terça-feira, setembro 05, 2006

Australians know whereabouts of fugitive East Timor renegade

smht.com
Lindsay Murdoch
September 6, 2006

THE East Timorese rebel leader Alfredo Reinado has obtained weapons since he led a mass escape from Dili's main jail last week, his lawyer said yesterday.

"I have information that he and his men have guns and are in the hills not too far from Dili," Paulo Remedios said by telephone from the East Timorese capital.

"I don't know his location exactly, but a lot of people are telling me that the Australian police and military know where he is."

Mr Remedios said he understands the Australians have made contact with the 39-year-old Australian-trained Reinado, who within hours of his escape circulated a letter in Dili calling for Timorese to rise up in a "people power" revolution.

"Maybe the Australian police and military think it is too dangerous to try to arrest him and his men at this time," Mr Remedios said.

Renaido is a former military policeman who left his post in May because he objected to orders, which he said the East Timorese Government gave, to shoot civilian protesters.

The Australian Army's commander in Dili, Brigadier Mick Slater, earlier confirmed he had sent messages to Reinado calling on him to surrender.

Several Australian Army officers developed a close relationship with Reinado before he and 20 of his men were arrested on July 26 on charges of possessing nine handguns, ammunition and grenades.

For weeks Reinado had lived with a group of Australian SAS soldiers at a walled, Portuguese-era fort in the mountain village of Maubisse. He had fled there after firing the first shots in East Timor's crisis in May.

Mr Remedios said that after he was arrested Reinado made repeated statements that he believed his life was in danger. Even while in Becora jail, from which he and 56 other inmates escaped last Wednesday, he had expressed concern about lack of security at the jail, Mr Remedios said.

None of the escapees, many of whom are convicted murderers, have been arrested. Two men who said they were escapees presented themselves on Monday to East Timorese police in the village of Alieu, in the country's western mountains, but they were not detained. Police in Dili could not explain why.

Almost 200 Australian and other international police in Dili are struggling to contain gang violence, which is breaking out in parts of the city almost every day.

The commander of the Australian police, Steve Lancaster, told ABC radio yesterday that boredom was a major problem among the trouble-makers. "We still have a lot of people out there who just join in and have nothing much better to do than get involved in a good rock fight."

He expects a 1600-strong United Nations police force, including 130 Australians, will be fully deployed in Dili by December, but the Foreign Affairs Minister, Alexander Downer, told ABC radio the UN force would not be enough to handle security.

"I do think there should be military back-up in case the worst happens," Mr Downer said yesterday.

.

Então foi por isso que o soltaram?...

Tradução da Margarida.

O dobro das tropas para ficarem em Timor
Mark Dodd
Setembro 05, 2006

A Austrália dobrará o número de tropas que vai deixar em Timor-Leste no meio de medos com a escalada de segurança antes das eleições do próximo ano.

Depois dos encontros em Dili ontem, o Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer disse que estava preocupado com centenas de pistolas das forças armadas e da polícia, e milhares de munições continuarem em falta depois da violência política deste ano.

Disse que as armas, combinadas com a fuga em massa na semana passada da prisão de 57 presos incluindo o líder amotinado Alfredo Reinado, criou um "ambiente político razoavelmente volátil ".

O Ministro dos Estrangeiros Indonésio Hassan Wirajuda, que se encontrou com Mr Downer ontem, disse que Jakarta tinha reforçado a segurança ao longo da fronteira de 240 km com Timor-Leste após a fuga da prisão.

A Austrália enviou 1200 tropas Australianas para Timor-Leste para liderar uma força multinacional depois da explosão de violência em Abril e Maio.

Estão gradualmente a regressar à Austrália mas Mr Downer criticou como demasiada fraca a proposta da ONU para 350 tropas Australianas permanecerem para ajudar a manter a paz em Dili.

Falando depois dos encontros com o Dr Wirajuda, o Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta e o Ministro dos Estrangeiros José Luís Guterres, Mr Downer disse que a contribuição militar da Austrália para apoiar uma nova missão da ONU no jovem país será elevada para 650.

Disse que é também esperado que a Nova Zelândia e outros países contribuam para a aumentada presença militar.

Mr Downer, que teve também encontros com comandantes de topo da polícia e forças armadas Australianas em Timor-Leste, disse que era necessária uma presença militar forte para combater o perigo criado por pessoas com armas ilegais.

"Estou muito preocupado com o número de armas que ainda estão à solta," disse. "Falei disto com o Presidente (Xanana Gusmão) e é uma preocupação que ele partilha.

"Têm 57 pessoas, muitas das quais são assassinos condenados, fugiram da prisão e têm um ambiente político razoavelmente volátil a caminho de eleições no próximo ano, e nesta mistura têm muitas armas.

"É uma das razões porque penso que precisam duma presença militar mais robusta aqui do que a proposta pela ONU. Pode haver uma situação onde haja um ataque montado contra Timorenses por gente que tenha acesso a este tipo de armas. Podem ter uma situação como esta e seria muito difícil à polícia lidar com ela e os militares (Australianos) teriam que resolver o problema."

Nenhum dos presos que fugiu da prisão de Becora na semana passada foi recapturado. Sabe-se que eles estavam guardados atrás de duas portas trancadas com cadeados.

Mr Downer disse que acredita que era improvável que o Major Reinado regressasse a Dili "com pistolas a disparar " mas disse que era importante que ele e os outros 56 fugitivos fossem rapidamente cercados - um trabalho que admitiu estava a provar ser difícil.

O Sr Ramos Horta disse que a possibilidade das armas desaparecidas acabarem nas mãos erradas era perturbador.

"Mais de 200 armas de assalto da polícia não se encontraram," disse em exclusivo ao The Australian.

"Isso é razão para preocupação pelas pessoas comuns mas estou confiante que seremos capazes de recuperar a maioria delas."

Mr Ramos Horta também disse que faltavam milhares de munições.

Sabe-se que a vistoria das forças Australianas ao arsenal das Forças de Defesa de Timor-Leste revelou que pelo menos faltavam 50 espingardas de assalto M-16A2.

Preocupações que as armas acabassem em mãos de criminosos foram sublinhadas a semana passada durante um ataque mortal num campo de deslocados no centro da cidade envolvendo alegadamente um antigo polícia armado.

Cinco pessoas sofreram ferimentos por tiros e um outro foi ferido num ataque com catana.

Polícias renegados Timorenses estiveram envolvidos provavelmente, disse o Sr Ramos Horta. Mas disse também que a violência por gangs e os fogos postos têm mais a ver com argumentos não resolvidos sobre terras e propriedades do que por ódio étnico.
.

Sword saiu por uma causa

Tradução da Margarida.

STREWTH
Nick Leys e Andrew Fraser
Setembro 04, 2006

É duro pedir para deixar o marido para trás a tomar conta dos três filhos com menos de seis anos no dia do Pai, especialmente quando ele é o Presidente de Timor-Leste e o país está em crise. Mas a mulher de Gusmão, a Australiana Kirsty Sword tinha que trabalhar também.
A primeira dama voou para Sydney para angariar dinheiro no Sábado à noite no Baile da Humpty Dumpty Foundation para ajudar a estabelecer uma unidade pediátrica no Hospital de Dili.

Não tendo tido um fim-de-semana livre desde Abril, Sword disse que aprecia ter algum "tempo para mim " no luxo do Four Seasons Hotel. Depois de um jantar opíparo com salmão fumado, trufas, bife com cogumelos e vinhos dos Brown Brothers na companhia do casal glamoroso da televisão Peter Overton e Jessica Rowe e da atleta Olímpica Jane Flemming, Gusmão foi levado para o piso do baile depois da meia-noite pelo agente das celebridades Max Markson.

O item de leilão mais valioso -- uma hora de ténis com o Nº.1 do mundo Roger Federer, mais viagens de primeira classe da Emirates para o Dubai e hospedagem de cinco noites -- renderam $80,000. Foi angariado um total de $1milhão durante a noite, sem dúvida com a ajuda do champagne 1998 Veuve Clicquot, que era somente para as mesas VIP mas por engano foi também servido noutras.

Alguns dos 440 convidados incluíam Mike Pratt da Westpac, Tony de Leede da Fitness First, Tim Harrowell da Emirates, Ali Moore e Jane Fergusonda Lateline Business, e a irmã mais velha da Duquesa de York.

Indonesian minister says border dispute with East Timor nearly over

Deutsche Presse Agentur
Published: Tuesday September 5, 2006

Jakarta- Indonesia has resolved "97 per cent" of its border dispute with East Timor, its former province, and a normal system of cross-border activity will begin next year, Indonesia's foreign minister said Tuesday. "The discussions of the borderline issues have been completed up to 97 percent," Foreign Minister Hassan Wirayuda told reporters, according to the state-run Antara news agency.

He said Indonesia wanted to boost cooperation along the border that separates the island of Timor, enabling Indonesians and East Timorese to cross at will for visits and commerce.

Wirayuda said the governments needed to immediately demarcate their border to avoid arguments and incidents.

Earlier this year, Indonesia filed a protest after East Timorese soldiers shot dead three Indonesians believed to have illegally crossed the border.

East Timor is a former Portuguese colony that Indonesia invaded in 1975 and annexed the following year. More than 200,000 people were believed to have died in the 24-year military occupation and guerrilla resistance movement that followed.

The territory finally broke away after a United Nations-sponsored referendum in 1999, after which Indonesian soldiers and pro-Indonesia militias killed more than 1,000 people and destroyed entire villages in an angry rampage.

East Timor was declared an independent nation in May 2002.

Indonesia, East Timor and Australia on Monday held joint security talks in Dili to discuss ways to maintain security along the border, as well as in other areas of the tiny nation, where Australian peacekeepers were deployed following weeks of social unrest in May and June.

© 2006 DPA - Deutsche Presse-Agenteur

Indonesia, E. Timor settle 97 % of borderline issues

Jakarta (ANTARA News) - The Indonesian and East Timorese governments have settled 97 % of their borderline problems and hope to resolve the rest later this year, Foreign Minister Hassan Wirajudha said on Tuesday.

"The discussions of the borderline issues (between the two countries) have been completed for 97 percent. The other three percent will be settled later this year," he told the press after opening the 4th seminar of members of the Organization of the Proliferation of Chemical Weapons (OPCW).

Indonesia, he said, was trying to boost cooperation on borderlines with East Timor.

"We will also build a border-crossing system that could facilitate Indonesians to enter Timor Leste and vice versa," he said.

The system, he added, would specifically be targeted for those living in border areas between the two countries.

An immediate settlement of border line issues was needed to prevent a conflict in the future, he said.

Indonesia once filed a protest against East Timor when East Timor soldiers shot dead three Indonesians believed to have violated the borderline early this year. (*)

COPYRIGHT © 2006 ANTARA

September 5, 2006

Austrália deixa alerta à ONU

RR

Camberra considera que o restabelecimento e manutenção da segurança e da ordem em Timor-Leste requerem a presença de mais capacetes azuis do que aqueles que a ONU planeia deixar no país.

