quinta-feira, junho 29, 2006

Presidente Xanana fala com os manifestantes

O Presidente fala neste momento com os manifestantes da Fretilin em frente ao Palácio do Governo.

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LUSA

Manifestantes ficam até sábado e querem anulação demissão PM


Díli, 29 Jun (Lusa) - Os manifestantes da FRETILIN pretendem ficar até sábado em Díli e entregar sexta-feira ao Presidente Xanana Gusmão um documento e m que defendem a anulação da demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri, disse hoje à Lusa fonte do partido.

Segundo o secretário-geral adjunto da FRETILIN, José Reis, o documento não foi entregue já hoje porque militares australianos impediram uma delegação d os manifestantes de se aproximar do Palácio das Cinzas, sede da Presidência da R epública.

"Os militares australianos não receberam instruções para nos deixaram p assar e impediram-nos de entrar", afirmou José Reis.

"Esperamos poder entregar o documento amanhã [sexta-feira]", acrescento u.

A Lusa contactou a Presidência da República, e Agio Pereira, chefe de g abinete de Xanana Gusmão, confirmou que o documento será entregue sexta-feira.

Segundo José Reis, a FRETILIN inclui no documento uma referência à demi ssão de Mari Alkatiri, segunda-feira, e defende que o Presidente da República re considere a aceitação da resignação do chefe do governo "Sim, é por isso que que remos entregar a carta", disse José Reis à Lusa.

Os militantes e simpatizantes da FRETILIN, que ao entrarem em Díli a me io da tarde de hoje (hora local) provenientes de distritos do leste, depararam c om alguns grupos hostis, desejam expressar o seu apoio ao governo, ao partido e à liderança do secretário-geral Mari Alkatiri.

A concentração-comício que estava agendada para o Palácio do Governo, p ara assinalar a entrada dos manifestantes, foi entretanto anulada, devendo Mari Alkatiri e o presidente do partido, Francisco Guterres "Lu-Olo", falar sexta-fei ra às cerca de quatro mil pessoas que entraram na cidade.

O número de manifestantes da FRETILIN não é consensual.

Fontes militares internacionais disseram à Lusa que os manifestantes, q ue se fazem transportar em cerca de 200 viaturas, entre camiões de caixa aberta, carros particulares e pequenos autocarros, totalizam quatro mil, mas José Reis garantiu que o número "varia entre 10 mil e 15 mil".

Quarta-feira, fonte da FRETILIN dissera à Lusa que eram esperadas 30 mi l pessoas na manifestação.

Contactada hoje pela Lusa, a mesma fonte atribuiu o menor número de man ifestante a dificuldades logísticas e ao receio de serem recebidos em Díli com a ctos de violência.

Os manifestantes encontram-se agora concentrados à volta do quarteirão formado pelo Palácio do Governo e Parlamento, junto das suas viaturas, preparand o-se para pernoitar no local.

A segurança na zona está a ser assegurada por veículos militares, inclu indo blindados australianos, cujo comando dispensou entretanto os efectivos da G NR que acompanharam os manifestantes na entrada em Díli e se posicionaram para r epelir alguns contra-manifestantes.

O comandante operacional da GNR, capitão Gonçalo Carvalho, confirmou qu e o comando australiano, responsável pela segurança na zona central de Díli, dis pensou a presença da força portuguesa por não verificarem incidentes.

"Caso seja necessário para manter a ordem, seremos chamados", acrescent ou Gonçalo Carvalho.

Durante a entrada dos manifestantes registaram-se pelo menos dois incid entes, num dos quais foram detidos três jovens.

Num outro incidente, no bairro Mascarenhas, a GNR foi obrigada a interv ir para dispersar jovens que apedrejaram os apoiantes da FRETILIN.

EL.

Lusa

Austrália desmente envolvimento na queda de Mari Alkatiri
Camberra, 29 Jun (Lusa) - A Austrália desmentiu hoje qualquer envolvimento na demissão do primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, rejeitando alegadas ingerências na política interna do país.
"É absolutamente falso que a Austrália tenha tido uma intervenção seja por que modo fosse nos assuntos políticos de Timor-Leste", afirmou o ministro das F inanças, Peter Costello, numa entrevista a uma cadeia de televisão australiana.
Costello respondia às acusações de apoiantes do primeiro-ministro demissio nário, segundo as quais a queda de Mari Alkatiri, após algumas semanas de violên cia no país, teria sido orquestrada por Camberra e pelas forças militares austra lianas destacadas para Timor-Leste.
"As nossas forças militares estão lá (em Timor-Leste) a convite do preside nte e do então primeiro-ministro, Mari Alkatiri. Foram eles que nos pediram para ir para lá", recordou.
Mari Alkatiri demitiu-se no início da semana, no fim de um braço de ferro com o presidente Xanana Gusmão, que ameaçara resignar ao cargo se o primeiro-min istro não abandonasse o cargo.
Apesar do Comité Central da Fretilin ter recusado o pedido de demissão de Alkatiri, apelando à continuação do diálogo entre o presidente e o primeiro-mini stro para resolver a crise política, o chefe do governo e secretário-geral do pa rtido no governo acabou por se demitir para, nas suas palavras, impedir a resign ação do presidente da República.
Alkatiri vai responder sexta-feira às acusações de ter ordenado a distribu ição de armas a civis para assassinar adversários políticos.
A Austrália tem sido frequentemente acusada de ingerência nos assuntos int ernos de Timor-Leste e de ter instigado a queda de Mari Alkatiri.
JPA.
Lusa/fim

