns Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Recurso em persistir em ficar aí, sabendo nós que é contra a vontade da sua família, que o adora, e reclama a sua presença.

Não sei se haveria mais homens como o senhor que apesar de parecer uma figura apagada consegue transpor montanhas com a sua sapiência e calma.

Força nós os Portugueses estamos consigo e sei que há muitos Timorenses que também estão do seu lado. "

Comentário (2)

Força Timor, força Timorenses.

Vamos lutar com sabedoria e deixarmos as armas de lado. Os australianos que regressem ao seu País que deles é um País enorme com cangurus...

Os Portugueses estão convosco e os Portugueses de hoje não são os mesmos de 75 ou de 60, somos mais humanos e sabemos pensar sem receber pacotes vindos de partidos, de politiquices ou de interesses.
Ainda há pessoas que pensam em Portugal ainda há humanidade e sentido de justiça e muita mas mesmo muita solidariedade.Estive em Timor, por duas vezes, senti o carinho das gentes, o olhar das crianças onde havia esperança, senti ternura pelos idosos onde no olhar já não se descurtinava o dia de amanhã mas em todos eles vi carinho e ternura e muita mas mesmo muita sensibilidade.

Amo esse País aliás até me apaixonei por um Homem desse País uns anos antes de ter conhecido tão maravihoso Território...

Um dia ao passar nas zonas de café e olhando para as Madres Del Cacau,, senti tristeza e uma lágrima rolou pela face por ver que estavam doentes... mas eis que aparece um menino, com um sorriso no rosto ao meu encontro...
olho para ele sorrio e ele continua a sorrir pede para tocar o meu rosto e me beijar.. sensa´ção única e maravihosa... boa gente...

Vamos a ajudar este Povo ...

Amo-Te Timor

Conselho Superior de Defesa e Segurança adiado para terça-feira

Díli, 29 Mai (Lusa) - A reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS) de Timor-Leste, prevista para hoje, às 15:00 locais, foi adiada para terça-feira, à mesma hora, disse à Lusa fonte da presidência.

A reunião deste órgão de consulta do presidente timorense, Xanana Gusmão, deveria realizar-se após o Conselho de Estado, cuja reunião se iniciou às 10:00 (02:00 em Lisboa) e foi interrompida para almoço cerca das 14:00.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos Horta, que não integra o Conselho de Estado, chegou ao Palácio das Cinzas cerca das 14:45 locais para a reunião do CSDS, tendo sido vitoriado e aclamado por centenas de manifestantes que se concentraram no local para exigir a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

O bispo de Díli, D. Alberto Ricardo Silva, que também chegou entretanto ao Palácio das Zinzas, disse à Lusa que foi chamado por Xanana Gusmão.

"O presidente pediu para eu vir, mas não sei o que é que ele quer de mim. A Igreja está sempre pronta para ajudar no que for necessário", disse o prelado.

EL.

Bispo de Díli

À chegada ao Palácio das Cinzas, o Bispo de Díli disse aos jornalistas que vem como observador e para tentar ajudar a encontrar uma solução. Acha que se não houver um consenso que se pode estar perante uma guerra civil.

Os manifestantes gritaram "Viva o Bispo", "Abaixo Alkatiri", "Alkatiri comunista" e "Viva Cristo".

Quando questionaram o Bispo de Díli à saída, sobre se o povo queria Mari Alkatiri, respondeu "Está à vista que a gente não quer Mari Alkatiri".

A pergunta que não foi feita: "Quem organizou esta manifestação?"...

East Timor's Foreign Minister Stresses Need for Political Stability, as Violence Flares

Voice of America - 28 May 2006

By Nancy-Amelia Collins,

DiliEast Timor's foreign minister says political stability is a must, if his four-year-old nation is to quell erupting violence between military factions.

East Timor Foreign Minister Jose Ramos-Horta dismissed the notion his country is plunging into civil war.

He says he believes Monday's meeting between President Xanana Gusmao and Prime Minister Mari Alkitiri should resolve any questions about a divided leadership in facing this crisis.It is rumored that Mr. Alkitiri may be replaced for failing to address a mutiny in the military that flared this week into factional fighting in the capital. Ramos-Horta says East Timor will follow the rule of law.

"We cannot change government at the spur of the moment," he said. "Although, I understand the sentiments of many people, we have to follow the procedures that are laid down in our constitution.

"Hundreds of international peacekeepers are in East Timor to disarm rival factions of solders, police and gangs. More than two-dozen people have been killed, and tens-of-thousands of residents have fled the capital.

What began last month as a split in the military has degenerated into an ethnic conflict. People are divided along east-west lines, or those who are perceived to have supported Indonesia during its brutal 24-year rule of East Timor, and those who fought for independence.

Many people want to see Ramos-Horta installed as the prime minister to help end the bloodshed.

The foreign minister, who is considered a contender to be the next U.N. secretary-general, hinted he would not be averse to staying in his country to continue to serve the government.