05/09/2006
Reportagem de Leticia Amorin, correspondente na Austrália


(09:00) O Conselho de Segurança da ONU aprovou a 25 de Agosto uma resolução na qual é criada a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT, na sigla em inglês), com o objectivo de restabelecer a normalidade no país, com um mandato inicial de seis meses e composta por 1.608 polícias e 34 militares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, declarou hoje à rádio australiana ABC que o seu país defende a manutenção em Timor-Leste de pelo menos mais 650 militares.

"Creio que necessitamos de soldados que possam actuar e solucionar os problemas. Do nosso ponto de vista, deveríamos manter [em Timor] 650 militares juntamente com os dos outros países", disse Downer.

O ministro disse também que as regras de intervenção da ONU Timor-Leste deveriam ser semelhantes às que têm as forças australianas.

"Não queremos que numa situação de emergência os militares tenham de comunicar com Nova Iorque (onde está a sede da ONU) e pedir aprovação dos funcionários para fazer o que for preciso. Deveriam poder fazer o seu trabalho de forma rápida e eficaz", sublinhou Downer.

O chefe da diplomacia australiana considerou que está bem informado sobre a situação no terreno em Timor-Leste uma vez que ainda segunda-feira participou em Díli numa reunião tripartida com os homólogos indonésio, Hassan Wirayuda, e timorense, José Luis Guterres.

Os três ministros acordaram em cooperar para que Timor-Leste consiga restabelecer a paz e a estabilidade no seu território, bem como cooperar no estabelecimento de relações comerciais e na luta contra ameaças de segurança regionais, como o contrabando e a imigração ilegal.

.

Austrália quer mais soldados da ONU em Timor-Leste

Publico.pt
5 de Setembro de 2006 - 14h07

Pelo menos mais 650

05.09.2006 - 10h37 Lusa

O Governo da Austrália afirmou hoje que o restabelecimento e a manutenção da segurança e da ordem em Timor-Leste dependem da chegada de mais capacetes azuis ao território.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a 25 de Agosto uma resolução que criou a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT, na sigla em inglês), com o objectivo de restabelecer a normalidade no país, com um mandato inicial de seis meses e composta por 1608 polícias e 34 militares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, declarou hoje à rádio australiana ABC que o seu país defende a manutenção em Timor-Leste de pelo menos mais 650 militares.

"Creio que necessitamos de soldados que possam actuar e solucionar os problemas. Do nosso ponto de vista, deveríamos manter [em Timor] 650 militares juntamente com os dos outros países", disse Downer.

O ministro disse também que as regras de intervenção da ONU em Timor-Leste deveriam ser semelhantes às das forças australianas.

"Não queremos que numa situação de emergência os militares tenham de comunicar com Nova Iorque [sede da ONU] e pedir a aprovação dos funcionários para fazer o que for preciso. Deveriam poder fazer o seu trabalho de forma rápida e eficaz", sublinhou Downer.

O chefe da diplomacia australiana considerou que está bem informado sobre a situação no terreno em Timor-Leste, uma vez que na segunda-feira participou em Díli numa reunião tripartida com os seus homólogos indonésio, Hassan Wirayuda, e timorense, José Luis Guterres.

Os três ministros acordaram em cooperar para que Timor-Leste consiga restabelecer a paz e a estabilidade no seu território, bem como cooperar no estabelecimento de relações comerciais e na luta contra ameaças de segurança regionais, como o contrabando e a imigração ilegal.

Downer confirmou também que falou em Díli com o comandante da Polícia Federal australiana, Steve Lancaster, que o informou de que os confrontos entre grupos nas ruas da capital de Timor-Leste são comuns.

Timor-Leste viveu este ano a sua pior crise desde a independência, em Maio de 2002, com uma onda de violência que fez pelo menos 30 mortos e que levou o Governo timorense a pedir o envio de contingentes militares e policiais a Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia.

Dos leitores

A Fretilin mostrou e demonstrou a sua capacidade de adaptação ao londo de 24 anos de luta contra os ocupantes e pela independência de Timor! Sofreu transformações ao longo destes anos todos sempre com o objectivo de juntar TODOS com o unico objectivo: a independência. Criou órgãos abrangentes: a primeira tentativa foi a criacao do CRRN, transformou posteriormente em CNRM e finalmente em CNRT em 1998. A Fretilin aparecia as vezes com forca, outras vezes “desaparecia” ou 'escondia-se' para dar lugar a órgãos colegiais e colectivas de grande abrangencia, mas sempre presente em todas as ocasioes.

Quando o ocupante perguntava se alguém via a Fretilin, a própria Fretilin respondia que não via a Fretilin. A esta nova realidade que se criou, a Fretilin saberá adaptar-se e ainda vai mais uma vez surpreender os seus detractores. Tenham paciência, só faltam sete meses para as eleições e depois verão os resultados.
Por favor já nos dividiram o suficiente, não nos dividam mais!

Já basta os autonomistas e os independentistas, os lorosae e loromonu, kaladis e firakus, mesticos, arabis e indianos, os de fora e os de dentro, os de Dili e os da montanha, os doutores e os não-doutores, e agora aparece a Fretilin-Maputo e a Fretilin-CNRT!!!
Pensem nas nossas crianças e jovens que deixaram de ir as escolas, nos nossos avos, nos velhos, nos fracos e aleijados, nos pobres que se tornaram ainda mais pobres. Pensem nas nossas mães, MAES Timorenses que tanto sofreram durante a ocupação que, a custo, criaram os filhos que hoje são manipulados por gente ambiciosa de poder que não olha a meios para atingir seus fins.

Hoje estamos a atravessar dos mais momentos mais negros da nossa História recente. Estamos a sofrer mais uma vez! Mas não queremos, não precisamos que sintam pena de nos! Exigimos sim, RESPEITO! Não nos dividam mais!!
.

Downer says troops must remain in East Timor

ABC Local Radio
Tuesday, 5 September , 2006 08:16:00
Reporter: Gillian Bradford

TONY EASTLEY: The Foreign Minister Alexander Downer joins us now on AM. He's just returned from East Timor and he's not overly impressed with what he saw there.

The 57 prisoners who escaped last week are still on the run and may have access to high-powered weapons.

It's one of the reasons Mr Downer says a much bigger military presence will have to remain in the country than even the United Nations has recommended. And of course, on his mind is the shooting in Jordan as well.

With Mr Downer in our Canberra studio is Gillian Bradford.

GILLIAN BRADFORD: Well, Mr Downer, good morning.

ALEXANDER DOWNER: Morning, Gillian.

...

GILLIAN BRADFORD: Now, you have just returned from East Timor, and it's not such a happy picture, the 57 prisoners are still on the run, there are hundreds of police and army guns still unaccounted for, how big a threat is that combination to the stability of the country?

ALEXANDER DOWNER: Well, I think it is a threat. You've got a series of problems in East Timor.

First of all there's still, what you might call 'random violence' there, gangs roaming around.

I mean, while I was there yesterday the Australian Federal Police told me that there were two incidents where gangs were hurling rocks at each other in parts of Dili, we had to go around one part of Dili rather than go through it, which was our original route, because there were gangs hurling rocks there.

They say that is a daily occurrence in Dili. Added to that the 57 who have escaped from prison - leaving aside Major Reinado, the other 56 almost all of whom are in jail for murder - are dangerous people.

And you've got some high velocity automatic military weapons out there in the community, nobody really knows where they are.

The Australian Defence Force have collected, I think, about 1,000 rifles but there are still a lot of other guns out there in East Timor, so I think the situation is still reasonably dangerous there.

GILLIAN BRADFORD: And what are the chances of recapturing these 57, if for a week the Army and police haven't been able to track them down?

ALEXANDER DOWNER: It's quite worrying, they're hard obviously to recapture, they can spread though the hills, and it's difficult to find people.

I think they're going to do some publicising of who these people are, and put out photographs and so on, so that the local communities turn them in, because that's probably the only way they're going to catch them.

GILLIAN BRADFORD: Why do you think the UN only advised a force of 350? You yourself say double that, nearly double that is necessary in the country. What do you know that the UN doesn't?

ALEXANDER DOWNER: Well, I don't know what other people know. I mean, I know what I know, I suppose is the best way of putting it.

But I think the idea of having 1,600 police is good. I thought that was ambitious, because it would be hard to get 1,600 international police under blue berets, but they're confident they can do that. And so I think that will be enough police.

But I do think there should be military back-up in case the worst happens, and bearing in mind the sort of things we've just been talking about, you can imagine, look, not that things will go badly wrong, but they could go badly wrong.

Now, all the UN has done is provide for 350 blue-helmeted soldiers... well, their proposal was to have 350 blue-helmeted soldiers who could provide protection for the UN in the event of there being some serious breakdown in security. I don't think that's sufficient.

I think you have to have soldiers who can go in and sort out the problem. And from our point of view, our military are looking at keeping around 650 or so soldiers there, and then there will be soldiers from other countries, in particular New Zealand.

Now, this is unresolved, by the way, because the UN... a lot of people in the secretariat to the UN and some members of the Security Council want the UN proposal to go ahead, and I 'm trying to ensure that this green-helmeted idea with a bigger force is the prevailing view, so we'll have to wait and see.

GILLIAN BRADFORD: You think that's what's needed to do the job properly?

ALEXANDER DOWNER: I do, I do, and I don't think you want a situation where the military in an emergency are trying to get onto New York and get approval from officials in New York to do this, that and the other. I think the military should be able to go and do the job quickly and effectively.

Now, they can do that at the moment under the arrangements we have with the East Timor Government and as I said to Xanana Gusmao and Jose Ramos Horta yesterday, that's the best way, let's keep it that way.

GILLIAN BRADFORD: Mr Downer, thanks for joining AM.

ALEXANDER DOWNER: It's a pleasure.

TONY EASTLEY: And the Foreign Minister Alexander Downer speaking there with Gillian Bradford.

.

Downer says troops must remain in East Timor

ABC Local Radio
Tuesday, 5 September , 2006 08:16:00
Reporter: Gillian Bradford

TONY EASTLEY: The Foreign Minister Alexander Downer joins us now on AM. He's just returned from East Timor and he's not overly impressed with what he saw there.

The 57 prisoners who escaped last week are still on the run and may have access to high-powered weapons.

It's one of the reasons Mr Downer says a much bigger military presence will have to remain in the country than even the United Nations has recommended. And of course, on his mind is the shooting in Jordan as well.

With Mr Downer in our Canberra studio is Gillian Bradford.

GILLIAN BRADFORD: Well, Mr Downer, good morning.

ALEXANDER DOWNER: Morning, Gillian.

...

GILLIAN BRADFORD: Now, you have just returned from East Timor, and it's not such a happy picture, the 57 prisoners are still on the run, there are hundreds of police and army guns still unaccounted for, how big a threat is that combination to the stability of the country?

ALEXANDER DOWNER: Well, I think it is a threat. You've got a series of problems in East Timor.

First of all there's still, what you might call 'random violence' there, gangs roaming around.

I mean, while I was there yesterday the Australian Federal Police told me that there were two incidents where gangs were hurling rocks at each other in parts of Dili, we had to go around one part of Dili rather than go through it, which was our original route, because there were gangs hurling rocks there.

