sábado, setembro 02, 2006

Dos leitores

Compatriotas Timorenses
Esta chegada a hora
Deixemos de trocar mimos
Que a victoria ja ca mora

Para um POVO tao heroico
24 anos de invasao
Deviam tirar proveito
Da derrota do "papao"

Em mais de duas decadas de luta
A unidade foi o espirito e lema
Porque tamanha divisao agora
Valha-nos Santa Madalena

Vamos ficar na expectativa
Que o ano de dois mil e sete
Nos traga paz, amor e dignidade
Do querido Viqueque a Bazartete

Conheci o Inacio de Moura
O Borja e o Soriano tambem
Talentosos poetas e artista
Filhos ilustres que Timor tem

O Mari nas Obras Publicas
Ainda eu era criancinha
O Horta e o Toni Belo
O petroleo e a tinta da china

Em Viqueque tambem estudei
Deu tudo muito certo
Lembro-me do velho Inacio
A Maria Rosa e o Anacleto

Um abraco

Mau Dick
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Quando a noite cai só há luz nas casas

José Costa Santos, da Agência Lusa Díli, 02 Set (Lusa) - Quando a noite cai em Timor-Leste, as ruas ficam desertas e as pessoas fecham-se em casa, não apenas com receio dos grupos de desordeiros, mas também porque o país não tem iluminação pública.

Das 54 centrais a diesel em Timor-Leste apenas 25 funcionam e Díli foi até sexta-feira a única cidade a ter fornecimento de energia 24 sobre 24 horas.

"A Electricidade de Timor-Leste (EDTL) distribui energia em todas as capitais de distrito, mas só Díli tinha até sexta-feira funcionamento permanente", explicou o português Manuel de Rezende Pinto, director da EDTL.

Por decisão do Governo, a cidade de Baucau, a segunda mais importante do país, tem fornecimento de energia permanente desde sexta- feira, 01 de Setembro, mas até agora os habitantes da cidade tiveram de viver com as seis horas de fornecimento habitual, sensivelmente o mesmo que o resto das capitais de distrito.

Num país com alguns problemas de segurança - embora estes estejam praticamente confinados à cidade de Díli -, que precisa de investimento e quer tirar proveito dos seus vários recursos naturais, como o turismo, a ausência de energia nas ruas é um factor negativo.

O problema da falta de energia nas ruas dura desde 2002, quando a Administração Transitória da ONU (UNTAET) "decidiu acabar com a iluminação pública e distribuir energia gratuita à população", referiu Manuel de Rezende Pinto.

"O que tem sido feito nos últimos anos é começar a inverter esta situação, começar a vender energia à população, mas o sector comercial está ainda a dar os primeiros passos", disse.

Se por um lado em muitas casas ainda "não existe contador apesar de terem luz", o facto da EDTL não ser uma empresa comercial e do país não estar ainda numa fase de desenvolvimento coloca algumas dificuldades.

Com um custo directo "só em combustível" de cerca de 0,25 dólares (0,19 euros) por KW de energia, a companhia cobra aos consumidores entre 0,16 e 0,20 dólares, mas por decisão do Governo o preço vai descer para 0,12 dólares o que fará aumentar a factura do investimento estatal.

Por outro lado, cerca de 29 centrais eléctricas espalhadas pelo país "estão paradas por falta de combustível" porque, explica Rezende Pinto, "entregaram a gestão daquelas infra-estruturas às comunidades e as centrais funcionaram enquanto tiveram gasóleo nos tanques".

"Tinham mesmo que parar porque o retorno em tarifas representava cerca de 10 por cento do investimento só em combustível, logo era impossível à comunidade continuar a gerir o sistema e mantê-lo em funcionamento", disse o mesmo responsável.

Além do preço do combustível, que tem aumentado nos últimos meses num país com muitas carências, a falta de luz nas ruas não se deve apenas a questões de produção e fornecimento.