Alkatiri diz que se demitiu para evitar vazio inconstitucional - Visão

Lisboa, 29 Jun (lusa) - O líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, afirmou à V isão que se demitiu do cargo de primeiro-ministro para evitar um "vazio instituc ional" em Timor-Leste, face a informações de que o presidente Xanana Gusmão iria resignar ou dissolver o Parlamento.

"Havia a informação de que o Presidente poderia resignar a todo momento ou dissolver o Parlamento. Qualquer uma dessas hipóteses seria pior do que a mi nha demissão", disse Alkatiri, entrevistado em Díli pela Visão terça-feira passa da, um dia depois de ter cedido à exigência de Xanana Gusmão para deixar a chefi a do governo.

"Foi o dia mais difícil da minha vida", admitiu Alkatiri, frisando que decidiu demitir-se por entender que "não devia atiçar ainda mais os ânimos".

A demissão de Mari Alkatiri, 56 anos, ocorreu um dia depois de o comité central da FRETILIN ter renovado a confiança no seu líder para que continuasse a chefiar o governo.

"Não tive a aprovação de todos, mas todos procuram compreender a minha posição", disse Alkatiri.

Sobre a posição de Xanana Gusmão de considerar ilegítima a liderança do partido maioritário por ter sido eleita por braço no ar no congresso de Maio, A lkatiri começou por dizer que não prevê uma repetição do escrutínio, mas depois admitiu essa possibilidade, "se isso ajudar a resolver algum problema".

"Mas não se organiza um congresso em poucos dias", frisou.

Alkatiri disse querer ver esclarecidas as acusações sobre o seu envolvi mento numa alegada distribuição de armas a civis para eliminar adversários polít icos, mas admitiu que a sua audição pelo Ministério Público, prevista para sexta -feira, possa ser adiada.

"Fui eu que pedi que se acelerasse essa audiência. Quanto mais se demor asse, pior ficava a minha imagem. No entanto, estou ainda à espera de um advogad o de fora e ela pode ser adiada", disse, sublinhando estar de "consciência tranq uila".

Alkatiri disse preferir "não falar mais, agora", sobre as suas denúncia s anteriores de que foi vítima de um golpe de Estado constitucional e recusou pr onunciar-se sobre se se referia à Austrália quando implicou interesses externos a Timor-Leste na actual crise no país.

"Não retiro uma vírgula, mas não vou insistir mais. Não porque tenha me do. É tempo de reflectir sobre o que se passou", respondeu.

Mais adiante, ao referir-se às futuras negociações com as companhias pe trolíferas, sublinhou que "onde há petróleo, há problemas".

Na entrevista à Visão, Mari Alkatiri admitiu que "houve erros" por part e do seu governo nos conflitos institucionais e que a crise o fez conhecer "melh or muitas pessoas", incluindo alguns dos seus ministros.

Sobre José Ramos-Horta, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que em várias ocasiões fez declarações contraditórias em relação às do primeiro -ministro, comentou: "Num governo normal, em qualquer parte do mundo, [isso] ser ia inadmissível".

"Mas ele teve um papel de diálogo positivo. Prefiro, neste fase, destac ar só os melhores aspectos", acrescentou.

Mari Alkatiri recusou pronunciar-se sobre qualquer nome para o substitu ir na chefia do governo, mas garantiu que "quem for", terá o seu apoio.

A eleição de Rogério Lobato para vice-presidente da FRETILIN depois de se ter demitido do cargo de ministro do Interior foi considerada por Alkatiri co mo "mais uma prova de que o partido e o governo são órgãos diferentes".

"Quero que fique claro que não foi o secretário-geral da FRETILIN que d esignou Rogério Lobato para o cargo [vice-presidente do partido]. Ele foi propos to pelo presidente [Francisco Guterres "Lu-Olo"]. Mas já sei que, neste país, a culpa é sempre minha", afirmou.

Alkatiri disse ainda concordar com a presença em Timor-Leste de uma for ça da ONU "com uma componente policial mais substancial do que a militar", pelo menos durante um ano, em que defende um envolvimento de Portugal.

"Não tenho dúvidas de que Portugal terá um papel importante nas duas [c omponentes militar e policial da força da ONU]", frisou.

O líder da FRETILIN e primeiro-ministro demissionário disse igualmente confiar no envolvimento de Portugal na discussão diplomática sobre a futura miss ão das Nações Unidas em Timor-Leste.

