domingo, junho 04, 2006

Alguns dos 138 comentários (4)

Anonymous said...
Desculpem lá, mas o Hotel Díli 2001 não é um com uma frequência algo exótica???? É que não me parece aceitável instalar lá os nossos homens. Se eu fosse um deles preferia francamente dormir na praia...Malai cor-de-burro-quando-foge
Sábado, Junho 03, 2006 4:02:17 AM

Anonymous said...
Cenários e conspirações Armando Rafael É certo que em Timor-Leste, nem tudo o que parece é. Mas a nomeação de Ramos-Horta para a pasta da Defesa parece dar razão àqueles que defendem que esta crise acabou por servir apenas a quem pretendia subverter o equilíbrio institucional vigente, impondo uma revisão da Constituição, em que o Presidente visse os seus poderes reforçados, em detrimento do primeiro-ministro.Segundo essa tese, tudo se resumiria, assim, a um golpe de Estado constitucional, falhadas que foram as sucessivas tentativas para substituir Mari Alkatiri. Um "golpe" que ainda estaria em curso, por via das medidas que levaram o Presidente a assumir esta semana a tutela da Defesa e da Segurança, retirando-as das competências normais do Governo.Pode ser. Mas isso implicaria um acordo muito especial, em que o primeiro-ministro conservasse o seu lugar e o Presidente se recandidatasse.
Sábado, Junho 03, 2006 4:25:36 AM

Bibe malai said...
GNR em Figo Maduro, no ar dentro de 2 horas, chegam a Timor (Bacau) às 11 da noite (estou a vê-los na TVI)
Sábado, Junho 03, 2006 4:28:42 AM
Manuel Leiria de Almeida said...
Correcção: chegam a Baucau no domingo de manhã. Não há condições para aterrarem de noite.
Sábado, Junho 03, 2006 5:22:43 AM

Bibe malai said...
Atenção Timor: GNR já deve estar no ar. Paragens no Bahrein e em Singapura, aterram em Baucau. Domingo devem entrar em Dili (não sei quem os vai buscar a Baucau, já que as carrinhas só vão depois)
Sábado, Junho 03, 2006 7:16:08 AM

Bibe malai said...
Timor-Leste: Ambiente emocionado na despedida dos 120 militares da GNRLisboa, 02 Jun (Lusa) - Os militares que partem hoje para Timor-Leste começaram a despedir-se das famílias às 22:20 num ambiente marcado pela emoção na sala de embarque em Figo Maduro, com muitas lágrimas misturadas com sorrisos ansiosos.Os 120 militares mostravam boa disposição e ânimo procurando consolar a tristeza de pais, mulheres, filhos e outros familiares.Os cachecóis da selecção de futebol e bandeiras portuguesas decoravam as mochilas de alguns dos militares que partem para Timor- Leste a pensar nas famílias, mas também no desempenho de Portugal no Campeonato Mundial de Futebol 2006.Para António Valério e para a mulher, de olhos chorosos, a apreensão pelo que possa acontecer ao filho destacado pela primeira vez no estrangeiro sobrepõem-se a tudo e apenas conseguem dizer que "é difícil ver passar o filho pela porta de embarque".No entanto, Carla Rodrigues, que foi ao aeroporto de Figo Maduro despedir-se do marido, consegue mostrar-se calma e até bem disposta junto de outros familiares, justificando que já é a segunda missão do marido, que também já esteve no Iraque."Uma pessoa aprende a defender-se uma vez que estas coisas já não são novas e é melhor assim. Tenho também a ideia que Timor-Leste não tem um risco tão grande como o Iraque", afirmou à agência Lusa adiantando que o seu marido vai estar encarregue das relações exteriores do contingente da GNR com outras forças militares a actuar no país.Dois autocarros transportaram os 120 militares até ao avião fretado para o transporte onde uma fila de individualidades, entre as quais o ministro da Administração Interna, António Costa, o secretario de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, e o comandante geral da GNR, Mourato Nunes, apertaram a mão a cada um dos elementos que estão de partida.O embarque começou a fazer-se às 22:30 e à entrada do aparelho houve ainda ocasião para uma entusiasmada despedida segurando a bandeira nacional por alguns dos militares.Para os familiares que entretanto dispersaram o último aceno foi através das grades que delimitam o acesso à área de embarque antes de se irem embora.
Sábado, Junho 03, 2006 7:21:56 AM

Bibe malai said...
Ó D. Basílio, (em entrevista na televisão) ouça o que lhe digo e tenha juízo. Não prejudique o seu papel fundamental de líder espiritual que Vª Exª têm, em jogadas de maquievelismo político, que sem olhar a meios (alimentar uma crise grave no seu país, com todo o seu sofrimento que lhe está associado) para atingir fins (o afastamento do Alkatiri)
Sábado, Junho 03, 2006 7:35:24 AM

Bibe malai said...
Partida confirmada!
Sábado, Junho 03, 2006 7:35:56 AM

Bibe malai said...
Agora mesa redonda na SIC NOtícias com a Ana Gomes, Nuno Antunes, Clara Pinto e outro jornalista sobre Timor. Um país viável; conflicto de personalidades entre Xanana e Alkatiri que só prejudica Timor e facilita a vida áqueles que se querem aproveitar de Timor; uma economia com tendência para um rapidissimo crescimento ( só o dinheiro do petróleo por ano é duas vezes mais o do orçamento actual); a questão da igreja e as dificuldades do Alkatiri em comunicar; os problemas de imagem do Alkatiri e a sua dificuldade em dialogar; ... (continua)...
Sábado, Junho 03, 2006 7:43:58 AM

Bibe malai said...
Mari não faças ondas e continua a governar (diz aqui a Ana Gomes a solução da crise passa pelo entendimento da entre Políticos, Igreja, e Fretilin)
Sábado, Junho 03, 2006 7:48:25 AM

Bibe malai said...
A questão das desiguladades sociais na origem de algumas pilhagens
Sábado, Junho 03, 2006 7:49:14 AM

Bibe malai said...
A Ana Gomes também acha que o Reinado têm que ir à vida, e aqui questiona-se porque não se prende o gajo...
Sábado, Junho 03, 2006 7:54:39 AM

Margarida said...
...e uma boa questão fundamental levantada pelo jornalista Luciano Alvarez, na SIC-Notícias: porque é que deixam o golpista do Reinada andar pela cidade, de xanatas, calções e T-Shirt de cavas, a dar entrevistas à CNN e não o PRENDEM? E porque é que as tropas aussies fazem de guarda-costas a um fulano que está a minar um Estado de Direito, liderando um golpe contra esse mesmo Estado?
Sábado, Junho 03, 2006 8:02:02 AM

Manuel Leiria de Almeida said...
Alguém que esteja em Timor sabe se está assegurada (por quem?) a segurança do aeroporto de Baucau e do percurso Baucau - Dili. Os polícias que digam como pode ser perigoso... O diabo seja cego, surdo e mudo mas aí tudo é possível... Incluindo os aussies marimbarem-se para isto!
Sábado, Junho 03, 2006 8:07:30 AM

Bibe malai said...
GNR, GNR, GNR (quem havia de dizer que eu ainda havia de andar a gritar - favoravelmente - pelos «choques»?) GNR
Sábado, Junho 03, 2006 8:15:10 AM

Anonymous said...
E trocar as bandeiras de Portugal das janelas pela de Timor? -É necessário Portugal fazer-se ouvir, para que o bem de Timor se faça ouvir e para que os Australianos não pensem que ninguém liga... Então uma ida do Cavaco lá... essa é que era...
Sábado, Junho 03, 2006 8:21:26 AM