"Quando a UNTAET decidiu acabar com a luz na rua, as ligações da iluminação pública desapareceram na sua grande maioria e, hoje, se quiserem voltar a ligar o sistema terá de ser feito um grande investimento para refazer a rede", explicou Rezende Pinto.

Com o sol a brilhar na maior parte do ano, uma "solução que poderia ser escolhida" seria a instalação de candeeiros com funcionamento a energia solar, já que a reparação da rede comum obriga a um investimento de "pelo menos cinco mil dólares por quilómetro".

"É uma solução técnica possível e que tem em Timor-Leste grande potencialidade porque o Sol aqui gera, na maior parte do ano, uma potência de 1.200 watts por metro quadrado que pode ser aproveitada, mas deve ser pensada para o conjunto de forma a serem criadas condições de manutenção dos equipamentos", concluiu.

De acordo com os dados da EDTL, no final de Junho deste ano - o orçamento em Timor-Leste é executado entre Julho de um ano até Junho do outro - o Estado timorense teve de suportar 4,5 milhões de dólares para fazer face às diferenças entre as receitas e despesas do departamento de electricidade, que só arrecadou 5,8 milhões dos 8,7 milhões de dólares previstos.

Com a diminuição do preço da electricidade previsto, a EDTL tem um orçamento de 16,5 milhões de dólares até Junho do próximo ano com o subsídio estatal a atingir os 12 milhões e as receitas próprias 4,5 milhões.

No plano de investimentos dos próximos meses não está incluída qualquer verba a investir na iluminação pública embora tenham sido já realizados vários estudos para solucionar o problema.

Lusa/fim

Australia, Indonésia e Timor-Leste em reunião trilateral em Díli

Díli, 02 Set (Lusa) - Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Indonésia e Timor-Leste reúnem-se segunda-feira em Díli na terceira reunião trilateral de cooperação, disse hoje à agência Lusa fonte governamental.

De acordo com a mesma fonte, o primeiro-ministro José Ramos- Horta e o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Timor- Leste, José Luís Guterres, vão abordar as questões da segurança interna, a missão das Nações Unidas e as eleições de 2007, num encontro que decorrerá à porta fechada no Hotel Timor, em Díli.

O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, HAssan Wirajuda vai abordar a temática da cooperação económica e do desenvolvimento enquanto que Alexander Downer, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, vai falar sobre cooperação na área da segurança.

Numa cimeira que deve durar apenas uma manhã, as três partes são recebidas pelo presidente da República Xanana Gusmão ao final da manhã se segunda-feira.

Além dos temas agendados para a cimeira, Alexander Downer e Ramos-Horta deverão ainda falar sobre a presença das forças australianas em Timor-Leste e a sua responsabilidade no capítulo da segurança ao abrigo dos acordos bilaterais assinados entre os dois Estados.

O Governo timorense atribuiu responsabilidades ao comando australiano em Timor-Leste pela fuga de 57 reclusos, entre os quais o major Alfredo Reinado, porque segundo o executivo de Timor-Leste cabia aos australianos a segurança no perímetro exterior do estabelecimento prisional.

O governo australiano refuta essa responsabilidade e diz apenas ter como missão o patrulhamento da zona, trabalho que tem vindo a cumprir.

A fuga de quarta-feira aconteceu depois das forças neozelandesas, que mantiveram até alguns dias antes patrulhas fixas no exterior da cadeia, terem deixado o local.

JCS.

Ministro Arcanjo da Silva vai chefiar delegação a reunião a Macau

Díli, 02 Set (Lusa) - O ministro do Desenvolvimento de Timor- Leste, Arcanjo da Silva, vai chefiar a missão política e empresarial timorense à segunda reunião ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

A reunião, que terá lugar em Macau entre 24 e 25 de Setembro, contará com a presença de altos responsáveis da área do comércio da China e dos países de língua oficial portuguesa com excepção de São Tomé e Príncipe.

A ausência de São Tomé deve-se ao facto deste país africano manter relações diplomáticas com Taiwan, em detrimento de Pequim.

