segunda-feira, outubro 30, 2006

Comunicado - PM - traduzido pela Margarida


REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO


COMUNICADO DE IMPRENSA

Dili, Outubro, 27, 2006



O Governo de Timor-Leste re-afirma apoio completo às tropas Australianas e da NZ


O Governo de Timor-Leste re-afirmou hoje o seu apoio total ao trabalho que está a ser feito pelas tropas Australianas e da Nova Zelândia a ajudar a restaurar a lei e a ordem no país.

O Vice Primeiro-Ministro Estanislau da Silva disse que o Governo aprecia profundamente os esforços que a Joint Task Force está a fazer para ajudar a trazer a paz e a segurança à comunidade.

“Estes soldados são completamente neutros e actuam profissionalmente em ciucunstâncias muito difíceis,” disse o Sr da Silva.

“É importante lembrar que eles foram convidados pelo Presidente da República Xanana Gusmão; o Presidente do Parlamento de Timor-Leste, Sr. Francisco Guterres "Lu-Olo"; e o Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional do Governo de Timor-Leste Dr Mari Alkatiri. Todos os três pilares do Estado convidaram esses soldados para Timor-Leste.
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“O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução estabelecendo a nova Missão UNMIT para Timor-Leste e esta inclui a UNPOL e a JTF631. Trabalham cooperativamente lado-a-lado e comandam com respeito um pelo outro.”

Há 1000 Australianos e 110 Neo Zelandezes na Joint Task Force 631 (JTF631).

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Comunicado - PM


REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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27 Outubro 2006 Para divulgação imediata

Declaração emitida pelo Primeiro-Ministro Dr José Ramos-Horta

“Alcançar paz duradoura e segurança para nós Timorenses é a única coisa que interessa a todos nós – ao Presidente, ao Parlamento Nacional, ao Governo e ao nosso povo. É algo que infelizmente tem consumido todos nós nos meses recentes.

A nossa busca por soluções óptimas continua sem descanso cada dia.

Foi com isto em mente que o Parlamento Nacional de Timor-Leste debateu ontem, e adoptou uma resolução “Sobre o Sistema de Segurança em Timor-Leste”. Saúdo esta contribuição do órgão respeitável.

O Parlamento expressou a sua preferência por uma força de manutenção da paz da ONU que tem sido a posição do Governo. Contudo está também preparado para considerar arranjos sob acordos bilaterais e trilaterais.


A decisão do meu Governo para pedir à Austrália e à Nova Zelândia para manterem os seus contingentes em Timor-Leste como capacetes verdes, tem base nas realidades do arranjo em vigor até à data, e nas adicionais tropas disponíveis para destacamento, e no facto de o Governo estar a negociar um arranjo trilateral com a ONU e a Austrália, que incluirá todos os detalhes necessários de engajamento para clarificar papéis, expectativas e responsabilidades. Isto afectará o comando unificado e coordenado que o Parlamento Nacional parece procurar.

Comuniquei esta decisão à ONU numa carta datada de 18 de Outubro passado, para o Secretário-Geral Kofi Annan.

A decisão desenvolveu-se depois de consultas com o Presidento Xanana Gusmão, o Presidente do Parlamento Lu-Olo, o meu Gabinete, outros actores políticos incluindo o Dr Mari Alkatiri, o Secretário-Geral do partido maioritário, a Fretilin,e o Conselho Supremo para a Defesa e Segurança.

Tomamos essa decisão porque acreditamos que é no melhor interesse da nossa Nação manter o status quo, porque ambas as forças têm estado aqui já há algum tempo e estão agora familiarizadas com Timor-Leste e o seu povo.

A Resolução votada no Parlamento Nacional acredita que a segurança melhoraria se as tropas estivessem sob um comando unificado.