"Já se provou, no passado, a importância da diplomacia portuguesa, ao c riar uma dinâmica institucional própria em conjunto com a CPLP [Comunidade dos P aíses de Língua Portuguesa, de que Timor-Leste faz parte] e assim afirmar uma ou tra influência", sublinhou.

Mari Alkatiri negou "terminantemente" que a FRETILIN utilize o Estado p ara os seus interesses partidários e garantiu que o seu partido vai ganhar de no vo as eleições.

"Esta crise foi criada para não permitir a vitória do partido. Mas não tenho dúvidas de que vamos ganhar, mesmo com os prejuízos que nos causou", afirm ou.

Na sequência da crise que afecta o país desde o final de Abril, e que j á provocou três dezenas de mortos e mais de 145 mil deslocados, as autoridades t imorenses solicitaram a intervenção de uma força policial e militar de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.

PNG.


GNR dispersa jovens que apedrejavam manifestantes FRETILIN

Díli, 29 Jun (Lusa) - Efectivos da GNR foram hoje obrigados a intervir no bairro Mascarenhas, perto do antigo mercado municipal de Díli, para dispersar grupos de jovens que apedrejaram a caravana de manifestantes da FRETILIN.

Alguns dos manifestantes saíram das viaturas e responderam aos atacante s arremessando pedras.

A caravana dos apoiantes da FRETILIN integra viaturas de militares aust ralianos e da GNR e o incidente no bairro Mascarenhas coincidiu com a passagem d e uma viatura dos efectivos portugueses.

Os militares da GNR dispersaram os atacantes e obrigaram os manifestant es a voltar para as suas viaturas.

Um helicóptero militar australiano Black Hawk tem estado a sobrevoar a baixa altitude a zona por onde vai passando a caravana de manifestantes da FRETI LIN.

Os partidários do primeiro-ministro demissionário e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, dirigiram-se para o bairro Caicoli, onde se situa a Presidência d a República, para entregar um documento a Xanana Gusmão, cujo teor ainda não foi divulgado.

No entanto, militares australianos impediram o acesso ao Palácio das Ci nzas, obrigando os manifestantes a prosseguir a sua marcha pela cidade.

EL.

Lusa/Fim

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Manifestação da Fretilin - exemplo de democracia

Apesar de terem sido provocados inúmeras vezes por pequenos grupos que gritavam "Morte a Alkatiri" e "Viva Xanana", os manifestantes, transportados em cerca de 200 viaturas, respondiam com "Viva Alkatiri e Lu'Olo" e ... "Viva Xanana"!

É a diferença.

Mais tarde pomos fotografias.

Forças australianas bem durante o percurso. Quando começaram as provocações, senão fossem os Bravos a salvarem a situação, nossos GNR, tinha dado para o disparate.

P.S. Comando australiano dispensou ao fim do dia a GNR porque a zona onde os manifestantes pernoitam, junto do Palácio do Governo, é da responsabilidade das forças australianas.

Esperemos que consigam controlar os pequenos grupos de provocadores, que usam camisolas coma fotografia de Xanana.

O Presidente numa mensagem ao país pede calma e fim da violência, e que todos têm direito a manifestar-se.

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Até já.

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165 camiões e microletes

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Manifestantes começam a sair de Metinaro

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Manifestação da Fretilin hoje em Dili

Aguarda-se a saída de Metinaro dos manifestantes da Fretilin. Serão escoltados pelos militares australianos e kiwis, e por 50 soldados da GNR.

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It is alarming that the President was not able to control his own protesters.

Recebido por email:


What we saw was evidence of who was behind the recent violence, links between supporters of the President (not the President) and violence was evident. Yesterday 29 June 2006 we saw a President of the "people" unable or unwilling to stop the violence perpetrated by his own supporters. These are the same supporters who earlier this week defiantly stood side by side with President calling for the resignation of the so called "criminal" Mari Alkatiri. It was disheartening that the President of the Republic was standing next to insurgents, manipulators and real criminals calling for the resignation of a constitutionally legitimate Prime Minister. He has achieved his goals amongst "people" that are not legally representatives of all citizens of Timor Leste.


The President of the Republic has shown he has no control over his own "people". How can there be claims that he can maintain control of Timor Leste when his own supporters burn the homes of those representing the Political Party that has the majority in Parliament. It becomes more evident the President is not the unifying soul or saviour that the media reports put him out to be, his supporters attacked innocent people women and children amongst them, mainly from the East is an example of the disunity created by his supporters. The President of the Republic has no control over all citizens of Timor Leste and he MUST be responsible for the violent acts committed so openly by his supporters.


Blame has been put on Mari Alkatiri's speech, but it is less inflammatory than the Presidents speech on the 22 June 2006. FRETILIN showed great maturity in not reacting, there were no homes of the opposition being burned, there were no attacks on innocent refugees, there were no shootings after the speech.


FRETILIN has shown in Metinaro that it does have a large support base that cannot be ignored. If the President wishes to dissolve Parliament or chose a Government without the explicit contribution of FRETILIN then he runs the risk of creating more chaos in this country. The President continues to irresponsibly challenge the patience of FRETILIN. His decisions have already been recipe for disaster and on the verge of complete incompetence.


