segunda-feira, setembro 11, 2006

Dos leitores

Venho acompanhando quase diariamente o seu blog, que é um excelente repositório daquilo que vai sucedendo em Timor Leste. Felicito-o pelo seu empenho e aproveito para transcrever uma noticia de hoje de um jornal de Lisboa, na secção Mundo (http://www.publico.clix.pt ), que me deixou espantado.

Noticia no jornal Público 11 de Setembro de 2006:

"Timor-Leste Major Tara manda rezar por Reinado A Frente Nacional Justiça e
Paz, organização que sob a coordenação do major Alves Tara dirigiu em Maio manifestações contra o então primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri, manda celebrar amanhã na cidade de Gleno, capital do distrito de Ermera, uma missa de homenagem "à coragem do major Alfredo Reinado" e a pedir para que não seja capturado."

Agora mandam-se rezar missas para homenagear a "coragem" de alguém?

Intercede-se a Deus para que uma pessoa não seja capturada?

Se se acredita assim que tudo o que acontece são "desígnios" de Deus, porque não se rezam antes missas para que a Paz volte a Timor-Leste, ou para que cessem os ódios entre comunidades, partidos e pessoas? Ou para que se instale o civismo, o respeito pelo ser humano e pela opinião alheia?

Será mesmo "desígnio" de Deus que se instale o caos e a barbárie num território tão pobre e tão carente? Não entendem essas pessoas que apenas estão a inviabilizar um país? A hipotecar o seu futuro e o futuro dos seus filhos? A semear o sofrimento, a morte e a destruição? E que os motivos invocados são gratuitos, primários e inconsequentes?

Não entendem essas pessoas que um Estado, para subsistir, precisa de (um mínimo de) Paz, Lei e Ordem? Que a violência apenas gera mais violência?

Que é da acção dos homens, e não a contar com a intervenção divina, que se pode inverter a situação dramática que se vive em Timor-Leste?

Um abraço
Victor

Dos leitores - sobre os refugiados em Darwin que têm medo de voltar

Tradução da Margarida.

Se fosse um deles também não queria regressar.... eles têm razão para temer a perseguição política, especialmente se são da Fretilin ou estão ligados com alguém ou da Fretilin ou do governo de Timor-Leste. Mais ainda se não são pró-Gusmão.

Há muita perseguição se alguém que não é pró-Gusmão ou se é pró-Fretilin. Já não há democracia em Timor-Leste e ninguém pode falar de forma anti-Gusmão ou de forma pró-Fretilin porque (se o fizer) é imediatamente sujeito a assédio físico e mesmo a ameaça de morte.

O meu país Timor-Leste está a parecer-se um pouco como a Alemanha Nazi ou o Cambodia de Pol Phots, só que mais subtil......mas contudo do mesmo (modo) em termos de abafar o direito de cada um expressar as suas opiniões políticas.

A perseguição política contudo não é tão subtil....outra vez qualquer opinião excepto as opiniões pró-Xanana aão imediatamente sujeitas a ataques políticos, assassinato de carácter e ameaças de morte. Tem mesmo havido alguns a envergonharem-se por estas coisas. Em que lamentável estado estamos agora quando a democracia ia tão bem antes. Ontem uma multidão de apoiantes da oposição em Manatuto (uma outra maneira de dizer pró-Xanana) foram á casa dos administradores para a queimarem....porque ele estava numa reunião política no tempo dele próprio, no Sábado. Rezemos ao Senhor Poderoso pelo regresso da Paz, Estabilidade, mas principalmente pela liberdade e democracia no nosso país.

.

Dos leitores - sobre os refugiados em Darwin que têm medo de voltar

If I were them I would also not want to come back.... and they have grounds to fear political persecution, especially if they belong to Fretilin or are connected with anyone from either Fretilin or with the government of Timor-Leste. More to the point, if you are not pro-Gusmao.

There is alot of persecution of anyone who is not por-Gusmao or who is pro Fretilin. There is no democracy in Timor-Leste anymore and noone can speak out on an anti-Gusmao way or pr-Fretilin way as it is immediately the subject of physical harrassment and even death threats.

My country Timor-Leste is getting a bit like Nazi Germany or Pol Phots Cambodia, except subtler......but still the same in terms of stiffling the rights to express one's political views.

Political persecution however is not as subtle....again any views except pro-Xanana views are immediate subject of political attacks, character assassination and death threats. There have even been some bashings for these things. What a sorry state we are in just when democracy was going so well here before. Yesterday a crowd in Manatuto of opposition supporters (another way of saying pro-Xanana) went to the administrators house to burn it down....because he was at a political meeting during his own time on Saturday. Lets all pray to God Alamighty for the return of Peace, Stability, but mostly freedom and democracy to our country.

.

Professores "são maior património" que Portugal pode dar - Ministra

Díli, 11 Set (Lusa) - A presença de professores portugueses constitui o "maior património" que Portugal pode oferecer a Timor- Leste, considerou hoje em Díli a ministra da Educação e Cultura timorense.

.

Comunicado - PN

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE

PARLAMENTO NACIONAL

Gabinete de Relações Públicas

Agenda Plenária no. 444/I/4a.
Segunda-Feira, 11 de Setembro de 2006


A sessão plenária do Parlamento Nacional de Timor Leste de hoje dia 11 de Setembro de 2006 foi presidida pelo II Vice Presidente, Sr. Francisco Xavier do Amaral e a Vice Secretária Sra. Maria Terezinha Viegas.

No período de antes da ordem do dia da sessão plenária foram dadas as seguintes informações:

. Leitura da carta dirigida a Sua Excelência o Presidente do Parlamento Nacional pela Sra. Deputada Rosalinda Vilanova sobre a justificação de faltas;
. Informação sobre uma declaração acerca do apoio da sociedade civil a presença das forças de segurança das Nações Unidas em Timor Leste apresentada pelo Forum ONG Timor Leste;
. Informação sobre uma nota apresentada pelas comunidades de Fatuhada, Suco Beira Mar e Bebonuk, Suco Comoro relativa ao comportamento das Forças Policiais Internacionais;
. Informação sobre uma carta da cidadã Clementina Lopes a respeito de assuntos relacionados com os refugiados e iniciativas de reconciliação;
. Informação sobre uma carta dirigida à Sua Excelência o Presidente do Parlamento Nacional pelo Representante Especial do Secretario-Geral das Nações Unidas, Sr. Sukehiro Hasegawa;
. Informação sobre uma carta dirigida à Sua Excelência o Presidente do Parlamento Nacional por 14 cidadãos do Distrito de Baucau.