É um facto que os arranjos que propusemos ao Secretário-Geral da ONU nos fornecem mais tropas do que as que estariam disponíveis sob uma missão de manutenção da paz. Sob a proposta militar da ONU só teríamos cerca de 350 tropas, metade dos quais estariam correctamente dirigidas para proteger o pessoal e as instalações da ONU. A outra metade, 170 ou à volta disso, seriam destacados para garantir a segurança do resto do país em oposição às 1000 tropas Australianas e às 110 da Nova Zelândia já aqui. Este número ficará até Dezembro pelo menos se lhes pedirmos. O número mínimo que teremos é do tamanho de um batalhão, de aproximadamente 650.

Tendo tido discussões com o SRSG em exercício, Finn Rieske-Nielsen, o Comissário da UNPOL em exercício, Antero Lopes e o comando das forças internacionais – Brig Gen Slater e Brig Rerden, estou absolutamente confiante que podem e irão trabalhar em coordenação total. Espero que isto acalme quaisquer preocupações que o Parlamento Nacional possa ter quando aprovou a resolução.

Estávamos também atentos ao facto de a ONU estar muito esticada nestes tempos correntes. Quando temos vizinhos regionais que, com o consentimento do Conselho de Segurança, são capazes de fornecer a segurança que pedimos para nos assistirem nos nossos esforços de construção de nação, é lógico e necessário aceitar a generosidade dos vizinhos. Estamos também em discussão com alguns outros países que indicaram a sua vontade para também destacar algumas tropas para servirem em Timor Leste.” – Fim.

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UNMIT Daily Media Review


Saturday 28 Oct + Monday 30 October 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


Ministers Must Explain Absence Of Police

Francisco Guterres ‘Lu-Olo’ said the National Parliament will request Prime Minister Ramos-Horta and Minister of Interior, Alcino Barris, to respond to the continued absence of Police Posts in the neighbourhoods. Lu-Olo said the government had promised the establishment of these posts, which is not evolving, leading to loss of lives almost on a daily basis. The President of the Parliament said the people have asked for the reactivation of PNTL and F-FDTL because they do not trust the international forces. He further said the NP is not planning to ask for F-FDTL intervention. Therefore, the UN forces should be under one command.

A 50-year old man by the name of Antonio Morais has allegedly told the National Parliament that he and the two people that died in Pantai Kelapa, Dili, last Thursday night, were captured by the Australian police during the fighting between the youths of Aimutin and Comoro Market. Morais said they were taken in separate cars and while in the car he remembers the Australian military rubbing some kind of medicine smelling like petrol on his face which made him lose consciousness/ not allowing him to think clearly and he could not speak. He said the forces dropped him near the ocean, by Comoro riverbed. Morais continued to state that he woke up the next day (Friday) in shock but after sitting for a while realized what had happened and starting walking towards Comoro Pertamina. As he was nearing Pertamina he saw the mutilated bodies of his two colleagues. And he stated that he doesn’t know who killed them but he remembers the three were taken in separate cars by the Australian forces from Mercado market. (STL, TP)

Brigadier Taur Request Investigation Into Forces

F-FDTL Brigadier General, Taur Matan Ruak wants the government to establish an investigation into the behaviour of some Australian soldiers during the security operations in Dili in the past months. Ruak said he would not like to point out the mistakes and rather leave it to a commission of inquiry to release the results. He further said, soon he would send another proposal for consideration even though the government has not responded to his earlier proposal on the establishment of a commission to investigate the behaviour of Australian troops in Timor-Leste. He said the proposal is not to ask the Australian to leave the country but to help or improve their behaviour. The General said F-FDTL has been marginalized for committing errors therefore he doesn’t want the population to have bad feelings towards the Australian forces. He also said he is not happy that the security situation in Dili cannot be overcome with the presence of many UN police, turning Dili into a “Cowboy City”. And detaining those not involved in the violence. According to Timor Post, many people have expressed ill feeling towards the Australian forces. This daily gave an example of a youth who refused to give his name that he was detained by the Australian forces in front of his house late at night, taken and dropped in Caicoli. (TP, STL)