chrys chrystello said... (na sequência de textos anteriores sobre a História de Timor aqui vai uma longa análise da actual crise)3º capítulo de uma série de 3 (é só pedirem que mando todos)Parece difícil atribuir os incidentes de Abril 2006 a conflitos tribais, dado que eles parecem ter-se esgotado em Junho 1959, sem qualquer registo posterior de lutas intertribais. O poderio dos régulos e liurais esmoreceu e já em 1975 era pouco mais do que simbólico. A divisão administrativa colonial portuguesa fizera esbater esta tradicional divisão dos povos de Timor, e, posteriormente, com a ocupação indonésia parece ter-se esfumado de vez. O que não desapareceu porém foi a animosidade ancestral entre o oeste e o leste, tanto mais que agora surge enriquecida pela dicotomia de resistência activa contra a Indonésia representada pela Falintil e pelos povos de leste contra os povos de oeste, associados ao colaboracionismo com o invasor. Desde a proclamação da independência que se ouvem queixas dos antigos guerrilheiros e aqui cremos que o Estado falhou totalmente por menorizar estas queixas e deixá-las latentes nos milhares de soldados guerrilheiros compulsivamente passados a uma reforma sem benefícios fiscais ou económicos e sem ocupação ou treino para ocuparem a sua posição dentro da nova sociedade democrática timorense. A má divisão da atribuição dos postos de comando e chefia militares a pessoas Loromonu em detrimento dos Lorosae tem ab initio um certo fundamento nas queixas que motivaram os incidentes que levaram em Fevereiro à saída de mais de 500 militares, prontamente demitidos por abandono do cargo. Cremos que o governo subestimou a real dimensão do problema e se serviu duma legitimação legalista para a levar a cabo sem se aperceber da caixa de Pandora que poderia estar a abrir. Houve inacção e incúria e até uma certa forma sobranceira de tratar o problema. O Presidente Xanana depois de ouvir os descontentes mostrou que estava a favor doutro tipo de solução, mas o governo permaneceu mudo e firme na sua decisão de não os reintegrar. Até aqui verificaram-se dois factos apenas: descontentamento por origem étnica e por motivos de privilégio aos Loromonu.Não havia ainda de facto nenhuma tentativa de golpe de estado. Só quando os autoproclamados lideres militares rebeldes (ou meramente desertores?) intensificam as suas exigências, após a criação duma Comissão de Inquérito, e pedem a cabeça do governo ou a demissão do mesmo, obviamente com o apoio de forças externas como foi dito por Mari Alkatiri, se pode começar a falar de tentativa de golpe de estado. O plano B certamente apoiado pelos EUA, Austrália e outros confiava que a candidatura do embaixador José Luís Guterres tivesse um amplo apoio das bases da Fretilin, o que não aconteceu. Foi um fracasso total e veio reforçar ainda mais a liderança do primeiro-ministro (sempre tão odiado pela Austrália que jamais lhe perdoa as duras negociações para a exploração do petróleo e a sua firmeza em não abdicar duma linha de crescimento económico lenta mas segura). Nesta altura já as tropas australianas estavam em fase adiantada de preparativos para uma "invasão pacífica" de Timor a pedido deste jovem país. Não se contesta que as coisas chegaram a um ponto em que era forçoso pedir a ajuda do exterior para terminar com os conflitos entre exército e polícia, ao longo das mesmas margens de divisão que atrás se mencionaram. A rapidez da chegada das tropas australianas só veio comprovar que o seu estado de alerta para intervir se tinha precipitado com a vitória esmagadora de Mari Alkatiri no Congresso da Fretilin.Nesta ocasião esperava-se muito mais do sábio Xanana que se limitou a uma ou outra pálida intervenção e preferiu manter-se na sombra, em vez de vir a terreiro clarificar as águas. Sei que muitos em Portugal atribuem a Xanana qualidades mais próprias dum santo do que dum ex-guerrilheiro mas decerto a maioria não estava preparada para o ver apenas como um home como ele veio a demonstrar ao longo desta fase do conflito.Por seu turno, quem não perdera tempo a demarcar-se e a criticar o governo foi Ramos Horta, esse sempre ambicioso líder timorense para quem o cargo de Secretário-Geral da ONU é o mínimo a que se acha com direito. Manobrando os bastidores, e, posteriormente avistando-se com os militares revoltosos e traidores ao seu juramento perante o Estado veio a conseguir preencher o vácuo de Xanana e a intransigência do governo.Nessa altura já toda a máquina da desinformação da comunicação social australiana cujo interesse no petróleo não pode ser descurado, aliados à sua velha antipatia por Mari Alkatiri, estava pronta a levar a tentativa de golpe de estado a uma fase mais avançada. E aqui entra o elemento indonésio até então silencioso: os jovens armados de catanas e armas ligeiras a repetirem as façanhas de 1999, pegando fogo a casas, roubando documentos das repartições (sabendo bem o que queriam como por exemplo as provas que implicavam o general Wiranto nas atrocidades de então) e criando o pânico em vários bairros da cidade de Díli.A história do petróleo e a prisão de Eurico Guterres podem ter mais a ver com isto do que a mera antipatia que todos parecem agora sentir contra Mari Alkatiri.Depois, temos de juntar os interesses geoestratégicos que já estiveram no cerne da invasão de 7 Dezembro de 1975, e o petróleo. Houve 21,5% de apoiantes da integração na Indonésia e esses estão insatisfeitos com a independência, com a política de Alkatiri que (eles nunca viram como seu, já o não viam como seu em 1973...) apesar desta ser elogiada por Paul Wolfowitz (que não é nenhum santo...embora também não seja como Kissinger ou Ford em 7 Dez 75). Estes 21,5% da população revêem-se mais em Eurico Guterres e não é coincidência estes ataques surgirem logo após aquele ir para a cadeia. Há ainda militares e uma pequena franja política indonésia que apoia Guterres e não perdoa a independência e há muitos timorenses desejosos de os ajudar. Foi pena que os líderes (Alkatiri, Horta, Xanana e Roque Rodrigues) não tivessem visto isto a aproximar-se como um tsunami e pensassem que eram apenas umas ondas que a nova democracia resolveria...Como escrevia Henrique Correia em 31 de Maio de 2006:"Estes senhores Reinado e Salsinha foram eleitos por quem?Qual é a autoridade deles para exigirem a demissão do 1º Ministro?O País não pode ser governado na rua. Espero que os líderes timorenses não cedam a estas pretensões absurdas.Estamos a assistir à repetição da novela "CPD-RDTL"Se esses senhores não gostam do Mari Alkatiri, então formem um novo partido para concorrer às próximas eleições, daqui a um ano, ou votem num dos partidos já existentes que se opõem à Fretilin.Assim é que se faz num país democrático. Se eles preferem outro tipo de regime em que sejam eles a mandar, então vão para outro país, que há por aí muitos assim, ou mudem-se para a ilha Fatu Sinai e declarem a independência. O rei seria D. Alfredo I, o "almirante".Quem é este comandante Reinado?Foi capturado pelas tropas indonésias em 1975, e foi colocado como servente ou carregador no exército indonésio nas Celebes (Sulawesi) e Kalimantan antes de escapar para a Austrália. Arranjou emprego como estivador nas docas da Austrália Ocidental onde esteve durante nove anos, antes de regressar a Timor depois do histórico referendo de 1999.As suas "proezas náuticas" foram rapidamente postas a funcionar nas novas forças de defesa de Timor (F-FDTL) tendo sido nomeado Comandante dos dois barcos de patrulha que constituem a marinha do novo país. Mas a sua carreia rapidamente esmoreceu e o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, transferiu-o para o quartel-general em Díli. Foi uma desfeita que ele jamais perdoou ou esqueceu. Mais tarde foi nomeado comandante dum pelotão de polícia militar com 33 homens após ter estado a ser treinado no Australian Defence Force College em Canberra em finais de 2005. forjou também um passeio operacional num barco patrulha da Real Marinha Australiana (RAN) a pensar um dia tomar conta da Estação naval em Hera nas proximidades de Díli.A crise começou em 28 de Abril 2006, com a manifestação de 600 militares expulsos do Exército. A manifestação foi dispersada pelo Exército, que abriu fogo e matou quatro pessoas. Logo após a acção, o comandante Alfredo Reinado, líder rebelde, fugiu para as montanhas com 25 homens armados. Dias depois, 12 policiais foram assassinados pelo Exército, o maior massacre ocorrido no Timor desde a sangrenta repressão indonésia que ocorreu após o voto a favor da independência, no plebiscito de 1999. Reinado disse que o protesto era a resposta às promoções incentivadas no Exército por Rodrigues, aliado ao primeiro-ministro Alkatiri que, segundo o líder rebelde, queria o controlo militar para aumentar seu poder político perto das eleições de 2007. Além disso, a revolta de Reinado incentivou um fenómeno até agora novo no país: o confronto violento entre os habitantes do oeste e a minoria do leste que controla o Governo e as Forças Armadas.O major Alfredo Reinado, anteriormente comandante da Componente Naval das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F- FDTL), abandonou