They say that is a daily occurrence in Dili. Added to that the 57 who have escaped from prison - leaving aside Major Reinado, the other 56 almost all of whom are in jail for murder - are dangerous people.

And you've got some high velocity automatic military weapons out there in the community, nobody really knows where they are.

The Australian Defence Force have collected, I think, about 1,000 rifles but there are still a lot of other guns out there in East Timor, so I think the situation is still reasonably dangerous there.

GILLIAN BRADFORD: And what are the chances of recapturing these 57, if for a week the Army and police haven't been able to track them down?

ALEXANDER DOWNER: It's quite worrying, they're hard obviously to recapture, they can spread though the hills, and it's difficult to find people.

I think they're going to do some publicising of who these people are, and put out photographs and so on, so that the local communities turn them in, because that's probably the only way they're going to catch them.

GILLIAN BRADFORD: Why do you think the UN only advised a force of 350? You yourself say double that, nearly double that is necessary in the country. What do you know that the UN doesn't?

ALEXANDER DOWNER: Well, I don't know what other people know. I mean, I know what I know, I suppose is the best way of putting it.

But I think the idea of having 1,600 police is good. I thought that was ambitious, because it would be hard to get 1,600 international police under blue berets, but they're confident they can do that. And so I think that will be enough police.

But I do think there should be military back-up in case the worst happens, and bearing in mind the sort of things we've just been talking about, you can imagine, look, not that things will go badly wrong, but they could go badly wrong.

Now, all the UN has done is provide for 350 blue-helmeted soldiers... well, their proposal was to have 350 blue-helmeted soldiers who could provide protection for the UN in the event of there being some serious breakdown in security. I don't think that's sufficient.

I think you have to have soldiers who can go in and sort out the problem. And from our point of view, our military are looking at keeping around 650 or so soldiers there, and then there will be soldiers from other countries, in particular New Zealand.

Now, this is unresolved, by the way, because the UN... a lot of people in the secretariat to the UN and some members of the Security Council want the UN proposal to go ahead, and I 'm trying to ensure that this green-helmeted idea with a bigger force is the prevailing view, so we'll have to wait and see.

GILLIAN BRADFORD: You think that's what's needed to do the job properly?

ALEXANDER DOWNER: I do, I do, and I don't think you want a situation where the military in an emergency are trying to get onto New York and get approval from officials in New York to do this, that and the other. I think the military should be able to go and do the job quickly and effectively.

Now, they can do that at the moment under the arrangements we have with the East Timor Government and as I said to Xanana Gusmao and Jose Ramos Horta yesterday, that's the best way, let's keep it that way.

GILLIAN BRADFORD: Mr Downer, thanks for joining AM.

ALEXANDER DOWNER: It's a pleasure.

TONY EASTLEY: And the Foreign Minister Alexander Downer speaking there with Gillian Bradford.

.

Dos leitores

É evidente que o derrube de governos que não seja por eleições só pode levar o país ao caos, violência e anarquia.

Será que Xanana Gusmão é tão inocente que não sabia as consequências?!

Ou será que as consequências serviam plenamente os seus interesses?

.

Dos leitores

Alkatiri foi amplamente criticado por ter concentrado a sua atenção nas negociações do petróleo com a Austrália, mérito que lhe é reconhecido por todos, e ter esquecido a politica interna e nada ter feito de concreto pelo país.

Parece-me que ao acautelar os rendimentos do petróleo e a independência do país terá sido a política mais acertada para lançar os alicerces de um país a construir.

O que se pergunta é o que têm feito os seus maiores críticos para resolver os actuais problemas do país.

Senão vejamos:

O Primeiro-ministro Ramos Horta tem-se concentrado nas "exigências" dos países vizinhos Austrália e Indonésia e medidas concretas para que o país retorne à normalidade e os deslocados voltem a casa até agora não se verificaram.

O Presidente da República mantém-se em silêncio e pelos vistos concentrado no seu adorável jardim.

A oposição parlamentar, cujos deputados mantêm ligações obscuras com a Indonésia, a Austrália e os Estados Unidos, até agora não apresentaram qualquer proposta de lei, medida de emergência ou projecto para resolver o problema dos deslocados e da segurança.

A Igreja que tanto se manifestou politicamente contra Alkatiri, até agora também nada fez de concreto para ajudar o poder politico a restabelecer a paz, a segurança e o regresso dos deslocados às suas residências.

Todos se juntaram para derrubar Alkatiri com o fundamento que seria a única solução para a estabilidade do país.

A pergunta é inevitável:

Porque é que essa estabilidade não se verifica? Bem pelo contrário agrava-se diariamente?

Porque é que os deslocados não voltam às suas casas se a ameaça "Alkatiri" já deixou de existir?

Porque é que foram todos tão "activos" no derrube de "Alkatiri" e agora nada fazem para resolver os problemas internos do país?

Porque é que o Presidente da República que discursou de forma tão violenta e inflamatória em nome do seu "querido povo martirizado" nada diz perante a violência diária e a manutenção dos cidadãos nos campos de deslocados?

Porque é que Railos é tão "afavelmente" recebido pelo Presidente da República, na sua residência?


Porque é que a espôsa do Presidente da República presta declarações politicas e coincidentemente apenas no derrube do Alkatiri e na protecção de Alfredo Reinado?

Porque é que o Primeiro Ministro se preocupa com a liderança da FRETILIN e não se preocupa com os crimes cometidos por elementos da oposição, por exemplo o deputado Leandro Isaac?

Porque é que o Primeiro Ministro não se preocupou com a segurança da prisão?

E os "porquês" são muitos...

Mas terminaria a perguntar:

Porque é que ninguém, Presidente da República, Primeiro Ministro, parlamento, oposição e Igreja católica se preocupa com o povo?!


.

Dos leitores

Sim, as forcas internacionais actualmente em Timor foram convidados pelos órgãos de soberania Timorenses, mediante acordo sendo uma das principais clausulas era repor a ordem e segurança dos bens e das pessoas. Mas pouca coisa se viu, antes pelo contrário, durante longas semanas após a chegada das forcas australiano-neozelandesas a situação piorou. Estavam impávidos e serenos a acompanhar os incêndios e pilhagens, protegendo apenas os seus jornalistas e cameramens tomarem notas e filmarem e depois divulgarem o caos para o exterior. Interessava e interessa a Austrália esta situação. A fuga de Reinados e dos seus comparsas é testemunha disso e tem por objectivo prolongar a estadia australiana e satisfazer o desejo australiano pelo comando das forcas no terreno. Estando agora a segurança nas mãos deles, pretendem também a área judicial e noutra etapa a da administração. Timor passará de Província em Província se nos próprios os Timorenses não ganharmos o juízo e a começar pelos nossos líderes!!!
.

Tá tudo doido. Como se os militares australianos fizessem alguma coisa para repor a ordem.

Austrália diz que a ONU deve pôr mais capacetes azuis no território


Sydney, Austrália 05 Set (Lusa) - O governo australiano considerou hoje que o restabelecimento e manutenção da segurança e da ordem em Timor-Leste requerem a presença de mais capacetes azuis do que aqueles que a ONU planeia deixar no país.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a 25 de Agosto uma resolução na qual é criada a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT, na sigla em inglês), com o objectivo de restabelecer a normalidade no país, com um mandato inicial de seis meses e composta por 1.608 polícias e 34 militares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, declarou hoje à rádio australiana ABC que o seu país defende a manutenção em Timor-Leste de pelo menos mais 650 militares.

"Creio que necessitamos de soldados que possam actuar e solucionar os problemas. Do nosso ponto de vista, deveríamos manter [em Timor] 650 militares juntamente com os dos outros países", disse Downer.

O ministro disse também que as regras de intervenção da ONU Timor-Leste deveriam ser semelhantes às que têm as forças australianas.

"Não queremos que numa situação de emergência os militares tenham de comunicar com Nova Iorque (onde está a sede da ONU) e pedir aprovação dos funcionários para fazer o que for preciso. Deveriam poder fazer o seu trabalho de forma rápida e eficaz", sublinhou Downer.

O chefe da diplomacia australiana considerou que está bem informado sobre a situação no terreno em Timor-Leste uma vez que ainda segunda-feira participou em Díli numa reunião tripartida com os homólogos indonésio, Hassan Wirayuda, e timorense, José Luis Guterres.

Os três ministros acordaram em cooperar para que Timor-Leste consiga restabelecer a paz e a estabilidade no seu território, bem como cooperar no estabelecimento de relações comerciais e na luta contra ameaças de segurança regionais, como o contrabando e a imigração ilegal.

Downer confirmou também que falou em Díli com o comandante da Polícia Federal australiana, Steve Lancaster, que o informou que os confrontos entre grupos nas ruas da capital de Timor-Leste são muito comuns.

Timor-Leste viveu este ano a sua pior crise desde a independência, em Maio de 2002, com uma onda de violência que fez pelo menos 30 mortos e obrigou o governo timorense a pedir o envio de contingentes militares e policiais a Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia.

NVI.

S.K. mulls sending troops to East Timor

The Hankyoreh
Sep.5,2006 14:27 KST

Move would install first independent police force abroad

The National Police Agency said Monday that it is considering sending a police outfit to help maintain public security in East Timor, where political unrest has continued for months.


"The United Nations asked Korea’s foreign ministry in July to send police to East Timor," said Park Gi-ryun of the agency’s foreign affairs division. "We are talking about the idea with the Ministry of National Defense, the Ministry of Budget and Planning, and the Ministry of Commerce, Industry, and Energy."


One company of professional police usually consists of between 120 and 140 officers. Nothing has been decided about personnel and budgetary matters, however, so it is unclear when any Korean police would actually depart for the small country within the archipelago largely dominated by Indonesia.

Dispatching Korean police overseas is not entirely unprecedented. Korea sent two officers to Somalia in 1994 and five to East Timor in 1999, all as either election observers or liaison officials. This would be the first time Korean police would have the ability to function independently as a unit in a foreign country. Unlike in the case of dispatching military units, sending police to perform operations in a foreign country does not require National Assembly approval.

There are other potential motives beyond the opportunity to contribute the international community. Park noted that the Ministry of Commerce, Industry, and Energy "supports the idea of sending troops and thinks it would be in the national interest." The Timor Sea is believed to have significant oil and gas resources, and Australia and other nations in the region are eyeing the possibility of development.

East Timor’s prime minister Mari bim Amude Alkatiri fired 60 striking soldiers last February, who then rebelled. President Kay Rala Xanana Gusmao called for the prime minister to resign, but Alkatiri refused to do so until late June, leading to a state of continuing instability ahead of presidential elections scheduled for next year. Currently some 2,600 foreign police and military personnel are in East Timor, from Australia, New Zealand, China, and Portugal.

.

Indonesia throws support behind Ramos-Horta

Jonathan Dart, The Jakarta Post, Dili
5.09.2006

Foreign Minister Hassan Wirayuda on Monday signaled Indonesia's support for Timor Leste's government under Jos‚ Ramos-Horta at the third annual Trilateral Commission Meeting in Dili.