Nobel Laureates To Participate in Peace Discussions

Prime Minister Ramos-Horta has given his trust for the National Events Commission to organize the national program with the theme ‘Peace Gathering,’ scheduled to commence on November 12 and conclude on December 10. There will be many events such as ritual and traditional ceremonies at the district and national level. The program of 10 December would culminate in Tasi Tolu with the participation of representatives of all organizations and the government. Seven Nobel Laureates would also be invited to participate in the event. (TP)

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De um leitor

Esta publicamente anunciada firme posição da FRETILIN merece ser aplaudida.

Começam ouvir-se vozes mais fortes contra golpistas, política australiana e contra a propaganda visando fins neo-dictatoriais e neo-imperialistas. É necessário ouvir-se cada vez mais vozes, que sejam mais fortes e mais harmoniosas, até chegarem a unissono.

É preciso que se saiba quem é quem e o que é o que. É preciso chamar as coisas (e pessoas)pelo seu nome.

É preciso que os golpistas, intera e externamente, saibam que NÃO É UM INCIDENTE QUE DEVE GOVERNAR A POLÍTICA, MAS SIM A POLÍTICA DEVE GOVERNAR OS INCIDENTES.

Vivam todos os defensores da liberdade, dignidade nacional e soberania de Timor-Leste!

Manatuto.

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Fretilin alega conspiração contra soberania timorense

Público - Segunda, 30 de Outubro de 2006

Jorge Heitor

Comando australiano investiga "fontes dos rumores" contra as suas forças

O Comité Central da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), partido que ocupa mais de metade dos 88 lugares no Parlamento Nacional, declarou ontem que a crise que se tem vivido no país resulta de "acções conjugadas e próprias de uma conspiração muito bem executada". "O Governo e o Parlamento devem mostrar mais autoridade na defesa da soberania do Estado", bem como redobrar esforços para garantir a realização de eleições gerais em 2007, disse.

Não foram especificados os alegados conspiradores, mas os dois comunicados distribuídos - com um intervalo de horas - pelo grupo de Francisco Guterres (Lu"Olo) e Mari Alkatiri coincidiram com o reforço da segurança de todo o pessoal diplomático australiano em Díli, que se considera vítima de rumores contra os representantes de Camberra em Timor.

A Fretilin pede ainda que, em clima de unidade, se enfrentem "todos os desafios e pressões internas e externas".

Quanto ao brigadeiro Mal Rerden, novo comandante das forças australianas destacadas em Díli, afirmou não ter fundamento a notícia, do jornal local Suara Timor Lorosae, de que os seus militares seriam responsáveis pela morte de dois homens, sexta-feira.

"Estas notícias estão a ser manipuladas por alguns elementos, grupos que claramente não querem aqui uma força de segurança profissional e imparcial, provavelmente porque os estamos a impedir de fazerem o que querem", declarou Rerden, citado na Austrália pelo jornal The Age.

O comandante ordenou ao seu pessoal que investigasse a "fonte dos rumores" que estariam a alimentar um forte sentimento anti-australiano entre a generalidade da população da Timor-Leste. Em Camberra, o próprio Chefe da Força de Defesa, Angus Houston, sentiu a necessidade de "refutar inteiramente qualquer alegação" de que os australianos tenham estado envolvidos na morte de timorenses.

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East Timor on the precipice

Inter Press Service/Asia Times - October 30, 2006


By Mario de Queiroz

LISBON - After centuries of Portuguese colonialism and more than two decades of Indonesian military occupation, instability and violence continue to plague East Timor, simultaneously one of the world's newest and poorest nations.

Since East Timor won independence in May 2002, grave uncertainty has marked the future of the small, resource-rich island nation. Violent clashes that started this April and peaked in June are now kicking up again, indicating that the island's long struggle for freedom has now morphed into a violent fight for power among competitive armed groups.