Em declarações à agência Lusa em Díli, Arcanjo da Silva explicou que a missão timorense irá integrar cinco altos funcionários do Estado e três empresários.

Em Macau, onde os objectivos de Timor-leste são "participar para ganhar experiência com os outros países e para fortalecer as relações do país com todos os colegas participantes", Arcanjo da Silva vai ainda assinar com a China um protocolo de cooperação e duas notas de assistência técnica.

"O protocolo é relativo à cooperação técnica e económica entre Timor-Leste e a República Popular da China enquanto que as notas de assistência visam o apoio chinês para medicamentos contra a malária e para a plantação de arroz híbrido", explicou Arcanjo da Silva.

O governante acrescentou ainda que a cooperação entre Timor-Leste e a República Popular da China tem vindo a intensificar-se nos últimos anos com o trabalho da embaixada chinesa em Díli no apoio a diversas acções do Ministério do Desenvolvimento.

O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, criado em 2003, foi lançado pela China para potenciar as relações privilegiadas de Macau com os países de língua portuguesa e visa estreitar as relações multilaterais para potenciar a cooperação e as trocas comerciais.

JCS.

Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA


Terceira reunião trilateral Timor-Leste, Indonésia e Austrália

Realiza-se em Díli, esta segunda-feira, 4 de Setembro, a terceira reunião trilateral entre Timor-Leste, Indonésia e Austrália, destinada a discutir alguns dos assuntos prementes da região.

Na reunião, o primeiro-ministro, José Ramos-Horta fará uma intervenção sobre o ponto da actual da situação política e social do país, com enfoque para as questões relacionadas com a segurança interna, a nova missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) e a realização de eleições gerais e presidenciais do próximo ano.

O encontro decorrerá entre as 9h00 e as 11h00, na sala do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo. A delegação governamental timorense é chefiada pelo primeiro-ministro e ministro da Defesa, José Ramos-Horta, e inclui ainda o vice-primeiro-ministro e ministro da Agricultura, Florestas e Pescas, Estanislau da Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Luís Guterres, o ministro do Interior, Alcino Baris, a ministra da Educação e Cultura, Rosaria Corte-Real, o ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária, Arsénio Bano, o ministro dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética, José Teixeira, o comadante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, e a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Adalgisa Magno.

A delegação indonésia é composta pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Hassan Wirajuda, e pelo embaixador da Indonésia em Díli, Ahmed Bey Sofwan.

Os representantes de Camberra são o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, e a embaixadora da Austrália em Díli, Margaret Twomey.

O tema principal da intervenção do ministro indonésio dos Negócios Estrangeiros será a cooperação económica e desenvolvimento. Wirajuda abordará as questões relacionadas com a área de desenvolvimento Austrália-Indonésia, transportes, gripe das aves, desastres naturais/sistema de alerta de tsunamis, diálogo ecuménico, comércio e turismo.

Por sua vez, Alexander Downer deverá usar da palavra para expor as questões conexas com a cooperação na área da segurança, destacando as ameaças terroristas regionais, pescas ilegais e pirataria, segurança no Mar de Timor (no âmbito da exploração de petróleo e gás natural), imigração ilegal, fronteiras e lavagem de dinheiro.

No final dos trabalhos, pelas 11h05, realizar-se-á uma conferência de imprensa conjunta, em que participarão o primeiro-ministro José Ramos-Horta e os ministros dos Negócios Estrangeiros da Indonésia e Austrália, no Palácio do Governo.


Díli, 2 de Setembro de 2006

Indecisos...


Dois evadidos que se entregaram fugiram de quartel da polícia

Díli, 02 Set (Lusa) - Os dois evadidos da cadeia de Becora que sexta-feira se entregaram às autoridades policiais no distrito de Aileu, fugiram de novo às autoridades timorenses e já não regressaram à cadeia de Becora, disse à agência Lusa fonte policial.

"Os dois reclusos entregaram-se no quartel-general da Polícia Nacional de Timor-Leste em Aileu e, segundo as informações disponíveis, a certa altura disseram que iam a casa, que ficava a cerca de 10 quilómetros do local", explicou Paulo Cabrita, oficial de ligação da GNR em Díli.