Hassan met with Ramos-Horta and his Australian counterpart Alexander Downer to discuss issues of security and economic development, though the recent crisis in Timor Leste was an obvious focal point of the talks.

Ramos-Horta was installed as Timor Leste's new prime minister in June, after the incumbent Mari Alkatiri reluctantly resigned amid growing violence and the intervention of international forces.

In a bitter struggle for power, Alkatiri claimed that Timor Leste President Xanana Gusmao had breached the Constitution in issuing him a formal request to resign.

In a clear show of support, Hassan said that Indonesia would work closely with the new regime and congratulated Ramos-Horta for his strong leadership during the crisis.

"We congratulate Timor Leste for the smooth transition of powers, and the meeting that we conducted here in Dili clearly also reflects our support for the new government under the leadership of prime minister Ramos-Horta," Hassan said.

"When Timor Leste was facing difficulties in the past few months, Indonesia and Australia were among the first consulted and of course, we do what we can to assist Timor Leste to restore peace and security."

Ramos-Horta responded by showering Indonesia with praise for its assistance throughout the crisis, and made reference to its support in the recent search for escaped rebel leader Alfredo Reinado.

On the weekend, Indonesia put its troops stationed in the East Nusa Tenggara province on alert, amid fears that Reinado and 56 other fugitives, who escaped from Dili's Becora Prison on Tuesday night, might try to escape into Indonesian territory.

"We thank Indonesia for its cooperation as we have had a very peaceful, stable border for a long time between Timor Leste and West Timor (East Nusa Tenggara)."

"And we also thank Indonesia for its cooperation throughout the crisis. Indonesia provided generous humanitarian assistance, even as Indonesia was struck by the earthquake."

Among other outcomes reached at the Trilateral Commission Meeting, Hassan also indicated a loosening of restrictions on border trade between Timor Leste and East Nusa Tenggara.

Since Timor Leste's vote for independence in 1999, its farmers have suffered from a sharp drop in trade across the border and the country has appealed for increased trade in areas of traditional industry, such as agriculture.

"We discussed how to we split up the establishment of new and simplified border regimes, governing the regular as well as traditional border crossings between Indonesia and Timor Leste," Hassan said.

"Indonesia and Australia started as early as 1997 to develop cooperation between the Northern Territory and the Eastern parts of Indonesia, called the Australia-Indonesia Development Area -- it's only appropriate that we discuss and decided to include Timor Leste in that new triangle of cooperation."

Downer worry at UN E Timor force

BBC Online
Last Updated: Tuesday, 5 September 2006, 06:08 GMT 07:08 UK

Mr Downer said the security situation was still a concern

The Australian foreign minister says that a planned United Nations peacekeeping force for East Timor will need more soldiers to back it up.

Alexander Downer, who held talks in East Timor on Monday, said the numbers envisaged by the UN were too small.

On 26 August the UN Security Council approved the deployment of more than 1,500 policemen for the restive nation.

An Australian-led international force is currently helping to maintain order after violent clashes in May.

The unrest, which left more than 20 people dead and caused thousands to flee, led to a political crisis which forced the resignation of then Prime Minister Mari Alkatiri.

The international force has helped to restore order, but there have been sporadic incidents of violence in recent weeks.

Last week more than 50 prisoners, including rebel leader Alfredo Reinado, escaped from jail in Dili, raising fears of further unrest. None of them have been recaptured.

More troops

Mr Downer said that the security situation in the country was still a cause for concern and that Australia would push for a stronger force.

The UN is looking at providing 350 troops to back up the police deployment.

"I don't think that's sufficient," Mr Downer told Australian radio.

"I think you have to have soldiers who can go in and sort out the problem and from our point of view, our military [is] looking at keeping around 650 or so soldiers there and then there will be soldiers from other countries, in particular New Zealand," he said.

He also suggested that Australia would prefer to retain command of its own troops.

"I don't think you want a situation where the military in an emergency are trying to get onto New York and get approval from officials in New York to do this, that and the other," he said.

On Monday, East Timor's Prime Minister Jose Ramos-Horta said that the presence of the foreign troops was still necessary.

"We still need them here," he said.

Australian government insists on independent military presence in East Timor

wsws.org
By John Roberts and Peter Symonds
5 September 2006


Political tensions have once again resurfaced in East Timor, as Canberra, in the wake of its military intervention in May, seeks to consolidate Australian influence in Dili against its rivals, particularly the former colonial power Portugal.

Australian Foreign Minister Alexander Downer flew to East Timor on Sunday following the “escape” on August 30 of rebel leader Major Alfredo Reinado and 56 others from Dili’s jail. Reinado, who received training in Australia, initiated the violent clashes that provided the pretext for the dispatch of Australian troops in May. He and his fellow prisoners reportedly walked out of the jail’s main gate amid a diversionary disturbance.

East Timor’s Prime Minister Jose Ramos-Horta publicly criticised the Australian military for failing to provide adequate security. “I am personally puzzled why in spite of our repeated requests for static forces to be outside the prison this was not done,” he told ABC radio last Friday. “I assume the Australian forces... as experts in security, they thought it was not necessary, although we had asked repeatedly.”

Australian Prime Minister John Howard immediately dismissed the suggestion that Australian troops were responsible for the jailbreak. Downer, who was due to meet Ramos-Horta, East Timorese President Xanana Gusmao and Indonesian Foreign Minister Hassan Wirajuda yesterday, declared that “the East Timorese have to accept responsibility for their own affairs”.

Canberra’s sensitivity over the role of Australian troops follows disagreements in the UN Security Council over the leadership of an international security contingent in East Timor. UN Secretary General Kofi Annan backed by Portugal, China and three other members of the Australian-led intervention force—New Zealand, Malaysia and the Philippines—proposed that all police and military be brought under the command of the new UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT).

The Howard government, however, has demanded that the military force remain under Australian control. According to the Sydney Morning Herald, Australian ambassador Robert Hill told the Security Council that the UN should concentrate “on the roles it could fulfill efficiently, such as providing a policing presence and helping to build East Timorese institutions, and leave the military role to a multinational force headed by Australia.”

Canberra’s insistence on an independent military presence is aimed at defending Australian economic and strategic interests in the small impoverished state, above all the lion’s share of the Timor Sea oil and gas reserves. Its intervention in May had nothing to do with any concern for the plight of the East Timorese, but was driven by growing concerns over former Prime Minister Mari Alkatiri’s links with Portugal, China and other countries.

Of the 2,300 foreign troops and police currently in East Timor, about 1,500 soldiers and 200 police are Australian. The rest are from Malaysia, New Zealand and Portugal. In the debate in the Security Council, the US, Britain and Japan sided with Australia and pushed through a resolution on August 25, authorising a civil component of 1,608 police for six months with the possibility of further extensions. By default, the military forces remain under Australian control.

Hinting at the neo-colonial character of the Australian operation, Brazil’s UN delegate Piragibe Tarrago expressed concern during the debate about “a tendency to transfer the responsibilities of the United Nations to individual countries. While such expediency might help in emergencies, it carried many risks, ranging from an association of the United Nations with condoning ‘trusteeship’ ... to damaging the image of the UN... as a neutral and impartial provider of assistance.”

Significantly, East Timor’s Prime Minister Ramos-Horta opposed Australia’s push to maintain an independent military force. Ramos-Horta sided with the Australian intervention and played a key role in Canberra’s efforts to oust Alkatiri. After Alkatiri resigned in late June, the Howard government made no secret of its support for Ramos-Horta, who has a long association with Canberra, as the preferred replacement.

Ramos-Horta’s current manoeuvring reflects the extremely unstable political situation in Dili. Alkatiri has been forced to resign but his Fretilin party still holds a majority in parliament and virtually all of the cabinet posts. Despite being pushed back by the Australian intervention, Portugal retains strong political ties in its former colony, particularly within Fretilin.

Ramos-Horta appears be trying to play both sides of the fence—pressing for parliamentary endorsement of a Timor Sea oil and gas agreement that would benefit Canberra, and, at the same time, arguing against an independent Australian military presence to maintain the support of Fretilin and Portugal. His questioning of Canberra over the failure of Australian troops to prevent the jail break places a further question mark over their role.

Reinado’s “escape” will be a further destabilising factor. He will undoubtedly link up with other hard-line anti-Fretilin parties and militia, who backed the Australian intervention, as a means of ousting not only Alkatiri, but the Fretilin government as a whole. In a TV interview last Friday, Reinado described Ramos-Horta as weak and blamed his government for the continuing violence in Dili.

Reinado was being held on charges of attempted murder and illegal possession of weapons. Prior to his escape, another leading figure in the violence in May, Vincente da Concecao, also known as “Railos”, escaped to the hills as the Office of Prosecutor-General was about to issue a warrant for his arrest on weapons charges. Even though Railos was obviously hostile to Alkatiri, his unsubstantiated claims that Alkatiri had authorised him to form a “hit squad” to kill Fretilin’s opponents was the central accusation in Canberra’s campaign to oust the former prime minister.

In Dili, youth gangs connected to Fretilin’s opponents have again attacked refugee camps. Last Friday 300 thugs invaded a camp near the city centre. Four gunmen opened fire with police-issue pistols and an automatic rifle, injuring at least eight people, two critically. Jose Sousa-Santos, a youth worker, told the weekend Sydney Morning Herald that gangs of unemployed youth involved in violence in Dili were being manipulated for political and criminal purposes. “The kids are a very buyable commodity,” he said.

In the midst of this growing instability, Australian Foreign Minister Downer’s visit is aimed at safeguarding Canberra’s interests and pressuring East Timor’s parliament into giving an immediate go-ahead for the exploitation of Timor Sea oil and gas.
.

PM praises predecessor's role in fixing oil deal with Australia

Dili, Sept. 4 (Lusa) - Prime Minister José Ramos Horta paid tribute Monday to the negotiating skills and tough stance of his predecessor, Mari Alkatiri, in talks with Australia on the carving up of oil and gas resources in a disputed area of the Timor Sea.

Speaking in Dili after a three-way meeting of foreign ministers from Timor, Indonesia and Australia, Ramos Horta described the accord signed in January this year, after two years of frequently stalled and vexed negotiations, as "a job well done".

Alkatiri, head of the Timor's dominant Fretilin party, stood down as government chief in June after a simmering power standoff with President Xanana Gusmão, who fingered his prime minister and some government ministers as being largely to blame for the country's slide into bloodshed and anarchy this year.

Under the bilateral oil pact, Timor agreed to maintain the maritime boundary as it currently stands for 50 years in return for Australia offering to split revenue from the Greater Sunrise project on a 50/50 basis.

It is estimated that Dili's depleted state coffers could net some USD 14.5 billion over the next 10 to 20 years in the oil exploration zone concerned - separate from Dili and Canberra's Joint Petroleum Development Area (JPDA).

JCS/CJB.