A Comissão F apresentou o relatório sobre a dificuldade de visitar o campo dos deslocados e perguntou qual o papel dos Deputados no sentido de resolver esta crise principalmente a situação dos refugiados.

Os senhores Deputados concordaram com a carta dos 14 cidadãos do Distrito de Baucau enviada ao Parlamento para consideração.

O Deputado do Partido Democrático fez o seu comentário sobre o sistema legal em Timor Leste que não corresponde as aspirações do povo, dizendo que o povo deve saber o autor da crise e a justiça é para todos, desde os líderes até ao povo.

Entre outros assuntos, foi mais uma vez abordada a situação actual em Timor Leste.

Segundo a opinião dos Senhores Deputados, que não se pode resolver esta crise sem primeiro resolver o problema dos peticionários, porque foi esta situação que originou a crise em Timor Leste.


Também houve um Deputado que pediu clarificação sobre o horário da sessão plenária, porque no Regimento do Parlamento Nacional a sessão plenária começa às 9h00 e porque hoje só começou às 11h00.

Depois a sessão foi encerrada conforme o conteúdo da agenda.

.

António Mascarenhas Monteiro aceitou convite de Kofi Annan

Segundo fontes próximas, António Mascarenhas Monteiro aceitou o convite de Kofi Annan para Representante especial do Secretário-Geral da ONU em Timor-Leste.

Obrigado.

.

Reinado acusa Governo timorense de incapacidade

A Semana online

10-09-06
Dezenas de jovens apedrejaram ontem um acampamento para populações deslocadas existente na cidade de Díli, enquanto o fugitivo major Alfredo Reinado aproveitava para dizer à Reuters Television que a presença de forças internacionais para resolver os problemas de Timor-Leste significa que o Governo de José Ramos-Horta "não tem capacidade para dirigir o país".


Tropas e polícias da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal têm andado à procura do major rebelde desde que no dia 30 de Agosto ele fugiu com mais 56 presos da cadeia de Becora, na capital; mas ele já mais de uma vez se pronunciou entretanto nos meios de comunicação social, tendo sido inclusive ouvido na rádio e na televisão timorenses.

Nesta sua última mensagem, disse que "se o Governo não tem já qualquer credibilidade, então o povo tem o direito de lhe pedir que se demita". E desmentiu ter qualquer responsabilidade pelos actos de violência: "Por que é que andam à minha procura? Não sou o agitador, não fiz nenhuma acto criminoso".

Entretanto, um advogado que o visitara por diversas vezes na cadeia, Aniceto Neves, afirmou, segundo a televisão australiana, que a fuga se ficou a dever ao facto de "algumas pessoas o terem tentado matar" durante o tempo em que esteve na prisão.

Por outro lado, o ministro australiano do Território Setentrional, Paul Henderson, com gabinete em Darwin, criticou ontem o Governo federal por ter dado ordem a 42 refugiados timorenses para que regressem à sua terra até amanhã à meia-noite.

Dezenas de homens, mulheres e crianças fugidos à violência em Díli tinham pedido em vão à ministra australiana da Imigração, a liberal Amanda Vanstone, que prorrogasse por motivos humanitários os seus vistos de residência nas cidades de Melbourne e Darwin.

Henderson sublinhou que estas pessoas são mandadas de volta precisamente depois de Camberra ter anunciado quinta-feira que ia mandar mais 120 soldados para Díli, sob o pretexto de que a situação em Timor-Leste se está a agravar.

Em simultâneo com a polémica sobre o papel da Austrália no conflito timorense, a imprensa local também se deu conta no início deste mês de que o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, se queixara de Camberra estar a procurar subverter o sistema judicial do arquipélago.

J.H.

Two Timorese refugees hospitalised

ABC News Online
Monday, September 11, 2006. 7:32am (AEST)

Two East Timorese refugees have been admitted to Royal Darwin Hospital just hours before they were due to return home to Dili.

Forty-two refugees have been living in Darwin and Melbourne on temporary protection visas for the past three months, but are due to return home today.

Yesterday, Louis Lobato was taken to Royal Darwin Hospital after threatening to kill himself.

Speaking on his behalf, Nabila Nadeem says Mr Lobato fears he will be targeted because he is related to the former interior minister, who is now under house arrest.

"Everyone knows we're going to come back on Monday, and people will be waiting for them for sure," he said.

"[It does] not matter if police are there, they're all going to fight."

Meanwhile, the Department of Immigration has confirmed another East Timorese man, Epifano Faculto has been admitted to the hospital's psychiatric ward.

The Immigration Department is awaiting medical advice to see if they are fit for travel.

But a former resident of East Timor says a recent flare up in violence at refugee camps in Dili means it is unsafe for a group of refugees to return home.

Dulcie Munn is originally from East Timor, but is now an Australian citizen.

She is a member of a support group for some of the Timorese living in Darwin.

Ms Munn says the Federal Government is being harsh by not letting the refugees stay longer.

"If you heard our Foreign Affairs Minister Alexander Downer who's recently visited East Timor, he's publicly stated that he's very disturbed with the level of unrest," she said.

"So I think sending these refugees back home is not a good idea, and even if they do, they'll have nowhere to live.

"The refugee camps are now being targeted and attacked by groups of youth and these youth are armed with stones, molotov cocktails, slingshots and they also are stoning the cars during the day now and thousands of family are still living in refugee camps."

.

Sobre o incidente de ontem no campo de refugiados

Ontem, dia 10 de Setembro, pelas 20h 30m, a policia australiana invadiu furtivamente o acampamento de refugiados, situado no aeroporto de Comoro, com o objectivo determinado de deter um grupo de 5 pessoas, entre as quais, Julio da Silva, chefe de segurança do acampamento.

Para o efeito, a policia australiana entrou dentro do acampamento com 2 blindados, disparou vários tiros e usou gás lacrimogénio, chegando mesmo a incendiar algumas tendas, provocando o pânico e a confusão entre os refugiados.

Estes, por sua vez, desesperados e em fúria, começaram também a incendiar as suas próprias tendas e a destruir tudo o que lhes aparecia a frente.

Como resultado da batalha campal, houve alguns feridos, que tiveram tratamento hospitalar, e mais duas detenções.