a hierarquia de comando das forças armadas a 4 de Maio 2006, acompanhado de mais 15 efectivos da Polícia Militar, unidade que comandava até então.O outro autoproclamado líder dos rebeldes é Gastão Salsinha, nascido em Ermera e que representa os interesses dos rebeldes Loromonu. Consta que terá sido detido no ano passado por contrabando de sândalo e foi-lhe cancelado o curso para capitão que estava a frequentar. Há quem adiante que Salsinha é um amigo muito chegado de Rogério Lobato, o qual parece ter estado envolvido noutro caso misterioso duma apreensão de sândalo em 2002 e a qual nunca foi totalmente explicada. O nome da família Lobato é sinónimo com a longa guerra de autodeterminação do povo. O seu irmão e líder da Resistência, Nicolau foi morto num combate com forças especiais da Indonésia em 1978. a sua mulher tinha sido executada no porto de Díli, logo após a invasão indonésia de 7 de Dezembro de 1975. um dos cinco membros do Comité Central da Fretilin enviados para o estrangeiro em 1975 (juntamente com Mari Alkatiri, Ramos Horta e Roque Rodrigues), Lobato tinha ordens para obter apoio para a recém anunciada independência de Timor. Em 1978 esteve a ser treinado durante um curto período pelos famigerados Khmer Rouge antes de ir para Angola, onde foi preso em 1983 por abuso dos poderes diplomáticos, tráfico de diamantes e solicitar os serviços de prostitutas.Depois, esteve envolvido num grupo de "conciliadores" promovido pela Indonésia no início da década de 1990, tendo regressado a Timor em Novembro de 2000 sem uma base de apoio popular forte. Esta situação não durou muito. Excluído do governo de transição da ONU foi atraído pela defesa dos direitos dos veteranos guerrilheiros, tendo desafiado a legitimidade da recém-criada F-FDTL. As ameaças ao governo e a sua provocação acabariam por dar frutos, quando em 2002 foi nomeado Ministro da Administração Interna. Não perdeu tempo a criar uma força nacional de Polícia capaz de rivalizar com as F-FDTL, um corpo de 30 mil homens com três ramos paramilitares.É pena que Xanana continue a ser ouvido mais pela voz de Kirsty Sword (que não pára de exigir a demissão de Alkatiri) do que pela sua própria voz, que até agora se limitou a um ou dois apelos à calma e à deposição de armas.Esta linha de clivagem com Xanana e Horta dum lado e Alkatiri do outro pode ter ajudado os estrategas de Camberra a vingarem-se de terem de ceder 50% do Timor Gap a Timor-Leste, fruto das boas capacidades de negociação de Mari Alkatiri. Já todos se esqueceram que a Austrália começou por oferecer 20% a Timor?O petróleo esteve sempre por detrás disto e outorgar novos contratos à ENI italiana e concessões à Republica Popular da China (odiada em Jakarta) não aumentaram a reduzida popularidade de Mari Alkatiri face a Camberra e à vizinha Indonésia.Já Henrique Sales da Fonseca escrevia em 29 Maio 2006:Aqui para quem mais ninguém nos lê, temo que tenha eclodido uma "guerra" luso-portuguesa com os italianos e os australianos de permeio por causa do petróleo. Repare: a italiana ENI é sócia da portuguesa GALP em 30% e daí pode-se inferir que o Governo de Timor adjudicou o petróleo aos "amigos" dos portugueses excluindo os australianos que já se consideravam donos daquelas jazidas. Mas do lado australiano estará, creio, a Fundação Gulbenkian que tem uma empresa petrolífera de direito australiano destinada a entrar no negócio da extracção em Timor. Ou seja, pode-se admitir que a "guerra" seja entre a GALP e a Fundação Gulbenkian com os ditos intermediários dando a cara internacional e oficialmente. Será? É claro que se trata de uma mera especulação mas . nunca se sabe. Vejamos o que se segue.Depois desta intervenção australiana com 2 mil homens, à data em que escrevo, virá a factura do "apoio" australiano que tentará colocar um governo fantoche ou mais maleável no trono em Díli. Uma espécie de protectorado de Camberra que é o novo xerife na região. Para isso, a ambição desmesurada de Ramos Horta, pode ajudar, seja para Secretário-geral da ONU seja para primeiro-ministro timorense. Que promessas terá ele recebido agora do governo de Camberra? Quem se não lembra já do anunciado apoio que (Horta) disse ter recebido de Gough Whitlam em 1975, quando este já dera luz verde a Suharto para invadir com a promessa de não-intervenção australiana?Por outro lado ninguém esqueça que o embaixador americano se deu ao trabalho de ir ter com o Reinaldo, um desertor, um fora-da-lei para saber quais as suas reivindicações. Depois disso e logo após a sua chegada foi a vez dos comandantes militares australianos fazerem o mesmo. Esta preocupação dos norte-americanos e australianos é de louvar. Quando desertei (porque o 25 de Abril tardava a chegar a Díli) ninguém me quis ouvir, nem australianos, nem norte-americanos. Mas agora os desertores são tratados melhor que um chefe de estado.. Como os australianos já entrevistaram o Reinaldo e já sabem o que ele quer, pois foram eles que o treinaram e se ele continua a repetir que precisam de tirar o Alkatiri para haver paz na região, o mais certo é que eles irão dar uma ajuda. Isto começa a lembrar o Chile em 1973.Aliás se formos atrás na história recente podemos recordar o que a Austrália fez nas Fiji em 1987 ao democraticamente eleito Temoci Bavadra (pronunciado bavandra): ajudou o golpista coronel (depois major-general) Sitiveni Ligamamada Rabuka (pronunciado rambuka) a depô-lo depois dum golpe de estado em 14 de Maio de 1987 a que se sucedeu outro em Outubro. Rabuka foi um mero instrumento nas mãos dos senhores feudais que se insurgiam com o domínio das ilhas pelos indianos introduzidos ali no início do século XX: crise étnica e devolver a Fiji aos Fijianos e não aos Indianos era o grito da altura. Demorou dez anos à democracia para regressar às Fiji.Mais recentemente temos a intervenção nas ilhas Salomão que deixaram de ser independentes para terem parte dos seus ministérios geridos por Camberra. Em finais de Maio de 2006, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão aplaudiu a retirada das tropas australianas, depois do ministro da Defesa australiano, Brendan Nelson, ter anunciado que iria retira parte das tropas ali estacionadas, depois dos confrontos do mês passado. Chegaram a estar mais de 400 tropas australianas e esse número irá baixar para pouco mais de uma centena. As tropas tinham sido enviadas após a eleição de Snyder Rini para primeiro-ministro, mas devido aos motins populares e à situação de crise acabou por ser substituído por Manessah Sogavare com o apoio das tropas australianas.O programa "The World Today" em 30 Maio 2006 12:21:00, (Repórter Toni Hassan e Edmond Roy) entrevistava Damien Kingsbury, do International Development Studies na Universidade Deakin University, que afirmou"Um exército de apenas 1500 homens é demasiado pequeno para ter qualquer capacidade prática de defesa. Serve uma função simbólica mas causa mais mal do que bem. ocasionalmente interfere na política, está dividido dentre as suas fileiras..outro problema que é ridículo e é um erro, é a escolha da língua portuguesa que é oficial conjuntamente com o Tétum, e em resultado disso números significativos da população não fala nenhuma delas porque foram educados em Bahasa Indonesia, além de haver mais 15 idiomas locais. O Primeiro-ministro que passou décadas em Portugal durante a luta de independência fala Português - uma língua que o povo que ele governa não entende nem fala. Isto só vem aumentar as críticas da sua arrogância e do seu desprendimento. A maior parte da população fala indonésio e existe uma falta de comunicação entre o governo e o povo, em especial nos tribunais e na burocracia. Penso que isso deve ser reconsiderado.Mais uma achega a dizer que o problema de Timor é devido à língua portuguesa quando em Timor eles falam todos Bahasa para se entenderem.Segundo estes analistas 1º a Fretilin, 2º a falta de razão para a existência dumexército e 3º a língua portuguesa são os culpados deste falhanço que não teriaocorrido se falassem todos Bahasa (indonésio aqui para nós). Ninguém se deu conta de que em qualquer democracia o povo é quem escolheem quem vota e neste caso a Fretilin, goste-se ou deteste-se, teve mais votosque todos os outros juntos ... e foi a Fretilin com o apoio dos restantes partidos que decidiram sobre a língua portuguesa e o Tétum.Eu como cidadão australiano também estou farto de dizer que os problemasda Austrália se devem a termos uma rainha longínqua, inoperante e ridículamas nas urnas, o meu voto não chegou para tornar o meu país numa República. Acham que devo arranjar uns contestários para criar conflitos como em Timor e mandar a democracia às urtigas?O presidente Xanana Gusmão, renovou o seu apelo à reconciliação e à união nacional, num dia em que foram anunciadas oficialmente as mudanças nos Ministérios da Defesa e do Interior. "Vamos esquecer o que passou. É nossa obrigação perdoar e reconstruir nossa amada nação", disse Gusmão, num discurso no quartel da polícia em Díli. Gusmão assumiu, no início da semana, o controle do Exército e da polícia para deter o confronto