Lusa

AED Oil Shares Soar On Timor Sea Reserves Boost

EasyBourse
Monday September 4th, 2006 / 5h17


MELBOURNE -(Dow Jones)- Australian oil explorer AED Oil Ltd. (AED.AU) Tuesday said that appraisal work has boosted the resource estimate at its Puffin oil field by seven times.
AED said based on recent drilling results and seismic survey information the estimate of oil in place at Puffin North East in the Timor Sea has soared to 90 million barrels from 13 million barrels.
The Melbourne-based company is 100% owner of the field and plans to start production early in 2007 with initial flow rates of 18,000 barrels a day.
"More work needs to be done to convert the new understanding of the Puffin field into proved reserves, but we are very confident that evaluation work on the drilling, engineering and seismic data will allow us to quickly upgrade the Puffin field into a significant oil producing province," chairman David Dix said.
AED shares are 22% higher at A$3.00 in early afternoon trade.

-By Alex Wilson, Dow Jones Newswires
-Edited by Ian Pemberton

Se 2000 e tal não fizeram nada, qual a diferença entre 350 ou 650?

De um leitor:

650 militares ou 650 bebedores de cerveja e de capuccino? É que da primeira qualificação/actividade não há registo significativo...

Provavelmente ficam cá apenas para ajudar a animar a economia nacional. Porque para impôr a lei e a ordem não é com certeza!

.

UN unrealistic about E Timor's troop needs, says Downer

ABC Online
Last Update: Tuesday, September 5, 2006. 11:32am (AEST)

Alexander Downer says Australia wants to keep 650 soldiers in East Timor.


The Federal Government is resisting a push by the United Nations secretariat to significantly reduce the number of Australian troops in East Timor.

Foreign Affairs Minister Alexander Downer has just returned from East Timor, and says he was disturbed by the level of unrest.

Mr Downer says there is struggle within the United Nations over the number of Australian troops that should remain there.

He says the UN only wants 350 Australian troops to stay.

"I don't think that's sufficient," he said.

"I think you have to have soldiers who can go in and sort out the problem and from our point of view, our military [is] looking at keeping around 650 or so soldiers there and then there will be soldiers from other countries, in particular New Zealand."

The Federal Opposition is backing the Government.

Labor leader Kim Beazley says Australian troops should remain until the job is done, even if it means staying beyond East Timor's national election next year.

"And I welcome the fact the Government has now converted to a bit of commonsense on that subject," he said.

"I wouldn't put a limitation on it vis-a-vis the election.

"The only thing I would say about it is this: we should be a willing hand for them until their affairs are settled."

Back to school

Up to 20,000 children in East Timor are returning to school this week, for the first time since the country descended into violence in May.

Most schools in Dili have failed to function for at least two months, and thousands of families are still living in refugee camps.

UNICEF is running a campaign to enrol as many children as possible as the new school year begins this week.

The agency's education head Peter Ninnes says thousands of students have missed out on weeks of school.

"People here still bear a lot of psychological scars from the various bouts of violence that have occurred in the country over the last seven or eight years," he said.

"And when there's some sort of incident of violence then people really do think twice about going out, even during the day."

.

Dos leitores

When Mari Alkatiri was Prime Minister of Timor Leste, he was responsible for the breakdown of law and order, acording to Australia's political leaders and most media commentators. Who is to blame now? Neither Alkatiri or his democratically-elected majority party, FRETILIN, controls security anymore. Meanwhile FRETILIN supporters are the main targets of gang violence and the absurd Bin Laden style video incitement of the escaped terrorist Major Reinado.

Why does the Australian government not insist that the security forces do their job? In whose intersts is it that so many armed groups should remain at large? We should ignore the protests of the unelected First Lady whose qualification to comment on Reinado's character appears only to be her media-savvy staff and her Australian
accent.

Her interference in this dispute has been consistently ill-advised. Did she not see the Major shoot on loyal troops whom her husband commands in front of the SBS cameras?

The tragedy of Timor Leste, history will show, was the failure of so many who supported its independence to defend its peoples' right to have their democratic choice respected until the next election.

.

Dos leitores

(Sobre o anúncio de Downer de que ficarão 650 militares australianos)

Se calhar, se tiverem só 650 fazem menos asneiras.

.

Reinado e os seus homens continuam a agir impunemente

A Semana Online
04-09-06

Os dois fugitivos da cadeia de Becora, em Díli, que na sexta-feira se tinham apresentado às autoridades policiais no distrito de Aileu voltaram a fugir, revelou à Lusa o tenente Paulo Cabrita, da GNR: "A certa altura disseram que iam a casa, a cerca de 10 quilómetros; e quando as forças da Malásia lá chegaram (para os escoltar de regresso a Díli) os familiares contaram-lhes que já tinham escapado".

Entretanto, o principal dos 57 reclusos em fuga desde quarta-feira, o major Alfredo Reinado, teve como que o seu tempo de antena na rádio e na televisão timorenses, afirmando que se actualmente há crise em Timor-Leste é porque "o Governo não tem capacidade para dirigir e não segue uma boa polícia".

O Executivo não reagiu de imediato a este insólito facto de um homem que está a ser procurado por soldados e polícias de vários países ter tido a oportunidade de haver sido escutado nos meios estatais de comunicação social.

Por outro lado, o comissário português Antero Lopes, ao serviço das Nações Unidas, declarou à AFP crer que poderá vir a conferenciar com Reinado, um oficial de formação australiana, de modo a conseguir eventualmente a sua rendição: "Não é necessário capturá-lo. Creio que ele aparecerá e estabelecerá o diálogo".

O ministro timorense da Justiça, Domingos Sarmento, havia criticado o contingente neozelandês destacado no país por não haver garantido a segurança no exterior da cadeia de Becora. Mas a verdade é que já na segunda-feira a primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, anunciara que um pelotão dos seus homens ia ser retirado de Timor-Leste por se haver entendido que "a situação de segurança estava a melhorar".

De acordo com os oficiais da GNR destacados em Díli, o que se verifica porém desde há mais de uma quinzena são actos quase diários de violência. E ainda ontem de madrugada uma casa foi queimada junto ao hospital da cidade e três viaturas de missões internacionais apedrejadas nas imediações do porto.

Colocado perante as críticas que o primeiro-ministro José Ramos-Horta já fez a australianos e neozelandeses por estarem a ser tão pouco efectivos, o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, que hoje é aguardado no país, para conversações, a efectuar amanhã, declarou sexta-feira ser ainda cedo para se começarem a lançar culpas sobre quem quer que seja quanto à grande fuga da semana passada.

"Vamos ouvir as conclusões da investigação, antes de chegarmos a conclusões apressadas sobre quem é que é responsável e como é que tudo aconteceu", disse Downer, citado pela ABC Online.

Jorge Heitor

Ramos-Horta quer Guterres a chefiar a Fretilin

A Semana Online
05-09-06

Ramos Horta alegou que a Fretilin necessita de resolver rapidamente as suas profundas divisões e de encontrar uma nova liderança, para se projectar como "um partido moderno, abrangente e tolerante", cujo chefe poderia muito bem ser o actual ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres.

Segundo ele, existe uma "grandíssima possibilidade" de a Fretilin, que ainda tem como secretário-geral o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, perder a maioria e de países mais perquenos se recusarem a apoiá-la no Governo. Comentários estes que, segundo os jornais australianos, irão decerto aumentar a tensão política em Díli, onde as eleições estão previstas para Abril, e fazer com que Camberra tenha dificuldade em diminuir os quase 2.000 soldados e polícias destacados em Timor-Leste.

Ramos-Horta seguiu para Oslo depois de haver conferenciado durante duas horas com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, e da Indonésia, Hassan Wirayuda, os quais também visitaram o Presidente Xanana Gusmão.

Durante a conferência de imprensa dada no fim da reunião trilateral, o primeiro-ministro elogiou o trabalho do seu antecessor, Alkatiri, na negociação com a Austrália sobre a partilha das receitas petrolíferas do Mar de Timor; receitas equivalentes a 25.000 milhões de euros.

Na ocasião, Ramos-Horta agradeceu às forças da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal que têm estado a procurar melhorar as condições de segurança no país: "Neste momento já estamos mais estáveis do que há dois meses". E pediu-lhes que não partam precipitadamente: "Ainda necessitamos delas".

Hoje chega a Díli o comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, para uma visita de três dias ao subagrupamento Bravo.

J.H.

Mourato Nunes em Díli

O Primeiro de Janeiro
05 de Setembro de 2006

Comandante-geral da GNR vai visitar militares e reunir-se com altas patentes timorenses

O comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, partiu ontem para Timor Leste, onde chega amanhã para visitar as novas instalações do contingente militar daquela força em Caicoli e reunir-se com altas autoridades timorenses, disse fonte da GNR.
O general Mourato Nunes partiu às 8h00 de ontem de Lisboa e deverá chegar a Timor Leste amanhã, para uma visita de três dias, disse ontem à agência Lusa o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral. Um dos pontos altos da deslocação do comandante-geral da GNR é a visita ao quartel do subagrupamento Bravo em Caicoli, já recuperado para receber os militares portugueses, adiantou Costa Cabral.
Recorde-se que os 127 homens da GNR estavam instalados no Centro de Estudos Aduaneiros da Alfândega timorense, em Caicoli, e no hotel 2001, numa zona afastada do centro de Díli.
Com dois pisos e uma área anexa de grandes dimensões, a GNR terá agora em Caicoli espaço para instalar “todo o contingente, material e serviços de apoio”. A GNR também vai dispor em Caicoli de espaços anexos necessários a missões prolongadas, como um ginásio, pontos individuais de Internet e sala de convívio totalmente construída com materiais reaproveitados. De acordo com porta-voz, o comandante-geral está ainda a aguardar confirmação de encontros oficiais com o presidente da República timorense, Xanana Gusmão, com o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, e com o representante das Nações Unidas em Timor Leste. Entretanto, os ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, australiano e indonésio acordaram ontem cooperar para o restabelecimento da paz e da estabilidade em Timor Leste, durante uma reunião tripartida que decorreu em Díli. O australiano Alexander Downer, o indonésio Hassan Wiraduya e o timorense José Luís Guterres, que se reuniram com Ramos Horta “deram as boas-vindas à Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste [UNMIT, na sigla em inglês]”, mandatada pelo Conselho de Segurança da ONU para “fomentar a reconciliação nacional, preparar as eleições de 2007, distribuir assistência humanitária e trabalhar com a força policial para a manutenção da lei e da ordem”. A UNMIT, criada pela resolução do Conselho de Segurança adoptada a 25 de Agosto, vai contar com 1.608 polícias e 34 militares e terá um mandato inicial de seis meses. Ramos Horta manifestou, por seu lado, “grande confiança e optimismo” na capacidade dos timorenses para “ultrapassar a actual situação”, sublinhando no entanto que ela é agora “muito mais estável e agradável do que há dois meses”.

-----------------------------------

Vizinhos
Pontos acordados
A reunião tripartida de ontem – entre os ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, australiano e indonésio – serviu igualmente, segundo um comunicado do Governo australiano, para reforçar a vontade dos três países vizinhos de colaborar para “forjar relações comerciais mais estreitas e enfrentar ameaças à segurança regional como o contrabando e a imigração ilegal”.

.