Last week rival groups of marauding youths primitively fought one another with knives, machetes and bows and arrows, set fire to houses and, significantly, attacked the 1,600-strong foreign peacekeeping contingent, which landed in May and is made up mainly of Australian troops, with smaller contingents of Malaysians, New Zealanders and Portuguese. At least four people have died in the latest surge in violence.

That augurs ill for those who hoped foreign intervention and the July 8 appointment of former Nobel Peace Prize winner Jose Ramos-Horta would quell the violence and help to reconcile competitive groups inside the police and military. Rather, the recent disturbances have been interpreted by Brigadier-General Taur Matan Ruak, the current commander-in-chief of the armed forces, as an attempt to overthrow the new government.

He says the main objectives of the violent gangs are "the collapse of the executive branch, the dissolution of parliament, and the establishment of a government of national unity". Matan Ruak, a Ramos-Horta loyalist, was a legendary guerrilla leader who fought against the occupying Indonesians for 25 years.

Rioters have recently targeted international peacekeepers, notably after Australian troops shot tear gas last week into an improvised refugee camp, which injured a child near the airport in Dili, the capital. Australian troops also reportedly opened fire that same day when a man approached them in a perceived threatening manner. The director of the Dili hospital, Antonio Calere, told Portuguese reporters that four people were killed and 47 injured last week. Two Portuguese soldiers and one Australian were among the injured.

The United Nations Office in East Timor (UNOTIL) has since called for the replacement of Australian troops with UN police officers, who would be led by Antero Lopes of Portugal and include soldiers from Portugal, Malaysia and Bangladesh. Acting Police Commissioner Lopes told the Portuguese press that the violence last Wednesday reached the worst level since June, when more than 20,000 Timorese fled the capital for the nearby hills.

Ramos-Horta said by telephone from Rome - where he was visiting the Vatican to invite Pope Benedict XVI to visit East Timor - that "different groups in Timor are trying to manipulate the foreign military forces, alternately accusing the Portuguese and the Australians".

"Members of a group that was neutralized by the Australians accuse them of supporting the other side, and members of a group neutralized by the Portuguese accuse the Portuguese of favoring the other side. It's a never-ending story," said Ramos-Horta, who concurrently serves as the country's defense chief.

"The Australian, New Zealand, Malaysian and Portuguese forces went to East Timor at the request of the presidency, parliament and the government. In general, the troops have behaved in an exemplary manner. Incidents have occurred, but they have never been deliberate," he said.

That's not necessarily how the UN Independent Special Commission of Inquiry for Timor-Leste, which was established to investigate the causes and culprits of the recent violence that led to at least 40 deaths and triggered the ongoing crisis, views the situation. Released last month, the UN inquiry recommended that some 90 high-ranking Timorese officials and others be investigated and, if the evidence warranted, prosecuted in local courts. One top official named by the UN commission: army commander-in-chief Matan Ruak.

Ramos-Horta said in the interview that the armed forces and Matan Ruak had already "presented public apologies" after the UN special commission issued the results of its investigation. "It is very rare for a military force anywhere in the world to show such integrity, courage and humility, an attitude that will help cure many wounds in our society," he stated.

In late June, East Timorese President Xanana Gusmao asked for the resignation of prime minister Mari Alkatiri and defense minister Roque Rodrigues, and named then-foreign minister Ramos-Horta to both posts. The reason given for the move was alleged discrimination against the Loromunus ethnic group from the western part of the island by the Lorosae from the east, who significantly have much greater representation in the armed forces and police.

But analysts in Portugal and Australia say the problem is not so much ethnic as economic. They point in particular to the competitive interest for political control over the country's vast oil and natural-gas reserves. Once brought online, those reserves are expected to lift significantly the country's gross domestic product per capita of about US$400 and help solve the country's endemic unemployment.

"We do not have a middle class in the real sense of the word, nor any significant private sector, and I say that because no country develops without a private sector and a middle class," Ramos-Horta said. "As everyone knows, this takes many years to develop. Sometimes people forget that we are only in our fourth year of independence."