entre as duas forças, que receberam a ordem de se recolher aos quartéis. A nação recebeu o anúncio oficial de que o ministro de Relações Exteriores, José Ramos Horta, vai assumir a Defesa, no lugar de Roque Rodrigues, e que o vice-ministro do Interior, Alcino Baris, foi promovido a ministro.Rogério Lobato e Roque Rodrigues, apresentaram a sua demissão (para evitarem serem destituídos?) em consequência da crise que começou em 28 de Abril, com a manifestação de 600 militares expulsos do Exército. A manifestação foi dispersada pelo Exército, que abriu fogo e matou quatro pessoas. Logo após a acção, o comandante Alfredo Reinado, líder rebelde, fugiu para as montanhas com 25 homens armados. Dias depois, 12 policiais foram assassinados pelo Exército, o maior massacre ocorrido no Timor desde a sangrenta repressão indonésia que ocorreu após o voto a favor da independência, no plebiscito de 1999. Reinado disse que o protesto era a resposta às promoções incentivadas no Exército por Roque Rodrigues, aliado ao primeiro-ministro Alkatiri que, segundo o líder rebelde, queria o controle militar para aumentar o seu poder político perto das eleições de 2007. Além disso, a revolta de Reinado incentivou um fenómeno até agora novo no país: o confronto violento entre os habitantes do oeste e a minoria do leste que controla o Governo e as Forças Armadas.O levantamento também evidenciou os atritos entre o presidente timorense, Xanana Gusmão, o político mais apreciado do país, e Alkatiri, muito impopular por professar a religião muçulmana - credo minoritário em Timor Leste, onde 90% da população é católica. Alkatiri declarou há dias à televisão australiana que não existe um conflito de poder entre ele e Gusmão.Os confrontos entre ex-militares e ataques de grupos de civis armados deixaram cerca de 20 mortos na capital. Por não conseguir controlar a situação, as autoridades timorenses solicitaram ajuda militar à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal. Mais de 2 mil militares e policiais australianos, neozelandeses e malaios já estão no país. A polícia está desaparecida há um mês, a população faz filas durante horas para receber arroz e o pânico dos ataques já produziu 60 mil refugiados e deslocados que ontem não se moveram de seus esconderijos, apesar de já estarem em vigor as medidas especiais de segurança.Timor Leste, um dos países mais pobres, queridos e pequenos do mundo. Tem 857 mil habitantes e a mesma extensão do Alentejo. Um país muito bonito, amado por muita gente - o ex-presidente americano Bill Clinton e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan -, mas talvez bem situado demais: desde o início dos tempos foi invadido por viajantes -chineses, portugueses -, muitas vezes foi espancado e assassinado por seus vizinhos - chineses, japoneses, indonésios, malaios.Timor tem a maior taxa de fertilidade do mundo -7,8 filhos por mulher -, um solo árido e muito pobre que mal chega para alimentar a população, uma idade média de 20 anos, nenhuma indústria digna desse nome e um desemprego galopante e sem subsídios que o compensem"O Estado está em transição e construção, a metade da ajuda externa é dedicada a pagar os assessores estrangeiros, ainda não há aposentadorias nem lei eleitoral, nem quadros técnicos bem formados, e (Mari) Alkatiri (o primeiro-ministro) prefere guardar as receitas do petróleo, cujo fundo de reserva já soma mais de US$ 600 milhões, a distribuí-lo demagogicamente entre as pessoas", diz um diplomata europeu que se não identifica."Os três são amigos desde a adolescência, por isso não se levam muito a sério", diz uma fonte próxima a Gusmão. "Alkatiri e Gusmão respeitam-se e temem-se igualmente, mas acabam sempre se entendendo", diz um assessor do presidente.A dupla Alkatiri - Horta é que cedeu. A Igreja, a Austrália, os EUA, o petróleo e a ambição de poder surgem como as questões chaves de uma rixa que começou discreta e começa a se agravar diante da legítima recusa de Alkatiri a demitir-se dado ter sido democraticamente eleito pela maioria da população.Mas Ramos-Horta quer mais que o Ministério da Defesa. Sabe que tem todo o apoio e a influência internacional de uma Igreja Católica que presume contar com 98% de católicos no país e que não hesitou em catalogar o primeiro-ministro como muçulmano e comunista. Os padres criticaram ferozmente a aposta em separar a Igreja do Estado - há religião opcional nas escolas - e criticam suas políticas sociais como próprias "do Terceiro Mundo mais retrógrado". Alkatiri mandou estudantes com bolsa a Cuba e em troca contratou 500 médicos cubanos para os hospitais públicos.Segundo indica uma fonte da cooperação europeia, trata-se de uma luta sem quartel: "O partido de Alkatiri, a Fretilin, é a única organização, com a Igreja, que está implantada em todo o território. Para os padres locais, é um partido de Marx contra Deus". Há exactamente um ano, em Abril de 2005, os bispos de Díli e Baucau, com a colaboração do embaixador americano, John Rees, homem de confiança de Bush e que ajudou a distribuir comida entre os manifestantes, lançaram o primeiro desafio de rua ao governo "infiel" de Alkatiri."Ofereceram transporte em autocarros e sanduíches e organizaram um acampamento no centro de Díli. Foi muita gente que gritava: 'Viva Cristo, morte a Alkatiri'", lembra um funcionário da ONU.A indústria de café do Timor Leste sofreu um sério golpe com o aumento da violência, que paralisou as operações em meio à temporada da colheita. "A colheita (da nova safra) começou em Maio, e seu pico deve ser atingido neste mês. Mas, com todas as estradas fechadas, não há meio de transportar os grãos do interior para as fábricas processadoras", disse o director de café e de outras safras do Ministério da Agricultura, Caetano Cristóvão. Os participantes do mercado estimam que a produção atingirá entre 15 e 18 mil toneladas, em comparação com a safra de 2005, apontada entre 10 e 11 mil toneladas. Apenas os pequenos fazendeiros estão colhendo e processando os grãos em máquinas pequenas ou secando-os ao sol, disse Cristóvão. Em termos globais, O Timor Leste, com uma produção média anual de 7.000 a 10.000 toneladas, é um produtor pequeno entre gigantes, como Brasil e Vietname, contribuindo com cerca de 1% da produção global. No entanto, o café não é pouca coisa para a economia desta república de apenas quatro anos de idade, sendo a sua principal fonte de divisas estrangeiras. Um quarto da população (de 947 mil habitantes, em 2005) depende do café para subsistir (Dados: Dow Jones).Veremos o que vem a seguir, mas enquanto se não dedicarem esforços à formação duma tropa, duma força policial eficaz e sem se cindir sob os fortes laços centenários da etnicidade tribal, enquanto se não ocupar a população jovem e desiludida em formas de trabalho remunerado que lhes augure qualquer futuro (até agora nem presente nem futuro lhes era prometido), enquanto não se explicar à população porque é importante que falem Português em vez de Bahasa ou de Inglês, enquanto isso não for feito, não há doações internacionais que cheguem nem fundos do petróleo que aguentem a instabilidade. Há genes tradicionais e centenários que têm de ser estudados conjuntamente com a influência que a ocupação indonésia e a sua lavagem ao cérebro causaram.Há que ter em conta o recente exemplo das ilhas Salomão a fim de evitar que Camberra passe a gerir os ministérios mais problemáticos de Timor e a decidir o que é melhor para este jovem país. Há que deixar os Timorenses governarem-se e a criarem condições para o fazerem. Uma boa medida seria darem-lhes de volta os recursos marítimos roubados por pactos leoninos firmados pelo governo de Camberra, isso permitiria sem que o país contraísse empréstimos ou ficasse dependente de outros, dividir a riqueza por todos os timorenses, e criar empregos para os milhares de jovens sem futuro.Há que criar uma unidade nacional que nunca existiu e não tem tradições (antes pelo contrário existe uma herança de guerras intertribais) de forma a que Timor seja para todos os Timorenses e não para alguns, todos os que lutaram fora pela autonomia, os que lutaram dentro contra a ocupação indonésia e os que se acomodaram à ocupação indonésia. Só quando se criarem condições para este entendimento nacional e global terá valido a pena lutar durante mais de duas décadas e meia. A comunidade internacional pode ajudar a facilitar o desenvolvimento destas noções, mas sem os interesses demasiado óbvios dos lóbis do petróleo e sem a desculpa esfarrapada de que a língua portuguesa é que é a culpada. Se a CPLP existisse para lá do papel seria uma óptima oportunidade das ex-colónias de Portugal (incluindo o Brasil) mostrarem o que é a solidariedade, mas isso é pedir demais.Se a ONU tivesse mais força poderia ajudar a construir o que nunca construiu mais interessada em criar negócios milionários para os seus conselheiros do que em construir um país novo pela raiz.Sobretudo ajudem os timorenses a criar a sua nação e aprender o que é viver em democracia.© Chrys CHRYSTELLO 2006An Australian in the AZORES/UM Australiano nos Açores, Portugal -chryschrystello@journalist.com