FRETILIN has shown great tolerance, its supporters are massing still at Metinaro, and have being blocked from entering the city in the last few days by foreign intervention forces, mainly Australian troops. As they are still held up at Metinaro and have not entered Dili because of strict control of the area by Australian forces, no fault can be attributed to FRETILIN supporters.


No justification can herald the shameful actions over the past few months of the President of the Republic, in shaming the nation by requesting the Prime Ministers resignation with an enclosed video tape of allegation produced by foreign media outlet. What was more ignorant and offensive was his speech on the 22 June which also showed his immaturity and desperation by offering his own resignations if the Prime Mister did not do so. He has already the Prime Ministers resignation and yet his supporters initiated another wave of violence.


Serious questions now have to be raised about the Presidents involvement and that of other supportive leaders of the President over their mishandling of the overall crisis. The President and his supporters are now walking on very thin ice.

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Dos leitores

De facto é escandaloso mas também significativo que dos cinco media de referência da UNOTIL, quatro sejam da Austrália e um dos USA!

Mas o que me está a espantar ainda mais é que com tanta ONG sediada em Timor-Leste, com tantas workshops e acções de "formação" que por lá desenvolvem, com tantos activistas dos direitos humanos, ainda não haja denúncia, nem uma para exemplo, dos cobardes ataques à sede da Fretilin que ardeu completamente, a casas dos seus dirigentes e deputados, ao campo de deslocados perto do porto de Timor que abrigava mulheres e crianças só porque a maioria dos deslocados eram do leste de TL e dos ataques à Rádio e Televisão de TL que feriu e causou o pânico dos seus trabalhadores.

Dá que pensar não dá, tantas ONG's sediadas em Timor-Leste, supostamente para defenderem causas humanitárias e o respeito pelos direitos humanos e numa ocasião concreta onde tantos desses direitos foram violados, nem uma delas levantou a voz para denunciar os crimes praticados e os direitos violados!

esta é a questão que está a provocar o golpe de Estado...

Do Cacau Branco:

Esta é a grande questão que motiva a ira australiana e a ambição da oposição:

"Pouco depois do anúncio da existência de acordo, no final de Novembro, o primeiro-ministro apelidou de positivo o entendimento a que chegaram os dois Estados:

"Este é um bom acordo para Timor-Leste mas é também um bom acordo para a Austrália."

E considerou que o acordo abre também caminho "para garantir a construção de um gasoduto entre o Greater Sunrise e Timor-Leste e a consequente instalação de uma refinaria no país, dando-se assim início à actividade petrolífera em solo timorense".

O acordo prevê a divisão em partes iguais dos recursos petrolíferos do campo Greater Sunrise. Além disso, na Área de Desenvolvimento Conjunto Petrolífero, Timor-Leste recebe 90 por cento dos recursos e a Austrália os restantes 10 por cento.""

9 de janeiro de 2006

O governo Australiano avança com planos para dominar Timor-Leste

Tradução da Margarida:


Por Peter Symonds via sam
Quarta-feira, Junho 21, 2006 at 12:53 PM

Nem Horta nem os seus apoiantes Australianos querem testar o seu “tremendo apoio” nas eleições do próximo ano. “O problema é, obviamente, pode o país suportar os próximos seis, os próximos nove meses com esta pressão continuado sobre o primeiro-ministro para resignar?” perguntou Horta. “Podemos suportar esta crescente perda de credibilidade do governo e a má imagem do país? Ou deve o primeiro-ministro dizer, ‘Bem, eu saio no interesse do meu próprio partido. Parece que eu sou uma desvantagem para o meu próprio partido, se não para o país’.” A ameaça de acusações criminais é obviamente maquinada para obrigar Alkatiri a tomar aquela decisão.

Tendo estabelecido um exército de ocupação em Timor-Leste, o governo Australiano engajou-se numa luta política corrente em várias frentes para garantir o seu domínio sobre metade da ilha. Nas Nações Unidas, diplomatas Australianos estão a pressionar para garantir que Canberra retém o controlo sobre a nova missão da ONU. Como parte dessa ofensiva, os media Australianos conduzem uma campanha sem paragem contra o Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, que é visto como demasiado próximo do rival Portugal e portanto um obstáculo aos interesses Australianos.

Os Australianos de Murdoch mais uma vez esboçaram a agenda a maioria deles abertamente. Num comentário no Sábado, o editor dos assuntos estrangeiros Greg Sheridan argumentou que enquanto outros países precisavam de contribuir para o re-estabelecimento duma força de polícia em Timor-Leste, Canberra tinha que reter, sobre tudo o controlo. “O Conselho de Segurança da ONU está a considerar Timor-Leste e os requerimentos do seu policiamento futuro agora mesmo É uma tarefa vital para a diplomacia Australiana obter a fórmula certa disso,” declarou.

