terça-feira, setembro 26, 2006

East Timor PM, dismissed soldiers meet

Sep. 26, 2006


GUIDO GOULART
Associated Press

DILI, East Timor - East Timor's prime minister met Tuesday with hundreds of soldiers whose dismissal earlier this year sparked fierce gunbattles in the capital, and the eventual installation of a new government.

Jose Ramos-Horta told the men, who have been based in a camp on Dili's outskirts for more than six months, that he was willing to listen to their grievances and to provide back pay.

He said those who were not involved in violence that wracked the tiny nation in May could be eligible to return to their jobs. The fighting between rival factions of the armed forces gave way to gang warfare, arson and looting.

"I came here today to meet with the (dismissed soldiers) and to see for myself how they are doing economically," the Nobel Peace Prize-winning prime minister told reporters. "I also want to hear their complaints."

Then-Prime Minister Mari Alkatiri dismissed 591 soldiers from the 1,400-member army in March after they waged a strike for months to protest alleged discrimination in the military.

At least 30 people were killed and 130,000 driven from their homes in fighting that followed the dismissal but eased with the arrival of thousands of international peacekeepers and the installation of a new government headed by Ramos-Horta.

The prime minister said until the government had completed its investigation into events leading to the crisis, the dismissed soldiers "still have the right to receive their salaries every month."

"Those soldiers who really wish return to the army" may still have that opportunity, he added.

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Recusa de Mascarenhas Monteiro é perda para Timor-Leste, PM

Díli, 26 Set (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, considerou hoje uma perda para Timor-Leste a recusa do antigo presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro em aceitar o convite de Kofi Annan para o representar em Díli.

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De um leitor

A desigualdade no país do Sol Nascente não o senti no tempo de Portugal.

Orgunlho-me de ser Luso Timorense. Frequentei a escola primaria de Dili onde a 98% (ou mais) de alunos eramos nascidos em Timor. Os não nascidos na ilha podiam ser contados pelos dedos . Eu andava na classe de uma professora chamada Dalila Cardoso Dias e o único aluno não nascido em Timor era filho de um sargento, não me lembro do apelido, só me lembro que era o Francisco António. O filho da professora Dalila, o João Pedro era aluno de outra professora a Maria Helena Mendonça.

Porque digo isto? Simplesmente para realçar que o que alguns dizem aqui só os filhos dos portugueses ( europeu ) iam para a escola de Dili que erradamente é classificada com sendo escola de elite. Não é verdade como pode,m ver no que estou a dizer. Hoje para se armarem em grandes defensores do Povo timorense, vêm com invenções , história inventadas cheias de declarações bombasticas para poderem vender a sua banaha da cobra.

Talvez seja bom realçar que também se podia contar pelos dedos os alunos filhos da comunidade chinesa. Nessa altura eram só os filhos do Wu Pung (?) ( hoje coronel ou major Chung, seu irmão o medico, são mais velhos que eu e a filha Luisa que somos da mesma idade) . Os chineses tinham a sua escola própria e pouco se misturavam com os timorenses . Em relação à comunidade chamada de árabe então era pior ‘ era uma comunidade muito pequena e tinham a sua propria escola.

Como diz o anonimo anterior o que Portugal não fez em Timor, também não fez nas suas aldeias Alentejanas ou Algarvias. Só quem não lê a história do passado ligada ao presente de Timor Leste é que fala sem fundamento.

Eu orgulho-me de ter uma grande ligação com Portugal. Aprendi a ser uma pessoa inclusiva e abrangente . E é assim que os Timorenses (alguns de má vontade , devo frisar) devem ser, porque o Povo de Timor-Leste é uma autentica salada de misturas de origens de todas as ilhas adjacentes, do aborigene australiano, do papuasio, etc, etc..Não há timorense puro...

Afinal o que somos? Polinésios, Melanésios ou o quê? Não interssa somos apenas seres humanos a viver numa ilha que poderia ser um Paraiso chamado Timor e num Pais que poderia ser o melhor pais do Mundo chamado Timor-Leste.

Sou Timorense de nacionalidade, nascimento mas com orgulho e reconhecimento por aquilo que sou graças aos meus amigos e professores ( por Timor passaram muitas Dalilas e Helenas) que souberam ensinar-nos a cartilha de Jão de Deus e a cartilha do ser Humano que é o Respeito mútuo independentemente da sua origem, raça, cultura ou religião . Por isso digo

Viva Portugal e Obrigado!


Kuda Talin (Rebo Rebo)

O que o porta-voz do PR se esqueceu de dizer...

Na LUSA:

"Não fazemos comentários ao anúncio [do ex-presidente de Cabo Verde]. O convite é uma prerrogativa do secretário-geral da ONU", disse o porta-voz de Xanana Gusmão à Lusa, escusando-se também a comentar as razões avançadas por Mascarenhas Monteiro para recusar o convite."


Quantas cartas o PR enviou a Kofi Annan sobre a nomeação do seu novo representante, e em quantas reafirmava o seu pedido para que Hasegawa não fosse substituído...

Reinado lança video

Reinado concretiza sonho e assume-se como artista de cinema. Já nas bancas, o video de propaganda do Alfredo Reinado, com música e tudo.

As imagens logo após a sua "libertação" da prisão de Becora, fecham este filme.


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De uma leitora

E repare-se como a xananista número um, Ana Gomes, já na quinta-feira (antes portanto de Mascarenhas Monteiro ter sido informado das "pequenas reservas") já se pavoneava:

Quinta-feira, Setembro 21

Precipitações

Em Portugal, Cabo Verde, Timor Leste estreleja-se pela indigitação do ex-Presidente de Cabo Verde, Dr. Mascarenhas Monteiro, para Representante Especial do Secretário Geral do ONU em Timor Leste, em substituição do japonês Hasegawa.

Já chovem felicitações sobre o indigitado!

Mas atenção! Em matéria de nomeações internacionais - e não só - convem nunca deitar foguetes antes da festa...

[Publicado por AG] 21.9.06
http://www.causa-nossa.blogspot.com/


Margarida.

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JN Semanário - Editorial

24.06.2006

Ele há soluções para tudo menos para a recuperação das vidas perdidas. Há, inclusivamente, beija mãos declarados e jovens que falam nos bairros que “têm de ir partir mais umas coisas” para “encaixar umas notas verdes”. Ele há, portanto, mil maneiras de se executar qualquer coisa.

Triste é que aqui na nossa capital muitos saibam como está a funcionar o financiamento a alguns grupos de malfeitores, mas todos continuem com o medo de denunciar quem persistentemente continua a dar corpo a acções que a cada dia que passa desacreditam ainda mais o pais internacionalmente e põem em causa a estabilidade e paz nacionais.
Xavier do Amaral, um dos nossos “mais velhos” apresenta uma solução para amenizar, ou até mesmo apagar do vocabulário algo que gera violência promovida pela ingestão de doses de ignorância ministradas por hábeis da manipulação das mentes, vítimas da iletracia.

Ao tentar apresentar a penalização dos termos Lorosa’e e Loromonu através de legislação “forte e clara”, Xavier do Amaral está vestido de boas intenções para acabar com esta chalaça que alguém se lembrou de promover gratuitamente. Contudo, seria fácil se uma lei, um despacho o que quiserem conseguisse, por si só, pôr termo ao conflito “regional” doméstico. Não nos parece que seja por aí. Somos mais pela apresentação do “filme dos acontecimentos” e passar a “película” em todo o país de forma intensiva. O Povo não é parvo e a seu tempo sentirá a verdade. De qualquer forma damos os parabéns, àquele que foi o primeiro Presidente da República Democrática de Timor-Leste, pelo seu contributo para acabar com o conflito. A lei não se aplicaria e ponto final.

A demonstração ao Povo de que ao confrontarem-se pelo regionalismo induzido estão a errar passa por um esclarecimento público das próprias FALINTIL-FDTL, sobre quem é que nunca abandonou a hierarquia militar. Quem são os que ficaram? De onde são? Onde nasceram? É necessário que o Povo saiba se só lá estão os tais “Lorosa’e” ou se também lá há “Loromonu”. Pertinente? Não, de justiça para com o nosso povo. De esclarecimento para capacitar o povo de análise à situação.

A situação actual é perfeitamente ultrapassável. Mas ultrapassável pela razão das coisas e pela aplicação da justiça crível. Jamais se poderá alcançar a normalização nacional enquanto persistirem ingerências que não honram a dignidade e identidade dos partidos políticos. As forças políticas têm a legitimidade que a Lei dos partidos políticos lhe confere. Aos partidos políticos e direito de associação dos cidadãos faz luz a própria Constituição da República. Aos direitos e garantias também a Carta Magna defende e ordena. Desta forma, não restam muitos caminhos para a normalização. A não ser um e só um: o respeito integral pela Constituição da República, logo o respeito pelo próprio Povo, homenageando sentidamente os nossos ente queridos que deram a vida pelo país durante a ocupação indonésia.

JNSemanário

Notícias

Mascarenhas Monteiro recusa cargo devido "reservas de potências"

Cidade da Praia, 25 Set (Lusa) - O ex-presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro anunciou hoje que recusou o convite de Kofi Annan para representar o secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste devido a reservas de "partes externas a Timor" em relação ao seu nome.

"Tomei a decisão de desistir [do cargo] por uma questão de honra e dign idade, de auto-respeito e por respeito ao povo cabo-verdiano que me elegeu duas vezes" para Presidente da República, afirmou Mascarenhas Monteiro em conferência de imprensa na Cidade da Praia.

Mascarenhas Monteiro não quis revelar quais as partes que mostraram reservas em relação à sua nomeação para o cargo de representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, mas afirmou tratar-se de "partes externas a Timor" e referiu "potências fortemente envolvidas que têm forças no terreno".

Austrália, Nova Zelândia, Portugal e Malásia são os países que mantêm forças policiais e militares em Timor-Leste.

"As funções de representante do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste são amplas e têm de ser exercidas com boa vontade de todas as partes envolvidas. As partes que têm forças no terreno são indispensáveis e havendo res ervas pode não haver colaboração", disse Mascarenhas Monteiro, frisando que a sua desistência do cargo
para que foi convidado por Kofi Annan poderá evitar "problemas mais tarde".

"É melhor desistir agora do que criar problemas mais tarde, sobretudo a tendendo à complexidade da situação timorenses", afirmou.

Perante a insistência dos jornalistas para que identificasse o país ou países com "forças no terreno" que manifestaram reservas à sua nomeação, Mascarenhas Monteiro recusou-se a identificá-los insistindo tratar-se de "potências fortemente envolvidas na questão de Timor-Leste".

Mascarenhas Monteiro explicou que já comunicou esta decisão ao secretário-geral adjunto da ONU para as Operações de Manutenção da Paz, Jean-Marie Guéhenno, num contacto telefónico na sexta-feira passada, que lhe pediu um compasso de espera para resolução de alguns problemas.

"Na altura, disse ao secretário-geral adjunto que eu já sabia que havia reservas quanto ao meu nome de algumas partes envolvidas em Timor e que já não estava interessado no exercício das funções", referiu.

Mascarenhas Monteiro disse que Jean-Marie Guéhenno lhe assegurou que estas reservas eram ultrapassáveis e que tanto ele como Kofi Anan acreditam que é a pessoa indicada para o cargo.

António Mascarenhas Monteiro disse ainda aos jornalistas que Jean-Marie Guéhenno tentou demovê-lo desta decisão, assim como o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, que o visitou hoje manhã, mas frisou que a sua decisão é irreversível.