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Anonymous said...
Notícia TVI(...)Para Timor, os militares da GNR levam cerca de 70 toneladas de equipamento. Metralhadoras pesadas, equipamento de combate e prevenção de motins e 20 veículos capazes de enfrentar as mais diversas situações. As viaturas blindadas estão equipadas com pneus que podem ser perfurados e, mesmo assim, continuarem a rodar e um sistema que apaga chamas na estrutura exterior provocadas por ataques com bombas incendiárias. Vão ser transportadas seis carrinhas de transporte, quatro jeeps, três pick-ups, seis viaturas blindadas e ainda um atrelado capaz de transportar mil litros de água. Os blindados e os todo-o-terreno já deram provas de eficácia e fiabilidade noutras missões no Iraque. Seguem ainda para Timor armas, munições, material de transmissões, informática e de saúde. Com os militares, vai também o equipamento e fardamento preparado para situações graves de desordem pública e combate urbano.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:40:40 PM

Anonymous said...
E arroz... alguém leva?
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:43:18 PM

Anonymous said...
Expresso On-line. Comentário à foto do dia- sexta-feira (Efeito GNR)O capitão Gonçalo Carvalho, da GNR, é calorosamente recebido pelos polícias timorenses que garantem a segurança pessoal de Xanana Gusmão, na sede da presidência da república, no bairro de Raikotu, a menos de 24 horas da chegada do contingente de 120 militares portugueses ao aeroporto de Baucau. Gonçalo Carvalho está em Díli desde domingo passado, juntamente com o tenente-coronel Rodrigues e o major Paulo Soares. Hoje, sexta-feira, foram recebidos pela primeira vez por Xanana Gusmão, que os quis cumprimentar pessoalmente e agradecer-lhes a sua presença em Timor. A GNR vai estar provisoriamente instalada no Hotel Díli 2001 e terá como missão o patrulhamento da capital timorense.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:43:52 PM

Anonymous said...
Notícia Diário DigitalTimor: Ramos-Horta na Defesa é «passo em frente», diz ReinadoO líder dos militares que exigem a demissão do Governo timorense, Alfredo Reinado, afirmou esta sexta-feira que a nomeação de José Ramos Horta para ministro da Defesa torna mais fácil criar o inquérito sobre as mortes de finais de Abril. «Em minha opinião, a nomeação de José Ramos Horta como ministro da Defesa é mais um passo para a constituição de uma comissão internacional de inquérito para investigar quem ordenou a entrada das Forças Armadas e o disparo contra os manifestantes» a 28/29 de Abril, disse em entrevista à Agência Lusa o major Alfredo Reinado, que na quinta-feira tinha considerado que a remodelação governamental «não resolvia nada». «A nomeação de Ramos Horta é um passo para mais perto, mas estamos ainda muito longe. Só acredito nessa comissão internacional de inquérito quando a sua constituição ficar decidida, quando começar a trabalhar e iniciar as investigações», adiantou o major Alfredo Reinado na sua base na Pousada de Maubisse, cidade nas montanhas a cerca de 80 quilómetros a sul de Díli. José Ramos Horta, até agora ministro dos Negócios Estrangeiros, é o novo responsável pela pasta da Defesa após a demissão do ministro Roque Rodrigues. Ramos Horta serviu de mediador entre o Governo e os militares contestatários desde que estes abandonaram a cadeia de comando das Falintil-Forças Armadas de Timor-Leste (F-FDTL) e partiram para as montanhas timorenses, no início de Maio. Em meados de Maio, Ramos Horta propôs aos militares contestatários a criação de uma comissão de inquérito internacional, com membros das Nações Unidas, para investigar as mortes dos confrontos violentos de 28 e 29 de Abril em Díli, quando as F-FDTL dispararam sobre cerca de 600 militares que protestavam contra o seu afastamento do Exército. Os confrontos provocaram, segundo o Governo, cinco mortos e dezenas de feridos, mas os contestatários falam de pelo menos 60 mortos. O major Reinado, que exige a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, por considerar que foi este quem mandou disparar sobre os manifestantes, impõe como condição essencial para voltar à cadeia de comando das F-FDTL a instauração de um inquérito sobre os incidentes de 28 e 29 de Maio. Alfredo Reinado, que disse hoje ter assumido o comando dos cerca de 650 militares contestatários, que correspondem a cerca de 40% do total de efectivos das F-FDTL, encontrou-se hoje também com o comandante no terreno das forças militares australianas enviadas para Timor-leste para assegurar a paz no país. «Mick Slater veio cá dar-me informações sobre o que se passa em Díli e disse-me que as coisas estão mais calmas», disse o major Reinado, que negou quaisquer discussões com o responsável militar australiano relativas à entrega de armas por parte do grupo de Maubisse. «Nem eu nem os meus homens vamos entregar as armas, como muitos querem fazer crer. Porque é que eu deveria entregar as armas, sou algum criminoso? Eu sou militar e as armas não são minhas, pertencem ao povo de Timor-Leste», acrescentou. Reinado lembrou ainda os três homens que perdeu desde o início dos confrontos entre o seu grupo e os elementos das F-FDTL afectos ao Governo de Mari Alkatiri, afirmando que eles «morreram por Timor- Leste». «Tenho saudades deles e sofro (com) a sua perda e a dor das suas famílias. Mas eles morreram em defesa da dignidade da nação de Timor-Leste e da unidade de todos os timorenses», sublinhou. Diário Digital / Lusa
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:48:03 PM

Anonymous said...
Eh pá sacar noticias e pôr aqui todos nós conseguimos fazer. não era mais util falar-se?
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:49:42 PM
Bibe malai said...
GNR parte às 23 daqui e deve chegar a Baucau às 11 da noite de sábado. Dili... Domingo de manhã?
Sábado, Junho 03, 2006 12:36:07 AM

Bibe malai said...
Ainda vão a missa! Vão ter é que andar em viaturas emprestadas, parece que o resto do material só irá uns dias depois. Nem que andem a pé...
Sábado, Junho 03, 2006 12:37:52 AM

Bibe malai said...
Quando ao Reinado, o rapaz é mesmo uma reinação. Estalagem de 1ª, oculos Ray Ban, falar de alto... Só faltava é que em vez de ir para a choldra, o paleio dele pegasse e ainda lhe fossem pedir desculpa e dar uma medalhinhas. E porque não uma reforma dourada como general. Aquele pessoal da Policia Militar devem ser os privilegiados lá do sítio. É só olhar para os bons cortes de cabelo e ar bronzeado. Não sei porquê, mas o Reinado faz-me lembrar a arrogância do Guterres das Milícias (parece que ainda está na choldra na Indonésia, acho que é mesmo o único)...
Sábado, Junho 03, 2006 12:43:43 AM

Bibe malai said...
Contudo, posso acrescentar-vos que em reunião realizada hoje de manhã neste Ministério, com uma missão australiana enviada para o efeito, ficou bem esclarecida a nossa posição, que não é de modo nenhum contra a Austrália, pois seria a mesmo com qualquer outro país", disse Freitas do Amaral.A razão, explicou, é uma questão de soberania: "Portugal tem mais de oito séculos e meio de independência nacional e não aceita que forças militares suas sejam comandadas por militares estrangeiros", a menos que se trate da "situação única" de uma força formada e assumida como força da ONU.Segundo explicou, a missão australiana, composta por um general e por um segundo elemento, foi enviada a Lisboa para esclarecimentos de Lisboa sobre a adenda ao acordo entre Portugal e Timor-Leste, assinada quinta-feira, estipulando que a GNR tem um comando próprio, independentemente de quaisquer outros acordos celebrados com países terceiros."O pretexto da reunião era discutir aspectos técnicos de coordenação das forças no terreno, mas rapidamente se percebeu que o problema era de facto uma tentativa de nos convencer a aceitar o comando unificado nas mãos do general australiano", disse.Participaram nessa reunião, do lado português, a directora- geral dos Assuntos Multilaterais do MNE, embaixadora Margarida Figueiredo, e oficiais da GNR.Questionado sobre se o envio da GNR esteve alguma vez em causa, Freitas do Amaral afirmou que não."Enquanto esperávamos (pela assinatura da adenda) ponderámos todas as hipóteses", explicou, referindo nomeadamente a possibilidade de "demorar o envio da GNR", "enviar a força portuguesa para uma localidade próxima e aguardar" ou "mantê-la acantonada até à resolução" do problema.Todavia, segundo o ministro, chegou-se à conclusão, ainda antes da assinatura da adenda, que politicamente não era adequado, nem perante a opinião pública portuguesa, nem sobretudo, perante o povo timorense, que aguarda ansiosamente a chegada da GNR (Ó), adiar ou suspender o envio da GNR e a chegada da GNR a território timorense".MDR.
Sábado, Junho 03, 2006 2:23:07 AM

Anonymous said...
Será coincidência o facto de o Ramos Horta ter sido nomeado para a pasta de Defesa deixe felizes em unissono o Reinado e o PM australiano???
Sábado, Junho 03, 2006 2:32:59 AM

Anonymous said...
Dirá o PM australiano:Estava tudo tão bem encaminhado... que chatice tinham agora que vir os tais dos GNR para nos estragarem tudo! Estão fora do nosso controle e o pior é se começam abrir a boca, como os gaijos que já lá estão, e contam o que lá se passa?!Temos que partir para o plano B.Chamem a Kirsty!Estabeleçam-me ligação urgente com o Horta, o gaijo não está a fazer nada!
Sábado, Junho 03, 2006 3:14:54 AM

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Anonymous said...
ESTA CONVERSADA TODA JA PARECE MAIS O "LAVAR DA ROUPA SUJA".MEUS AMIGOS:DEIXEM-SE DE PAN.....CES!NESTE MOMENTO TIMOR LESTE PRECISA DE TODOS.GREGOS E TROIANOS.LUSA E NAO LUSA.MALAI AZUL, VERDE, VERMELHO, AZUL AS RISCAS, COR DE BURRO QUANDO FOGE ETC..E JA AGORA TAMBEM PRECISA DOS INDONESIOS. E QUE O PRECO DOS PRODUTOS DESDE A ZARGOLINA ATE AOS NOODLES E BASTANTE EM CONTA. SE VIEREM DE BORLA AINDA MELHOR. DOS AUSTRALIANOS TAMBEM. A VB E TAO BOA COMO A SAGRES. BEBAM COM MODERACAO. QUANDO PRECISAREM DE FERIAS TIREM 72HRS DE VEZ.VIVA TIMOR/PORTUGAL/AUSTRALIA/INDONESIA(EXCEPTO MILITARES)UM ABRACOMAU DICK
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:35:45 PM