When asked if he would like to be the next U.N. chief, or the next prime minister of East Timor, he put the question to a crowd of Timorese who shouted, "prime minister."

Conselho de Estado interrompido, Xanana pede recuo manifestantes

Díli, 29 Mai (Lusa) - A reunião do Conselho de Estado de Timor- Leste que decorre hoje em Díli foi interrompida para almoço cerca de quatro horas depois do seu início, disseram à Lusa fontes da presidência timorense.

A reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança, que deveria seguir-se à do Conselho de Estado, foi adiado para uma data ainda a definir, segundo as mesmas fontes.

Logo após interrupção, o presidente timorense, Xanana Gusmão, saiu do Palácio das Cinzas e dirigiu-se às centenas de manifestantes concentrados no local que exigem a demissão do primeiro-ministro, Marí Alkatiri, pedindo-lhes que se afastassem e não proferissem insultos.

"Se gritam vivas ao Xanana, têm de confiar no Xanana", disse o presidente timorense aos manifestantes.

Apesar dos apelos de Xanana Gusmão, os manifestantes mantêm-se no local.
Os conselheiros de Estado e o Presidente da República mantêm- se no interior do Palácio das Cinzas, onde decorre almoço.

Desconhece-se ainda a hora a que Xanana Gusmão fará uma comunicação ao país, que inicialmente estava prevista para depois do Conselho de Estado e da reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança.

Fumo Branco

Um observador atento do Conselho de estado diz-nos que o Presidente Xanana e o Primeiro-Ministro Alkatiri deram claros sinais de entendimento durante a reunião.

Comentário (1)

"Malai azul, é verdade a tropa australiana está no território mas não faz nada. Há grupos de jovens que andam a queimar, saquear e com armas na mão e os senhores "aussie" não fazem absolutamente nada, ainda os vão cumprimentar.

Está-se mesmo a ver que são eles que andam a instigar a confusão. Por outro lado, o embaixador americano, também armado em "bom samaritano" anda visitando as zonas sinistradas e a fazer comentários pouco dignos de um diplomata cujo contrato o proibe de se manifestar politicamente no território alheio.

Um abraço e continue a defender a verdadeira causa timorense."

Os manifestantes continuam à porta do Palácio das Cinzas

!5 militares australianos chegaram ao Palácio das Cinzas, onde apenas se encontravam os militares que fazem a segurança pessoal dos responsáveis dos orgãos de soberania.


Não foi enviada numa força para prevenir e garantir o cumprimento da Lei.

Mais uma vez onde estão as tropas australianas?

Desde hoje de manhã que decorre a Reunião de Conselho de Estado no Palácio das Cinzas, onde estão presentes o Presidente da República, o Presidente do Parlamento Nacional e o Primeiro-Ministro.


Cá fora encontram-se vários populares e chegam mais, em camionetes de transporte amarelas, com faixas a exigir a demissão de Mari Alktiri.

As tropas australianas foram contactadas por membros do Governo que pediram que estas garantissem um perímetro de segurança em volta da área. Não apareceram.


Neste momento o Presidente Xanana saiu lá para fora para falar com os manifestantes para dispersarem, mas estes gritam palavras de ordem:


MATA ALKATIRI!

DESARMA FDTL!

Pilhagens

O quartel-general da Polícia Militar, em Caicoli está a ser pilhado, vendo-se crianças e jovens a sair com fardamentos militares, botas, arcas frigorificas e sacos de plásticos pretos cheios.

Este quartel foi desactivado a semana passada.

Não estão tropas australianas no local.

Lisboa nega ter ordenado regresso dos professores portugueses

Lisboa, 28 Mai (Lusa) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) negou hoje ter ordenado o regresso a Portugal dos professores portugueses colocados em Timor-Leste, ao abrigo da cooperação bilateral.

"Não há qualquer decisão conjunta do MNE e do Ministério da Educação sobre o regresso dos professores portugueses que se encontram em Timor-Leste", assegurou o porta-voz do ministro, António Carneiro Jacinto, em declarações à Lusa.

Vários docentes colocados em Timor-Leste revelaram hoje à Agência Lusa, em Díli, que havia uma decisão conjunta dos dois ministérios naquele sentido e que lhes foi transmitido hoje que deveriam regressar terça ou quarta-feira a Lisboa, devido à impossibilidade de se concluir formalmente o ano lectivo em curso.

Esta informação foi também transmitida hoje a professores que se encontram colocados fora de Díli, nomeadamente na zona leste do país, que receberam a indicação de que deviam regressar à capital timorense já na segunda-feira para embarcarem terça ou quarta-feira para Darwin (Austrália), de onde seguiriam depois para Portugal.

Contudo, o porta-voz do MNE garantiu que "a evacuação, designadamente dos professores portugueses, só se verificará se, e quando o Governo português o entender".