Presidência República recusa comentar decisão Mascarenhas Monteiro

Díli, 25 Set (Lusa) - A Presidência da República timorense recusou hoje comentar a decisão do ex-presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro de recusar o convite de Kofi Annan para o cargo de representante especial do sec retário-geral da ONU em Timor-Leste.

"Não fazemos comentários ao anúncio [do ex-presidente de Cabo Verde]. O convite é uma prerrogativa do secretário-geral da ONU", disse o porta-voz de Xa nana Gusmão à Lusa, escusando-se também a comentar as razões avançadas por Mascarenhas Monteiro para recusar o convite.

António Mascarenhas Monteiro anunciou hoje em conferência de imprensa n a Cidade da Praia que recusou o convite de Kofi Annan devido a reservas de "part es externas a Timor" em relação ao seu nome.

"Tomei a decisão de desistir [do cargo] por uma questão de honra e dign idade, de auto-respeito e por respeito ao povo cabo-verdiano que me elegeu duas vezes" para Presidente da República, afirmou Mascarenhas Monteiro.

Mascarenhas Monteiro não quis revelar quais as partes que mostraram res ervas em relação à nomeação para o cargo de representante especial do secretário -geral da ONU em Timor-Leste, mas afirmou tratar-se de "partes externas a Timor" e referiu "potências fortemente envolvidas que têm forças no terreno".

A Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal manem presentemente mais de 2.500 efectivos em Timor-Leste, na sequência do pedido das autoridades timor enses para o envio de militares e polícias para repor a ordem pública, na sequência da crise político-militar desencadeada em Abril passado.

O contingente australiano, com cerca de 2 mil militares, é o mais numer oso das forças
internacionais estacionadas em Timor-Leste.

A Malásia mantém 250 polícias, e Portugal tem 127 efectivos da GNR.

A Nova Zelândia, com apenas 25 polícias e 200 militares, completam o co ntingente internacional.

Não foi possível recolher um comentário do primeiro-ministro José Ramos -Horta à recusa de Mascarenhas Monteiro.

A 20 de Setembro, Ramos-Horta afirmara que, a confirmar-se, a nomeação de Mascarenhas Monteiro para substituir o japonês Sukehiro Hasegawa constituiria uma "honra para os timorenses".

EL/CLI-Lusa/Fim



Recusa Mascarenhas Monteiro não atrasa chegada mais polícias - ONU

Díli, 25 Set (Lusa) - A recusa de Mascarenhas Monteiro em aceitar o convite de Kofi Annan para seu representante em Timor-Leste "não vai atrasar a chegada de mais polícias ao serviço da ONU", disse hoje à Lusa o comissário Antero Lopes.

"Tudo o que se faz na área da segurança tem que ser acompanhado a nível político, mas não creio que [a decisão do ex-presidente cabo-verdiano] vá atrasar o processo", salientou Antero Lopes, que comanda a UNPOL (Polícia das Nações Unidas).

Escusando-se a comentar a decisão de António Mascarenhas Monteiro, divulgada hoje em conferência de imprensa na Cidade da Praia, o comissário português reconheceu, contudo, "ser importante nesta fase, em que ainda há fragilidades na área da segurança, haver uma liderança forte".

"É importante haver uma liderança forte", enfatizou Antero Lopes.

Presentemente, encontra-se no país cerca de um terço do total de 1.608 efectivos policiais previstos pela resolução 1704, de 25 de Agosto, para a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

O anúncio de Mascarenhas Monteiro ocorreu sensivelmente ao mesmo tempo que em Díli foi entregue às autoridades o relatório final sobre a contagem das armas que estavam distribuídas à Polícia Nacional de Timor-Leste.

A Lusa apurou que foi referenciada a falta de 241 armas - 208 pistolas de vários calibres e 33 armas automáticas -, bem como número indeterminado de munições.

Questionado pela Lusa sobre o assunto, Antero Lopes não confirmou aquele número, mas manifestou-se "preocupado" com o desconhecimento do paradeiro daquele arsenal.

"Preocupa-me o facto de haver armas que pertencem às instituições de segurança de que se desconhece o paradeiro. Vamos continuar a trabalhar com a população para garantir a segurança de todos. E quem tiver essas armas, deve entregá -las às forças internacionais, para segurança da população", frisou.

EL-Lusa/Fim



Duas notícias tiradas de dois jornais on-line de Cabo Verde:

POR HAVER RESERVAS À SUA NOMEAÇÃO EX- PR NEGA MISSÃO A TIMOR LESTE MASCARENHAS MONTEIRO JÁ NÃO VAI A TIMOR-LESTE

O antigo Presidente da República de Cabo Verde, António Mascarenhas Monteiro, acaba de declinar o “honroso” convite de Kofi Annan, para ser seu Representante Especial, em Timor-Leste. Esta decisão, explica Mascarenhas Monteiro é tomada depois do surgimento de algumas reservas à sua nomeação. “Surgiram reservas ao meu nome. Sei que algumas das partes envolvidas e interessadas no processo em curso, em Timor não estão muito contentes com a designação do Secretário-geral”, disse Mascarenhas Monteiro ao Secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, quando este o telefonou, sexta-feira, a pedir-lhe alguns dias para ultrapassar pequenas reservas à sua nomeação, isto depois de um encontro mantido semana passada em Nova Iorque, em que se debruçou sobre os aspectos da sua missão, naquela mais nova Nação do Mundo.

O ex- PR diz que não vai recuar na sua decisão porque acredita que as funções do Representante Especial do Secretário-geral da ONU, “são muito amplas” e “só podem ser exercidas quando haja boa vontade de todos os interlocutores”. Não havendo um clima de confiança “não vou entrar nessa”, afirmou.

As movimentações à esta decisão do ex-PR já se começaram a surgir. Hoje de manhã, disse Mascarenhas Monteiro, “fui surpreendido por uma visita inesperada” do Primeiro-Ministro “que veio ao meu gabinete dizer-me que tinha recebido uma série de telefonemas de personalidades timorenses que tiveram conhecimento da eventualidade da minha desistência e pediram-no, insistentemente, que entrasse em contacto comigo para me demover”. “A minha missão a Timor é um assunto encerrado”, assegurou Monteiro que diz tomar esta decisão e mantê-la por uma questão de orgulho e de respeito pelo povo cabo-verdiano que “me elegeu duas vezes”. “Devo dizer ao povo cabo-verdiano que entrei nesse processo pela porta grande e que estou a sair do mesmo pela porta grande, ou senão, por uma porta muito maior”.

http://www.expressodasilhas.cv/c_base.php?gc=Ver%20notícia&id=1782

Timor-Leste: Mascarenhas Monteiro rejeita convite de Kofi Annan
Segunda, 25 Setembro, 2006 - 12:39

Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) - O antigo Presidente da República, António Mascarenhas Monteiro, declinou o convite para Representante Especial e de Chefe de Missão das Nações Unidos em Timor-leste.

António Mascarenhas Monteiro, que reagia à sua nomeação, pela primeira vez à imprensa, fez saber que a sua decisão tem como base a existência de reservas de uma parte externa àquele país, fortemente envolvida no processo de pacificação de Timor-Leste, escusando-se, contudo, dizer de que país se trata.

Mascarenhas Monteiro explicou que a sua decisão poderá ser uma perda para as Nações Unidas e para Timor-leste, conforme lhe terá informado responsáveis das Nações Unidas, mas disse entender que num processo de pacificação de um país não pode haver reservas, por ínfima que for, na medida em que o exercício das suas funções estaria fortemente condicionado no terreno.
Sabe-se que o secretário-geral das Nações Unidas terá tentado remover Mascarenhas Monteiro da sua decisão de recusar o cargo sem sucesso. O mesmo terá acontecido com o primeiro-ministro, José Maria Neves.

Questionado se será a Austrália, o país que apresentou as reservas quanto à sua nomeação, Mascarenhas Monteiro, escusou-se a comentar e sugeriu aos jornalistas que investigassem à questão, pois, segundo ele, não seria ético e nem de bom tom dizer qual é a parte envolvida que não queria a sua nomeação.

O antigo Presidente da República de Cabo Verde disse, no entanto, que nem ele próprio sabe quais as reservas apresentadas e nem lhe interessa saber. Mais vale não aceitar agora do que criar problemas mais tarde a Kofi Annan, salientou.

Mascarenhas Monteiro manifestou, ainda, o seu apreço pelo apoio e carinho recebidos da parte da população cabo-verdiana e esclareceu que entrou no processo pela porta grande e saiu por uma porta ainda maior.

António Mascarenhas Monteiro, 62 anos, foi Presidente da República de Cabo Verde durante 10 anos de 1991 a 2001 e é o primeiro Chefe de Estado eleito democraticamente no arquipélago.

JAR
Inforpress/Fim

http://www.inforpress.cv/

Notícias - Traduzidas pela Margarida

Hasegawa apela para a participação Japonesa em Timor-Leste

BNA
data: 24 09, 2006

Tokyo, Set. 24, (BNA) O Enviado Especial da ONU em Timor-Leste de partida, Sukehiro Hasegawa, expressou a sua esperança na participação do Japão em tarefas de manutenção da paz no país.

Numa declaração à Japanese Radio and Television Corporation, Hasegawa disse que a situação política corrente em Timor-Leste lembra o silêncio antes da tempestade e que é possível uma fractura da tensão política antes das próximas eleições.

também sublinhou que a estabilidade e segurança no país tornaram possível o regresso de mais de 150,000 refugiados. HSQ 24-SEP-2006 11:19



Empurrão do LNG alimenta as esperanças de Darwin
Setembro 23, 2006 12:00am
The Australian
Por Rick Wilkinson

Há em Darwin um sentimento crescente de excitação quando a indústria do petróleo se move numa nova vaga de exploração e louvores às prospecções de gás no Mar de Timor.

A cidade mais ao norte da Austrália pode em breve rivalizar com o noroeste da Austrália do Oeste como um centro importante de fornecimento de gás para exportação e consumo doméstico.

O empurrão principal foi dado por subidas em espiral da procura global d gás natural liquefeito (LNG). Mas, mais recentemente, elevou-se a possibilidade de uma janela de oportunidade no mercado doméstico da Austrália – particularmente nos Estados do sudeste – quando as dúvidas continuar a cercar o projecto do pipeline do gás PNG-Queensland.

A ConocoPhillips Austrália é o maior jogador de LNG no Mar de Timor, e está desejosa de alargar as suas actuais instalações de liquidificação de 3.5 milhões de toneladas por ano em Wickham Point acrescentando uma segunda e talvez uma terceira série.

Outros jogadores com propriedades significativas na região incluem Santos, as companhias Japonesas Inpex e Osaka Gas, Woodside, Shell, ENI da Itália e a Australiana Methanol Australia.

Mas surpreendentemente as companhias que têm mais áreas no Mar de Timor são um grupo de sete "cavalos escuros " que pertencem ao estábulo do empreendedor Geoff Albers , com base em Melbourne. Entre elas, essas companhias - Auralandia, Natural Gas Corp, Australian Oil & Gas Corp, National Oil & Gas, Australian Natural Gas e Nations Natural Gas – têm 100 por cento de oito concessões.

Cinco destas jazem no leste do Mar de Timor e ocupam posições estratégicas nas Áreas e à sua volta de descobertas existentes de gás de propriedade de todos os maiores operadores a norte e a nordeste de Darwin. O Albers Group tem a intenção de fazer pesquisas preliminares nas áreas. O objectivo comum de cada jogador no leste do Mar de Timor é verificar que há reservas de gás suficientes e acessíveis para apoiar projectos de desenvolvimento que se possam pôr a andar numa moldura temporal de 2012 a 2015.