Anonymous said...
De facto às vezes tenho a impressão de que aqui se foge ao essencial. O povo timorense está mais uma vez a sofrer. O povo timorense está mais uma vez com medo! E as pessoas perdem-se com assuntos demasiado fáceis... é triste estarmos agora deste lado de cá, e saber por timorenses que todo o trabalho que aí desenvolvemos, ardeu, ou foi saqueado... e por cá o país irmão continua a nadar entre falta autorização, falta avião, falta...falta...de uma vez por todas é importante mobilizarmo-nos em Timor e em Portugal a ajudar aquele povo tão especial, que quem lá esteve sabe, tem tão pouco e precisa de tão pouco para sorrir!!!
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:54:59 PM

Anonymous said...
Notícia TSFTIMOR-LESTEGoverno confirma posse de ministrosO Governo timorense confirmou a posse de três ministros para sábado, depois de ter questionado a necessidade desta cerimónia. O dia de sexta-feira em Díli ficou marcado pela pilhagem do armazém do Governo na capital timorense. ( 12:48 / 02 de Junho 06 )O governo de Timor-Leste confirmou, esta sexta-feira, a cerimónia de posse de três ministros para sábado, conforme o agendamento feito pela Presidência da República.Em declarações à agência Lusa, Miguel Sarmento, assessor do primeiro-ministro Mari Alkatiri afirmou que a posse de José Ramos-Horta (Defesa), de Alcino Baris (Interior) e de Arcanjo da Silva (Desenvolvimento) será feita no sábado às 13:00 locais.Antes, este mesmo assessor tinha indicado que Mari Alkatiri não considerava necessária a existência de uma cerimónia de posse, «porque os ministros vão assumir as novas áreas de governação a título interino».José Ramos-Horta rende Roque Rodrigues, ao passo que Alcino Baris substitui Rogério Lobato, enquanto que Arcanjo da Silva, até aqui vice-ministro do Desenvolvimento, vai para o lugar de Abel Ximenes, que pediu a demissão a 8 de Maio, por discordância com as orientações políticas do governo de Mari Alkatiri.Com a posse de José Ramos-Horta e de Alcino Baris ficam reunidas as condições para que se realize a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança, que deverá ser feita logo a seguir à cerimónia de posse dos três ministros.Entretanto, o dia ficou marcado pela pilhagem de dos armazéns do governo em Díli, que continha computadores, cadeiras, partes de automóveis e até instrumentos musicais, um acto feito cerca de um milhar de pessoas.O saque foi feito durante a manhã desta sexta-feira (hora local), perante a ausência das tropas da força multinacional e só terminaram com a chegada das forças australianas.Também esta sexta-feira o enviado especial das Nações Unidas reuniu-se com Taur Matan Ruak, o comandante das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste.A missão de Ian Martin, que surgiu acompanhado de Tamrat Samuel, do Departamento de Asuntos Políticos da ONU, é avaliar a situação política no país e facilitar o diálogo entre as instituições timorenses.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 10:01:51 PM


Anonymous said...
Entrevista de Ramos Horta ao DN, publicada hoje sexta-feira.O chefe da diplomacia timorense afirmou ter aceitado a contragosto a pasta da Defesa, garantindo ao DN apenas tê-lo feito devido ao argumento de que é a pessoa com maior capacidade para fomentar o diálogo entre as várias facções. O ministro explicou não haver um comando unificado das forças internacionais, cuja função seria a de estabelecer as zonas de intervenção de cada um dos países envolvidos. A vinda da GNR chegou a estar comprometida por causa do acordo com os australianos apesar de existir um acordo bilateral com Portugal. Como se ultrapassou a situação e quais vão ser as competências de australianos e portugueses?Primeiro, é opinião sua e de outros jornalistas e observadores que a vinda da GNR tenha chegado a estar comprometida, não é a minha opinião. Nunca vi qualquer problema no acordo assinado com a Austrália e no que assinámos com Portugal. A parte australiana não vê quaisquer problemas após ter-lhes sido explicado o acordo com Portugal. Para eles, este obedece praticamente às mesmas condições que estão a ser observadas pela Nova Zelândia e pela Malásia. Estes dois países também têm um comando com toda a autonomia para operar em Timor-Leste. No caso de Portugal, há duas cláusulas importantes: a III e a IV. Na III, a GNR está na dependência directa do Presidente de Timor-Leste [entretanto, uma adenda colocou essa força igualmente na dependência do primeiro--ministro] e na IV o comando operacional está totalmente nas mãos da GNR. O que ficou por esclarecer foram apenas as zonas de intervenção quando é necessária a coordenação das várias forças. Há neste momento três forças em Díli; com a GNR serão quatro e se houver uma quinta e uma sexta é necessário um comando de coordenação conjunto para estabelecer as respectivas zonas de intervenção. A GNR poderá intervir em Díli, mas há zonas, por exemplo, que não são prioritárias por serem mais calmas, mais seguras e há outras onde a GNR, tendo em conta a sua especialização, pode ter um papel determinante na eliminação dos problemas.Não há comando unificado?Não, há apenas uma coordenação entre Austrália e Malásia e um comando unificado entre Austrália e a Nova Zelândia, porque esta se integrou logo na força australiana. A Malásia, com muito sentido prático, decidiu coordenar tudo com os australianos e estão a trabalhar bem. E veja que são dois países muito distintos: a Malásia, país asiático de maioria muçulmana, a Austrália, um país ocidental de maioria cristã. São nações que no passado eram rivais, pelo menos a nível político, com muitos conflitos e, no entanto, estão a trabalhar em perfeita coordenação.O seu nome foi mencionado há dias para a pasta da Defesa. Pouco depois veio dizer que só aceitaria se fosse num governo de unidade nacional, mas eis que vai mesmo acumular a Defesa. O que é que mudou? Tive um apelo veemente da parte de quase todos os membros do Governo. As F-FDTL, através do general Taur Matan Ruak, manifes- taram total lealdade e confiança na minha pessoa. E, perante os argumentos apresentados no Conselho de Ministros de que sou a pessoa que pode ter maior facilidade de diálogo com as várias forças, incluindo as internacionais, decidi, muito a contragosto, aceitar. Mas ressalvando que estes são só os primeiros passos para a resolução do conflito. Nos próximos dias, terá de haver decisões no plano político, com vista a um diálogo nacional. É preciso estabelecer um calendário político para chegarmos a uma solução definitiva. O Presidente está neste momento a trabalhar num programa detalhado para a pacificação e consolidação da situação no plano da segurança. Eu tenho dito sempre que vamos com muita prudência resolver os problemas mais urgentes, neste caso, as questões da violência e dos assaltos em Díli. Estes problemas estão mais controlados mas ainda não estão completamente resolvidos. Talvez com a chegada da GNR possamos solucionar este problema em definitivo. Mas a solução tem de ser política, consensual para toda a nossa sociedade.O general Matan Ruak depositou toda a confiança em si como ministro da Defesa. Vai depositar a sua confiança no general Matan Ruak? Sem dúvida. É um general com grande sentido de Estado, com grande sentido de disciplina. Jurou obediência ao poder civil. Nunca ocorreu às F-FDTL intervir numa situação de ordem interna e só vieram a Díli porque foram chamadas por um poder civil, tendo sofrido as consequências disso. Quando lhes foi dito que era altura de regressar às casernas, regressaram. Portanto, apesar do conflito que surgiu com a saída dos peticionários, há uma cadeia de comando nas F-FDTL. É uma força disciplinada que acatou as decisões do Governo. Eu tenho confiança no general Taur Matan Ruak e ele tem a confiança dos seus homens e a confiança do Presidente Xanana.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 10:05:28 PM