Sheridan declarou que era vital que “A Austrália desempenhe a tarefa sozinha” no treino da polícia. “A ONU em Timor tem sido um caminho para a confusão e disfunção. Em particular tem sido um caminho para a influência Portuguesa, um negócio de mão-cheia, na verdade.” No princípio deste mês, Sheridan classificou Portugal como o “inimigo diplomático da Austrália em Timor-Leste” e identificou Alkatiri como “a chave para a influência deles”.

Enquanto que o governo de Howard não se pode dar ao luxo de ser tão aberto, com o apoio de Washington, está envolvido numa ofensiva diplomática para garantir que a Austrália lidera a operação da ONU em Timor-Leste. A manobra é particularmente cínica porque os USA e a Austrália têm-se oposto sistematicamente a pedidos feitos pela ONU, Timor-Leste e Portugal para uma extensão da presença da ONU no país. Tão recentemente quanto no início de Maio, Canberra e Washington opuseram-se vigorosamente a qualquer extensão da missão da ONU.

As diferenças vieram à superfície abertamente no Conselho de Segurança da ONU na semana passada quando o Embaixador Australiano Robert Hill se opôs a uma proposta do Secretário-geral da ONU Kofi Annan de uma operação formal de capacetes azuis para tomar o lugar da presente força militar liderada pelos Australianos. O plano do governo de Howard, modelado conforme a ocupação liderada pelos Australianos das Ilhas Salomão, é reter o controlo militar exclusivo ao mesmo tempo que preside sobre uma força policial multi-nacional e instala funcionários Australianos em postos administrativos chaves. Hill argumentou que estrangeiros deviam ser postos à frente da força policial Timorense, e privadamente sugeriu o antigo Comissário da Polícia Federal Australiana Mick Palmer para o lugar.

Portugal e a Malásia que têm ambos contingents policiais em Timor-Leste, apoiaram o pedido de Annan para a ONU tomar a completa responsabilidade do controlo da presença militar e policial. O Embaixador de Portugal João Salgueiros disse ao Conselho de Segurança: “Timor-Leste é um filho das Nações Unidas. Por isso precisa da universalidade e imparcialidade das Nações Unidas, que deve uma vez mais tomar o papel liderante.”

Uma reunião de ministros dos estrangeiros da CPLP no Domingo decidiu enviar uma missão a Timor-Leste para avaliar a situação. O Ministro dos Estrangeiros Português Diogo Freitas do Amaral declarou: “Timor-Leste não é um Estado falhado. Temos de defender a necessidade de enviar uma força das Nações Unidas na qual todas as nações membros participem activamente.” Na semana passada a Comissão Europeia, que foi apoiada pelas ambições de Portugal em Timor-Leste, assinou um acordo com o governo de Alkatiri para providenciar 18 milhões de euros em ajuda com um foco na “construção de capacidade institucional,” bem como no alívio da pobreza.

Ontem o Embaixador dos USA John Bolton entrou na cena diplomática apoiando o pedido de controlo para Canberra. Opondo-se a “uma presença da ONU para sempre” em Timor-Leste, argumentou que era necessário “apoiar os Australianos e Neozelandezes que estão lá”. Obviamente, se a intervenção nas Ilhas Salomão é um guia, o governo de Howard tem a intenção de ficar em Timor-Leste não somente meses, mas anos.

Esta luta de braços diplomática reflecte o agudizar de antagonismos inter-imperialistas, não só sobre Timor-Leste, mas internacionalmente. Em jogo está o controlo sobre significativas reservas de petróleo e de gás no Mar de Timor bem como a posição estratégica de Timor-Leste na Ásia do Sudeste, a meio-caminho de estradas navais chaves. O governo de Howard explorou conflitos de facções no governo e nas forças de segurança de Timor-Leste para começar a destacar 1,300 tropas Australianas para a ilha em 24 de Maio. A última preocupação de qualquer das potências em competição é a luta dos Timorenses atingidos pela pobreza, muitos dos quais fugiram para campos de deslocados.

A Campanha contra Alkatiri
As divisões na OBU têm um paralelo na luta de facções no próprio Timor-Leste, onde os aliados Australianos— o Presidente Xanana Gusmão e o Ministro dos Estrangeiros José Ramos Horta— estão engajados numa mal disfarçada campanha para expulsar Alkatiri. Segundo a constituição do país, o presidente não tem o poder de despedir o primeiro-ministro sem um voto de não confiança no parlamento, onde o partido Fretilin de Alkatiri tem uma maioria absoluta. Como resultado disso, os media Australianos têm procurado inventar bases para acusações criminais contra Alkatiri, que o forçariam a sair.

O último tiro na campanha foi disparado ontem à noite no programa “Four Corners” da Australian Broadcasting Corporation. Numa peça de propaganda desavergonhada, a repórter da ABC Liz Jackson tentou demonstrar que Alkatiri, juntamente com o antigo ministro do interior Rogério Lobato, tinha entregue armas a antigos guerrilheiros da Fretilin para formar um esquadrão de ataque contra os seus opositores políticos. Desdenhando abertamente de Alkatiri e da sua negação de qualquer acção errada, Jackson apresentou, sem contraditório, um mosaico de comentários e de documentos, todos fornecidos pelos inimigos políticos do primeiro-ministro e apresentados fora do contexto.