Os corredores da frente ConocoPhillips e Santos instalaram a sua exploração conjunta /programa de avaliação da expansão em debate em. Correntemente a fábrica de LNG está a ser alimentada pelo campo de gás de Bayu-Undan na área de desenvolvimento conjunta de petróleo entre a Austrália e Timor-Leste.

Contudo, as reservas nesse campo não são suficientes para alimentar uma segunda série e as duas companhias embarcaram num inicial programa de dois poços de perfuração através de duas concessões 400 km nordeste de Darwin. O primeiro, agora a perfurar em NT/P69, é um poço chamado Barossa-1.

Apesar do nome é uma avaliação duma descoberta de gás chamado Lynedock originalmente feito pela Shell em 1973, mas eventualmente abandonado por aquela companhia em 1998 na crença de que o reservatório era demasiado "ligeiro" para sustentar uma produção comercial. Os novos arrendatários ConocoPhillips e Santos (com 60 por cento e 40 por cento, respectivamente) têm esperança de encontrar mais reservatórios penetráveis na estrutura.

Barossa-1 será seguido por uma avaliação da sociedade da descoberta de gás 2005 Caldita na concessão aderente NT/P61. Nenhuma reserva foi anunciada publicamente para qualquer dos campos mas da Caldita-1 num dia de teste escorreram 33 milhões de pés cúbicos, o que sugere uma significativa coluna de hidrocarbonetes.

Santos (em sociedade com a Shell e a Osaka Gas) também perfurou um poço chamado Evans Shoal South-1 no NT/P48 durante meados deste ano que encontrou gás em objectivos primários e secundários. Contudo, problemas mecânicos impediram os testes e o grupo está ainda a avaliar as anotações debaixo do poço.

Uma descoberta de 1988 da BHP Petroleum em Evans Shoal a cerca de 17 km do norte da mesma concessão estima-se conter 6.6 triliões de pés cúbicos de gás. Infelizmente, o que se encontrou tem até 27 por cento de conteúdo de dióxido de carbono e, a uma maior ou menor extensão, isto parece ser um bicho-papão comum em todas as descobertas do Mar de Timor até agora.

O processo de liquefacção do gás não tolera o dióxido de carbono, o que significa que a sua remoção é um custo acrescido em qualquer equação de desenvolvimento de campo.

Devido aos resultados em Barossa e Caldita, Santos e ConocoPhillips acredita-se estarem a considerar um pipeline para conectar ambos estes campos (e possivelmente também Evans Shoal/Evans Shoal South) com as instalações dos campos Bayu-Undan field facilities no centro do Mar de Timor. O dióxido de carbono pode ser tirado neste ponto e injectado no reservatório esgotado de Bayu-Undan enquanto o gás limpo é enviado para o pipeline existente para Wickham Point.

Um explorador do Mar de Timor para quem o dióxido de carbono é um problema a menos é a Methanol Australia. Esta companhia ganhou aprovações ambientais para uma proposta de desenvolvimento que envolve a produção de LNG e de metanol em duas separadas mas adjacentes fábricas a serem construídas em plataformas offshore nas águas relativamente superficiais (70 metros) de Tassie Shoals a cerca de 350 km nordeste de Darwin.

O dióxido de carbono em quantidades até cerca de 25 por cento é um ingrediente aceitável no fornecimento de gás para a produção de metanol, e realizaram-se conversas com outros exploradores para levar o gás de campos das redondezas com dióxido de carbono.

A Methanol Australia deseja ainda encontrar gás com baixo conteúdo de CO2 para o seu projecto paralelo de LNG.A companhia está a pôr as suas esperanças iniciais em duas áreas (Epenarra e Blackwood) que jazem imediatamente a oeste de Tassie Shoals e na concessão NT/P68 que detêm a 100 por cento.

A Epenarra-1, que vai ser perfurada no próximo ano, é a continuação para uma descoberta de gás vizinha chamada Heron feita pela Arco em 1972. A Blackwood, que vai também ser perfurada no próximo ano, é um prometedor alvo de exploração um pouco para o norte.

Fontes potenciais de fornecimento para as propostas de desenvolvimento da Methanol Australia e da ConocoPhillips/Santos jazem unicamente em águas Australianas. Dois outros projectos de gás possíveis no Mar de Timor contam com negociações internacionais. A primeira envolve a companhia Japonesa Inpex, que tem 100 por cento duma descoberta chamada Abadi que jaz em águas Indonésias imediatamente a norte da fronteira marítima com a Austrália e não muito longe a norte do campo Barossa/Lynedock field.

Estimativas iniciais sugerem uma reserva de gás de cerca de 5 triliões de pés cúbicos. Este número está a ser clarificado por um programa de três poços de perfuração, em curso, agora. Apesar de estar em águas Indonésias, Abadi está muito longe das infra-estruturas de gás desse país e a Inpex estuda uma outra opção de ligar o campo ao fim dum possível pipeline Barossa-Caldita para Darwin e Wickham Point. A ideia tem uma atracção acrescida porque a Inpex é já uma accionista da fábrica de LNG por intermédio da sua participação de 12 por cento de Bayu-Undan.

Contudo, este cenário depende de acordo e arranjo com o Governo Indonésio.

O outro "football" político é o do grupo Woodside (Woodside, ConocoPhillips, Shell e Osaka Gas) das dscobertas de gás do Greater Sunrise que se estende na fronteira da Austrália/JPDA com Timor-Leste.

A Woodside tem dito consistentemente que o desenvolvimento está encalhado até (condições) legais, regulamentares e fiscais poderem ser garantidas com certeza – o que parece improvável no futuro próximo devido ao desassossego em Timor-Leste.

Cerca de $250 milhões já foram gastos em estudos comerciais e de praticabilidade no Greater Sunrise, por isso não haverá necessidade de recomeçar se forem dadas essas garantias. Contudo, há ainda algumas divergências no seio do próprio consórcio do campo.

Sem surpresa, a ConocoPhillips deseja ver um pipeline a ligar a rota de Bayu-Undan para Wickham Point. A Shell está mais a favor duma linha separada para uma nova fábrica onshore de LNG – sendo o local mais provável Glyde Point a cerca de 40 km nordeste de Darwin.

Até agora o foco principal em todas estas propostas de desenvolvimento tem sido a exportação de LNG. Dúvidas recentes atiradas sobre o projecto de pipeline de gás PNG-Australia podem também abrir o Mar de Timor para o mercado doméstico da Austrália.

O campo Blacktip da ENI no Golfo Bonaparte (com 1 trilião de pés cúbicos de reservas) já se candidatou a abastecer os mercados nos Territórios do Norte.

Mas um próximo candidato para maiores volumes do Mar de Timor pode ser a Alcan do complexo de alumina em Gove, que se organizou correntemente para usar gás PNG. Noutra altura, poderão haver oportunidades de mercado no sudeste do país.

A não chegada de gás de PNG em 2009/2010 criaria uma insuficiência de 40-50 petajoules por ano de abastecimento do mercado Australiano. Alguma desta será coberta pela maré crescente de projectos de carvão e desenvolvimentos de gás convencional nas bacias de Gippsland, Otway e Cooper.

Mas a longo prazo, a velha ideia de mudar o fluxo do pipeline Amadeus-Darwin e ligá-lo à rede do sudeste fechando o intervalo Amadeus-Moomba pode ser revista.

Em qualquer situação o gás do Mar de Timor parece provavelmente vir a ser uma componente chave da equação do gás da Austrália nos anos vindouros.

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Notícias

UNMIT Daily Media Review
Saturday 23 + Monday 25 September 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Veterans Willing To Support Return Of IDPs (STL)

Veterans from 13 districts are voluntarily meeting to coordinate and assist the return of IDPs to their homes, said MP Riak Leman. According to Leman, NGOs and the government have created programs to help the crisis but in reality violence continues and it is not getting any better as people are still living in fear. He said many rumours including a ‘clean up and rebuild of capital Dili’ [violence] caused panic among the population when FJNP planned to stage a peaceful protest for further government changes. In light of the fear instilled in the people, the MP contacted Major Tara and asked him to cancel the protest as the people are living in a traumatized and divided situation Leman said his main concern is that President Xanana Gusmão and Prime Minister Ramos-Horta might give up their duties and no longer concern themselves with the well-being of the people as their appeals are ignored and Timor-Leste’s struggle for independence would be in vain. The MP has presented the proposals of the veterans to Brigadier General Taur Matan Ruak and President Xanana Gusmao who have all welcomed the plan to help overcome the crisis. (STL)

PM Wants To Meet Alfredo

Prime Minister Ramos-Horta has expressed willingness to meet Alfredo Reinado and listen to his group demands, adding his door is open to all and he’s ready to talk to Alfredo.

Ramos-Horta stressed that the duty of the Prime-Minister is to speak to everybody but at times it is not possible due to work overload. On the issue of justice, he would like the people to understand that the government cannot comment or interfere in the justice process. Both are separate issues.

The Prime Minister said the arrest of Major Alfredo by the Australian troops, and not Portuguese police, came as a surprise to him and that he would guarantee security during his meeting with Alfredo. Ramos-Horta plans to meet the petitioners next week in Gleno to oversee their humanitarian assistance.

On the demands by Frente Nasional Justisa no Paz (FNJP), according to Vital dos Santos, the Prime Minister has received the documents and totally agrees with the demand for the establishment of a special panel to assess those responsible for the crimes that led to the crisis.

The demands for government restructuring, he said, would not be possible as he is not affiliated with any party, and was elected by Fretilin’s political commission, President Gusmão, and the two bishops. (STL, TP)

Result Of Investigation Would Make Certain People Cry: SRSG Hasegawa

Speaking at his last press conference in Dili, SRSG Sukehiro Hasegawa said the result of the special Independent Commission of Inquiry which would be released soon, would not be welcomed by some people and for some it would bring tears.

But Hasegawa said the leaders must be responsible because the result of the investigation of the incidents in April and May is based on facts and truth. He added that the result of the conflict that started in April until June was the culmination of many factors and he appealled to the leaders to be patient and wait a little longer for the results of the investigation, as it is very complex. SRSG stressed that despite the complexity of the whole situation there is an opportunity for Timor-Leste not to fall again into the trap of conflict.

He is also of the opinion that the Timorese leaders must listen to the population and hold regular dialogue with them, noting that the open governance forum led by the former Prime Minister was a success.

In Saturday’s edition, STL reported SRSG Hasegawa encouraged the national media to continue working closely with the new UN mission, UNMIT, in supporting the dissemination of information to all the districts. According to his point of view, communities in Timor-Leste require information on the developments and problems the country is facing, adding that during his time in Timor-Leste he noticed the lack of information disseminated in the districts.

SRSG Hasegawa said although he was leaving the country, he would continue to follow Timor-Leste media through the Internet and he stressed that the role of media is crucial for democracy in a new country.

During the press conference SRSG told the media the UN Secretary General is carefully selecting the new SRSG because his representative must be someone with capacity and of top calibre, adding that Kofi Annan had not yet nominated a new SRSG.

Before departing Timor-Leste he officially visited the population in the districts of Baucau, Lospalos, Viqueque, Suai, Maliana and Ainaro and they all expressed the need to get information such as the newspapers as the information they receive from third parties is not reliable.