Por sua vez, a policia australiana justificou a sua intervenção, pelo facto de existirem alguns grupos de refugiados que estavam a arremessar pedras aos carros do exército, e por isso é que detiveram o primeiro grupo de 5 pessoas dentro do próprio acampamento.

Entretanto, cerca das 21h, chega ao aeroporto internacional de Dili, a comitiva governamental, liderada pelo primeiro ministro, Dr. Ramos Horta, em avião privado fretado pelo governo do Koweit.

Depois de uma breve reunião com o representante especial do Secretário Geral da ONU, Dr. Hasegawa, que informou ao primeiro ministro, Dr. Ramos Horta, sobre todos os acontecimentos ocorridos na última semana no País, uma vez que este se encontrou ausente na Noruega durante este período, uma comissão constituída por 3 refugiadas conseguiu falar com o primeiro ministro por breves instantes.

A representante da pequena delegação de refugiados tentou explicar tudo o que tinha acabado de acontecer dentro do acampamento, e que não tinham sido eles a atirar as pedras, e que já estavam fartos de serem acusados injustamente e alvo de violência e abuso de poder gratuito por parte dos militares e da polícia australiana.

Entretanto, outra senhora da delegacao acusou o presidente da república, Xanana Gusmão, e o primeiro ministro, Dr. Ramos Horta, de serem os responsáveis máximos por toda a situação dramática que os refugiados estão a viver diariamente, já há 4 meses, e responsabilizou-os por terem inventado uma divisao artificial do país entre os Lorosae e os Loromonu, o que na realidade não existe .

Ainda acusou estes dois responsáveis do país, por ignorarem o problema dos refugiados, e nada fizeram para o resolver capaz e definitivamente e que estão fartas de promessas, pois sentem que estão a ser enganados por estes dois governantes, uma vez que estes passam a maior parte do tempo em viagens no estrangeiro, e esquecem-se que tem um país para governar.

Sentindo-se ofendido, o Sr. primeiro ministro, Dr. Ramos Horta, exigiu que a representante da delegação de refugiados lhe pedisse desculpa pelas acusações que lhe tinha acabado de fazer, ao qual ela com muita coragem lhe respondeu que não.

De imediato, o senhor primeiro ministro tem um ataque de nervos e diz:

- a si, minha senhora, porque está gravida não lhe digo nada, mas a sua colega diz que já tem a solução, então ela que vá resolver o problema.
Em 30 anos o que é que vocês me deram? Nem 25 cêntimos!

Rapidamente, o Sr. Primeiro Ministro, Dr. Ramos Horta abandona as instalações do aeroporto, sendo a sua comitiva apedrejada poucos metros a frente do mesmo, pelo que pediu escolta a GNR até a sua residência privada.

A GNR, por sua vez, regressou novamente ao acampamento de refugiados em Comoro para tentar acalmar a situação, que estava incontrolável por parte das forças policiais australianas.

Os restantes 4 membros do grupo inicial de refugiados que foram detidos, são:

Henrique da Silva
Francisco Guterres
Júlio da Silva
Natalino

Os restantes dois refugiados que foram detidos posteriormente até ao momento, a sua identidade é desconhecida.



Nota:

Foram militares e polícias australianos. Que por sinal são a única força policial presente no país que ainda não se integrou no comando da UN. Porquê?

E apesar de ontem ter sido comunicado que iriam ser libertados sem qualquer acusação, por se ter tratado de um engano, ainda não foram libertados até ao momento.

.

Dos leitores

O que se passa em Timor é uma vergonha patrocinada pelo PR e seus amigos australianos (através de alguns pontas de lança como a sua linda e simpática mulher bem conhecida do também seu especial amigo RH!!!!!) com a utilização e manipulação de Reinado e companhia o que não dignifica o Estado de Direito e a imagem do país e dos timorenses perante a Comunidade Internacional.

Já não existe a mesma onda de solidariedade e respeito pelos líderes timorenses, que demonstram não merecer o seu povo nem o sacrifício de todos os que lutaram pela independência. Será que o PR, RH e os restantes intervenientes no golpe institucional ainda não perceberam que podem existir provas muito grave e comprometedoras? E que estão a ser usados pelos políticos do país dos “cangurus” com apoio dos “cowboys”?

O PR deixou de estar lúcido e hipotecou todo o crédito e prestigio internacional e mesmo a nível nacional!!! Quando se aperceberem já será tarde porque os australianos vão descartá-los ou fazê-los desaparecer….

Existem de facto essas provas (documentos, gravações e escutas), pois não são apenas os australianos com capacidade de trabalhar “underground”, que serão entregues no momento, local próprios e instâncias internacionais adequadas para evitar manipulações, tendo em vista o processo de impunidade em curso com o patrocínio de alguns responsáveis do sistema judicial e das NU, que também terão de prestar contas!! Já foram enviadas algumas das provas para a sede da ONU, através de canais especiais.

Este vosso servo continua a acompanhar a situação com muita atenção e voltará a dar notícias de local distante e seguro.

CHACAL

.

Sobre a actuação de ontem dos militares australianos

Ontem militares australianos, sem qualquer coordenação com as forças de segurança da ONU, entraram no campo de refugiados junto ao aeroporto e provocaram feridos e pânico, como noticiámos aqui.

Mais tarde, foi transmitido aos refugiados por parte da ONU que os detidos, que foram levados pelos militares australianos, seriam levados de volta ao campo sem qualquer acusação, visto ter-se tratado de um engano.


E ninguém pede responsabilidades aos militares australianos?!

.

Fighting breaks out at E Timor refugee camp

Gulf Times Newspaper
Published: Sunday, 10 September, 2006, 09:41 AM Doha Time

DILI: Dozens of youths yesterday attacked a refugee camp here in the latest episode of unrest to hit the tiny state of East Timor, eye-witnesses and the United Nations said.
The gang, armed with slingshots and stones, attacked the camp opposite the UN headquarters around 12 (0300 GMT).

“The attack happened ... with tens of youths. They threw stones and used catapults, and then the refugees fought back,” Americo Marcal, a guard at the Obrigado Barracks camp, said.

The UN police chief said the gang lobbed at least one canister of tear gas into the camp.

“Witnesses said .. they were attacked with tear gas by some unidentified people,” Acting Police Commissioner Antero Lopes said after touring the refugee camp.