Deve ser lembrado que as alegadas más acções tiveram lugar no meio da luta faccional incipiente, na qual 600 soldados rebeldes, a que se juntaram secções da força de polícia, ameaçavam lançar uma guerra civil war se Alkatiri não saísse imediatamente. Mesmo se isso fosse completamente verdade, o que toda a “evidência” demonstrava é que Alkatiri e Lobato, como os rebeldes, estavam a armar os seus apoiantes. O lado parcial do programa da ABC tornou-se uma farsa quando Jackson pressionou Alkatiri sobre a ilegalidade de “armar os civis,” ao mesmo tempo que ignorava o facto de, os que ela caracterizou como “os heróis da luta anti-Alkatiri” serem, em termos estritamente legais, culpados de motim e traição.

Nos seus esforços para apresentar Horta como o popular próximo primeiro-ministro, “Four Corners” talvez revelou mais do que tinha a intenção de revelar. Horta tem tentado apresentar-se a si próprio como estando acima dos políticos em luta — o homem para reunir todas as facções juntas. Mas a cobertura da ABC da sua reunião com os líderes rebeldes em Gleno, imediatamente antes de uma concentração da oposição em 6 de Junho em Dili, mostrou Horta a fazer trabalho de facção abertamente com forças anti-Alkatiri. Ao ser-lhe perguntado acerca desta actividade, Horta declarou desavergonhadamente: “Em todos os sítios para onde tenho ido — Baucau e todos os lugares — eu tenho tido tremenda simpatia, apoio, calor das pessoas aos milhares, às centenas. E eu sinto-me ultrapassado, talvez porque elas estão desesperadamente à procura de liderança, à procura de gente em quem possam confiar.”

Nem Horta nem os seus apoiantes Australianos querem testar este “apoio tremendo” nas eleições previstas para o próximo ano. “O problema é, obviamente, pode o país suportar os próximos seis, os próximos nove meses com esta pressão continuado sobre o primeiro-ministro para resignar?” perguntou Horta. “Podemos suportar esta crescente perda de credibilidade do governo e a má imagem do país? Ou deve o primeiro-ministro dizer, ‘Bem, eu saio no interesse do meu próprio partido. Parece que eu sou uma desvantagem para o meu próprio partido, se não para o país’.” A ameaça de acusações criminais é obviamente maquinada para obrigar Alkatiri a tomar aquela decisão.

De acordo com o jornal The Age baseado em Melbourne na Segunda-feira, o Presidente Gusmão está a considerer usar os seus poderes constitucionais para lançar um inquérito judicial sobre as alegações da ABC e doutros media Australianos. Horta estava a considerar uma visita ao alegado líder do esquadrão de ataque, Vincente “Railos” da Conceição, para reunir evidência e levá-la para Gusmão. “O presidente não é indiferente, pelo contrário. Está atento a estas alegações, e... está a juntar toda a informação disponível, e agirá na altura devida se tiver de,” explicou Horta.

Estas sórdidas maquinações politicas iluminam o absurdo da assim chamada independência proclamada em 2002 como um passo em frente para o povo Timorense. Numa era de produção globalizada, a pequenina meia-ilha nunca será independente dos poderes globais e regionais, ou das instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial e o FMI. Longe de gozar paz e prosperidade, Timor-Leste tornou-se uma outra área para rivalidades imperialistas, na qual cada clique local procura garantir a sua posição política pela obtenção do apoio de um ou de outro dos poderes em competição. Longe de pôr fim ao conflito em Timor-Leste, a intervenção Australiana está a construir a base para uma futura guerra civil pois Canberra pretende instalar os seus próprios clientes.

http://www.melbourne.indymedia.org/news/2006/06/115261.php

Parlamento Nacional/Assembleia Constituinte


De um leitor:

Este Parlamento deve ser visto como uma ilegalmente prolongada Assembleia Constituinte do que um Parlamento propriamente dito.

Um Parlamento propriamente dito deve ser formado por vias do:

Artigo 93.º
(Eleição e composição)
1. O Parlamento Nacional é eleito por sufrágio universal, livre, directo, igual, secreto e
pessoal.
2. O Parlamento Nacional é constituído por um mínimo de cinquenta e dois e um
máximo de sessenta e cinco deputados.
3. A lei estabelece as regras relativas aos círculos eleitorais, às condições de
elegibilidade, às candidaturas e aos procedimentos eleitorais.
4. Os Deputados do Parlamento Nacional têm um mandato de cinco anos.