In a separate article in TP, MP Francisco Branco (Fretilin) said the decision of the UN Secretary General to replace Hasegawa was good because during the crisis Hasegawa did not maximize his contribution to resolve the recent conflict. He hopes the new SRSG will do his work better in order for the people of Timor-Lest to benefit from it and help resolve the crisis the Timorese are facing. (STL, TP, DN)

ASDT Congress

Associação Social Democrata Timorense (ASDT) concluded its three-day congress on Sunday resulting in Francisco Xavier do Amaral and Gil da Costa Alves being re-elected as President and Secretary-General of the party. According to a communiqué to the media, four candidates participated in the election with a low number of votes. According to Gil Alves the priority of the party now is to concentrate and focus on the program as already agreed upon by the party for the 2007 elections. (STL, TP, DN)

Lobato’s Case Processed in Court

President of the Court of Appeal Claudio Ximenes said the Court of Appeal had received the process of Rogerio Lobato alleging the distribution of guns to civilians groups. Ximenes said the court has been waiting for the case adding such a case would determine the judicial system currently in process. He said the judges would be independent and impartial to carry out the process and would make a decision without any influence or based on the person’s profession, group or institutional affiliations, but rather the court’s decision would be based on law and facts.
Aderito de Jesus, Human Rights advocate said the process of Rogério Lobato’s case by the court is providing hope for the public, but it must be a just and quick process.

In a separate article in Timor Post Saturday, the President of the Court of Appeal, Claudio Ximenes said more international judges and public prosecutors are required to respond to the increase in cases during the crisis.

Ximenes said the internationals likely to come from CPLP countries, Portugal and Brazil, would work together with their Timorese counterparts. A total of 8 judges, 8 public prosecutor and 8 defenders would be recruited by UNDP to continue to assist in the judicial system. (STL, TP)

Court Rules In Favour Of Alkatiri

A Washington District Court has ruled in favour of former Prime Minister Mari Alkatiri for allegations of embezzlement. Oceanic Exploration Company accused the former Prime Minister of receiving US$2.5 million of bribery from Conoco Phillips for the exploration of Timor Sea. The decision was made by the Washington Court on Friday afternoon, Fretilin deputy-secretary general, Manuel Fernandes told the media Sunday, adding that Alkatiri won the case due to unsubstantiated evidence. (STL, TP, DN)

RTTL Headlines, 25 September 2006

There were 24 representatives from district and 64 from sub-district levels took part in meeting hosted by the President of RDTL, Xanana Gusmao.

The president of the RDTL, Xanana Gusmao reportedly called for a meeting which was attended by 88 coordinators of ex-combatant and traditional chiefs from both district and sub-district levels to discuss the solution to the East Timor ongoing crisis. One of the objectives and results of the discussion is ‘how these people can agree to pack up the sacral healing and protective powers ( neck amulet with healing and protective powers; charm able to make the wearer invisible and hence invulnerable in war ) that was used during the resistance period. As there is no longer resistance fighting in East Timor, this protective power, known in Tetum as ‘birun’, used to heal and protect the East Timorese guerilla-fighters from their enemies in the resistance era can be put back to its place. In short, as there is no more war in East Timor, this protective power should be no longer used.

ASDT Party hosted its 1st National Congress in Dili

After celebrating the congress in the district level in the 13 district of East Timor, on Friday, 22 September 2006 ASDT Party reportedly hosted its 1 st National Congress in Dili. The congress took place over three days. Speaking to the journalists after the 1 st day congress, the Secretary-General, Gil Alves reportedly told the media that, whether or not his party will win in the 2007 General Election totally depends on the quantity of its militants. However, as a democratic party in a democratic country, the party will accept whatever the results are in the coming election.

In a separate interview, the President of the party reportedly affirmed that if their party wins the coming election, they will change the system that is currently being used from centralization to decentralization governance. He stressed that the approach that will be used by the ASDT Party in a development of East Timor will be a bottom-up one.

The congress was opened by the Prime Minister, Dr. Jose Ramos Horta. Then, after the opening, Dr. Horta reportedly told the media that with the current leaderships of the ASDT Party, they are ready to govern this country if the party gains its victory in the coming election.

Only through Dialogue, we can resolve our current crisis: some reprehensive of youths from 13 districts

It was reported that the East Timor Youth Association from 13 Districts of East Timor held a five day meeting in Oe-cusse to discuss the alternative solution to the current crisis. The prime objective of the meeting was to come up with an overview and consolidation of the youth’ s role in finding a solution to the Timor-Leste crisis. Speaking to the journalist after the first day’s meeting, three representatives respectively from Baucau, Ermera, and Bobonaro reportedly told the media that ‘Dialogue is the best way to resolve our problem’. The meeting also aimed to find out the ideas and opinion from the participants in relation to use of youths as the political strategies or frames by some political leaders.

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De um leitor

"Da minha parte não lhes dou tempo algum. Vou dar uma conferência de imprensa na segunda-feira para anunciar que já não estou interessado no exercício dessas funções’.»
(...)
MM salienta que não está «à procura de trabalho» e que neste processo entrou «pela porta grande» e sai «por uma porta ainda muito maior»."

GRANDE HOMEM!

H. Correia

Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPULIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER
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MEDIA RELEASE


September 25, 2006

Election agreement signed by Prime Minister and United Nations Development Program

The Prime Minister Dr José Ramos-Horta signed an agreement with the United Nations Development Program (UNDP) today providing for technical and logistical support during the 2007 Presidential and Parliamentary elections in Timor-Leste.

The UNDP support protocol that was signed today is part of UN efforts to assist the presidential and parliamentary elections. It complements activities that will be supported by the UN Integrated Mission and national authorities.

The new UN mission will certify the electoral process on the basis of benchmarks and will provide technical assistance in policy advice and election administration. This UNDP project will focus on training national and international observers and party agents; procurement; civic and voter education activities.

A certification team will oversee each of the phases of the process of the elections and will certify that international standards are being adhered to. Mr. Finn Reske-Nielsen, acting Special Representative of the Secretary General for Timor-Leste and Resident Representative of the UN Development Program, signed the agreement.

“I would like to thank UNDP and the international community for contributing assistance over the next few months as we move towards the elections in 2007,” Dr Ramos-Horta said.

“The Government will do its utmost to cooperate with all interested parties, with all the stakeholders – first to ensure that everything is done in a fair and transparent manner that is beyond reproach. The Government will be working hard to create the political and security conditions for all parties to be able to exercise their democratic rights.

“I look forward to the next months with confidence, that working together with UNDP and the international community, all Timorese can participate in the elections with confidence.”

Mr. Finn Reske-Nielsen said UNDP looked forward to working closely with the Government and all interested parties so that the 2007 elections would be a great success.

The new Mission intends to work hard to support Timor-Leste in all aspects of the elections,” he said. “This will include technical and logistical support, electoral policy advice and verification or other means.”

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De um leitor - sobre as pressões australianas..

É Timor a perder. Há quem esteja disposto a tudo. A toda a perda.

Pobre Timor Leste!

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Sobre a recusa de Mascarenhas Monteiro...

Lusa - 25.09.2006:
"Timor-Leste: Presidência República recusa comentar decisão Mascarenhas Monteiro".


Alguém comenta alguma coisa na PR? E se comentasse, o que diria sobre a carta enviada pelo PR a Kofi Annan, a pedir para que o "amigo" Haegawa ficasse?..

Que vergonha.

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Sobre a recusa de Mascarenhas Monteiro

Presidência República recusa comentar decisão Mascarenhas Monteiro

Díli, 25 Set (Lusa) - A Presidência da República timorense recusou hoje comentar a decisão do ex-presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro de recusar o convite de Kofi Annan para o cargo de representante especial do sec retário-geral da ONU em Timor-Leste.


Recusa Mascarenhas Monteiro não atrasa chegada mais polícias - ONU

Díli, 25 Set (Lusa) - A recusa de Mascarenhas Monteiro em aceitar o con vite de Kofi Annan para seu representante em Timor-Leste "não vai atrasar a cheg ada de mais polícias ao serviço da ONU", disse hoje à Lusa o comissário Antero L opes.

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Comunicado - PN

Agenda no. 446/I/4a.
Segunda-feira, 25 de Setembro de 2006

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Francisco Xavier do Amaral, e pelas Vice-Secretárias da Mesa Sra. Maria Avalziza Lourdes e Sra. Maria Terezinha Viegas.

Na Sessão Plenária de hoje foram dadas informações diversas, nomeadamente:

- Informação dirigida pelo Sr. Deputado Jacob Xavier ao Senhor Presidente do Parlamento Nacional sobre a declaração elaborada pelo Chefe de Aldeia de Riamori, Surucraic, relativa a falta de pagamento aos trabalhadores da aldeia supracitada;
- Carta dirigida pelo Tribunal de Recurso ao Senhor Primeiro Ministro, com conhecimento ao Senhor Presidente do Parlamento Nacional, sobre a existência de rumores para sequestrar juízes internacionais e outras acções dirigidas contra os tribunais;

Vários deputados intervieram para sublinhar a necessidade de o Parlamento Nacional dar relevância à carta enviada pelo Tribunal de Recurso ao Primeiro Ministro.

Com um sistema judiciário ainda frágil, os juízes, procuradores e defensores públicos timorenses ainda a receberem formação pela assessoria internacional; o Tribunal de Recursos continua a enfrentar muitas dificuldades no desempenho das suas actividades diárias. É importante que o Parlamento Nacional reitere o seu apoio ao fortalecimento da supracitada instituição.

Os Senhores Deputados pediram ainda que se convide o Ministro da Justiça, para, assim, terem possibilidade de receber informações e esclarecimentos sobre os problemas e obstáculos com que esse tribunal se depara.

O Projecto de Lei no. 23/I/4a. sobre “Símbolos Nacionais” não foi discutido na Sessão plenária de hoje, por a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias ainda não ter apresentado o relatório e parecer relativo ao mesmo Projecto de Lei.

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Notícias - Traduzidas pela Margarida

UNMIT website - 22 Setembro 2006
Transcrição da Conferência de Imprensa com SRSG Hasegawa
Observações finais antes de partir de Timor-Leste

Presentes:
SRSG Sukehiro Hasegawa, DSRSG Finn Reske-Nielsen, Comissário da Polícia Antero Lopes, Jornalistas Locais e Internacionais, Colegas da UNMIT
Data: 22 Setembro 2006
Local: Sala de Conferências da UNMIT, Dili, Timor-Leste


SRSG Hasegawa:
Gostaria de começar a minha última conferência de imprensa como Representante Especial do Secretário-Geral em Timor-Leste. Estou muito feliz por ter aqui o meu adjunto SRSG, Mr. Finn Reske-Nielsen, que é também o responsável pela Equipa de Transição. E depois da minha partida, hoje, ele actuará como o Oficial de Serviço e SRSG em exercício até à chegada do novo Representante Especial. Farei uma declaração muito breve e depois responderei às vossas perguntas.

A situação da segurança, na verdade, mantém-se muito frágil e volátil, especialmente aqui na capital, Dili; e isto é um contraste com a situação nos seis sub-distritos que visitei nas últimas semanas. Em Baucau, Lospalos, Viqueque, Suai, Maliana e Ainaro, a PNTL [Policia Nacional de Timor-Leste] mantém a lei e a ordem de modo mais ou menos satisfatório. Enquanto que aqui em Dili continuamos a testemunhar o atirar de pedras, e ataques aos campos de deslocados e também alguma violência comunal. Na verdade, estou muito preocupado com sinais de que a violência nos campos de deslocados se está a tornar organizada. Portanto, certamente que podemos discutir isto e temos aqui connosco o Comissário da UNPOL e exercício, o Sr. Antero Lopes. Se estiverem interessados em perguntas específicas sobre isto, responderemos.