He said police restored calm quickly.

“The UN police, international police forces immediately went to the camp to control the situation and right now the population in the camp are safe and they are being secured by a mobile patrol around the camp,” Lopes said.

A community organiser at the barracks said he suspected East Timorese police and a group of deserting soldiers — known as petitioners — were involved in the attack.

“In the opinion of refugees, several rogue police and soldiers from the group of petitioners were amongst those that attacked us this afternoon,” Liberio dos Santos said.

Nobody was seriously injured in the brawl but several refugees suffered breathing difficulties after inhaling tear gas, dos Santos said.

Yesterday’s violence followed an attack on Friday night in which seven camp inhabitants were injured after some youths fired rocks from catapaults, dos Santos said.

A Portuguese policeman, who refused to give his name, said police had yet to arrest anyone for the unrest.

East Timor has been plagued by sporadic violence since May, when 600 soldiers deserted sparking civil unrest that left 21 people dead and forced thousands to flee their homes.

Some 3,200 Australian-led peacekeepers were subsequently deployed in the East Timorese capital, Dili. The United Nations has agreed to send more than 1,600 international police to the impoverished country.

An East Timorese rebel leader who escaped from jail last month says the presence of international peacekeepers in the strife-torn country shows the government is incapable of ruling.

Major Alfredo Reinado was one of the key players behind a revolt that plunged East Timor into chaos in May, prompting Australia to lead an international peacekeeping force to restore order.
International troops and police have been searching for him since his escape from prison, along with about 50 others, which has raised fresh concerns about fragile security in the former Portuguese colony.

“I think when you need the international force to interfere (in) the internal problem that means your government doesn’t have (the) capability to rule this country,” Reinado said from his hideout.

“If the government doesn’t have any credibility any more then people have a right to ask them to step down.”

Reinado denied responsibility for the violence in the tiny nation. “Why are they (international forces) looking for me? I am not the troublemaker, I didn’t do any criminal act or anything.”

The United Nations has agreed on a new mission to East Timor, comprising some 1,600 police, despite a dispute over whether Australian-led troops already there should remain independent or be part of a UN force.

-Agencies

.

De um leitor - sobre Reinado

Reza a história (que me foi vendida) que nasceu e vivia há 8 anos em Maubisse quando os indonésios mataram todos os seus familiares.

Um general indonésio teve pena dele e levou-o para o país vizinho, onde trabalhou como porteiro. Depois voltou para Timor-Leste (Dili), onde arranjou trabalho numa oficina de automóveis e conheceu a sua futura mulher.

Em 1992, fugiu de barco para a Austrália, onde um familiar lhe arranjou emprego numa fábrica de estofos, em Perth, e depois trabalhou num estaleiro naval.

Em 1999, depois do referendo, regressou a Timor-Leste e foi oferecer-se para as FDTL.

Frequentou um curso de oficiais em Metinaro e foi nomeado comandante da Força Naval das FDTL devido à sua experiência na construção naval. Voltou à Austrália para fazer um estágio na Academia da Força de Defesa Australiana (ADF) e, devido a problemas disciplinares, foi afastado da Força Naval das FDTL e colocado no comando da Polícia Militar, em Dili, facto que não lhe agradou, pois foi encarado como uma despromoção.

Quando as coisas começaram a aquecer, os militares australianos evacuaram a sua família para a Austrália, onde ainda se encontram.

.

Dos leitores

Why do people keep addressing Reinaldo as "Major". He should be stripped of this title. He does not have the honour of a Major. He does not serve the country.. he serves himself and his ambitions!

He is so critical of the government yet he has nothing educated to say. If he thinks he can do a better job then why doesnt he come up with a better alternative then?

He thinks the country will be too unstable to take to the polls next year.... but yet who is creating the instability??? If he truely wanted to find a better resolution to the current crisis then why does he not support the interim government in trying to do so so that the elections will take place and the new government will be democratically elected just like the previous one was.

And for Reinaldo to say "we are not criminals... we are not the oppressors of the people..." What a joke.... You bring fear among the pople. your group create instability.. people ARE NOT FREE to walk the streets of Dili... Is that not oppression???

Bibere

.

Líder amotinado de Timor-Leste ameaça com revolução

Tradução da Margarida.

The Australian
Stephen Fitzpatrick, Jakarta correspondente
Setembro 11, 2006

O desertor Alfredo Reinado de Timor-Leste prometeu uma revolução ou a luta até à morte a não ser que o Governo interino de José Ramos Horta seja despedido e o poder executivo entregue ao Presidente Xanana Gusmão.

Major Reinado, que juntamente com dezenas dos seus seguidores fugiu da prisão em Dili em 30 de Agosto, está em fuga no interior do país montanhoso e diz que se tropas internacionais, incluindo soldados Australianos, tentarem apanhá-lo à força "tudo o que encontrarão é o meu corpo morto ".

Numa entrevista a ser vista esta semana na televisão Indonésia, acusa o deposto primeiro-ministro Mari Alkatiri de "guardar o controlo remoto que dirige o Governo, usando os seus agentes no interior ".

O Major Reinado diz que está preparado para assumir a responsabilidade da sua parte na violência que rolou em Timor-Leste em Maio, levando à morte de cerca de 30 vidas, "mas somente quando a lei for leal para a gente pequena ".

Enquanto outros jogadores políticos por detrás dos confrontos mortais se mantiverem livres, diz, não se entregará e que a sua prisão em 25 de Julho "às ordens de José Ramos Horta" foi uma tentativa para o silenciar.

O Major Reinado estava preso por tentativa de homicídio e acusações de armas, mas disse que fugiu depois de ser ultrapassado um limite de 30 dias para que o processassem, sem nada ter acontecido. "Não fugi da lei. Estou aqui para dar uma oportunidade à lei para ser implementada correctamente," diz o Major Reinado.

Diz que a administração do Sr Ramos Horta está sob a influência de "o que posso chamar de máfia de Moçambique, incluindo Mari Alkatiri com o seu gang".

O Dr Alkatiri, que saiu do cargo de primeiro-ministro em Junho depois de protestos violentos, foi o responsável pela feitura do orçamento nacional entregue pelo Sr Ramos Horta, que prevê o desenvolvimento regional e das infra-estruturas serem feitos agressivamente.

Uma das críticas contra o Dr Alkatiri er que o seu governo não estava a canalizar o dinheiro para os distritos - uma percepção que o seu próprio orçamento tentou responder.