António Costa em Timor-Leste

SIC
Publicação: 04-09-2006 20:40
AP

Visita às forças da GNR e PSP de 27 a 29 de Setembro

O ministro da Administração Interna, António Costa, desloca-se a Timor-Leste de 27 a 29 de Setembro para visitar as forças da GNR e da PSP colocadas no país, disse hoje à Agência Lusa fonte governamental.

António Costa será acompanhado pelo comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, e director nacional da PSP, Orlando Romano.

Além da visita às forças da PSP e da GNR, o ministro deverá também reunir-se com o presidente timorense, Xanana Gusmão, e com o primeiro-ministro, José Ramos Horta, acrescentou a mesma fonte.

O contingente militar da Guarda Nacional Republicana chegou a Díli a 3 de Junho e é composto por 127 homens.

Em Maio, as autoridades timorenses pediram a intervenção de uma força policial e militar a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para pôr termo à violência no país, que provocou três dezenas de mortos e cerca de 180 mil deslocados.

Os efectivos da GNR e da polícia malaia presentes em Timor-Leste passaram a integrar a força policial da ONU, sob comando do comissário português Antero Lopes, nos termos de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovada a 25 de Agosto.

Com Lusa

.

A Margarida traduziu:

Timor-Leste quer 100 polícias coreanos
The Korea Times
09-04-2006 17:45
By Kim Tong-yung Staff Reporter

A Agência de Polícia Nacional (NPA) disse na Segunda-feira que planeia despachar mais de 100 oficiais de polícia para Timor-Leste no próximo ano em resposta a um pedido da ONU quando a instabilidade cresce no país do Sudeste da Ásia. Uma vez despachados, será o maior destacamento de pessoal da polícia do país alguma vez feito num país estrangeiro.

Um oficial da NPA na Segunda-feira confirmou que a ONU recentemente pediu ao governo coreano para enviar algum do seu pessoal de polícia para Timor-Leste onde aumentam as preocupações com a segurança pública.

``A ONU dez um pedido oficial ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio há dois meses para o destacamento de pessoal da polícia para Timor-Leste, numa escala de cerca de um esquadrão, o que é cerca de 120 a 140 oficiais,’’ disse um funcionário.

``Temos estado a conversar com o Ministério dos Assuntos Estrangeiros e Comércio, o Ministério da Defesa, o Ministério do Orçamento e Plano, o Ministério do Comércio, Indústria e Energia, e outras agências do governo sobre o pedido.”

O destacamento da polícia será feito no princípio do ano depois dos polícias serem treinados. Acrescentou que é necessário que a Assembleia Nacional aprove o destacamento.



Alkatiri diz que ocidentais tentaram derrubá-lo
San Francisco Indymedia
Artigo original article está em http://sf.indymedia.org/news/2006/09/1732250.php
por reposição Domingo, Setembro 03, 2006 at 11:26 PM


O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri diz que não identificados ocidentais contactaram comandantes das forças armadas para organizar um golpe contra ele.

Também alega que o Primeiro-Ministro Australiano John Howard o empunhou para sair.

O Sr Alkatiri resignou mais cedo este ano entre alegações de que colaborou na organização de esquadrões de morte para eliminar opositores políticos.

Mas numa entrevista hoje à noite no programa Dateline da SBS, o Sr Alkatiri reclama que "nacionais estrangeiros " tentaram organizar um golpe contra ele porque era "demasiado independente" e ameaçava os interesses Australianos nos campos de petróleo e gás no Mar de Timor.

"Fui informado pelos comandantes das forças armadas (Timorenses) da situação," contou o Sr Alkatiri à SBS.

"Eles (os chefes das forças armadas) foram contactados por alguns Timorenses e alguns nacionais estrangeiros mas estava totalmente ciente e confiante no comando das forças armadas do meu país que não pensei que essa fosse uma questão que me preocupasse e que fosse alguma coisa."

O Sr Alkatiri disse que não ficou claro se os estrangeiros eram Australianos ou Americanos.

"Mesmo os comandantes não tinham isso claro. Se eram Australianos ou Americanos ... entre os dois," disse.

"Mas ainda não tenho informação clara do comando se eram Australianos ou Americanos, mas com certeza falavam inglês."

Perguntado se tinha alguma evidência de que a Austrália estava envolvida na tentativa de golpe, disse que não tinha, mas acreditava fortemente que Mr Howard queria que ele saísse.

"Evidência? Não. Mas o único primeiro-ministro do mundo que realmente me estava a 'aconselhar' - citação, sem citação – a sair foi o primeiro-ministro da Austrália durante esses, digamos, esses dias difíceis," disse o Sr Alkatiri.

Defendeu o modo como governou o país, dizendo que lutou bastante para ter o controlo completo dos campos Timorenses de petróleo e de gás.

"O que estava a fazer no meu mandato foi defender os interesses do meu povo em ter recursos para desenvolver este país independentemente, não a ser dependente," disse.

"Estava completamente ciente que temos o nosso direito no Mar de Timor e temos de defendê-lo, não porque seja anti-Australiano, gosto muito da Austrália como um país, como uma nação, como um povo."

www.theage.com.au/news/world/alkateri-claims-westerners-tried-to-overthrow-hi...



Timor-Leste e China assinam protocolo de cooperação técnica em Macau
MacauHub
[ 2006-09-04 ]

Dili, Timor-Leste, 04 Setembro –Timor-Leste e a China vão assinar em Macau um protocolo de cooperação económica e técnica e duas notas de ajuda disse o Ministro do Desenvolvimento de Timor-Leste, Arcanjo da Silva à Lusa em Dili no Sábado.

O Ministro, que vai liderar uma missão política e de negócios à 2ª reunião ministerial do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, também disse que as notas de ajuda eram para o apoio Chinês para a produção de medicamentos anti-malária e para a plantação de arroz híbrido.

Arcanjo da Silva acrescentou que a cooperação entre Timor-Leste e a República Popular da China se tem intensificado nos últimos anos devido ao trabalho da embaixada Chinesa em apoiar acções do Ministério do Desenvolvimento.

O Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, criado em 2003, foi lançado pela China para aumentar a relação especial de Macau com os países de língua portuguesa e visa estreitar ligações multilaterais de modo a encorajar a cooperação e o comércio.

Na reunião que está previsto realizar-se entre 24 e 25 de Setembro, estão presentes funcionários de alto nível do comércio da China e de países de língua portuguesa, com a excepção de São Tomé e Príncipe.

A ausência de São Tomé é devida ao facto de ter laços diplomáticos com Taiwan. (macauhub)



PM de Timor-Leste urge as forças estrangeiras a ficarem mais tempo
ReliefWeb
Fonte: Agence France-Presse (AFP)
Data: 04 Sep 2006

DILI, Set 4, 2006 (AFP) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta na Segunda-feira pediu à Austrália para não reduzir o seu compromisso de tropas com o pequeno Estado, dizendo que as forças internacionais eram necessárias para reforçar a segurança.
"Os Australianos – como os Neo-zelandeses os Malaios e os Portugueses – estão desejando partir tão cedo quanto possível," disse Ramos-Horta depois de conversas com os ministros dos estrangeiros da Austrália e da Indonésia.

"Somos nós que lhes pedimos: 'Por favor, não tão depressa.' Ainda precisamos deles aqui."

Falando depois de ter recebido Alexander Downer da Austrália, Hassan Wirayuda da Indonésia e José Luís Guterres de Timor-Leste, os comentários de Ramos-Horta vieram depois do anúncio de Canberra de que reduziria o destacamento das suas tropas aqui.

No Domingo, antes de partir para Dili, Downer disse que os Timorenses "têm de aceitar a responsabilidade pelos seus próprios assuntos e trabalhar para solucionar os seus próprios problemas, e não esperar que nós e as Nações Unidas resolvam todos os problemas deles."

Tropas estrangeiras têm estado destacadas na capital Timorense desde Maio, quando a cidade estava atormentada com confrontos mortais no seguimento da demissão de 600 soldados desertores. Violência esporádica e fresca tem continuado desde então.

Ramos-Horta disse que tinha informado os dois ministros dos estrangeiros sobre as condições de segurança bem como sobre a próxima missão da ONU e as eleições previstas para o próximo ano.

AS Nações Unidas, que estabeleceu uma missão maior no país depois do desassossego, concordou no destacamento de mais de 1,600 polícias internacionais para Timor-Leste.

Downer e Wirayuda mais tarde tiveram encontros separados com o Presidente Timorense Xanana Gusmão. Downer não fez comentários depois dessas conversas.

Mais cedo, Ramos-Horta expressou optimismo que o seu país podia em breve ultrapassar os seus problemas de segurança.

Agradeceu às forças internacionais por "responderem prontamente a assistir-nos," mas não fez mais alusões às suas acusações de as forças estrangeiras serem também parcialmente culpadas pela recente fuga em massa da prisão em Dili.

O primeiro-ministro tinha dito que a Austrália era parcialmente culpada pela fuga que viu o líder amotinado Major Alfredo Reinado e 56 outros presos fugirem da prisão de Becora em Dili na Quarta-feira.

Reinado, que liderou o grupo de tropas desertoras e foi acusado de ter desencadeado desassossego civil em Maio, foi preso em Julho com acusações de posse de armas.

O desassossego desencadeou confrontos entre forças de segurança rivais nas ruas que mataram 21 pessoas, e levaram ao destacamento duma força internacional liderada pelos Australianos.

No Domingo, Downer disse que Dili não podia culpar as forças internacionais por cada incidente no país.

O comandante da polícia federal Australiana em Timor-Leste, Steve Lancaster, disse aos jornalistas na Segunda-feira que pesar das autoridades terem apelado a Reinado para se entregar pacificamente, não ficariam sentadas à espera dele.

"Não ficamos simplesmente à espera que Mr. Reinado se entregue," disse Lancaster, acrescentando que a polícia Australiana, a polícia da ONU e os seus colegas Timorenses usariam "qualquer meio " para o encontrar.

A polícia da ONU emitiu fotos de 33 dos presos fugitivos, prometendo apanhar todos os fugitivos.

Copyright (c) 2006 Agence France-Presse
Received by NewsEdge Insight: 09/04/2006 06:35:20



Timor enfrenta nova rebelião
The Age

Lindsay Murdoch
Setembro 2, 2006

As forlas de segurança Australiana que perseguem Alfredo Reinado, que liderou uma fuga de massa da prisão de Dili esta semana, deve saber que o líder amotinado tem XXX tatuado nas costas do seu pescoço.

Reinado vê-se a si próprio como Xander Cage, o atleta de extremos e o drogado sem medo de adrenalina no filme de culto de 2002 XXX.

"Não me ralo se morrer amanhã," disse Reinado depois de ter disparado os primeiros tiros numa revolta sangrenta que mergulhou Timor-Leste na crise em Maio.

Dili deveria estar cheia de alegria e festas no dia em que Reinado fugiu — era o sétimo aniversário do voto corajoso de Timor-Leste para se separar da Indonésia — mas havia somente um pequeno concerto frente à praia para miúdos da rua para marcar a data.

Três meses depois dos tiros de Reinado se terem ouvido na montanha por cima da prisão donde fugiu, as facções políticas de Timor-Leste reagrupam-se por detrás da cena e a conspirar os próximos passos numa amarga luta pelo poder que pode outra vez irromper em violência, disseram algumas figuras bem informadas esta semana.