Durante os últimos dois dias, tive a oportunidade de me encontrar com líderes chaves deste país incluindo, ontem, o Presidente Xanana Gusmão durante algumas horas, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta, esta manhã o President e do Parlamento Nacional Francisco Lu’Olo Guterres e o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, ontem. E em todos os encontros que tive com eles, sublinhei a importância dos líderes nacionais e do povo deste país fazer tudo o que for possível para evitar cair no que chamo a armadilha do conflito. É um buraco negro –- uma armadilha do conflito – que tem o potencial de sugar as pessoas em conflitos dos quais é muito difícil sair. Fiz este pedido com base nas minhas experiências pessoais de visitas e das minhas nomeações no Afeganistão, Cambodja, Somália, e Ruanda onde estive estreitamente associado a operações de manutenção e de construção de paz. A ONU joga um papel muito crítico em tentar evitar esta espécie de movimento ao estabelecer primeiro a verdade, depois ajudar a alcançar a justiça para todos, e então a reconciliação.

Como sabem, a Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste está a completar as suas investigações e o relatório da Comissão contendo o que foi apurado e as recomendações estará disponível dentro de duas ou de três semanas. Deve sublinhar-se que este é o primeiro passo dum processo de três fases. Visa estabelecer os factos e o que aconteceu em Abril e Maio de 2006. Depois do relatório estar publicado, o povo e os líderes Timorenses terão a oportunidade de discutir o que na verdade pode ser feito para se avançar. Para ajudar na busca da justiça, a ONU (em particular a UNDP aqui, com Mr. Finn Reske-Nielsen a actuar também como Representante Residente) tem feito grandes esforços, incluindo o recrutamento de vários juízes e procuradores. Acredito que esta Comissão Independente fará recomendações apropriadas em como dar seguimento às suas recomendações, se necessário, recrutando mais pessoal judicial.

E depois penso que podemos engajar no diálogo nacional para a reconciliação. Aqui gostaria se sublinhar que em todos os distritos que visitei nas duas ou três últimas semanas, a lei e a ordem tem sido mantida e a administração civil tem funcionado –- e que eles acham necessário que a reconciliação deva talvez começar na verdade ao nível de topo nacional. E nos meus encontros com os líderes, eles expressaram a sua compreensão da importância disto e na verdade mostraram vontade de engajamento no diálogo ao lado do processo da justiça que tem de o proceder.

Como este país deve na verdade avançar com confiança nos seus próprios esforços para alcançar a paz e a estabilidade, acho que é muito importante que as eleições presidenciais e parlamentares se realizem de maneira livre, justa e credível. Penso que para isso, na minha opinião, que o secretariado para a preparação das actividades eleitorais, o STAE, deve tanto quanto possível ser um órgão independente. E estou bastante confiante que, com o processo de a certificação, verificação que a ONU realizará e o apoio massivo que a ONU providenciará, que se este trabalho preparatório e a administração das eleições for realizado pelo STAE, como um órgão independente, penso que aumentará a credibilidade das eleições. Recomendo bastante que isto seja assim preservado.

Assim, fico-me por aqui e convido-os a colocarem perguntas que possam ter.

Pergunta:
[não se ouve] … referindo-se à selecção do próximo Representante Especial do Secretério-Geral? (LUSA)

SRSG Hasegawa:
O Secretário-Geral está agora a seguir um processo cuidadoso de selecção para o novo SRSG. Ele considera da maior importância identificar e recrutar uma pessoa de elevada estatura e experiência para assumir a importante função de SRSG aqui neste país. E espero que complete o processo de selecção em breve e que o anuncie.

Pergunta:
Do seu ponto de vista, como responsável da UNOTIL, como avalia a crise de Timor-Leste? (Timor Post)

SRSG Hasegawa:
A crise recente foi uma lição muito valiosa não só para Timor-Leste e para a sua liderança, mas para a comunidade internacional. O próprio Secretário-Geral declarou claramente que a lição foi aprendida pela comunidade internacional. Por isso o Conselho de Segurança decidiu na sua Resolução 1704 estabelecer esta nova missão integrada em Timor-Leste (UNMIT). Penso que a missão integrada tem uma oportunidade de dar uma contribuição maior à re-construção desta algo fracturada sociedade. Assim estou confiante que esta [crise] demonstrará ser um recuo temporário e que Timor-Leste avançará e se constituirá numa sociedade democrática viável.

O processo de construção de paz, construção de nação não é somente um exercício que consome tempo, mas também requer mudanças na cultura da governação e nos esquemas mentais das pessoas. E esta é uma parte muito difícil da construção da nação. Assim, penso que a ONU se engajará, muito, em fazer uma diferença e mudanças no processo de governar deste país mesmo com a instalação duma nova cultura de governação democrática.

Por exemplo, na área da segurança, particularmente na gestão da PNTL, a UNPOL está a jogar um papel muito decisivo no escrutínio de alguns dos oficiais da PNTL com base no seu comportamento no passado. E isto exige de facto um compromisso muito claro, que a cultura da impunidade não pode mais ser tolerada.

Pergunta:
Pode por favor explicar os progressos e os falhanços da Missão? (RTTL)

SRSG Hasegawa:
Um dos maiores resultados feitos durante o período da UNOTIL, que durou um ano, tem sido a transição de uma missão financiada para um exercício de construção de instituições para o que chamamos uma moldura de assistência ao desenvolvimento – uma moldura de construção institucional mais sustentada.

A recente crise de segurança tende a ensombrar outros resultados. Quando cheguei aqui tínhamos, o que chamávamos, 100 ‘conselheiros muito importantes’ que eram financiados pelo Conselho de Segurança e 200 ‘conselheiros de desenvolvimento’ financiados pelo UNDP. Todos os postos que eram financiados pelo Conselho de Segurança foram agora transferidos para o UNDP, o Banco Mundial, o FMI e outras instituições de desenvolvimento. Em segundo lugar, apesar de poderem não reconhecer que este é um resultado de grande importância, é um facto que instituições chaves do Estado estão na verdade a ser estabelecidas, com a assistência da ONU. Estas incluem os conselhos superiores de defesa e de segurança e também o Conselho de Estado que jogou um papel muito crucial na crise recente. Em terceiro lugar, providenciámos assistência significativa ao gabinete do Inspector-Geral que produziu relatórios. Agora, com o compromisso do Primeiro-Ministro Ramos-Horta, estes casos estão a ser seguidos, realmente. E gostaria de sublinhar que o processo de construção de nação demora tempo e que os resultados se materialização gradualmente a longo prazo.

Gostaria de acrescentar a estes feitos que tivemos grandes progressos na promulgação dos princípios dos direitos humanos e que o treino de direitos humanos se realizou num período de três ou quatro anos e que este país se comprometeu ele próprio com esses princípios.

Pergunta:
Durante os quatro anos de missão em Timor-Leste, pode dizer-se qual foi o pior e o melhor momento que enfrentou? (AP – Jornalista Local)

SRSG Hasegawa:
Penso que o melhor tempo que enfrentei foi talvez o período qe mudança para o ano passado, onde tivemos uma sessão especial da Assembleia-Geral para o Novo Milénio. Penso que houve um momento para este país tentar formular a sua própria estratégia para alcançar muitos dos objectivos de Desenvolvimento do Milénio, tais como um aumento na rede de matrículas escolares, a redução da mortalidade infantil a redução da mortalidade por nascimentos, etc. Penso que houve um compromisso com isso da parte do governo. Estive muito engajado em discussões com o então Primeiro-Ministro, o Sr. Mari Alkatiri. Penso que ele encarou as questões com muita seriedade e foi a New York e à Assembleia-Geral e fez um discurso que foi reconhecido como um dos melhores discursos feitos por qualquer Chefe de Governo.

Se puder identificar uma segunda área, que é talvez uma área frustrante, é a [vagaroso] construção de capacidade do sistema judicial. Penso que isso se deve à muito baixa capacidade que existia quando este país se tornou independente. E também havia um elevado nível de expectativas que os juízes, procuradores e advogados de defesa nacionais pudessem dirigir realmente. Por isso, nas minhas discussões recentes com juízes e procuradores – nacionais e internacionais – tenho sublinhado a importância de não só adquirirem os conhecimentos e habilitações necessárias como de também manterem a sua própria integridade. Acredito confio que os juízes nacionais, procuradores e advogados de defesa podem resolver a maioria dos crimes comuns. Os casos que são de mais elevada natureza política é que lhes colocam maiores desafios. Portanto, acho bastante lógico e razoável que pessoal judicial internacional seja trazido para assistir este país durante este período de transição.

E em resposta à pergunta sobre qual foi o pior momento da minha estadia, é, com tristeza, a mais recente crise política e de segurança. Porque ensombrou muito do bom trabalho que este país conseguiu com a assistência da ONU. E como disse na minha declaração de abertura, recomendei aos líderes do país para estarem bem conscientes do perigo de poderem cair no buraco negro da armadilha do conflito. Fiquei muito agradado em ver a compreensão e a apreciação desses líderes da necessidade de evitar este tipo de armadilha.

Por exemplo, como um primeiro passo, quando o relatório da Comissão de Inquérito for publicado os líderes terão a responsabilidade de garantir que essas descobertas e recomendações sejam consideradas como o primeiro passo do processo de busca da verdade – para estabelecer os factos sobre o que aconteceu em Abril e Maio. E essas descobertas e recomendações não devem ser usadas como instrumentos para dizer aos seus seguidores que as suas expectativas não foram respondidas. Como resultado do diálogo que tenho tido com esses líderes durante os últimos dias, estou mais confiante que antes disso Timor-Leste tem uma boa oportunidade para evitar esse tipo de armadilha em que pode cair.

Pergunta:
Mencionou que durante a sua visita aos distritos, as pessoas nos distritos disseram que deveria haver diálogo … entre os líderes do topo. Aceita esta ideia, ou tem outro ponto de vista? E a segunda questão, talvez possa informar-nos depois deste mandato aqui como SRSG, qual vai ser o seu novo trabalho; qual é a sua nova tarefa? (STL)

SRSG Hasegawa:
Penso realmente que os líderes despe país devem ouvir as suas gentes. Penso que numa sociedade democrática o diálogo deve ter lugar, e penso que de facto em Timor-Leste temos tido muitos progressos nesta área. Não o mencionei anteriormente, mas houve o Forum da Governação Aberta que foi realizado com sucesso pelo governo do antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. Ao mesmo tempo aqui em Dili há muitos factores diferentes que resultaram no conflito em Abril, Maio e se alargou até Junho. E portanto é prudente que os líderes nacionais esperem para ver e ler o relatório, realmente, porque a situação foi tão complexa que nenhum deles, ou nenhum de nós, tinha o retrato completo do que estava a acontecer. E quando se fala do engajamento dos líderes nacionais, tenho com certeza comentado e apreciado o engajamento muito activo do Primeiro-Ministro Ramos-Horta nos últimos meses em visitar campos, em muitas, muitas visitas ao nível dos distritos. E penso que foi ontem para Oecussi imediatamente depois de regressar duma viagem ao estrangeiro.

Agora, em relação à sua segunda questão, de facto pareço muito mais jovem do que a idade que tenho. Devo estar mais perto duma geração a seguir à do meu colega Mr. Finn Reske-Nielsen. Recebi convites de duas universidades do meu país, o Japão, para ensinar a nível de escola de graduados e não graduados. Mas na verdade é verdade que alguns dos meus co-cidadãos pensam que sou ainda jovem – pelos seus critérios – por isso deverei ficar na ONU.