Quando resignou, o Dr Alkatiri prometeu liderar o seu partido no poder, a Fretilin para a vitória nas eleições previstas para Maio do próximo ano. Mas o Major Reinado diz na entrevista que duvida que o país seja suficientemente estável para se realizarem eleições.

"Demos tempo ao Governo para resolver este problema, mas se não o resolverem haverá uma revolução, envolvendo aplicação correcta da lei, e todos os líderes que quebraram a lei devem preparar-se para enfrentar julgamento."

Diz que a Joint Task Force liderada pelos Australianos só foram usadas para "perseguir pessoas, incluindo o meu grupo ". "Porque é que fizeram isso? Não somos criminosos, não somos ladrões. Não somos os opressores do povo."

.

A remoção de Mari Alkatiri

Tradução da Margarida.

Vannessa Hearman

O Major Alfredo Reinado e outros 56 escaparam-se da Prisão de Becora em Dili em 30 de Agosto. Nesse dia, uma reportagem de David O’Shea e John Martinkus na Dateline da SBS alegou ligações entre o Presidente Xanana Gusmaão e os desertores militares Reinado e Comandante Railos.

Reinado liderou um bando de desertores em Maio depois de tiros numa manifestação de protesto ao tratamento de soldados do oeste do país. Reinado tornou-se vocal na exigência da resignação do então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. Foi preso por posse ilegal de armas em 26 de Julho.

A Railos foi dado tratamento de estrela na reportagem de Liz Jackson, Four Corners na ABC para testemunhar que Alkatiri conhecia a existência de esquadrões de ataque da Fretilin. Não foram feitas acusações contra Alkatiri relacionadas com esta alegação.

Martinkus e O’Shea argumentaram que por detrás da remoção de Alkatiri em Julho está uma embaraçosa rede de interesses domésticos e internacionais. Alegam que as preparações para um golpe político para remover o governo da Fretilin começaram antes da crise violenta de Maio-Julho Dili e que para o final do ano passado o chefe das Forças Armadas Taur Matan Ruak e o altamente respeitado ex-comandante das Falintil Falur Rate Laek foram contactados por Timorenses e estrangeiros falantes de Inglês, possivelmente Australianos ou dos USA, para remover o governo.

Dateline detailhou os esforços da Igreja Católica para remover o governo da Fretilin porque a Fretilin estava “completamente alheia e separada das raízes das nossas realidades culturais, sociais e históricas”. Líderes da igreja e subscritores da carta de Abril de 2005 enviada para o Presidente do parlamento, argumentando para a remoção de Alkatiri, recusaram ser entrevistados. Comandantes de alto nível militar também relataram serem encorajados por líderes da igreja para remover Alkatiri.

No magazine online New Matilda, Martinkus realçou a existência de uma nota escrita à mão por Gusmão datada de 29 de Maio dando instruções a Reinado para onde ele e os seus homens se deviam instalar com a chegada das tropas Australianas. Tal como os líderes da igreja, também Gusmão recusou ser entrevistado pelo Dateline.

Martinkus e O’Shea também sugeriram que o líder do Partido Democrático Fernando de Araújo contava com o apoio do antigo operacional das Forças Especiais da Indonésia Rui Lopes e do antigo líder das milícias Nemecio de Carvalho. O Partido Democrático organizou algumas das mobilizações anti-Alkatiri e fez circular alegações de sepulturas de massas feitas pelas forças do governo.

Dateline relatou que Railos e Reinado estiveram envolvidos em provocar e iniciar confrontos armados em Fatu Ahi e Taci Tolu. Reinado abriu o fogo em Fatu Ahi, o que foi captado em câmara por O’Shea para a SBS.

O Procurador-Geral Timorense Longuinhos Monteiro confirmou que se tinha descoberto que Railos tinha começado um confronto armado em Taci Tolu nos subúrbios oeste de Dili.

Também se descobriu que o Comandante da Polícia Paulo Martins entregou armas a polícias da unidade da reserva em Liquica, Aileu e Dili — três distritos com uma grande concentração de forças anti-Fretilin. Estas armas ainda não estão completamente computadas.

Ao contrário da fanfarra que recebeu a Four Corners da ABC TV quando emitiu as alegações de Railos, os relatos da Dateline focaram-se na ameaça de Reinado para disparar contra alguém que tentasse recapturá-lo. Num telefonema para O’Shea, que passou na Dateline em 6 de Setembro, Reinado indicou a sua insatisfação com o modo como está a ser tratado pelo governo de José Ramos-Horta, sugerindo que o seu papel foi crucial para a mudança no topo.

Alkatiri concluiu que a sua postura independente sobre os recursos do petróleo e do gás no Mar de Timor poude ter levado a tentativas para o remover do interior e do exterior do país. Disse à Dateline, “O único primeiro-ministro no mundo que me estava realmente 'a avisar’ quote-unquote, para sair, foi o primeiro-ministro da Austrália”.

Da Green Left Weekly, Setembro 13, 2006.

Técnicas de um Golpe de Estado

Por Abel Morais, leia aqui.

.

Dos leitores

Barroso, bem intencionado, quer minorar o domínio australiano em TL, aplicando a teoria de que dois "galos na mesma capoeira controlam-se um ao outro e contêm-se nos abusos", mas esqueçe-se que no meio ficam os timores e que são sempre eles que sofrem as consequências das lutas palacianas.

A U.E. tem é de apoiar seriamente e alargar os cordões á bolsa, aos técnicos, à construção de infraestruturas, etc.

Está provado de que quem tem interesses economicos em jogo não consegue ser isento, imparcial e justo... nem amigo a sério.

A U.E, pode ser a "boa samaritana" e o tampão da ganância que massacra o povo deste país.

.

Amotinado de Timor-Leste censura o governo por causa das tropas internacionais

Tradução da Margarida.

09 Set 2006 10:51:12 GMT
Fonte: Reuters
Construção de nação de Timor-Leste


DILI, Set 9 (Reuters) – Um líder amotinado Timorense que fugiu da prisão no mês passado diz que a presença de tropas internacionais no país dividido por lutas mostra que o governo é incapaz de governar.

O Major Alfredo Reinado foi um dos jogadores chave por detrás duma revolta que mergulhou Timor-Leste no caos em Maio, estimulando a Austrália a liderar uma força internacional para restaurar a ordem.