O mesmo responsável acrescentou que, quando as forças da Malásia, que se deslocaram a Aileu para escoltar os detidos de regresso a Dili, chegaram às casas dos fugitivos, "os familiares disseram-lhes que estes já tinham escapado".

Paulo Cabrita disse ainda que os polícias da Malásia ainda regressaram ao quartel-general da polícia timorense na expectativa de ainda deter os evadidos, o que acabou por não se verificar.

Assim, continuam a monte os 57 reclusos, entre os quais o major Alfredo Reinado, que quarta-feira fugiram da prisão pela porta principal do estabelecimento prisional de Díli.

A fuga de reclusos da cadeia de Becora, em Díli, envolveu além do major Alfredo Reinado outros 56 reclusos, incluindo 16 ex-membros das forças armadas timorenses e cinco condenados por homicídio.

Alfredo Reinado e cerca de 20 dos seus homens estavam detidos desde 25 de Julho, por posse de material de guerra encontrado numa operação de rotina da GNR em três casas, uma delas, segundo o major, atribuída por Xanana Gusmão.

A detenção foi feita ao abrigo do Protocolo bilateral entre Timor- Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergência que estavam em vigor no país desde 30 de Maio, decretadas por Xanana Gusmão.

O major Alfredo Reinado abandonou no início de Maio a cadeia de comando das forças armadas timorenses e foi um dos principais intervenientes na crise político-militar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

JCS.

Uma casa queimada e três carros apedrejados durante a madrugada

Díli, 02 Set (Lusa) - Uma casa queimada junto ao hospital de Díli e três viaturas apedrejadas junto ao porto da capital timorense é o balanço de mais uma acção de violência em Timor-Leste, revelou hoje Paulo Cabrita, oficial de ligação da força da GNR.

De acordo com o tenente Paulo Cabrita, oficial de ligação da força da GNR estacionada em Timor-Leste, ao início da madrugada de hoje - final da tarde de sexta-feira em Lisboa - uma casa foi queimada junto ao hospital Guido Valadares, em Díli.

Segundo a mesma fonte, três viaturas de missões internacionais a trabalhar em Timor-Leste foram apedrejadas junto ao porto de Díli.

As forças da Guarda Nacional Republicana deslocaram-se ao local dos incidentes mas "já não havia ninguém", explicou Paulo Cabrita.

As acções de violência nas ruas de Díli são, na maioria das vezes, praticadas a coberto da noite numa cidade em que a única iluminação existente é a das casas já que as ruas não possuem iluminação pública.

Mesmo assim, a maioria da cidade está às escuras já que nos bairros onde habitualmente acontecem problemas a maioria das casas não possui iluminação para o exterior ou não tem sequer acesso à electricidade.

JCS.

Dos leitores

"José Ramos-Horta, contactou o comissário depois do comando unificado da Austrália, que integra as forças neozelandesas, ter reiterado a impossibilidade de manter um patrulhamento fixo na cadeia de Becora por necessitar dos homens noutros pontos da cidade."

Ninguém teve até agora a curiosidade de averiguar que "outros pontos da cidade" são esses, tão importantes que impeçam a disponibilização de um que seja dos 2700 militares australianos e neo-zelandeses para guardar a prisão, o tribunal, o Ministério da Justiça, os campos de refugiados, a TVTL, etc, etc.Afinal o que andam eles a guardar?

H Correia.
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Fragile peace may shatter if fugitive rebels join forces

SMHT.au.com
Lindsay Murdoch in Dili
September 2, 2006

AUSTRALIAN security forces hunting Alfredo Reinado, who led a mass escape from Dili's jail this week, should know he has XXX tattooed on the back of his neck.

Reinado likens himself to Xander Cage, the extreme athlete and fearless adrenaline junkie in the 2002 movie XXX. "I don't care if I die tomorrow," Reinado said after he fired the first shots in a bloody revolt that plunged East Timor into crisis in May.