Okay, a não ser que tenham mais perguntas, já são 11:00 horas, apreciei muito a vossa associação comigo nestes últimos quatro anos. Timor-Leste é um país para onde muita gente à volta do mundo quer vir. Penso que é boa altura para mudar de uma equipa para outra, e a ONU tem uma transição muito suave e continuará a apoiar este país para ultrapassar a crime e estabelecera paz, estabilidade e o desenvolvimento sustentado.

Obrigado Barak.



UNMIT – Revistas dos Media Diários
- Sexta-feira, 22 Setembro 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Grupo de jovens comemora dia da Paz

O Dia Internacional da Paz foi comemorado em Timor-Leste com mensagens de Membros do Parlamento apelando à paz, especialmente agora que país atravessa uma crise. Juventude pela Unidade, Transparência e Justiça (UJTJ) comemorou o dia distribuindo flores brancas como um sinal de paz, a quem passava em várias áreas em Dili. De acordo com o coordenador, João ‘Choque’ da Silva, mais de uma centenas de pessoas vestindo t-shirts brancas com a mensagem ‘Paz no Mundo’ participaram no evento andando a é, de bicicleta ou de carro, muito devagar para Lecidere, o local do encontro. O tema do evento foi “Ama-te a ti próprio, ama os outros e ama o teu país’. Neste dia, o dia Internacional da Paz, Da Silva apelou aos jovens para parar a violência e fazer a paz acrescentando que se as pessoas escolherem ficar quietas se se recusarem a falar e fizerem a paz será impossível aos Timorenses encontrarem a paz. Diz que a bandeira do grupo “Devemos fazer as pazes e fazer a paz”, significa que se deve parar a violência, parar as provocações, e parar de atirar pedras e a paz regressará devagar. (STL, TP)

O Presidente estabelece as estruturas Tradicionais

O Presidente Xanana Gusmão nomeou o Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Amaral, o Administrador de Dili, Ruben Braz e o Presidente do Fórum de Unidade Nacional, Marito Reis para serem parte da estrutura tradicional. O objectivo do mandato da estrutura tradicional é coordenar com os ‘guardadores dos costumes sagrados’ discutir os costumes sagrados de modo a minimizar a crise política que Timor-Leste enfrenta. Os três nomeados serão responsáveis por zonas diferentes do teritório com Marito Reis responsável pela parte do leste, Francisco Amaral pela parte central e Ruben Braz pela parte oeste do país. O restabelecimento da estrutura foi (decidida) em consulta com o Bispo da Diocese de Baucau, Don Basilio do Nascimento que disse que todos os Timorenses devem fazer esforços para estabilizar o país em vez de terem outros a fazê-lo. (STL)

Ramos-Horta não está autorizado a formar gabinete

Apesar dos pedidos de vários grupos da sociedade civil, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta não pode fazer mudanças no gabinete do governo porque a Fretilin não lhe permite, o deputado João Gonçalves (PSD) é relatado ter dito que a Fretilin está a parar as mudanças porque quer que o gabinete do antigo Primeiro-Ministro se mantenha para mostrar que não têm culpa da crise. Mas na realidade, acrescentou o deputado, os que continuam falta-lhes a capacidade para desenvolverem trabalho. Por outro lado, também disse, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta deve governar de acordo com a Fretilin, porque foi seleccionado por este partido. Num artigo separada, Josá Luis de Oliveira, o Director da Fundasaun Hak, disse que o pedido da FNJP de uma remodelação do for governo é racional porque a estrutura do primeiro e do segundo governo constitucional mostra que muitos ministérios não funcionam por causa da sua capacidade empobrecida. Mas disse que é da responsabilidade do Parlamento Nacional ver isso e agir em vez de os deputados se focarem somente em interesses políticos. De Oliveira disse que os deputados devem reflectir que emergem grupos como a FNJP como resultado de o Parlamento não estar a fazer o seu trabalho correctamente. Disse que discorda dos pedidos da FNJP para dissolver o Parlamento porque isso não ajudará na situação corrente. A FNJP pediu a remodelação do governo, do sistema judicial, funções limitadas para o Parlamento e a recuperação das instituições da PNTL e das F-FDTL. (TP)

Relatório da monitorização das notícias da RTTL
22 Set 2006

PM Ramos Horta: Comissão Internacional de Inquérito:

A RTTL relata que o PM Ramos-Horta declarou que a Comissão Internacional de Inquérito realizou investigações a alguns líderes em relação com a crise. Disse que o resultado da investigação será submetido ao Parlamento Nacional e ao Secretário-Geral em Outubro. Horta disse que a Comissão de Inquérito não era um tribunal e que as pessoas envolvidas em crimes têm que aguentar as consequências. Em relação ao dia internacional da paz, o PM disse estar muito feliz em ver que os jovens tinham celebrado o dia. Disse que as celebrações pelos jovens tinham dado aos líderes políticos razão para reflectir na situação de crise em curso.

Ernesto Fernandez-Dudo ex-comandante das Falintil:

Ernesto Fernandez Dudo declarou que para acabar com a situação corrente/crise, os representantes dos 13 distritos do país precisam de se sentar juntos para resolver a crise. Dudo também declarou que o governo deve continuar a procurar os restos dos que estiveram na resistência.

João Choque, um jovem:

João Choque declarou que devemos criar a paz. Disse que durante 24 anos os jovens sofreram sob a ocupação Indonésia, e que agora era tempo para a paz e a unidade. Disse que alguns querem viver em paz e unidade e outros não. Choque disse que é importante os jovens pararem de atirar pedras uns aos outros, pararem de queimar casas e de pilharem.



Agence France-Presse - Sábado, Setembro 23, 2006
Timor-Leste pode pedir mais polícias a Portugal: Ramos Horta

O Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta disse numa rádio Portuguesa que o seu país pode pedir a Portugal mais polícias se o pedido de Dili para uma missão de capacetes azuis da ONU for rejeitado.

"Talvez Portugal possa disponibilizar outro contingente da sua polícia militar pata Timor-Leste. Seriam parte da força internacional da polícia," disse o Dr Ramos Horta à Rádio Renascença com base em Lisboa.

"Poderia ser uma compensação para a recusa de enviar capacetes azuis para Timor-Leste pelo Conselho de Segurança da ONU."

Portugal, o antigo poder colonial de Timor-Leste, enviou um contingente de 120 polícias militares em Junho a pedido do país para conter uma vaga de violência mortal e de pilhagens por divisões fraccionais na jovem nação.

A polícia faz parte duma força-tarefa multinacional liderada pelos Australianos e que inclui tropas da Nova Zelândia e da Malásia.

A violência começou depois do então primeiro-ministro Dr Mari Alkatiri ter demitido 600 soldados dumas forças armadas de 1,400 elementos quando protestaram sobre alegada discriminação contra soldados do oeste do pequeno país.

A força internacional destacada em Timor-Leste entregou formalmente a sua autoridade à ONU na semana passada durante uma cerimónia em Dili.

Timor-Leste pediu uma força de capacetes azuis da ONU e o Secretário-Geral Kofi Annan no mês passado recomendou 2,000 tropas da ONU.



Entrego-me se o PM se for, diz Reinado
Mark Dodd
Setembro 25, 2006

O amotinado das forces armadas Timorenses, treinado pelos Australianos Alfredo Reinado, quebrou o silêncio de mais de uma semana para proclamar a sua inocência de acusações de que fomentou violência política.

Do seu esconderijo nas terras altas centrais e remotas do país, o Major Reinado disse ao The Australian ontem que só considerará entregar-se se houver mudança da liderança em Dili. Disse que não confia nas intenções do Primeiro-Ministro interino José Ramos Horta e apelou à restauração da democracia em Timor-Leste e a um novo governo "que sirva o povo ".

O Major Reinado, que liderou uma fuga em massa da prisão com outros 56 presos da prisão Becora em Dili em 30 de Agosto, disse que ainda estava a ser perseguido pela polícia da ONU.

Disse que tinha à mão uma rede secreta de apoiantes para o alertar se há perigo por perto.

A Polícia Federal Australiana a servir sob o comando da ONU tem tentado apanhar o Major Reinado, mas dizem que são muito poucos e que têm falta de recursos para fazer o trabalho.

O Major Reinado negou ter estado em contacto com o Presidente Xanana Gusmão desde que fugiu da prisão, apesar, disse, de ter estado em contacto com os chamados peticionários, um grupo de antigos soldados que buscam uma reforma militar e cuja causa ele apoia.

Numa entrevista telefónica, deliberadamente curta devido a preocupações com detecção electrónica pelos serviços de segurança Australianos, o Major Reinado rejeitou zangado as acusações criminais que enfrenta em conexão com um incidente fatal com disparos em 23 de Maio.

Disse que o tiroteio no qual foram mortas duas pessoas, incluindo um soldado do governo, for a provocado pela Força de Defesa de Timor-Leste, e que ele só disparou em auto-defesa.

"Estava a ser atacado. Tenho o direito à auto-defesa para me proteger a mim próprio e aos meus homens," disse o Major Reinado, referindo-se a um pequeno grupo de polícias paramilitares armados que estiveram com ele durante o tiroteio.

Preso em Dili por soldados Australianos em 25 de Julho, o Major Reinado foi mais tarde acusado de tentativa de homicídio e revolução armada, acusações, queixa-se, que foram tramadas por um sistema judicial corrupto e politicamente influenciado.

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Comunicado - Autoridade Designada do Mar de Timor

Tradução da Margarida.


TSDA COMUNICADO DE IMPRENSA
25 Setembro 2006

Tribunal de Distrito dos USA limpa a Autoridade Designada do Mar de Timor de queixas apresentadas pela Oceanic Exploration


A Autoridade Designada do Mar de Timor (TSDA) tem o prazer de anunciar que todas as queixas apresentadas contra a TSDA pela Oceanic Exploration foram rejeitadas.

Entre as queixas levantadas pela Oceanic Exploration em Junho 2004, estiveram alegações de que a adjudicaçãp pela TSDA à ConocoPhillips e seus parceiros de Contractos de Partilha de Produção eram inválidos por causa de subornos, coerção ou fraude. Tais alegações foram vigorosamente refutadas pela TSDA.

Em 21 de Setembro de 2006, a TSDA recebeu uma Nota do Tribunal do Tribunal Distrital dos USA para o Tribunal do Distrito de Columbia rejeitando as queixas feitas pela Oceanic Exploration e pela sua subsidiária PetroTimor contra a TSDA.

Escreveu o Juíz Emmet G. Sullivan na sua decisão:
“Este Tribunal está impedido de dar ordens aos governos de ambos os países Timor-Leste e Austrália que deverão interromper uma década de desenvolvimento e investimento económico nos seus próprios recursos naturais valiosos, e em vez disso dá a companhias, como a Oceanic, uma oportunidade para competir ou para concorrer a direitos de concessões. Consequentemente, a lei da doutrina estatal impede este Tribunal de aceitar qualquer das queixas dos queixosos contra a TSDA.”

“Estou extremamente satisfeito com o resultado. Os Governos de Timor-Leste e da Austrália ratificaram o Tratado do Mar de Timor que possibilitou os Contractos de Partilha de Produção entregues ao consórcio da ConocoPhillips. Isso não foi, como a Oceanic Exploration alega, um suborno a um gabinete de governo estrangeiro ou à TSDA de modo a obter um contracto comercial”, disse Niny Borges, o Director Executivo em Exercício da TSDA.