Tropas e polícias internacionais têm-no procurado desde que fugiu da prisão, juntamente com cerca de outros 50, o que tem levantado preocupações novas sobre a segurança frágil na antiga colónia Portuguesa.

"Penso que quando se necessita da força internacional para interferir (nos) problemas internos isso significa que o governo não tem (a) capacidade para governar este país," disse Reinado à Reuters Television do seu esconderijo.

"Se o governo não tem mais credibilidade então as pessoas têm o direito para lhe pedir para se afastar."

Dili sofreu uma série de protestos que evoluíram em violência alargada em Maio depois de 600 membros das forças armadas de Timor-Leste de 1,400 elementos terem sido despedidos.

Uma estimativa de 100,000 pessoas foram deslocadas e pelo menos 20 mortas na violência, o que levou ao destacamento duma força internacional de 2,500.

A violência rebenta na pequena nação esporadicamente, e alguns Timorenses dizem que gangs lutam muitas vezes uns com outros com pedras e armas caseiras.

No Sábado, dúzias de jovens atiraram pedras a um campo de deslocados em Dili, levando tropas internacionais a intervirem para acabar com a briga.

Um oficial da polícia Australiana disse à Reuters de Dili que não houve mortes e que a calma regressou à área.

Reinado negou a responsabilidade pela violência na pequena nação. "Porque é que estão (as forças internacionais) à minha procura? Eu não sou o causador de problemas, não cometi nenhum acto criminoso nem nada."

As Nações Unidas concordaram com uma nova missão para Timor-Leste, compreendendo alguns 1,600 polícias, apesar duma disputa sobre se as tropas lideradas pelos Australianos que já lá estão deviam manter-se independentes ou ser parte da força da ONU.

.

Reinado nega a responsabilidade pelo desassossego em Dili

Tradução da Margarida.

ABC News Online
Domingo, Setembro 10, 2006. 12:12pm (AEST)

O líder amotinado Timorense Major Alfredo Reinado diz que não tem controlo sobre os causadores de problemas em Dili.

Numa das poucas entrevistas que deu desde que fugiu duma prisão de Dili no mês passado, Reinado diz que não é responsável pelo recente aumento do desassossego na capital.

No último incidente, a polícia usou gás lacrimogéneo contra dúzias de pessoas que atacaram um campo de deslocados com fundas e pedras a noite passada.

Esta manhã a Austrália destacou outros 120 soldados para Timor-Leste.

Reinado diz que não deve ser acusado pela a escalada das tensões em Dili.

"Não estou a causar nenhum problema, veja esses ... causadores de problemas, não estou a controlá-los," disse.

"Se alguma coisa acontece em Dili, de qualquer modo, não estou em Dili, quem os controla , não sei.

"Mas devia ir perguntar a esses causadores de problemas porque é que estão a fazer isto."

Reinado diz que as tropas Australianas se deviam concentrar em manterem a lei e a ordem em, em vez de tentarem apanhá-lo.

"Se as forças internacionais vêm à minha procura, porque é que ma procuram?" disse.

"Não sou um causador de problemas, não fiz nada.

"Vieram para controlar a estabilidade – quer dizer que têm de estabilizar."

.

Mais propaganda...

Tradução da Margarida.

The Age
O povo de Timor-Leste reza pelo líder amotinado
Setembro 10, 2006 - 1:09PM

O povo das montanhas de Timor-Leste rezará para proteger o fugitivo Alfredo Reinado da captura numa missa especial na Terça-feira, 12 dias depois do antigo chefe da polícia militar ter escapado duma prisão de Dili.

"Para nós, ele defende a justiça, os direitos humanos e a constituição," disse o organizador Eduardo de Deus.

"O problema é que o nosso sistema legal não corresponde às aspirações do nosso povo."

Reinado, o antigo comandante da polícia militar do país, foi preso por tropas Australianas em Julho sob acusações de tentativa de homicídio e posse ilegal de armas. Fugiu numa fuga de massas de 57 presos em 30 de Agosto.

Milhares de apoiantes do oficial dissidente de 39 anos da região montanhosa do oeste são esperados na igreja de Gleno, no distrito de produção de café de Ermera, segundo um anúncio posto pela Frente Nacional para a Justiça e a Paz no diário Suara Timor Lorosae.

O anúncio diz que uma missa Católica prestará homenagem à "coragem do Major Alfredo Reinado na sua continuada luta contra a injustiça".

Reinado e a maioria da sua unidade desertaram das forças armadas para protestar contra o alegado tiroteio contra civis em Taci-Tolo no distrito de Dili em 29 de Abril, o evento que desencadeou a violência e a instabilidade.

Em pessoa, os ideais de Reinado parecem confusos, excepto pelo amor ao militarismo.

Mas a sua juventude e a rejeição da liderança política do país fizeram dele um herói de culto para a geração mais nova educada pelos Indonésios.

De Deus disse que as acusações contra Reinado de posse ilegal de armas e a tentativa de homicídio não o preocupam, mesmo apesar do filme mostrado na televisão Australiana o mostrar a disparar com uma arma roubada às forças armadas.

De Deus contou mais cedo ao diário Timor Post que a juventude de dez distritos do oeste de Timor-Leste se comprometeram a "proteger e esconder" Reinado, que tem andado a gozar os que o procuram em entrevistas telefónicas com a media internacional.

Negou que Reinado estivesse na sua área.

"Os locais disseram que não estavam interessados, por isso partiram," disse.

A Polícia Federal Australiana está a liderar a busca por Reinado, mas uma fonte disse que nenhum dos fugitivos foi recapturado.

A polícia Timorense ainda procura fugitivos duma fuga de massa da mesma prisão em Dezembro de 2002.

© 2006 AAP

Fugitive E Timor rebel leader threatens revolution

The Australian
Stephen Fitzpatrick, Jakarta correspondent
September 11, 2006

EAST Timor renegade Alfredo Reinado has promised revolution or a fight to the death unless the interim Government of Jose Ramos Horta is sacked and executive power handed to President Xanana Gusmao.

Major Reinado, who along with dozens of his followers escaped from jail in Dili on August 30, is on the run deep in the country's rugged inland and says that if international troops, including Australian soldiers, try to take him by force "all they will find is my dead body".

In an interview to be screened this week on Indonesian television, he accuses deposed prime minister Mari Alkatiri of "holding the remote control that directs the Government, using his agents on the inside".