Three months after those shots rang out on the hillside above the jail from which Reinado escaped on Wednesday, East Timor's political factions are plotting their next moves in a bitter power struggle that could erupt again into violence, a number of well-informed figures said in Dili this week.

The Prime Minister, Jose Ramos Horta, concedes wearily that the political problems that plunged the country into crisis in April, May and June are unsolved.

Speaking in his thatched villa overlooking Dili's harbour, he says it is still possible for the country to hold violence-free elections, due in April next year, but only through "strong international assistance and the role of the church and other leaders".

"Obviously, there is no guarantee," Mr Ramos Horta says.

Reinado's escape with 56 others came only days after Vincente da Concecao, a former guerilla fighter who likes to be called "Commander Railos", fled to the western mountains as the Office of Prosecutor-General was about to issue a warrant for his arrest for possession of illegal weapons.

Railos's allegation that he set up a hit squad to eliminate political opponents of the then prime minister, Mari Alkatiri, led to the latter being forced from office. The Opposition Leader, Mario Carrascalao, said the case of Railos, whom he knows well, had been mishandled by the Government: "Railos feels frustrated. He provided information to help solve the problem but they were going to arrest him."

The possibility that Reinado and Railos and their men could combine to form a renegade force is a nightmare for the commanders of foreign troops and police in Dili, who are struggling to control violence but cannot convince 70,000 people in makeshift refugee camps that is safe for them to return to their homes.

Like Xander Cage, whose mission was to save the world, Reinado apparently wants to save East Timor. Within hours of his escape he was circulating a letter urging East Timorese to rise up in a people-power revolution.

His escape shattered the illusion that hundreds of foreign police and troops in Dili have brought peace to the tiny half-island nation of just over a million mostly impoverished people.

The UN Security Council has agreed to send to Dili 1608 international police, 34 military liaison officers and about 500 civilian personnel, who will complement foreign troops already in Dili, including 1500 Australians.

But a Western analyst in Dili said the "foreigners are just keeping protagonists apart". The analyst added: "The bad blood, grudges and dirty politics are still there, just below the surface."

Fretilin, the ruling party, which has 55 of the 86 seats in the parliament, appears to be fracturing as the combative and unpopular Mr Alkatiri vows publicly to lead it to an "unimaginable" election victory.

Security forces fear a violent backlash from Mr Alkatiri's enemies if the Office of Prosecutor-General fails to charge him over Railos's allegations. They also fear a backlash from elements within Fretilin if Mr Alkatiri is charged.

"It's a no-win situation regarding Alkatiri," the analyst said.

A youth worker, Jose Sousa-Santos, said gangs of unemployed youths responsible for sporadic violence were being manipulated for political and criminal purposes. "The kids are a very buyable commodity," said Mr Sousa-Santos, who has worked with Dili's youths for six years. Two rival martial-arts gangs each have more than 30,000 members spread throughout the country.

Some former police, said to be manipulating the gangs, are believed to have high-powered weapons looted from the armoury of the 3200-strong police force that disintegrated during the violence in May.

An American doctor who has worked in Dili since 1998, Dan Murphy, warns that the health of people in the refugee camps is deteriorating. "The people tell me that this is their most worrying and depressing time since they gained their independence," Dr Murphy said.

Celestinho da Costa-Alves manages a refugee camp near Dili's main wharf, whose 2682 residents from the east of the country are often attacked by gangs from the west. "Every time our people leave and try to return to their homes they are attacked," Mr da Costa-Alves said. "The Government has told us to leave here because there has been trouble, but where are we to go?"

Since Mr Ramos Horta took office two months ago, he has shaken up the country's lethargic bureaucracy, telling officials that heads will roll unless they improve efficiency. Business people say that permits are suddenly being issued in hours, rather than days, containers are moving quickly off the wharf and corruption appears to have been curbed.

Mr Ramos Horta makes surprise visits to government offices, refugee camps, charities, UN and non-government-organisations. He has steered a $US315 million ($412 million) budget through parliament, a record in a country where the annual income per capita is $US370 and 40 per cent of the population live in poverty.