For his part, Matan Ruak has said a parliamentary investigation commission should be set up "to guarantee a rapid return to peace". The aim of the commission would be "to determine the objectives and strategies" of the violent groups "and identify the moral and intellectual authors behind the crisis - and, above all, to hold them accountable".

Ramos-Horta said it was "only natural" that the UN would call for further investigations. "It is the responsibility of the attorney general to determine whether or not that is necessary," he said, adding: "For my part, I continue to have full confidence in Brigadier-General Taur Matan Ruak."

Unfortunately, not everyone else that matters is in agreement. Major Alfredo Reinado, who deserted the armed forces with a group of his military followers in June, is still holed up in the jungle. Ousted prime minister Alkatiri is still disgruntled and politically powerful. And the prognosis from the streets is for more violence in the weeks ahead.

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Malaysia's Petronas, partners win oil exploration block in Timor Sea

Forbes.com
AFX News Limited

10.30.2006, 03:21 AM

KUALA LUMPUR (AFX) - Petroliam Nasional Bhd (Petronas) said it and its partners have been awarded a production sharing contract for an offshore exploration block in the joint development area between Timor Leste and Australia.

Petronas' partners in the venture are Korea Gas and Samsung and LG groups.

In a statement, Petronas said it will hold a 50 pct stake in the venture through a unit and will be the operator of the block.

It said the block covers an area of 4,125 sq km and is located about 450 km from Darwin, Australia.

Petronas said the minimum investment for exploration activities at the block is seen at 40.5 mln usd.

(1 usd=3.66 rgt)

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Diggers banned from Dili refugee camp

ABC - Monday, October 30, 2006. 1:20pm (AEDT)

Australian troops have been banned from a refugee camp in the East Timorese capital Dili after being blamed for killing two men during last week's gang violence.

The sign on the fence at the camp says 'Australian military - keep out'.

The ban came after ADF boss Air Chief Marshal Angus Houston denied that Australian soldiers were responsible for the deaths.

Newspapers in Dili are reporting the claims as fact.

In a further sign of eroding relations with Australia, rocks were thrown at the Australian Embassy a few nights ago.

At least five people have died in recent gang violence, which closed Dili's international airport last week.

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Ramos Horta condemns smear campaign against Aust troops

ABC Online
Monday, October 30


East Timor's Prime Minister Jose Ramos Horta has condemned those responsible for denigrating Australian security forces in Dili.

Australian soldiers have been the target of a smear campaign, with accusations troops killed two local men and have taken sides in East Timor's conflict.

East Timor's Government has promised to crackdown on those responsible.

Dr Ramos Horta says he is confident of finding the perpetrators.

"We see on and off a campaign either against the Australian side or against the Portuguese, and who is interested in that?" Dr Horta said.

"Who is interested in discrediting GNR (Portuguese Republican National Guard)? Who is interested in discrediting the Australians?

"Well, the enemies of this country, the enemies of peace and that is so obvious."

Drug crackdown

Dr Ramos Horta has also blamed organised criminals for supplying drugs and money to street gangs to instigate further violence.

Social workers in Dili say a dirty form of the drug crystal meth, or ice, is fuelling much of the unrest by sending users into a violent frenzy.

They say there is evidence the drug is deliberately used to provoke gang members, as part of a broader agenda to destabilise the country.

Dr Ramos Horta has vowed to track down the drug suppliers.

"These people who are doing this, they know we are watching, they know we are obtaining evidence about them," Dr Horta said.

"So that might discourage them and make them stop this violence.

"But I am confident we will know in the coming days and we will divulge the information about the source of the support to the youth in terms of drugs and money."

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Youth workers blame drugs for Dili gang violence

ABC Online
Last Update: Monday, October 30, 2006. 4:36pm (AEDT)


Youth workers in East Timor have appealed to Australian security forces to crack down on the supply of illicit drugs in Dili.