Major Reinado says he is prepared to take responsibility for his part in the violence that rocked East Timor in May, leading to the loss of about 30 lives, "but only when the law itself is loyal to the little people".

So long as other political players behind the deadly clashes remain free, he says, he will not turn himself in and that his arrest on July 25 "at the orders of Jose Ramos Horta" was an attempt to silence him.

Major Reinado was imprisoned on attempted murder and firearms charges, but said he escaped after a 30-day time limit to bring proceedings against him had passed without anything happening. "I didn't run from the law. I'm here to give the law a chance to be implemented correctly," Major Reinado says.

He claims Mr Ramos Horta's administration is under the influence of "what I can call the Mozambique mafia, including Mari Alkatiri with his gang".

Dr Alkatiri, who stood down as prime minister in June after violent protests, was responsible for shaping a national budget handed down by Mr Ramos Horta, which will see regional and infrastructure development carry on aggressively.

One of the rallying cries against Dr Alkatiri was that his government was not funnelling money back to the districts - a perception his own budget attempted to address.

When he resigned, Dr Alkatiri vowed to carry his ruling Fretilin party to victory at elections due in May next year. But Major Reinado says in the interview that he doubts the country will be stable enough for polls to take place.

"We have given the Government time to resolve this problem but if they cannot resolve it, there must be a revolution, involving correct law enforcement, and all the leaders who have broken the law must be ready to face trial."

He says the Australian-led Joint Task Force had only been used "to hunt the people, including my group". "Why have they done this? We are not criminals, we are not thieves. We're not the oppressors of the people."

.

Dos leitores

Compreenderia o que afirma em relação ao Reinado e da impossibilidade, ou dificuldade, de o capturarem se ele tivesse absoluto apoio popular, como os guerrilheiros da resistência. Não é o caso. Sabemos em absoluto que não é o caso.
Ele não está evadido por patriotismo mas sim porque convém para a manutenção da instabilidade.

Além disso, o comandante das forças australianas diz que sabe onde ele está... Slat disse isso hem.

Pudera, foram eles que o puseram cá fora!

Acidentalmente, ou não, a GNR desmascarou-o e os australianos não tiveram outra hipótese senão detê-lo. O tribunal fez o resto.

Nesse momento, a estratégia australiana foi contrariada e agora está a ser reformulada para cumprir os objectivos delineados pelos interesses da Austrália.

Ora, amigo, não seja tão ingénuo. Acredite que quando Reinado não servir aos australianos... vai aparecer defunto e podre algures no interior.



O jogo dos australianos está a resultar: Reinado a vítima, o rebelde, o revolucionário, o justiceiro, o pai, o leader, o salvador, o futuro promissor, etc.

Já há cabecinhas a esquecer quem é realmente Reinado: um peão ao serviço da Austrália, colocado em TL para isto e muito mais.

Nos comments dá para perceber que já há quem esteja a ficar anestesiado com as jogadas da secreta australiana e a considerar Reinado o novo "desejado".

Ainda vamos ver este aussie a ser aclamado em Díli. Eles estão a trabalhar para isso. A acção psico e as jogadas políticas estão a resultar em pleno.

Eles só não o apanham porque não querem. Slat não disse que sabe onde ele está?

Então? Deram-lhe a fuga e agora iam apanhá-lo?

Se Reinado não estivesse a cumprir o calendário dos interesses australianos teria procedido de outro modo. Se se preocupasse com a estabilidade do povo de TL não recorreria á violência e consequentes chacinas.

Seria um patriota enfrentando na arena política os que estavam errados e a prejudicar o povo de Timor.

Como isso era impraticável, por falta de apoios populares, ele e os seus mentores tiveram de recorrer à violência e provocar um golpe de estado.

Reinado é um escroque!

Estejam atentos, meus amigos. O maior cego é aquele que não quer ver.



O Major Reinado apoiado pelo Povo? qual povo ou anónimo das 11.19.55. Qual povo e qual major? ex-major e nem sequer antigo! Ex-major pois é um desertor e triplamente criminoso! O senhor Reinado vai ser abatido pelos seus próprios professores. Reinado falará, já começou a ameaçar Horta e já ameaçou Xanana. Xanana tinha de facilitar a saída de reinado da prisão. Reinado fez saber na presidência e através de amigos australianos que abriria a boca e contaria tudo. Reparem como ele já se atira a Horta dizendo que o actual primeiro-ministro não está a cumprir para com ele. A única forma de calar Reinado é eliminar o rapaz, já serviu e já não serve.

O Povo de Timor se fosse povo esclarecido preocupava-se em capturá-lo no mato, junto das aldeias para memória futura. Reinado deve ser apanhado pelo seu próprio povo para contar quem orquestrou e as ordens recebidas. Se eu fosse a Reinado aproveitava para deixar testemunhos gravados com a história toda. A fuga da prisão pode ter sido a fuga para a morte.

Por mim quero que Reinado sobreviva à morte para que a verdade do golpe, na parte militar, não morra com ele.

Quando a Ramos Horta já não está a servir a ninguém, nem a Reinado, Salsinha, Tilman, Austrália, PSD, PD, USA, Igreja Católica.

Horta vai cair e com ele o governo FRETILIN.

O partido FRETILIN asneirou ao aceitar esta situação, nunca em tempo algum vitimados por golpe de Estado aceitariam continuar no governo.

A desculpa de que o povo partiria para a guerra já não pega. O povo timorense está habituado a levar na cabeça, calar-se e esconder-se, nunca entrarão em guerra civil.

Guerra será para uns duzentos ou trezentos armado - os outros os tais 800 mil fogem para a Indonésia, Portugal, Austrália e para o mato.

Que pena.

Reinado sobrevive e fala a verdade a tua missão terminou e a tua vida está ameaçada pelos teus próprios amigos. Fala e já.



Reinado diz que o "sinal da incapacidade do executivo é a presença das forças internacionais no terriório".

Que forças internacionais? Portuguesas e Malaias?

Certamente que Reinado não considera internacionais os milhares de militares australianos. Esses serão irmãos, amigos, cúmplices?

Deve ser algo do género, pois assim que chegaram a TL lá foram expeditos a Maubisse cumprimentá-lo, provavelmente transmitir-lhe cumprimentos de Howard e acordar o resto das operações a desenvolver após aquela primeira fase.