Resposta (pela Margarida):

Chamo-lhe a atenção para o facto de todos os 88 deputados terem aprovado. ... deite então s.f.f a responsabilidade da "ilegadidade" aos 88 deputados que subsescreveram a Constituição da RDTL de que lhe lembro os seus últimos artigos:

(…)
Artigo 168.°
(Transformação da Assembleia Constituinte)
1. A Assembleia Constituinte transforma-se em Parlamento Nacional com a entrada em vigor da Constituição da República.
2. O Parlamento Nacional tem no seu primeiro mandato, excepcionalmente, oitenta e oito
Deputados.
3. O Presidente da Assembleia Constituinte mantém-se em funções até que o Parlamento Nacional proceda à eleição do seu Presidente, em conformidade com a Constituição.

Artigo 168.°
(II Governo Transitório)
O Governo nomeado ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.° 2001/28 mantém-se em funções até que o primeiro Governo Constitucional seja nomeado e empossado pelo Presidente da República, em conformidade com a Constituição.

Artigo 169.º
(Eleição presidencial de 2002)
O Presidente da República eleito ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.º 2002/01 assume as competências e cumpre o mandato previsto na Constituição.

Artigo 170.º
(Entrada em vigor da Constituição)
A Constituição da República Democrática de Timor-Leste entra em vigor no dia 20 de Maio de 2002.

Aos 22 de Março de 2002, a Assembleia Constituinte da República Democrática de Timor-Leste, eleita em 30 de Agosto de 2001, aprovou a presente Constituição, a qual vai ser assinada pelos seus oitenta e oito Deputados:

Presidente da Assembleia Constituinte,
Francisco Guterres ‘Lú-Olo’
(Fretilin)
Vice-Presidente,
Francisco Xavier do Amaral
(ASDT)
Vice-Presidente,
Arlindo Marçal
(PDC)

Deputados

ASDT
Afonso Noronha
Feliciano Alves Fátima
Jacinto de Andrade
Maria da Costa Valadares
Pedro Gomes

FRETILIN
Adalgisa Maria Soares Ximenes
Adaljiza Albertina Xavier Reis Magno
Adérito de Jesus Soares
Alfredo da Silva
Ana Maria Pessoa Pereira da Silva Pinto
António Cardoso Machado
António Cepeda
Arão Nóe de Jesus da Costa Amaral
Armindo da Conceição Freitas
Augusto da Conceição Amaral
Cipriana da Costa Pereira
Constância de Jesus
Elias Freitas
Elizario Ferreira
Flávio Maria da Silva
Francisco Carlos Soares
Francisco Kalbuadi Lay
Francisco Lelan
Francisco M.C.P. Jerónimo
Francisco Miranda Branco
Gervásio Cardoso de Jesus da Silva
Gregório Saldanha
Jacinto Maia
Jacob Martins dos Reis Fernandes
Januário Soares
Jerónimo da Silva
Joaquim Amaral
Joaquim Barros Soares
Joaquim dos Santos
José Andrade da Cruz
Josefa A. Pereira Soares
José Maria Barreto Lobato Gonçalves
José Maria dos Reis Costa
José Soares
José Manuel da Silva Fernandes
Judit Ximenes
Lourdes Maria Mascarenhas Alves
Luisa da Costa
Madalena da Silva
Manuel Sarmento
Marí Alkatiri
Maria Avalziza Lourdes
Maria Genoveva da Costa Martins
Maria José da Costa
Maria Solana da Conceição Soares Fernandes
Maria Teresa Lay Correia
Maria Teresinha da Silva Viegas e Costa
Mario Ferreira
Miguel Soares
Norberto José Maria do Espírito Santo
Osório Florindo
Rosária Maria Corte-Real de Oliveira
Rui António da Cruz
Vicente Soares Faria

Independente
António da Costa Lelan

KOTA
Clementino dos Reis Amaral
Manuel Tilman

PD
Aquilino Ribeiro Fraga Guterres ‘Ete Uco’
Eusébio Guterres, SH
Samuel Mendonça
Ir. Mariano Sabino Lopes ‘Assa Nami’
Paulo Alves Sarmento ‘Tuloda’
Dr. Paulo Assis Belo ‘Funu Mata’
Rui Meneses da Costa, SE ‘Lebra’

PDC
António Ximenes

PL
Armando da Silva

PNT
Aires Francisco Cabral
Aliança da Conceição Araújo

PPT
Ananias do Carmo Fuka
Jacob Xavier

PSD
Fernando Dias Gusmão
Leandro Isac
Lucia Maria Lobato
Mario Viegas Carrascalão
Milena Pires
Vidal de Jesus “Riak Leman”

PST
Pedro Martires da Costa

UDC/PDC
Vicente da Silva Guterres

UDT
João Viegas Carrascalão
Quitéria da Costa

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Our friends...

Voz da América vai encerrar emissões em português

Washington, 28 Jun (Lusa) - A emissora oficial dos Estados Unidos, Voz da América, vai suspender as emissões em português para Timor-Leste, disseram hoje fontes daquela estação emissora.
A emissão em português deverá ser transmitida pela última vez no próxim o domingo, mas como as emissões de fim-de-semana são gravadas antecipadamente o programa termina com efeito na sexta-feira.

As fontes disseram que a decisão não se deve à actual situação politica em Timor-Leste e estava a ser ponderada há muito tempo por razões logísticas.