The supply of crystal meth, or ice, appears to be fuelling the recent gang violence.

Youth workers blame a dirty form of ice for the extreme violence that has plagued Dili for months.

They say impure forms of the drug send users into a frenzy, fuelling the violence and making them harder to control.

In some cases gang members are so out of it, they are unaffected by tear gas and some have even burnt down their own homes.

Authorities have sought help from Australian Federal Police (AFP) and the United Nations (UN) to crack down on the "cook houses" producing the drug.

They say they lack the resources to do anything.

Australian commanders and the UN admit drugs are a serious problem.

Meanwhile, Foreign Affairs Minister Alexander Downer says the security situation in Dili is calm but there is still an underlying tension in the East Timorese capital.

Mr Downer told Parliament that six people have been killed and 50 injured in gang violence since last Wednesday.

He has also defended Australian troops against rumours they were involved in the deaths of two East Timorese men.

"They are doing an excellent job to keep violence under control and any suggestion that the Australian troops have been anything less than professional and impartial in carrying out their duties is wrong and it is ludicrous," Mr Downer said.


Que "Youth workers"?

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Timor violence by drug-fuelled youths 'organised': UN

SMHT.com
October 27, 2006 - 7:14PM

The latest wave of deadly gang warfare in East Timor appears to be "organised" the United Nations said on Friday as more bodies were discovered.

There are also reports that youths have been fuelled by drugs and alcohol in what the UN said could be further evidence that the violence is orchestrated.

UN police said at least two more people were killed overnight or on Friday morning. They are also investigating reports of a further two deaths.

Fighting broke out among large groups of youths in the beachfront Dili markets area, near the US embassy, on Thursday night and again on Friday morning.

"We have confirmed two dead bodies found, two more are looking likely," UN spokesman Adrian Edwards said.

"We've had reports that have been credible of bodies being found ... but we are still confirming those."

A 29-year-old man died of apparent gunshot wounds, while a 25-year-old had knife wounds, an Australian Army spokesman said.

It comes just days after two Timorese were killed fighting at a refugee camp near Dili's Nicolau Lobato International Airport, which also forced the temporary closure of the facility.

The UN said the situation was currently calm, but security forces are on alert for further unrest.

"These incidents of fighting over the last few days, they have involved quite large numbers, ... two, three hundred people in the fighting," Edwards said.

"When you get that number of people involved it suggests that these are organised in some manner.

"We are trying to establish what is behind this, if it is being organised, who is doing the organising, at this stage we don't have anything with certainty on that."

But Army spokesman Keith Wilkinson described the latest deaths as "isolated", and said they were not linked to the recent violence near the airport.

"These aren't linked at all," he said.

The UN said the violence had been contained to a pocket of the city and the rest of Dili, and East Timor, appeared calm.

There are almost 1000 Australian troops in East Timor providing support to the UN mission, and around 900 UN police officers.

It's expected to be closer to its full-strength of 1600 UN police officers in about a month's time.

"Obviously you'd like there not to be incidents like this happening but I think it has to be understood in its context," Edwards said.

"With 900 (officers) you can't be in all places all the time, so how you operate - you go out patrolling and when something happens you respond to it.

"That has happened and each time it has happened the situation has been brought under control.

"We are not at full strength yet, ... for the moment the situation is being dealt with, it is being contained."

The violence comes just a week after the release of a UN report released into the crisis in the nation in April and May when rival security forces clashed after the government sacked a third of its armed forces.

The special UN commission named senior government and security force personnel it believed should be further investigated or prosecuted over the crisis, in which dozens of people were killed and 150,000 forced from their homes.

AAP

De um leitor

O galo que cantou 24 anos durante a ocupação ilegal da Indonésia vai cantar mais depois de seis meses ficar calado por causa de uma conspiração politica no território de TL que tem a sua soberania reconhecido em todo mundo.