Não esqueçamos como os militares australianos receberam a GNR e o conflito diplomático que lhe sucedeu.

Fez bem quem não se limitou a solicitar a ajuda militar só á Austrália pois era isso que estava nos planos do governo australiano. Ia pôr e dispor. Assim está a operar com muito mais dificuldade.

De mais longe, Portugal e a Malásia foram mesmo ajudar Timor, gorando a estratégia australiana de implantar o caos exacerbado para justificar a sua ocupação e o seu neocolonialismo.

Dos neozelandeses nem se fala pois são "paus mandados" da Austrália.

Aquilo que resta à ONU é reduzir substancialmente os efectivos militares australianos, substituindo-os gradualmente por militares e polícias de países fora de esferas de influências das nações que em TL têm interesses económicos.

Compete à ONU ser inequívoca, sob pena de, se não agir assim, também ser cúmplice na trama australiana/USA.

Faça a ONU o que fizer, se isto não fizer, os problemas em Timor-Leste serão para manter-se até que o petróleo e o gás natural sejam sugados até à última gota.

KATUAS DE TAIBESSE



sabe que as forças policiais em Tacitolo não tinham armamento capaz de suster o poder de fogo dos desertores (aos quais o senhor chama de peticionários)?

Essa é a verdade. Veja o equipamento que Reinado roubou do paiol das F-FDTL. Veja se consegue perceber o que são milhares e milhares de diversos tipos de munições de armas de guerra. Caixas e mais caixas de granadas defensivas e outros engenhos explosivos. Não se faz um transporte desses sem uma garantida cobertura.

Os desertores que estavam em Tacitolo tinham um poder de fogo militar e não policial.

Está nos autos, vá lá ver se o deixarem.

Reinado continua a ter forte poder de fogo. Aquilo que trouxe para Dili a coberto dos australianos é apenas uma parte. Outra parte está nas montanhas com Salsinha e Tilman, hoje estão distribuídas armas e munições. Salsinha, Tilman e Reinado dividiram os seus grupos e tomaram posições em três zonas interiores do país. Há uma quarta força satélite que se dedica a praticar o crime em Dili - estão mandatados para manter a instabilidade social e governativa. Porquê, fácil meu caro, pela simples razão de que o governo ainda é do partido mais votado pelo povo a FRETILIN.

Simples de ver independentemente do coração e razão de cada um de nós.

está recordado que quando Xanana mandou parar e sair de Dili aqueles que destroem propriedade privada e estatal e atacam pessoas, eles acataram logo de imediato as ordens?

Está recordado das significativas declarações (de rato escondido com o rabo de fora) de Xanana em frente ao palácio dando palmadinhas na carinha de Railós e dizendo aos salsinhas e seus apoiantes que "graças à vossa esperteza ganhamos esta guerra!"?

Quer mais? Já lhe chega?




A sério? Ditadura? Incrível. Você vive mesmo aqui em Timor-Leste? Eu já cá estou há mts anos e não vi ditadura. Vi laxismo. Vi falta de capacidade de muitos ministros para cumprir com as suas obrigações. Vi a corrupção a subir na administração pública semelhante à norma indonésia. Vi amigos dos amigos de alguns ministros a ajeitarem-se à massa. Vi falta de coragem na punição, mas também vi muita falta de coragem no acusador!

Mas também vi capacidade de erguer uma nação, construir combatendo a pobreza, elevando o sentido de pátria, também vi a defesa integral das gerações vindouras.

O senhor só viu ditadura... meu caro ditadura onde nem a comunicação social é controlada pelo próprio estado? Onde as pessoas podem fazer manifestações de quase um mês. Onde as pessoas se podem ofender e lançar calúnias à toa sem pagarem um preço por isso?

Ditadura? Não meu amigo não a vi!

Vi muitas outras coisas. Vi o Dateline que me confirmou aquilo que eu próprio já sabia.

Vi o Fernando Lasama com o Nemésio (conheci esse senhor na ocupação, verdadeiro frustrado e animal com sede de sangue afirmarem o golpe de estado. Vi o Xanana a dar ordens. …

Vi a loucura dos bispos que bem conheço, bem escuto e escutei. Do Apolinário padre dos múltiplos ordenados e de raiva mortal contra a Fretilin. Vi o padre Maubere qual cão com raiva a rasgar jornais com a imagem do papa João Paulo II. Vi o padre Filomeno Jacob cm a namorada a gerirem a contra informação da manifestação e a viverem com o bispo anedótico Ricardo Silva.

Vi o Leandro armado com arma pois normalmente é em parvo que anda. Vi o Railos, o Salsinha, o Reinado e o Tilman com o presidente, com o Agio. Vi o Fátima Martins integracionista sem capacidade no cargo imposto por Sérgio Vieira de Mello. Vi tanto e continuo a ver que já não acho piada a nada.

Saiba meu caro que o senhor Longuinhos declarou publicamente que RAILOS ESTEVE EM TACITOLO ARMADO E A COMBATER A PNTL E AS F-FDTL.

Saiba, saiba e saiba!



O senhor deputado Tilman acabou por veicular a opinião de muitos, dentro e fora de Timor-Leste.

A reconciliação é possível e será bem vinda, mas deve ser exercida com imparcialidade e auto-crítica.

Quem nos diz que Xanana consegue reconciliar-se com ele próprio? Melhor que ninguém, o senhor presidente sabe o que fez e o que continua a fazer. Também sabe aquilo que devia ter feito, mas não quis fazer, para evitar o avolumar desta crise.

Tudo leva a crer que o senhor presidente Alexandre está com a consciência muito pesada e bastante comprometido com "peticionários", australianos e outros.

Afinal, o mito tinha pés de barro e... caiu.

Seria óptimo que ele demonstrasse ser um indivíduo com bom carácter e se retratasse, pedisse desculpas e defendesse os interesses de Timor-Leste e a estabilidade nacional.
Só assim Xanana se reconciliaria com Xanana e seria um dos garantes da paz e evolução deste novo país.

Depois então viriam as outras reconciliações e a preparação democrática de um clima propício a eleições livres em 2007. É muito improvável que ele seja capaz de fazer tudo isso.

Mesmo que o fizesse levaria algum tempo a acreditarmos nele. Teria de dar muitas provas e desvanecer as desilusões que fomentou.

A proposta é válida e Timor merece isso... Mas é para já, sem mais jogadas!


KATUAS DE TAIBESSE

.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.