O ano passado uma decisão de encerrar as transmissões foi adiada devido a oposição dos jornalistas responsáveis pela emissão e de protestos de diplomat as timorenses, acrescentaram.
O português é língua oficial de Timor-Leste, a par do tétum.

A Voz da América iniciou as transmissões em português para Timor-Leste há pouco mais de cinco anos, tendo desde então transmitido diariamente um progra ma de 30 minutos ao início da manhã (hora local).

O programa é retransmitido em directo por uma estação emissora timorens e ligada à FRETILIN, a Voz da Esperança, que para poder captar e transmitir o pr ograma recebeu equipamento da Voz da América.

O programa, com notícias e reportagens, tem sido elaborado por jornalis tas do serviço em português para África que segundo as mesmas fontes luta com fa lta de pessoal e fundos.

Os jornalistas que asseguram diariamente o programa nunca visitaram Tim or-Leste e nunca tiveram meios para contratar um correspondente em Díli, elabora ndo as notícias sobre Timor-Leste com base nas agências noticiosas internacionai s e nas notícias publicadas em jornais australianos.

Actualmente, a Voz da América transmite em português para África um tot al de duas horas de programação diária, sendo 30 minutos dedicados especialmente a Angola num programa elaborado totalmente com base em reportagens de jornalist as angolanos baseados no país, mas apresentado por um locutor/jornalista em Wash ington.

Dos restantes 90 minutos, 30 minutos são transmitidos pela manhã (hora africana) e 60 minutos ao início da noite.

As fontes disseram que o programa especialmente dedicado a Angola estev e recentemente em risco de ser encerrado, o que poderá acontecer a "médio prazo" .

O serviço em português da Voz da América conta actualmente com nove jornalistas/apresentadores divididos em dois turnos e dois técnicos de som.
JP.
Lusa/Fim

Maioria parlamentar legítima, também?!

De um leitor:

A direcção da Fretilin... se aceitarmos a sentença do Presidente Xanana... poderá ser ilegítima,

MAS os 55 deputados eleitos pela FRETILIN, que tem MAIORIA ABSOLUTA no Parlamento Nacional foram eleitos DEMOCRATICAMENTE pelo POVO, e não podem ser ignorados, nem colocados ao mesmo nível dos pequenos partidos da oposição.

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Comissão Europeia atribui apoio de 3 milhões euros para deslocados

Bruxelas, 28 Jun (Lusa) - A Comissão Europeia disponibilizou hoje três milhões de euros para apoiar "as vítimas do conflito interno" em Timor-Leste, especificando que esta ajuda humanitária se destina aos cerca de 140.000 deslocados e respectivas famílias de acolhimento.

"A Comissão Europeia tem assistido Timor-Leste ao longo dos últimos anos com ajuda humanitária e para o desenvolvimento, e claro que contribuiremos para dar resposta às necessidades mais básicas da população afectada por esta terrível vaga de violência", afirmou hoje o comissário europeu responsável pela Ajuda Humanitária, Louis Michel.

O executivo comunitário indica, em comunicado, que os fundos, destinados a serem usados nos próximos seis meses na resposta às necessidades mais básicas, serão canalizados através do departamento da Comissão para a ajuda humanitária, sob a responsabilidade do comissário Louis Michel.

No comunicado, a Comissão indica que na sequência da vaga de violência que atingiu o território, cerca de 140.000 pessoas deixaram as suas casas, em Díli, um número que representa aproximadamente 15 por cento da população total de Timor-leste.

Ainda segundo o executivo, cerca de 70.000 dos deslocados sobrevivem em campos de emergência improvisados nos arredores de Díli, enquanto outras 70.000 pessoas fugiram para áreas rurais, sendo na sua maioria acolhidas por familiares e amigos.

Bruxelas sublinha que o saque de armazéns e lojas deixou a população com pouco acesso a alimentos e outros bens.

A Comissão indica que a ajuda a Timor-Leste é prestada sob a forma de alimentos, abrigo, acesso a água potável e sistemas sanitários e cuidados de saúde apropriados, mas também se traduz em apoio psico-social às crianças.

ACC.

Dos leitores

…Este artigo entre outros encontra-se publicado no site da UNOTIL http://www.unotil.org sob o título

"INTERNATIONAL DAILY MEDIA REVIEW
Tuesday 27 June 2006
International Media Reports"

No final é dito:

"These Items Do Not Reflect the Position or Views of the United Nations. UNOTIL Public Information Office"

O estranho é que o "International Media Reports" se limite aos seguintes media:

The Australian
Radio Australia
ABC Australia
New York Times
Sydney Morning Herald

Será que só os media australianos publicam noticias sobre a actual crise de Timor?

É esta a imprensa internacional para as Nações Unidas em Timor?

Ou será porque o "Public Information Officer" da UNOTIL é Australiano?

Ian Martin vai ter que estar muito atento ou a próxima missão das Nações Unidas será mais um falhanço a acrescentar à actual UNOTIL.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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