He has emerged as the person many East Timorese see as their saviour at another terrible moment in their history, but he plays down a push from the US and some other countries for him to be the UN's next secretary-general, saying he feels committed to helping solve East Timor's problems.

"I would rather retire and take it easy on a beach somewhere," he says. "But it might be important for me to be here … I'm not saying that I am the best person, but I am one of the very, very few with the trust of the people."

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MNE português confiante na regulação dos problemas de segurança

Lappeenranta, 01 Set (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje acreditar que a resolução aprovada na semana passada pelas Nações Unidas abre boas perspectivas com vista à regulação dos problemas de segurança em Timor-Leste, como o sucedido na prisão de Becorá.

Luís Amado, que participa na cidade finlandesa de Lappeenranta numa reunião informal dos chefes de diplomacia da União Europeia, reagia à fuga de reclusos da cadeia de Becora, em Díli, na quarta- feira, e que envolveu 57 reclusos, entre os quais o major Alfredo Reinaldo, que abandonou no início de Maio a cadeia de comando das forças armadas timorenses.

"Acreditamos que se definiu nos últimos dias um quadro de intervenção das Nações Unidas muito aceitável e que, nesse quadro, será possível encontrar soluções políticas para os problemas com que Timor-Leste está confrontado, designadamente no domínio da segurança", afirmou Luís Amado, referindo-se à aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU de uma nova missão para Timor-Leste que prevê o envio para o território de uma força policial de 1.600 homens.

O ministro português considera que "há hoje um quadro favorável para a regulação de alguns problemas", como aquele ocorrido quarta-feira, e que considerou um "factor de preocupação" mas que "tem de ser "enquadrado no desenvolvimento do processo" de estabilização, que só estará concluído após a realização do acto eleitoral.

ACC.

UNICEF e Governo lançam campanha de regresso à escola

Díli, 01 Set (Lusa) - O Ministério da Educação timorense e a UNICEF vão lançar segunda-feira a campanha "Regresso à Escola" para encorajar mais de 200.
000 crianças a retomarem os estudos no início do ano escolar, anunciou hoje aque le organismo da ONU.
Em comunicado divulgado em Díli, o Fundo das Nações Unidas para a Infân cia (UNICEF) precisou que a campanha terá uma duração de dois meses e tem como d estinatários os alunos e professores das escolas primárias de Timor-Leste.
A campanha envolve a reabertura de uma centena de escolas só em Díli, o nde alguns dos estabelecimentos se encontram encerrados desde Maio, quando se re gistaram confrontos nas ruas devido à crise polític e institucional que eclodiu no final de Abril.
Além de três dezenas de mortos, a onda violência provocou uma crise hum anitária com cerca de 180.000 deslocados e a paragem das aulas para cerca de 30.
000 crianças só em Díli, bem como para dezenas de milhares de alunos por todo o país.
A UNICEF destaca que a reabertura formal do período escolar é essencial para restabelecer um senso de normalidade a todas as crianças que viram as suas vidas afectadas pela crise política e social de Timor-Leste.
Para Sgui-Meng, representante da UNICEF em Timor-Leste, o regresso das crianças à escola significa o "regresso a uma rotina que lhes dá formação e sign ifica familiaridade e conforto para crianças que têm vivido em agitação nos últi mos meses".
A UNICEF assinala no comunicado que uma em cada três crianças não entra na escola primária em Timor-Leste, onde a taxa de alfabetização é muito baixa r elativamente a outros países da região.
A campanha está orçada em 1,1 milhões de dólares (857 mil euros).
JCS.

São duas e quarenta da manhã e por hoje chega

Até amanhã.

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Dos leitores

Já agora: realce-se a última frase aqui referida, do MJ-AUS: "uma fuga desta importância não acontece por acidente e isso é preocupante".