Anonymous said...
Notícia Publico, de hoje sexta-feira:Agendada para amanhã, às 13h00Timor-Leste: Governo questionou necessidade de cerimónia de posse dos novos ministros 02.06.2006 - 11h53 Lusa, PUBLICO.PTO Governo de Timor-Leste confirmou hoje que a cerimónia de posse de três ministros se realizará amanhã, conforme agendamento feito pela Presidência da República. Pouco antes, o Executivo de Mari Alkatiri questionou a necessidade da realização desta cerimónia protocolar.Segundo disse à Lusa Miguel Sarmento, assessor de imprensa do primeiro-ministro Mari Alkatiri, a posse dos ministros da Defesa (José Ramos-Horta), do Interior (Alcino Baris) e do Desenvolvimento (Arcanjo da Silva) decorrerá às 13h00, no Palácio das Cinzas (Presidência da República), seguindo-se, meia hora mais tarde, a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS).A posse dos três ministros esteve inicialmente agendada para hoje à tarde (hora local), mas a presidência anunciou o adiamento para amanhã, sem adiantar qualquer explicação.Posteriormente, o gabinete do primeiro-ministro, através de Miguel Sarmento, explicou à Lusa que Mari Alkatiri considerava "não ser necessário proceder-se a qualquer cerimónia de posse, porque os ministros vão assumir as novas áreas de governação a título interino".Questionado agora pela Lusa sobre a mudança de posição do primeiro-ministro, o assessor de Mari Alkatiri escusou-se a adiantar qualquer explicação.Arcanjo da Silva, que era vice-ministro do Desenvolvimento, subiu interinamente a ministro após a demissão do anterior titular da pasta, Abel Ximenes, a 8 de Maio, por discordância com as orientações políticas do Governo liderado por Mari Alkatiri.José Ramos-Horta e Alcino Baris substituem, respectivamente, Roque Rodrigues e Rogério Lobato, que apresentaram ontem a demissão durante uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.A demissão dos ministros da Defesa e do Interior foi comunicada pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, Xanana Gusmão, que a pediu terça-feira por considerar que aqueles ministérios deviam ter "novas caras" para lidar com a crise no país.Com a posse dos novos ministros da Defesa e do Interior ficam criadas as condições para que se realize a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS), órgão consultivo do chefe de Estado.O CSDS chegou a estar marcado para segunda-feira, mas foi adiado para o dia seguinte devido ao prolongamento da reunião do Conselho de Estado, outro órgão consultivo do Presidente, voltando a ser remarcada.No final da reunião de dois dias do Conselho de Estado, Xanana Gusmão, em comunicação ao país, anunciou ter assumido a "responsabilidade" pelas áreas de Defesa e Segurança, bem como "medidas de emergência" para pôr termo à violência no país.Na mesma comunicação, Xanana Gusmão não afastou a hipótese de decretar o estado de sítio se a situação o exigisse.Segundo o porta-voz do Presidente da República, Xanana Gusmão vai apresentar na reunião do CSDS "o plano de acção para executar as medidas de emergência, de acordo com a declaração lida pelo Presidente a 30 de Maio, para corresponder adequadamente às necessidades da população e da crise em geral".Entre as medidas de emergência anunciadas por Xanana Gusmão, que vão vigorar por 30 dias, está incluída a apreensão de armas, munições e explosivos.Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão, há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir a ajuda militar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem.De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor-Leste.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 10:08:14 PM

Anonymous said...
Notícia LUSATimor-Leste: Violência está a ser coordenada, diz comandante australiano.Díli, 02 Jun (Lusa) - O comandante das forças australianas em Timor-Les te afirmou hoje que há indícios de que alguma da violência em Díli "está a ser c oordenada nos bastidores", sem contudo referir quem está a fazer essa coordenaçã o."Houve um elemento de violência oportunista, mas também há indícios cla ros de que algumas dessas acções foram coordenadas nos bastidores", disse o brig adeiro Mick Slater à imprensa.O comandante das forças australianas escusou-se a identificar quaisquer responsáveis por essa coordenação.Slater defendeu, por outro lado, que as condições no terreno ainda não são favoráveis à realização de negociações de paz entre as duas partes em confli to, as autoridades políticas e militares e os mais de 600 militares que abandona ram as forças armadas.O comandante australiano reuniu-se hoje, em Maubisse, a sul da Díli, co m o major Alfredo Reinado, líder dos militares revoltosos, que quinta-feira reit erou a exigência da demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.Em declarações à Agência Lusa, Reinado disse que Mick Slater conversou com ele sobre a situação em Díli, que está "mais calma", e negou quaisquer discu ssões relativas a uma rendição dos seus homens aos militares australianos."Nem eu nem os meus homens vamos entregar as armas, como muitos querem fazer crer. Porque é que deveria entregar as armas, sou algum criminoso? Eu sou militar e as armas não são minhas, pertencem ao povo de Timor-Leste", disse o ma jor Reinado.Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e vio lência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divi sões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir ajuda mi litar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabel ecimento da ordem.Uma força de 120 homens da GNR parte hoje para Timor-Leste.Desde o final de Abril, o Hospital Nacional de Timor-Leste registou a o corrência de 21 mortos e 122 feridos, de acordo com dados divulgados hoje à Lusa pelo respectivo director, António Caleres.Além destes números, pelo menos um membro da polícia morreu no hospital de Baucau (Leste) e o major Reinado indicou que três dos seus homens foram mort os em confrontos com as forças armadas.A ONU calcula que a onda de violência em Díli provocou mais de 100 mil deslocados, a maioria dos quais está em campos de acolhimento ou em instituições da Igreja Católica.MDR/RBV.Lusa/Fim
Sexta-feira, Junho 02, 2006 10:12:14 PM

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Anonymous said...

Nós os Portugueses temos o horror aos trabalhos complementares ou de grupo, tresmalhados ou sermos os primeiros é que dá gosto.Depois queixamo-nos... é o normal da gente.Eu sou da opinião que este site é complementar da Lusa, pois dá o calor de quem vive ou intervem ... no terreno, a Lusa prima pela regularidade e pela continuidade...este site pelo instante e pelo momento...fecha e muito bem para tomar um cafésinho no Hotel Timor ... ou para um interregno em Bali, ou para um retiro em Dare, já que a Pousada de Maubessi está ocupada.Contudo, é no dar as mãos que está a virtude... eu dou os maiores elogios e aplausos à ideia do Mali Azul e sugiro se ficar amarelo vá à casinha...não mude de cor.Bom fim de semana Malai. Tudo diak!...que bem merece.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:50:07 AM

Anonymous said...
Neste momento já se encontram no aeroporto professores prontos para regressar a Portugal.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 11:50:39 AM

Anonymous said...
Malai Azul,Não haverá ninguém que possa apoiar o seu trabalho neste blog enquanto está fora de Dili?
Sexta-feira, Junho 02, 2006 5:15:55 PM

Anonymous said...
A diferenca esta no facto da LUSA nao ir de ferias nem se ausentar do pais!!! Mas nao facamos disso uma guerra, pois o Malai Azul nao e profissional da comunicacao (como e obvio) e nao tem qualquer obrigatoriedade de ficar ca. Ate segunda!!!
Sexta-feira, Junho 02, 2006 5:33:43 PM

Anonymous said...
Pergunta: Os professoras que vão regressar são de Dili? ou vão regressar professores de todos os distritos? ou serão professores da Escola Portuguesa? Quem souber, responda por favor.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 5:40:52 PM

Anonymous said...
Timor-Leste: Crise também é culpa de interesses estrangeiros, Mari AlkatiriLisboa, 02 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, considerou hoje que os "interesses estrangeiros" também têm culpa na crise que Timor-Leste atravessa e admite demitir-se se for essa a vontade do seu partido (FRETINLIN).Numa entrevista hoje publicada no jornal "Público", Mari Alkatiri diz que ainda é "muito cedo" para explicar a que interesses estrangeiros se refere, mas acrescenta não ter dúvidas de que são um factor para a actual crise."Nem todos os países do Mundo gostam que os países pequenos sejam soberanos", afirmou.Sem comentar a actuação da Igreja neste período, negando que haja uma divisão étnica no país ("há é grupos que a estão a explorar"), o primeiro-ministro disse também acreditar que, com a chegada da GNR, "as pessoas «reganharão» a confiança"."Não digo que as forças que aqui estão não sejam eficientes. Mas não são adequadas para este tipo de violência", lê-se na entrevista.Mari Alkatiri reconheceu também que a actual crise vai afectar a imagem do país no exterior, "ainda não sei quantos anos recuámos", e admitiu deixar o governo se for essa a vontade do seu partido, FRETILIN (largamente maioritário nas últimas eleições legislativas).Ainda assim o primeiro-ministro duvida que a sua demissão fosse salvar o país, acrescentando crer que, pelo contrário, uma demissão sem ser a pedido do partido "iria complicar todo o problema".Revelando que chegou a andar, nos últimos dias, com seguranças desarmados, Alkartiri conta ainda que todos os seguranças que ficaram com ele têm hoje as casas queimadas.Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão, há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mau estar entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o chefe do governo, Mari Alkatiri.Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de apelar à ajuda militar da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem.De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor- Leste.FP.Lusa/Fim
Sexta-feira, Junho 02, 2006 5:49:16 PM

Anonymous said...
SUGESTÃO:Como o nosso amado Malai Azul está temporáriamente indisponível, sugiro que os caros Bloggers ponhanm em comentário todas as informações que obtiverem ou souberem que sejam relevantes...para este processo interactivo Timor OnlineMalai X
Sexta-feira, Junho 02, 2006 5:56:50 PM