O Primeiro-Ministro José Ramos Horta concede cansadamente que os problemas políticos que mergulharam o país na crise em Abril, Maio e Junho não foram resolvidos.

Falando da sua vivenda com telhado de palha com vista para o porto de Dili, o Sr Ramos Horta diz que é possível que o país tenha eleições livres de violência previstas em Abril mas somente através de "forte assistência internacional e o papel da igreja e de outros líderes ". Mas avisa que "obviamente não há garantias ".

A fuga de Reinado e de outros 56 presos, incluindo oito dos seus altamente treinados homens, na Quarta-feira veios somente dias depois de Vicente da Conceição, um antigo guerrilheiro que gosta de ser chamado de "Comandante Railos" fugir para as montanhas do oeste do país quando o Gabinete do Procurador-Geral estava quase a emitir uma ordem para a sua prisão por posse ilegal de armas.

Como Reinado, Railos é um homem perigoso para estar em fuga, tendo também liderado os seus homens numa luta armada nos subúrbios de Dili em Maio.

As suas sensacionais alegações de que montara um esquadrão para eliminar os opositores políticos do então primeiro-ministro Mari Alkatiri levou o Sr Alkatiri a ser forçado a sair do seu posto.

O líder da oposição Mário Carrascalão diz que Railos, a quem ele conhece bem, foi mal tratado pelo Governo.

"Railos sente-se frustrado. Ele entregou informação para ajudar a resolver o problema mas iam prendê-lo," diz o Sr Carrascalão. "Assim foi forçado a correr para a selva. Ficará lá quieto? Penso que não. Penso que reunirá apoio e força e se tornnará num grande problema para o Governo."

A possibilidade que Reinado, que provavelmente também fugiu para as montanhas do oeste onde cresce o café, e Railos e os seus homens poderem juntar-se para formarem uma força renegada é um cenário de pesadelo para os comandantes das tropas e polícias internacionais em Dili, que têm lutado para controlar a violência dos gangs e falharam em convencer 70,000 pessoas que vivem em campos de deslocados improvisados que é suficientemente seguro regressarem às suas casas.

Como Xander Cage, cuja missão era salvar o mundo, aparentemente Reinado quer salvar Timor-Leste e está preparado para inflamar os medos e as paixões para levar a sua avante. Horas depois de ter fugido estava em circulação uma carta aos Timorenses para levantar uma revolução popular.

A fuga estilhaçou a ilusão que centenas de de polícias e tropas internacionais agora destacados em Dili trouxeram a paz para a pequena nação da meia ilha de somente um milhão de pessoas, a maioria pobres.

As lojas e os mercados estão abertos e a fazerem negócios rápidos; polícias Australianos com uniformes passados a ferro resolveram os problemas do tráfego; percorrem as ruas menos blindados; turistas dão mergulhos espectaculares na costa e crianças sorridentes jogam ao futebol todas as noites nos campos frente à praia.

E o Conselho de Segurança da ONU concordou enviar — antes das eleições — 1600 polícias internacionais, 34 oficiais de ligação militar e cerca de 500 trabalhadores civis que complementarão as tropas internacionais já em Dili, incluindo1500 Australianos. Mas um analista ocidental em Dili diz que as forças se limitam a manter os protagonistas separados.

"O mau sangue, rancores e políticas porcas ainda estão lá, imediatamente abaixo da superfície," diz o analista. A Fretilin, o partido do poder que tem 55 dos 86 lugares no Parlamento, parece estar a fracturar-se ao mesmo tempo que o combativo e impopular Sr Alkatiri promete liderar o partido a uma "inimaginável " vitória nas eleições.

Os funcionários de topo do partido estavam espantados e zangados com a remoção do Sr Alkatiri's do posto. Permanece obscuro se os reformistas liderados pelo antigo embaixador na ONU e agora ministro dos estrangeiros José Luís Guterres tentará derrubar os leais a Alkatiri e liderar o partido nas eleições.

As forças de segurança receiam um retrocesso violento pelos inimigos do Sr Alkatiri se o Gabinete do Procurador-Geral não o acusar sobre as alegações do esquadrão de ataque de Railos. Mas também receiam um retrocesso de elementos da Fretilin se Alkatiri é acusado. "Ié uma situação sem vencedor em relação a Alkatiri," diz o analista.

O trabalhador de jovens José Sousa-Santos diz que gangs de jovens desempregados responsáveis por violência esporádica estão a ser manipulados para propósitos políticos e criminosos. "Os jovens são um bem muito comprável," diz o Sr Sousa-Santos. Dois gangs rivais de artes marciais têm sociedades de mais de 30,000 membros cada através do país. Outros gangs liderados por criminosos controlam a prostituição, drogas e outros crimes.

O Sr Ramos Horta diz que polícias renegados manipulam os gangs. "Poucos destes elementos da polícia foram capturados. Certas pessoas aproveitam a ausência de lei e de ordem para resolver dívidas antigas."

Alguns dos antigos polícias acredita-se que possuem armas de alto poder pilhados da armaria da força policial de 3200 homens que se desintegrou no meio da violência de Maio.

Dan Murphy, um médico Americano que tem trabalhado em Dili desde 1998, avisa que a saúde das pessoas nos campos de deslocados se está a deteriorar.

"As pessoas dizem-me que é a altura mais preocupante e deprimente desde que ganharam a independência," diz. "As chuvas chegarão em breve e viver nos campos tornar-se-á rapidamente insustentável. Já houve mortes nos campos que se podiam ter evitado. O que é que está a ser feito para o pôr de regresso a suas casas, se acontece terem uma? Muito pouco."

Celestinho da Costa-Alves dirige um campo de deslocados perto do porto principal de Dil e cujos 2600 residentes de partes do leste do país têm sido frequentemente atacados por gangs das partes do oeste do país.

"De cada vez que a nossa gente parte ou tenta regressar às suas casas são atacados," disse o Sr da Costa-Alves. "O Governo disse-nos para sairmos daqui porque tem havido problemas mas para onde é que iremos?"

O Sr Ramos Horta diz que compreende os medos das pessoas. Desde que foi nomeado há dois meses tem tentado abanar a burocracia letárgica do país.

As pessoas dos negócios dizem que as autorizações demoram agora hoas e não dias a serem emitidas, os contentores mexem-se mais rapidamente nos cais e a corrupção parece diminuir.

Em visitas às montanhas, o Primeiro-Ministro para e dá dinheiro aos pobres. Faz visitas surpresas a gabinetes do governo, campos de deslocados, caridades,e a organizações da ONU e não-governamentais. Dirigiu um orçamento de $A410 milhões através do Parlamento, um recorde para um país a onde o rendimento médio anual é de $A485. O Sr Ramos Horta emergiu como a pessoa que muitos Timorenses vêem como o seu salvador noutro momento terrível da história do seu país, e ele sente-se comprometido para ajudar a resolver os problemas de Timor-Leste.

"Preferia reformar-me e viver com facilidade uma praia qualquer," diz. "Mas pode ser importante para mim estar aqui … não estou a dizer que sou a melhor pessoa, mas sou uma das muito, muito poucas que têm a confiança do povo."



Desistam, dizem as tropas aos fugitivos de Timor
The Age
Brendan Nicholson
Setembro 5, 2006

O comandante das tropas da Austrália em Timor-Leste, o Brigadeiro Mick Slater, garantiu ao amotinado em fuga Major Alfredo Reinado que as forças armadas Australianas assegurarão a sua segurança se ele se entregar.

O Brigadeiro Slater disse ao The Age que tinha enviado mensagens ao Major Reinado através dos seus associados apelando que se entregasse.

Disse que passou algum tempo a falar com o Major Reinado antes dele e 56 outros terem fugido da prisão em Dili.

O Major Reinado disse-lhe que queria fazer mudanças em Timor-Leste, mas que não se queria tornar um político.

"Posso garantir-lhe que se ele quiser arranjar para se entregar ele próprio à força conjunta, que uma vez que esteja sob o nosso controlo será tratado com justiça e de acordo com a lei e que tomaremos a nosso cargo a sua segurança pessoal."

O Brigadeiro Slater disse que quando Reinado partiu da prisão, cerca de 15 dos que estavam com ele foram soldados e associados próximos.

"Os outros são criminosos comuns, assassinos, violadores e incendiários," disse.

Disse que se o Major Reinado não tinha um telemóvel com ele na cadeia, terá arranjado um muito rapidamente assim que saiu. "Abri algumas portas para ele nos contactar, mas muita outra gente fez o mesmo," disse o Brigadeiro Slater.

"Não sou optimista mas tenho esperança que o faça porque ele está genuinamente preocupado com a sua segurança e sabe que há uma organização no país que pode garantir a sua segurança — nós."

Disse que oficiais Australianos estavam cientes de várias pessoas que provavelmente contactarão o Major Reinado ou provavelmente serão contactados por ele. "A melhor coisa que ele pode fazer para o seu país e para si próprio agora é entregar-se e insistir no processo legal democrático para fazer uma mudança no governo.

"Isso não está para além da sua capacidade; talvez não nesta eleições mas talvez na próxima se for pelo caminho certo.

"A primeira coisa que tem a fazer é regressar, ser julgado e limpar o seu nome como ele acredita que pode limpar."

Disse que o Major Reinado tinha quebrado a lei mas que era inteligente e carismático. Não pensava que se tivesse juntado a qualquer grupo desde que fugiu na semana passada.

O Brigadeiro Slater disse que não pensa que haja um perigo eminente de guerra civil, e não pensa que o Major Reinado tenha ido juntar-se a algum grupo.

"Se alguma coisa (ocorrer) as pessoas virão a ele. Terá apoiantes leais por lá onde se sentirá seguro em partes diferentes das províncias do oeste. Eventualmente será apanhado.

"Provavelmente é de maior preocupação para o Governo que Reinado consiga arranjar seguidores substanciais."

O Brigadeiro Slater diz que acredita que os criminosos que fugiram com o Major Reinado se separaram rapidamente dele e se dividiram em grupos pequenos.

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer avisou ontem que a Austrália mdeve manter uma força forte de tropas em Timor-Leste por pelo menos outro ano para lidar com o ataque por grupos armados.

Em Dili para conversas com o seu colega Indonásio Hassan Wirajuda e com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta, Mr Downer disse que eles partilham a sua preocupação sobre a situação de segurança. "Mudou um pouco no carácter," disse. "Previamente, alguma da violência era politicamente motivada. Há muita violência simplesmente criminosa agora com gangs e retribuições."

Mr Downer disse que a decisão da ONU para enviar 1600 polícias ajudará porque a polícia Timorense, particularmente a de Dili e à volta de Dili, era defeituosa.

Disse que os comandantes militares da Austrália lhe tinham dito que eram necessárias 650 tropas Australianas antes das eleições, juntamente com tropas da Nova Zelândia e talvez doutros países da região.

Contou ao Governo Timorense que estava preocupado com o grande número de armas, incluindo espingardas automáticas militares, que havia ainda à solta na comunidade.