Fuga de Reinado cria onda de especulações
MANUEL DE ALMEIDA / lusa

Alfredo Reinado afirmou antes da fuga que só devia lealdade ao presidente Xanana Gusmão
Orlando Castro/ Jornal de Noticias

O major Alfredo Reinado, para além de ter fugido da cadeia e continuar a monte, iniciou uma campanha pública de explicação das razões que diz assistirem-lhe. Ontem enviou para diversos meios de comunicação uma gravação vídeo onde afirma estar pronto para ser julgado por um tribunal "independente e sem influência política".

Embora o brigadeiro Mick Slater, comandante militar australiano em Timor-Leste, diga que sabe onde estão os 57 presos que anteontem fugiram da cadeia de Becora, em Díli, a verdade é que ninguém ainda os encontrou, somando-se as especulações sobre a eventual cobertura que alguns políticos estarão a dar ao major Alfredo Reinado.

"Mesmo estando fugido da cadeia, não significa que esteja a fugir da Justiça", afirma Alfredo Reinado, numa gravação em que aparece ladeado por alguns dos companheiros de fuga.

Reinado diz que tem de "seguir viagem rumo à liberdade", desafiando o povo "a abrir os olhos, porque existe injustiça no país".

Ou seja, diz Reinado, "é por causa dos interesse políticos que hoje todo o povo sofre e morre , favorecendo apenas os soberanos em detrimento do povo".

A fuga de Reinado e de outros 56 reclusos levou quer o director nacional das prisões, Manuel Exposto, quer o ministro da Justiça, Domingos Sarmento, a culparem as forças da Nova Zelândia.

Observadores internacionais estranham não só a facilidade da fuga como as dificuldades da captura, sobretudo depois de o brigadeiro Slater ter afirmado à rádio australiana ABC que as suas forças "isolaram a cidade 15 minutos após a fuga".

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, que depois de manhã terá uma reunião em Díli com o seu homólogo indonésio e com Ramos-Horta e Xanana Gusmão, afirmou que a fuga de Reinado (que teve treino militar na Austrália) "é uma oportunidade para Camberra reafirmar o seu apoio a Timor-Leste".

Também o ministro da Justiça australiano, Chris Ellison, disse que a fuga prova que Reinado tem apoios na comunidade local, acrescentando que "uma fuga desta importância não acontece por acidente e isso é preocupante".

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Rebel leader appears on TV

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Source: AFP


September 02, 2006

THE rebel East Timor military leader who escaped from jail earlier this week appeared on television late today and criticised the country's government.

Major Alfredo Reinado, whose escape triggered an ongoing manhunt in the capital Dili by UN police and international peacekeepers, said Prime Minister Jose Ramos-Horta's government lacked leadership.

"The current crisis occurs because the government has no capacity to lead and has no good politics,'' Maj Reinado said in an interview aired by the state RTTL television and radio station.

There was no immediate response from the government.

Maj Reinado did not say why he fled, but he appealed to Timorese gangs to stop feuding.

He and 56 other inmates escaped from a Dili prison on Wednesday.

East Timor's new UN police commissioner, Antero Lopes, said he believed he could hold talks with Maj Reinado eventually leading to the rebel's unconditional surrender.

"It will not be necessary to capture him. I believe that he will come and establish dialogue,'' Mr Lopes said, when asked to comment on Maj Reinado's surprising television appearance.

"We don't think it will be necessary to use any force,'' Mr Lopes said.

Maj Reinado was arrested last month on charges of weapons possession.

International troops discovered the rebel leader had nine handguns in his possession, despite promises from his group that they had surrendered all their weapons to Australian soldiers in June.

In May, Maj Reinado led a group of 600 deserting troops and was accused of sparking civil unrest, including clashes among rival security forces and gang wars on the streets that killed 21 people.

The violence prompted the deployment of an Australian-led international peacekeeping force.

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Começaram de repente uma série de confrontos em Díli

Perto do Hospital Guido Valadares foram incendiadas várias casa, existem confrontos por detrás das embaixadas na av. de Portugal e em frente ao Hotel Timor.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.