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De um leitor

A RTP 1 emitiu em Portugal na passada Quinta e Sexta-feira a série Timor a ferro e fogo.

Muito bem dirigida a série, gostei bastante de ver os actores timrorenses a trabalhar. Em especial Alex Tilman no papel de Isménio. Numa altura em que existe pouca alegria em Timor Leste, falta de confiança no futuro e poucas razões para celebrar: eis uma boa razão para celebrar e ficar optimista. Alex Tilman teve um desempenho ao nível dos dois actores experimentados (o australiano e a do Canadá).

Os timorenses são capazes de fazer coisas bem feitas. Há que ter confiança no futuro. As coisas podem ser melhores. As coisas têm de ser melhores no futuro.

Obrigado Alex Tilman por esta razão para ter orgulho de Timor-Leste. As coisas boas dão animo e fazer ter esperança num futuro melhor.

Fernando Duarte
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Notícias

Tradução da Margarida.

ABC - 23/09/2006, 12:13:57

Timor-Leste pode precisar de mais polícia Portuguesa

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta diz que pode pedir mais polícias a Portugal se o pedido de Dili duma força de capacetes azuis da ONU for recusado.

Portugal enviou 120 polícias militares para Dili em Junho para ajudar a conter uma vaga de violência mortal e de pilhagens.

Os polícias são parte duma força-tarefa multinacional liderada pelos Australianos e que também incluem tropas da Nova Zelândia e da Malásia.

A violência começou depois do então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter demitido 600 soldados numas forças armadas de 1,400 quando protestaram sobre alegada discriminação contra soldados do oeste do país.

A força internacional destacada para Timor-Leste entregou formalmente a sua autoridade á ONU na semana passada.



Radio Australia - 23 Setembro 2006 (Sublinhados da responsabilidade da Radio Australia)
Opinião: O falhanço da Austrália na reconstrução de Estados fracos

Anna Powles, autora da reportagem sobre os esforços de intervenção da Austrália,

Depois do desassossego deste ano em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão, tem havido críticas aos esforços da Austrália para ajudar a reconstruir estados fracos na região.

A Austrália tem 1,900 tropas em Timor-Leste como parte da missão internacional ora acalmar a violência lá e lidera a missão de assistência regional, RAMSI, nas Ilhas Salomão.

Mas de acordo com um estudo para o think tank de segurança, a Fundação Kokoda, a ruptura em Timor –Leste e os motins e ataques incendiários nas Ilhas Salomão em Abril mostram que as intervenções no passado foram seriamente desadequadas.

Anna Powles da universidade Nacional Australiana é a autora do estudo 'Security Challenges' (Desafios de Segurança) para a Fundação Kokoda. Ela discute algumas das insuficiências da Austrália nos esforços na construção de Estados.

Penso que em ambos os casos [os esforços de intervenção em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão], ambas têm sido embrulhadas como sucessos. Timor sob... a Interfet e a subsequente missão da ONU e com certeza a RAMSI, foram ambos casos considerados terem tido um sucesso extremamente grande, do tipo do cartaz da criança e construção do Estado, etc..

E penso que isso obsescureceu bastante – aquela fase extremamente importante depois da partida das tropas, etc., e depois da ordem e segurança estar garantida, em lidar realmente com as questões de construção da paz. E na minha opinião, nem as intervenções em Timor ou nas Ilhas Salomão, responderam com sucesso a muitas das questões que vêm saltando do conflito.

Que questões não enfrentaram?

Por exemplo, nas Ilhas Salomão, a questão do próprio conflito, as causas da tensão entre 1998 e 2003, estas questões não foram enfrentadas. E com certeza, foi sempre dito que a RAMSI estava lá simplesmente para criar um espaço para essas questões serem trazidas para a mesa e isso é certamente verdadeiro. Mas havia a necessidade de muito mais ser feito em termos de resposta a essas questões dum modo pró-activo e do reconhecimento de que são parte do processo de construção do Estado, em vez de simplesmente as remeter para o governo das Ilhas Salomão.

Contudo é parte do problema, que em ambos os casos os governos no poder não quiseram confrontar o passado? É certo que o governo das Ilhas Salomão não quis olhar para o passado, e em Timor, o novo governo de Timor-Leste não quis ser visto a provocar a Indonésia?

Absolutamente verdadeiro, em ambos os casos. Mas penso que os eventos de Abril e Maio mostraram que há tensões a ferver em fogo brando lá. Certamente, nas minhas investigações nas Ilhas Salomão, ficou muito, muito claro, que as questões à volta do conflito e as questões da paz e da segurança não tinham sido resolvidas e que há grande ênfase entre aldeões e os membros da comunidade para se enfrentarem essas questões.

Se o governo não as quer enfrentar, então procuram a RAMSI ou uma missão de intervenção. Há uma expectativa em que a RAMSCI com certeza jogou bastante também, quanto ao poder de intervir.

Que lições devem então os poderes de intervenção tirar do ponto que faz – que a lei e a ordem não significam paz e estabilidade?

Em primeiro lugar, é absolutamente fundamental tirar as armas da rua e nos primeiros tempos a RAMSI fez um trabalho fantástico e também em Timor com a intervenção lá. Mas a não ser que a paz e a segurança seja estabelecida e esse é um processo muito mais longo e que envolve responder às causas do conflito e envolve a reconciliação.

Isso necessita muito ser uma parte integral do estádio de reconstrução, porque existir a lei e a ordem simplesmente não significa que exista a paz e a segurança. E, mais uma vez, os eventos nas Ilhas Salomão este ano indicaram que, por que muita da gente que estava a participar nas manifestações vinham duma área particular de colonatos e comunidades em Honiara, onde sentiam muito fortemente que não se tinha atingido a paz e a segurança.

Que tipo de raciocínio se deve seguir em relação à reconciliação, e construção de comunidade ou construção de nação?

Penso que terá de haver muito maior ênfase nessas questões que mencionou, a reconciliação, a construção de nação, enfrentar as questões do conflito de antes da invasão Indonésia na guerra civil de 1974 civil por exemplo. Qualquer força de intervenção que vá para Timor precisa de ter muito mais atenção em engajar a sua população local para ter uma ideia muito mais forte do que os Timorenses de diferentes áreas geográficas bem como políticas, querem para o seu país e para se engajarem com a nação de Timor como um todo.

E ficar mais tempo, é essa a outra parte do negócio? Estava as Nações Unidas demasiado desejosa de sair de Timor-Leste? Estava a Austrália demasiado satisfeita com os resultados que tinha obtido nas Ilhas Salomão durante dois anos?

Certamente, isso é o que alguns argumentam, mas penso também que o que temos de ter em conta é a responsabilidade da parte dos Timorenses e dos naturais das Ilhas Salomão a assumirem o peso do processo, eles próprios.

Penso que missões de intervenção externas ficam sob suspeita se ficarem demasiado tempo e isso outra vez levanta a questão da estratégia de saída, que é umas grande questão nas Ilhas Salomão e obviamente será uma grande questão se a ONU regressar a Timor. E isso significa que ao planear-se para uma tal missão, há a necessidade de haver uma ideia, muito, muito clara dos resultados que podem alcançar.

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Hasegawa calls for Japanese participation in E.Timor

BNA
date: 24 09, 2006

Tokyo, Sept. 24, (BNA) The outgoing United Nations special envoy for East Timor, Sukehiro Hasegawa expressed his hope in Japan's participation in peace keeping duties in the country.

In a statement to Japanese Radio and Television Corporation, Hasegawa said that the current political situation in East Timor resembles the silence prior to a storm and that a break out of political tension was possible prior to the upcoming elections.

He also stressed that stability and security in the country made possible the return of over 150,000 refugees. HSQ 24-SEP-2006 11:19

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Em 2004...

Tradução da Margarida.

Smith, Anthony L. "East Timor: Elections in the World's Newest Nation" (“Timor-Leste: Eleições na mais nova nação do mundo”) Journal of Democracy - Volume 15, Number 2, April 2004, pp. 145-159
The Johns Hopkins University Press


Resumo

Timor-Leste emergiu como a mais nova nação-Estado do mundo depois de ter com grande atraso ter chegado à sua independência total em 20 de Maio de 2002. A transição para a posição de Estado também foi acompanhada por uma transição para a democracia. Desde o Referendo de 1999 e Timor-Leste, pelo qual a vasta maioria dos Timorenses optaram por sair do Estado Indonésio, Timor-Leste experimentou eleições para uma Assembleia Constituinte e para um Presidente.

Timor-Leste adoptou um modelo de governo semi-presidencial similar ao de Portugal ou Moçambique. Uma rivalidade política muito comentada entre o Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, e o partido no poder, a Fretilin, não é necessariamente ameaçadora para a prática democrática no interior de Timor-Leste se ficar confinada no reino do debate político — o que tem acontecido até agora.

Apesar da falta de eleições livres e justas no passado, em Timor-Leste, o publico geral, ainda largamente sem educação formal, parece ter abraçado a pratica democrática.
Como acontece em qualquer país a democratizar-se, especialmente um que enfrenta a miríade de obstáculos ao desenvolvimento como Timor-Leste enfrenta, esta jovem democracia continuará a enfrentar desafios no seu desenvolvimento.

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Mascarenhas Monteiro declina convite para ir para Timor-Leste

Notícias Lusófonas
25.06.2006

O ex-Presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro acaba de anunciar que já não vai para Timor-Leste. Monteiro decidiu declinar o convite que lhe foi feito por Kofi Annan para ser seu representante especial e chefiar a missão da ONU em Díli. Por trás dessa recusa, estão «reservas» por parte de alguns dos implicados no processo timorense.


Em conferência de imprensa convocada hoje para o efeito, António Mascarenhas Monteiro relatou como foi envolvido no processo timorense, aceitando o «honroso convite» que lhe foi formulado depois de várias rondas negociais com os responsáveis da ONU, a começar pelo secretário-geral da instituição, Kofi Annan.

O último teste nesse sentido, segundo ele, aconteceu na semana passada, no dia 18, em Nova Iorque, quando manteve encontros em separado com Annan e com o seu secretário-geral-adjunto, o francês Jean-Marie Gueheno, responsável para Operações de Manutenção de Paz.

Ao contrário do acertado no dia seguinte não surgiu o anúncio da nomeação do antigo Presidente cabo-verdiano, tendo este viajado para Cabo Verde, aonde chegou na passada sexta-feira.

Neste dia, por volta das 13 horas, recebeu um telefonema de Gueheno, pedindo-lhe mais algum tempo para que a ONU pudesse «resolver pequenos problemas» que surgiram devido à nomeação.

«Eu disse», conta MM, «Eu já sei quais são os problemas: surgiram reservas em relação ao meu nome. Sei que algumas das partes envolvidas e interessadas no processo em curso em Timor não estão muito contentes com a designação do secretário-geral’. (...) Da minha parte não lhes dou tempo algum. Vou dar uma conferência de imprensa na segunda-feira para anunciar que já não estou interessado no exercício dessas funções’.»

Para Mascarenhas Monteiro, diante das «reservas» surgidas, não lhe restava outra atitude. «As funções de representante do SG da ONU são muito amplas, que só podem ser exercidas quando haja boa-vontade de todos os interlocutores. Não havendo essa boa vontade, havendo já um clima de desconfiança, eu não vou entrar nessa», sublinha.

Dando por encerrada a sua «missão» em Timor-Leste, MM salienta que não está «à procura de trabalho» e que neste processo entrou «pela porta grande» e sai «por uma porta ainda muito maior».