"Se alguém quiser abandonar Timor-Leste poderá fazê-lo pelos seus próprios meios, através, nomeadamente, dos voos regulares australianos", adiantou Carneiro Jacinto.

O porta-voz do MNE disse ainda que as aulas em Timor-Leste "estão suspensas temporariamente por razões de segurança", desde que começaram os confrontos.

Portugal mantém cerca de 150 portugueses em Timor-Leste, no quadro da cooperação bilateral para a formação de professores e no âmbito do projecto de reintrodução da língua portuguesa, e do projecto de cooperação da Fundação das Universidades Portuguesas com a Universidade Nacional Timor LoroSa'e.

Em relação ao projecto de reintrodução da língua portuguesa, em que os professores estavam a formar docentes timorenses, os exames estavam marcados para Julho.
EL/AG.

São duas da manhã e amanhã há mais...

Esta noite ardeu uma casa no Bairro Central.

De resto não nos foram comunicados mais incidentes.

Luz branca no fundo do túnel

Algo nos diz que a situação tende a estabilizar a curto prazo, e que os orgãos de soberania se entenderam.

Amanhã será um grande dia.

Até amanhã.

Professores portugueses vão regressar a Portugal

Díli, 28 Mai (Lusa) - Os professores portugueses colocados presentemente em Timor-Leste, ao abrigo da cooperação bilateral, começam a regressar terça ou quarta-feira a Portugal, devido à impossibilidade de se concluir formalmente o ano lectivo em curso, disseram hoje vários docentes à Lusa.

A decisão, tomada em conjunto em Lisboa pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação, foi hoje formalmente anunciada aos cerca de 150 professores portugueses que trabalham em Timor-Leste.

O regresso a Portugal deverá ser feito em avião fretado, acrescentou uma das fontes à Lusa.
EL.

Alkatiri exclui hipótese demissão Governo, após reunião com Xanana

Díli, 28 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, excluiu hoje a possibilidade de demissão do seu Governo, depois de uma reunião de hora e meia com o presidente Xanana Gusmão.

"Tornou-se claro que não há nenhuma intenção de demitir o governo", declarou Mari Alkatiri, num contacto telefónico com a agência Lusa, depois da reunião com Xanana Gusmão, que decorreu hoje à noite na residência privada do presidente da República, em Balibar, arredores de Díli.

O chefe do Governo timorense manifestou-se ainda "satisfeito" e "optimista" quanto à estabilidade política em Timor-Leste.
ASP/RM.

Diogo Freitas do Amaral assegura que situação tende a acalmar

Viena, 28 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros português assegurou hoje, em Viena, que a situação em Timor-Leste "tende gradualmente a ficar mais calma", segundo informações que tem recebido daquele território.

"A situação tende gradualmente a ficar mais calma, são as informações que recebi", disse Diogo Freitas do Amaral, apesar de durante a madrugada ter havido "alguns incidentes de tiroteio" nos arredores de Díli.

O chefe da diplomacia portuguesa explicou esta acalmia com a ocupação gradual das tropas australianas da cidade e, posteriormente, os arredores.

Por outro lado, a notícia da convocação do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa timorenses segunda-feira "também foi um elemento apaziguador" visto que a população "percebeu que os principais órgãos de soberania vão estar reunidos durante todo o dia a conversar entre eles sobre os problemas".

O chefe da diplomacia portuguesa fez ainda o ponto da situação dos portugueses que saíram da ilha.

"Têm saído os portugueses que têm pedido. No primeiro dia saíram quatro, no segundo 15 e hoje [domingo] sete", disse Freitas do Amaral, acrescentando que não está em curso qualquer operação de evacuação.
"Quem quiser pode sair", concluiu o ministro.
FPB.
Lusa/Fim

Diogo Freitas do Amaral assegura que situação tende a acalmar

Viena, 28 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros português assegurou hoje, em Viena, que a situação em Timor-Leste "tende gradualmente a ficar mais calma", segundo informações que tem recebido daquele território.

"A situação tende gradualmente a ficar mais calma, são as informações que recebi", disse Diogo Freitas do Amaral, apesar de durante a madrugada ter havido "alguns incidentes de tiroteio" nos arredores de Díli.

O chefe da diplomacia portuguesa explicou esta acalmia com a ocupação gradual das tropas australianas da cidade e, posteriormente, os arredores.

Por outro lado, a notícia da convocação do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa timorenses segunda-feira "também foi um elemento apaziguador" visto que a população "percebeu que os principais órgãos de soberania vão estar reunidos durante todo o dia a conversar entre eles sobre os problemas".

O chefe da diplomacia portuguesa fez ainda o ponto da situação dos portugueses que saíram da ilha.

"Têm saído os portugueses que têm pedido. No primeiro dia saíram quatro, no segundo 15 e hoje [domingo] sete", disse Freitas do Amaral, acrescentando que não está em curso qualquer operação de evacuação.

"Quem quiser pode sair", concluiu o ministro.
FPB.
Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.