"É provavelmente de maior preocupação para o Governo que o Reinado consiga arranjar seguidores substanciais."

Disse que os comandantes militares da Austrália lhe disseram que 650 tropas Australianas eram necessárias antes das eleições, ao lado de tropas da Nova Zelândia e talvez de outros países da região.

Disse ao Governo Timorense que estava preocupado com o grande número de armas, incluindo espingardas automáticas militares, que ainda estão à solta na comunidade.

.

Dos leitores

"More than 200 assault weapons from the police are unaccounted for," he told The Australian exclusively."

Uma dessas 200 armas foi vista nas mãos Lendro Isaac...

É engraçado o argumento que vão buscar para justificar o aumento de efectivos australianos em relação ao que a ONU tinha recomendado: Reinado evadiu-se e há não sei quantos perigos por causa disso.

Sabendo que essa evasão se deu por omissão dessas mesmas forças, somos levados a crer que a evasão foi consentida para justificar um aumento das tropas. Não podemos esquecer também as declarações de Slater, dizendo que sabia onde se encontrava Reinado, sem contudo fazer o mínimo esforço para capturá-lo.

Sendo evidente a incompetência das forças australianas para evitar a violência nas ruas, guardar a prisão ou capturar os foragidos, com 2000 e tal efectivos, não se percebe como as mesmas forças poderão ser mais eficientes com apenas 650.

H Correia

.

Dos leitores

"The others are just common criminals, murderers, rapists and arsonists"

Não existem criminosos "common" ou "uncommon". Numa prisão apenas existem criminosos ou inocentes em prisão preventiva, pertencendo Reinado a este último grupo. A prisão preventiva justifica-se pelo perigo de fuga, como veio a confirmar-se.

Achei curioso como o comandante militar australiano parece conhecer tão bem Reinado, como se fossem velhos amigos.

Também é curioso como Slater está preocupado em dar palpites ao Governo ou ao próprio Reinado, sugerindo como este deve proceder na sua acção contra o Governo (leia-se Fretilin): "The best thing he can do for the country and himself right now is hand himself in and pursue the legal democratic process to bring about a change in government"

Isto é uma ingerência inadmissível de um estrangeiro nos assuntos internos de outro país, onde está como convidado, incitando à mudança de Governo.

Mas nada disto nos surpreende...

H Correia

.

Dos leitores - da Fretilin

Tradução da Margarida.


A campanha de desestabilização não há-de parar. Todos parecem estar preocupados com a "inevitável perda" da FRETILIN nas eleições de 2007.

Há riscos?

Com certeza. Estaríamos a iludir-nos a nos próprios se nos convencêssemos que a batalha esta ganha sem trabalho. Estamos a trabalhar para que a FRETILIN seja capaz de enfrentar novos desafios, desafios esses resultantes especialmente da crise politica que fez retroceder TL tantos anos. Apesar da grande campanha anti-FRETILIN, estamos convictos que, mais uma vez, a FRETILIN ganhara as eleições de 2007.

Se os partidos da oposição ganharem mais assentos e formarem uma coligação forte e credível, ficaríamos também satisfeitos. Ajudar-nos-iam a crescer também. No nosso sistema multipartidário, isto beneficiaria a todos. Acho que os não-filiados na FRETILIN deveriam ajudar os outros partidos a reorganizarem-se para as eleições de 2007. Deixem a FRETILIN tratar da FRETILIN. Os membros da FRETILIN que tenham ideias inovativas, devem apresentam nos círculos da FRETILIN. Se as ideias não forem aceites, paciência.

O princípio da maioria deve prevalecer. Há que saber perder, sejam quais forem as circunstâncias. São as regras democráticas. É o mínimo que se pode exigir de quem escolhe ser militante de um partido. Quem se recusa a obedecer a estas regras não pode reclamar-se como militante da FRETILIN.

Os estatutos do partido estão claros em relação a este aspecto. Sem estas regras, o nosso partido não teria atingido o nível que hoje tem. Somos o partido mais organizado de Timor-Leste com programas políticos bem definidos. Somos o único partido que publica contas no Jornal da República.

...

Horta tem o direito à sua própria opinião, mas também tem o dever de ser responsável e de não complicar o assunto que pode exacerbar a situação frágil.

Qualquer reforma da FRETILIN terá de ser feita através duma moldura legítima. A FRETILIN como Horta bem sabe tem a sua própria moldura para escolher os seus próprios líderes. Isto foi feito legitimamente no decurso do recente congresso da FRETILIN e endossado pelo mais alto Tribunal de Timor.

Ramos Horta quer lutar contra a corrupção e tudo quanto acredita ser um desafia à segurança de Timor-Leste. Falha miseravelmente na resposta a duas questões. A primeira é que apoia José Luís Guterres cujos ardentes e oportunistas apoiantes na FRETILIN são de carácter duvidoso, alguns até perderam as suas pastas ministeriais por causa de corrupção, escolhendo José poderiam desestabilizar a completa situação de segurança. A segunda é que falha a responder a qualquer preocupação sobre os que estão na verdade por detrás da insegurança, os do tipo de Alfredo um amotinado, os Peticionários, os Parlamentares com uma espingarda, os distintos oficiais da Polícia que distribuíram armas do arsenal da Polícia, a oposição que não foi capaz de controlar as pessoas que eles organizaram para se manifestarem pelo derrube do Governo de queimarem casas e induzir à violência, e mais importante refrear os indivíduos mais influentes em Timor.

É tempo de Horta se concentrar em desenvolver os partidos da oposição a compreenderem a democracia de modo a que as únicas mudanças de Governo sejam através das caixas de votos. É também tempo de Ramos Horta começar a concentrar-se nos assuntos correntes Nacionais como o que fazer com as pessoas Deslocadas, como criar um ambiente seguro de modo a que as Pessoas possam viver vidas normais em vez de interferir com um Partido Político cuja liderança provou ser legítima.

Noutra nota, a FRETILIN quer um verdadeiro líder não um boneco.

.

Então foi por isso que o soltaram?...


Twice as many troops to stay in Timor
Mark Dodd
September 05, 2006

AUSTRALIA will double the number of troops it leaves in East Timor amid escalating security fears ahead of next year's national elections.

After meetings in Dili yesterday, Foreign Minister Alexander Downer said he was concerned that hundreds of army and police guns, along with tens of thousands of rounds of ammunition, remained missing after this year's political violence.

He said that the weapons, combined with last week's mass breakout from Becora jail by 57 prisoners including rebel leader Alfredo Reinado, created a "reasonably volatile political environment".


Indonesian Foreign Minister Hassan Wirajuda, who met Mr Downer yesterday, said Jakarta had strengthened security along its 240km-long border with East Timor following the prison break.

Australia sent 1200 Australian troops to East Timor to lead a multinational force after the outbreak of violence in April andMay.

They have been gradually returning to Australia but Mr Downer criticised as too weak a UN proposal for 350 Australian troops to remain to help keep the peace in Dili.

Speaking after meetings with Dr Wirajuda, East Timorese Prime Minister Jose Ramos Horta and Foreign Minister Jose Luis Guterres, Mr Downer said Australia's military contribution to support a new UN mission in the fledgling country would be raised to 650.

He said New Zealand and other countries were also expected to contribute to the increased military presence.

Mr Downer, who also had briefings from senior Australian army and police commanders in East Timor, said a strong military deterrent was needed to combat the danger posed by people acquiring illegal weapons.

"I am very concerned at the number of weapons which are still at large," he said. "It's something I spoke to the President (Xanana Gusmao) about and it's a concern he shares.

"You have 57 people, many of whom are convicted murderers, escape from prison and you have a reasonably volatile political environment leading up to an election next year, and into that mix you have a lot of weapons.

"It's one of the reasons why I think there needs to be a more robust military presence here than that proposed by the United Nations. It could be a situation where there is an attack mounted against East Timorese by people who have access to these sorts of weapons. You could have a situation like that which would be far too difficult for the police to handle and the (Australian) military would have to sort the problem out."

None of the prisoners who escaped from Becora prison last week have been recaptured. It is understood they were held behind just two padlocked doors.

Mr Downer said he believed it was unlikely Major Reinado would come back to Dili "with guns blazing" but he said it was important that he and the other 56 escapees be quickly rounded up - a job he admitted was proving difficult.

Mr Ramos Horta said the potential for the missing weapons to end up in the wrong hands was very disturbing.

"More than 200 assault weapons from the police are unaccounted for," he told The Australian exclusively.

"That is cause for worry and cause for concern by the common people but I am confident we will be able to recover most of them."

Mr Ramos Horta also said tens of thousands of rounds of ammunition were missing.

It is understood an Australian army audit of the East Timor Defence Force arsenal has revealed at least 50 M-16A2 assault rifles are missing.

Worries that the weapons were ending up in criminal hands were highlighted last week during a deadly attack on a refugee camp in the town centre allegedly involving armed former police.

Five people suffered gunshot wounds and one other was wounded in a machete attack.

Renegade East Timorese police were probably involved, Mr Ramos Horta said. But he said gang violence and arson had more to do with unresolved arguments about land and property than ethnic hatred.

.

Ramos-Horta acusa forças australianas

Tradução da Margarida:


Herald Tribune Ásia-Pacific
Primeiro-Ministro de Timor-Leste diz que as tropes Australianas não fizeram o suficiente para evitar a fuga da prisão
The Associated Press
Publicado: Agosto 31, 2006
...

"Estou pessoalmente somente admirado porque é que apesar dos nossos pedidos repetidos para forces estáticas estarem no exterior da prisão isso não foi feito," disse Ramos Horta à Australia Broadcasting Corp. radio. "Presumo que as forces Australianas, a ONU, como especialistas em segurança, pensaram que isso não era necessário."

"Tivesse havido segurança forte no exterior e isto podia ter sido evitado," disse Ramos Horta.



Ramos Horta também disse que parece que os presos fugitivos tinham cúmplices no interior da prisão.

"Obviamente houve uma falha na segurança interna mas a segurança interna não está armada e obviamente teve de haver alguma cumplicidade no interior," disse.



New Zealand Herald
PM de Timor-Leste culpa Austrália da fuga da prisão
1.00pm Sexta-feira Setembro 1, 2006

"Estou pessoalmente somente admirado porque é que apesar dos nossos pedidos repetidos para forces estáticas estarem no exterior da prisão isso não foi feito," disse Ramos Horta à Australia Broadcasting Corporation.

"Tivesse havido fonte segurança no exterior, isto podia ter sido evitado," disse.

...

The Australian
Ramos Horta culpa a Austrália pela fuga
Setembro 01, 2006

Numa resposta forte o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta pôs alguma da culpa por uma fuga em massa da prisão de Dili nas forças Australianas.
...
"Estou pessoalmente somente admirado porque é que apesar dos nossos pedidos repetidos para forces estáticas estarem no exterior da prisão isso não foi feito," disse Ramos Horta à ABC Radio.

"Presumo que as forças Australianas ... como especialistas em segurança, pensaram que não era necessário, apesar de termos pedido repetidamente."
"Tivesse havido forte segurança no exterior isto podia ter sido evitado," disse o Sr Ramos Horta.

.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.