Isto não obstante os apelos tanto dos responsáveis da ONU, como dos dirigentes timorenses e do primeiro-ministro de Cabo Verde com quem se encontrou hoje, às nove horas, a pedido de José Maria Neves, para que revisse a sua decisão.

MM afirma ainda que a sua atitude surge por uma questão de honra e dignidade pessoal, bem como pelo respeito que deve ao povo cabo-verdiano.

Questionado por «asemanaonline» se não é pedir de mais num processo como este que haja unanimidade em torno da sua pessoa, MM respondeu: «Eu não queria unanimidade, mas também não quero reservas. Havendo reservas em relação à minha pessoa penso que deixo de ter condições para exercer funções tão importantes como as de representante especial do secretário-geral da ONU».

Embora não tenha sido dito textualmente de onde terão surgido as «reservas», facilmente se conclui que elas partem da Austrália, uma potência que tem dado as cartas na região asiática de que faz parte, em especial em Timor-Leste. Camberra mantém neste momento vários efectivos no terreno para manter a paz e a segurança em Díli.

Não será certamente do seu agrado submeter os seus efectivos ao comando de um lusófono, no caso, António Mascarenhas Monteiro. Isto para não falar dos interesses económicos em jogo: Timor-Leste poderá transformar-se nos próximos anos num grande produtor de petróleo e gás natural.

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Dos leitores

De um leitor:

"As desigualdades sociedade timorense ja foi muitos seculos. Antes de 25 de april a sociedade native que representa 90% nao tinha acessos de educasao e saude naquela epoca, so os filhos dos malais portuguese que tinham estas regalias todas e tambem os filhos dos liurai (servidores dos portugueses) que serviram interesses dos portugueses que tinham desse tipo de oportunidades"

Resposta de outro Leitor:

O colega anónimo tem muito por onde pegar, se quiser dizer mal da administração portuguesa de Timor até 1974. Mas isto que diz acima não é verdade.

Em Setembro de 1973, havia 60.233 alunos matriculados em todas as escolas de Timor. Como os "malaes" não eram mais de 1.500, então devia haver uns 10 ou 20 mil liurais em Timor...

Eu estudei em Dili no antigo ensino primário e 1º ano do ciclo preparatório e posso garantir que 80% dos alunos eram timorenses. Mas se fôssemos para o interior, a percentagem subia para 100%.

Em 1973 havia 36 bolseiros a estudar no ensino médio e superior em Portugal e não me consta que fossem todos filhos de liurais.

Quanto aos liurais, recordo-lhe as palavras do nosso 1º Ministro Ramos Horta, no seu discurso de tomada de posse, quando manifestou vontade de "restaurar a dignidade e o poder moral e secular dos Liurais".

Em relação à assistência médica, lembro que no mesmo ano a mulher do comandante da polícia de Atambua foi operada de urgência no hospital de Dili por um cirurgião moçambicano.

Mas se quiser uma descrição mais pormenorizada deste tema, sugiro que perca 5 minutos a ler as seguintes linhas (NOTA: só disponho de dados até 1970):

"Com a invasão estrangeira [japonesa], a obra em desenvolvimento foi quase totalmente destruída e a assistência paralisou. Depois da libertação foi preciso começar de novo.

Contruídos ou reparados, foram postos em funcionamento a partir de 1948 os hospitais de Baucau e Ainaro, as maternidades de Dili e de Baucau, e os postos sanitários de Lospalos, Laclubar, Aileu, Same, Lautém, Oé-Silo, Ossu e Venilale, além de outros, cujos edifícios provisórios foram sendo, a pouco e pouco, substituídos por instalações definitivas.

Todo o material teve de ser renovado. Para o Hospital Central de Dili adquiriu-se uma eficiente aparelhagem de raios X, enquanto as suas instalaçoes continuaram a ser alargadas.

No Centro de Saúde de Dili agruparam-se a farmácia do Estado, com os seus laboratórios e depósito, as consultas externas de medicina e cirurgia, e os gabinetes de estomatologia e raios X.

Entretanto, os Serviços de Assistência, regulamentados em 1946, foram exercendo uma notável acção, com a concessão de pensões mensais e subsídios a inválidos, viúvas e indigentes, o pagamento de mensalidades a alunos pobres internados em colégios e escolas missionárias ou do ensino oficial, o fornecimento de livros e de material escolar a alunos assistidos, a concessão de passagens de ida e volta a doentes pobres e seu tratamento na metrópole, e o serviço de transporte de doentes dentro da província.

Em 1962 a assistência era prestada a 140 estudantes e a 386 outras pessoas." (1)

"Timor dispunha, em 1964, de 23 médicos, sendo 8 do quadro das Forças Armadas, os quais por acumulação prestam serviço nas formações sanitárias dos Serviços de Saúde e Assistência, um médico inspector, 5 de 1ª classe, 6 de 2ª e 4 do quadro complementar de cirugiões, especialistas e internistas.

Além do pessoal dos Serviços de Farmácia e Serviço Social, o quadro privativo é constituido por um enfermeiro-chefe, 10 enfermeiros de 1ª classe, 11 de 2ª, 12 enfermeiros auxiliares de 1ª classe, 16 de 2ª e 43 de 3ª, uma enfermeira monitora, uma enfermeira-parteira e 17 enfermeiras-parteiras auxiliares. Ao todo, 118 elementos" (2)

"Com a publicação, em 1964, do Regulamento dos Serviços de Saúde e Assistência do Ultramar (Decreto nº 45 541), foi definida a missão daqueles Serviços:

a) Promover a defesa e protecção da saúde das populações, a sua educação sanitária, a melhoria das suas condições fisiológicas, e a prevenção e o combate das doenças endémicas e epidémicas.

b) Estabelecer normas de salubridade urbana, rural e habitacional, da higiene e do trabalho e das indústrias.

c) Promover o saneamento do território.

d) Promover e amparar os indivíduos e seus agrupamentos naturais contra carências e outras disfunções sociais e ainda contra flagelos cuja prevenção e correcção caiba nos planos gerais de assistência.

e) Manter sempre actualizado o estudo das necessidades efectivas de assistência sanitária contra os grandes flagelos sociais e as endemias, por forma a se poder organizar o seu combate metódico, quando necessário.

Ulteriormente foram na província publicados: o Regulamento Geral dos Serviços de Saúde e Assistência de Timor, o Regulamento da Escola Técnica dos mesmos Serviços, o Regulamento dos Hospitais da província e o Regulamento que fixa as normas de assistência clínica e farmacêutica a particulares e ao pessoal ao serviço de actividades oficiais e suas famílias.

Sanitàriamente, a província constitui um distrito sanitário, que para efeitos de administração sanitária, tem 12 delegacias de saúde.

A rede sanitária geral da província é hoje constituída pelo Hospital Central e Regional de Dili Dr. Carvalho, o Hospital Sub-Regional de Baucau e 8 hospitais rurais, todos nas sedes das delegacias de saúde. Além destas formações sanitárias, a província tem, actualmente, 14 maternidades - duas regionais e doze rurais - e 47 postos sanitários rurais, nas sedes dos postos administrativos.

O Hospital de Dili, já fora da parte central e baixa de cidade, dispõe de enfermarias de cirurgia, de medicina, de isolamento, e de pediatria, duma boa e bem equipada sala de cirurgia e de gabinetes de raios X, fisioterapia, laboratório clínico, etc.

A aparelhagem de raios X, que substituiu a anterior e que possui a potência conveniente para as necessidades normais da província, foi oferta da Fundação Calouste Gulbenkian em 1966.

Junto do Hospital Central funciona a Escola Técnica dos Serviços de Saúde e Assistência." (1) Esta escola destinava-se "ao ensino da enfermagem geral e auxiliar, e cursos técnicos de auxiliares de farmácia. Os cursos professados são os de formação básica, de especialização, de aperfeiçoamento e de actualização." (2)

"Os hospitais rurais têm, no mínimo, uma capacidade para 20 a 30 camas, para doentes de ambos os sexos; os postos sanitários têm uma capacidade de internamento nunca inferior a 10 doentes, também de ambos os sexos. Estes ainda dispõem de um anexo, que constitui uma pequena maternidade.

Para a consecução deste programa definiram-se os protótipos das construções, normalizou-se o mobiliário e o equipamento sanitário, e determinaram-se os níveis de medicamentos a atribuir." (1)

"Edificaram-se (...) muitas residências para médicos, enfermeiros e parteiras." (2)

"Ainda na cidade de Dili, na sua parte central, existe um centro sanitário que funciona como anexo do Hospital Central e que possui:

- um banco de urgência, tendo este uma pequena dependência de radiologia de urgência, uma sala de observações (S. O.), salas de tratamento de pequena cirurgia e de admissão, etc.

- consultas externas das especialidades de estomatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, obstetrícia e pediatria e clínica médica e cirúrgica.

Junto de cada hospital rural funciona um centro de saúde rural, com um posto de medicamentos e material cirúrgico da delegacia de saúde.

em cada posto sanitário funciona uma consulta externa e um dispensário de luta contra certas doenças, tais como a filaríase, a malária, lepra, tuberculose, gonococia, etc." (1)

"Os actos de assistência médica decorridos em 1965 traduzem-se pelos seguintes números: 190 736 doentes em regime ambulatório; 4542 doentes internados; 959 outros doentes registados; 586 507 tratamentos e 381 561 injecções; 3904 operações cirúrgicas; 92 333 vacinações; 9193 exames laboratoriais e 2567 radiografias; 137 transfusões de sangue e 34 electrocardiogramas.

A estes números há ainda a juntar os actos de assistência levados a efeito pelos Serviços de Saúde militares: 20 555 consultas e 90 485 tratamentos diversos." (2)

"Os serviços farmacêuticos dispõem de um depósito central de medicamentos e de material cirúrgico, duma farmácia central e de postos de medicamentos, na maior parte rurais, junto das delegacias de saúde, dum laboratório farmacotécnico e, em organização, dum laboratório de análises químicas, bromatológicas e toxicológicas.

Os serviços de saúde pública estão à responsabilidade das delegacias de saúde, com serviços sanitários e serviços de higiene pública.

O serviço de saúde escolar de Dili é dirigido por um médico escolar e tem duas unidades de enfermagem privativas.

A Brigada Itinerante de Estudo e Combate às Endemias possui duas secções técnicas de prospecção clínica e investigação laboratorial e de entomologia.
(...)
Esta Brigada dispõe, em Dili, dum bem instalado e apetrechado laboratório." (1)

"A cargo da vigilância das delegacias de saúde estão as actividades de saneamento, com desinfecções, desinfestações, capinagens, remoção de lixos, higiene e conservação dos mercados, petrolagem de águas estagnadas e aplicação de insecticidas, assim como as inspecções sanitárias aos edifícios.

Estão previstos, para Dili, trabalhos de saneamento de pântanos e de aumento da rede geral de esgotos.

A cargo da Delegacia de Saúde de Dili está o serviço de sanidade marítima, enquanto o de sanidade aérea compete à Delegacia de Saúde de Baucau." (2)

"A S. A. P. T. (3) dispõe do Hospital Rural Celestino da Silva, de um posto de tratamento e de alguns postos de enfermagem, nas suas plantações de café e para serventia do seu pessoal trabalhador e familiares." (1)

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(1) Timor - Pequena Monografia, Agência Geral do Ultramar, Lisboa 1970
(2) Dados Informativos 4, Agência Geral do Ultramar, Lisboa, 1968
(3) Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho


H. Correia

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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