Anonymous said...
Uma ida a Tutuala? Que tal uma visita ao Reinaldo em Maubisse? deve haver Karau na brasa e VB fresquinha.Não façam críticas à Lusa, pelo menos as despropositadas. Sejamos construtivos, sobretudo neste momento que se atravessa de dificuldade, e aprendamos de uma vez por todas a estar unidos. Os aussies, amaricanos e bifes em geral bem o sabem fazer. Os da língua portuguesa andam sempre a comer-se em críticas e bota-abaixo, depois queixam-se! Abram os olhos!AF
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:30:58 PM

Anonymous said...
É precisamente por estarmos de olhos abertos é que acho que estamos feitos!!!Lá vamos ter como único orgão informativo a Lusa....
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:33:37 PM

Anonymous said...
Timor-Leste: Troca de avião leva a atraso na partida da GNR - António CostaLuxemburgo, 02 Jun (Lusa) - A partida dos 120 militares da GNR para Tim or-Leste irá realizar-se ainda hoje de manhã, depois de um atraso motivado pela substituição do avião, segundo o ministro da Administração Interna."Neste momento o avião está no aeroporto [de Figo Maduro, Lisboa] a ser carregado, houve necessidade, por razões técnicas, de substituir o avião", diss e António Costa, no Luxemburgo, à margem de uma reunião da União Europeia.O ministro acrescentou estarem a decorrer os "processos normais" de ped idos de autorização aos diversos países que têm de ser sobrevoados, mas que "est á prevista partida para hoje de manhã"."A indicação que tive do Comandante Geral da GNR é que poderá haver atr aso de algumas horas, mas pouco mais do que isso", concluiu António Costa.Os militares da GNR vão para Timor-Leste em resposta a um pedido das au toridades timorenses para ajudar a manter a ordem em Díli, palco nas últimas sem anas de confrontos entre facções rivais que provocaram duas dezenas de mortos e mais de 100.000 desalojados.FPB.Lusa/Fim
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:35:42 PM

Anonymous said...
O Cristiano Reinado esta em Maubisse????
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:49:42 PM
Anonymous said...
Ao Malai que dá por AF (que é o mesmo que anómimo...)está-lhe a fazer mal o vento quente do Sará ... já vê letras a mais... é miragem malai -deve ler-se REINADO de REI ou LIURAI de MAUBISSE por pouco tempo esperamos!...Diak`la ...malai
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:51:39 PM

Anonymous said...
Olha lá, que os timorenses "modificam" assim para fala uns tantos nomes, e ainda hoje de manhã (aí)falei com um ao telefone aí em Díli, que fala bem português, e lá me corrigiu para Reinaldo quando eu disse Reinado. Mas admito que seja Reinado...Um abraço a todos de bom fim-de-semana. Um abraço aos amigos de Timor-Leste, independentemente da divergência de opiniões.AF
Sexta-feira, Junho 02, 2006 6:56:23 PM

Manuel Leiria de Almeida said...
Não vale a pena fazer grandes discussões sobre se é "Reinado" ou "Reinaldo"... O mai sprovável é que o escriturário do registo civil se tenha enganado... Sei de um "Vasconcelos" que "virou" "Vasconselos"!... Não, não é o José V. = Matan Ruak...E já agora: os aviões que vão partir daqui (1 com o pessoal da GNR e outro com o equipamento) vão para Baucau pois o aeroporto de Dili não tem possibilidade de receber aviões tão grandes. Mas como o avião de carga só vai dentro de 2-3 dias, será que eles vão ficar em Bacau à espera do material?Ou vão uns quantos para Dili e outros ficam à espera da "lancheira"? Provavelmente.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 7:12:32 PM

Anonymous said...
Ouvi dizer que ha carros tugas a organizar uma ida a Baucau para os trazer para Dili.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 7:20:18 PM
Anonymous said...
Os professores que partiram e partem já estão em Díli são de Díli, Ermera, Maliana, Aileu, Same e Manatuto.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 8:04:08 PM

Anonymous said...
As caravelas do Colombo chegavam a Timor mais depressa... mesmo que o percurso implicasse a passagem pelo Estreito de Magalhães.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 8:10:56 PM

Anonymous said...
Reinado, as belas montanhas de Maubisse e os soldados australianos IIVistas com mais atenção, as fotos de Alfredo Reinado com os soldados australianos revelam outro propósito importante: a vontade clara do ex-oficial das F-FDTL em mostrar que as tropas australianas estão com ele em Maubisse. Repare-se que os soldados estão de costas para as fotos, numa posição forçada e escondendo a sua identidade, enquanto Reinado, sorridente, se passeia entre eles. Porquê? Para mostrar que as forças australianas estão do seu lado e que por elas está protegido? São tantas as dúvidas sem resposta que a crise em Timor levanta!Luciano Alvarez Quinta-feira, Junho 01, 2006
Sexta-feira, Junho 02, 2006 8:44:37 PM

Anonymous said...
As declarações de Kirsty Sword-GusmãoComo são lidas pelos timorenses as declarações de Kirsty Sword-Gusmão ao diário "The Australian", referidas na edição de hoje do PÚBLICO?Num país europeu seriam vistas como uma ingerência inadmissível na esfera governativa, um factor de perturbação numa situação complexa a pedir ponderação. Este tipo de intervenção é frequente (em Portugal penso ser a segunda vez que algo do género é noticiado)? É visto como normal? Kirsty Sword-Gusmão é vista como representando o pensamento do presidente Xanana Gusmão?José Vítor Malheiros Quarta-feira, Maio 31, 2006
Sexta-feira, Junho 02, 2006 8:46:06 PM

Anonymous said...
O que se põe em causa não é a "Lusa" mas os jornalistas que para ela trabalham em Timor.Mesmo nas instituições de prestigio há maus profissionais ou será que são todos bons só porque são da Lusa?E as noticias dos elementos da Lusa em Timor estão longe de poderem ser "qualificadas" de qualidade.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:03:32 PM

Miguel Costa said...
EFEITO GNR! Já.A população timorense, em particular a de Díli, está desassossegada, intranquila, com medo e sob fortíssima pressão.Necessita urgentemente de um tranquilizante. Não de dose industriais de Xanax (que resulta e é muito bom) mas, sim, da chegada urgente da GNR.Só vendo se acredita! A população tem pela GNR uma carinho e confiança como poucos portugueses têm por aquela Instituição, em Portugal.Chamemo-lhe EFEITO GNR!Vamos todos fazer um apelo (através deste blogue*) para que a GNR, no dia em que chegar a Díli, se mostre à população.A pé, de carro, nas microletes, em angunas, da forma que quiserem e poderem, que a GNR, no seu conjunto, se faça ver pela população que está refugiada, acampada e deslocada.Que a GNR passe pela marginal, Bairro Pité, Audian, Lahane, Comoro, Bidau, Lecidere, Balide e tantos outros locais de Díli.Esta acção teria um efeito tranquilizador imediato. De certeza que as populações se sentirão mais confiantes, passarão a considerar o regresso às suas casas de forma mais segura e sem medo.Outra vantagem desta ronda pela cidade: Os “nossos amigos” australianos aprendiam porque é que há uma relação tão forte entre Timor-Leste e Portugal.Exige-se da GNR que aplique o EFEITO GNR!Sugere-se que se envie mensagens como comentário ao, actual e último “post” - "Malai Azul fora de Díli durante 72 horas" – que conta no momento desta inserção 26 Comentários.Assim, é relativamente fácil fazer-se alguma contabilização dos apelos. Agradece-se que o faça assinando, ao invés de escolher a opção “Anónimo”.Timor-Leste em geral, as Embaixadas, os serviços de inteligência, as forças internacionais estão ligadas ao blogue, todos darão conta do apelo ao EFEITO GNR!*POR FAVOR NÂO UTILIZAR a forma de correio electrónico, fax ou telefone da Embaixada de Portugal em Díli, para que não condicionemos os meios de comunicação da Embaixada, que de certo serão necessárias para outros fins, dada a situação actual.
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:10:06 PM

Gonçalo Santana said...
Boa ideia Miguel Costa!EFEITO GNR! Já!Gonçalo Santana
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:13:48 PM
João Paulo Santos said...
EFEITO GNR! Já!João Paulo Santos
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:15:26 PM

Maria Fernanda de Castro e Silva said...
Malai Azul,Diriga-se rapidamente à internet. Dê mais visibilidade a esta brilhante ideia.EFEITO GNR! Já!EFEITO GNR! Já!EFEITO GNR! Já!Muito obrigado, Um abraço do tamanho da distância que nos une!Maria Fernanda de Castro e SilvaEFEITO GNR! Já!EFEITO GNR! Já!EFEITO GNR! Já!
Sexta-feira, Junho 02, 2006 9:22:15 PM

Efeito GNR?

Fontes próximas do Ten. Salsinha dizem que amanhã não vai haver manifestação.

Boa Noite, Timor-Lesteeeeeeeeeeeeee!

Voltámos.

Obrigado a todos os que mantiveram através de comentários este blog activo. 138 comentários no último post que aqui colocámos na sexta-feira.

GNR estão cá e quase prontos.

Sistema judicial em Timor-Leste é motivo de orgulho.

Aqui vamos nós!

Obrigado.

Malai Azul.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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