Viva TMR .... Defender a soberania da sua nação não e pecado como outros golpistas fizeram . Deus te acompanha... lutar ate a ultima gota de sangue porque o povo esta sempre ao seu lado.

Viva Matan Ruak ....

TUNA / salele

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Plano de subversão alegado pela FRETILIN coincide com suspeitas de Ramos-Horta

Díli, 30 Out (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, dis se hoje à chegada a Díli que o plano de subversão da ordem institucional em curso em Timor-Leste, denunciado domingo pela FRETILIN, coincide com as suas própria s suspeitas.

Domingo, no final de uma reunião do seu Comité Central, a FRETILIN, partido maioritário timorense, considerou que a crise em Timor-Leste, pensada por "actores internos e externos", conduzirá a um "Plano B" que prevê o recurso a actos terroristas "mais selectivos", com o objectivo de destruir a ordem institucional .

As alegações da FRETILIN "não estão longe do meu raciocínio em relação a a lguma dimensão de actividades de certos elementos que continuam a querer instiga r a violência", salientou Ramos-Horta, que confessou, todavia, ainda não ter lid o o documento divulgado pelo partido maioritário.

Ramos-Horta, que falou à imprensa à chegada a Díli, proveniente de uma vis ita oficial ao Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Bento XVI, salientou que as suas suspeitas, quanto à motivação política para desestabilizar o país, são partilhadas pelas Nações Unidas e pelo comando das forças militares.

"Não sou na única pessoa a ter essa suspeição. A ONU e as forças australianas também são de opinião de que para alem de elementos obviamente de natureza criminal, sem qualquer motivação política, haverá outros elementos implicados nesta violência com alguma agenda política", disse.

Quanto à identidade desses elementos, o primeiro-ministro disse que logo que tal seja apurado será feita divulgação pública.

"Eventualmente conseguiremos identificar quem são eles, qual a sua agenda e nessa altura nós tornaremos público, faremos a denuncia desses elementos", acrescentou.

Ramos-Horta adiantou que as autoridades estão a reunir provas dessas actividades.

"Os dados indicam que certos elementos agitam os jovens, dão dinheiro, dão drogas e isto só pode ter uma agenda política. Não o fazem por outras razões, m as prefiro ser um pouco de prudente e não dizer mais sem ter factos indesmentíveis sobre a mesa", salientou.

A utilização de drogas para alimentar os actos de violência foi já reconhecida por um elemento do gabinete do primeiro-ministro.

José Sousa Santos, encarregue das relações com a Juventude, disse ao jorna l australiano The Australian, que há indícios da distribuição massiva entre os jovens envolvidos em casos de violência de uma droga da categoria das metanfetaminas, popularmente designada como "gelo".

Segundo José Sousa Santos, a droga é preparada localmente e distribuída ao s jovens com o objectivo de desestabilizar o governo.

EL-Lusa/Fim

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Parlamento vai criar comissão eventual para analisar relatório ONU

Díli, 30 Out (Lusa) - O Parlamento Nacional de Timor-Leste vai criar um a comissão eventual para analisar o relatório da ONU sobre a violência registada em Abril e Maio, disse à Lusa o presidente daquele órgão de soberania.

Francisco Guterres "Lu-Olo" disse que a iniciativa para criar uma comissão formada por sete deputados, visa "fazer um estudo e análise aprofundado do relatório e recomendações da ONU".

O debate começou hoje e deverá prosseguir terça-feira.

Uma proposta para a criação de uma comissão parlamentar de investigação foi formulada no passada quarta-feira pelo brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste.

Segundo Taur Matan Ruak, o objectivo é determinar "os objectivos da crise, as estratégias e os autores intelectuais e morais que estiveram atrás da crise timorense, responsabilizando-os".

Num relatório de 79 páginas, a Comissão - mandatada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para apurar os factos e as circunstâncias da violência de Abril e Maio - recomendou processos judiciais contra alguns dos intervenientes na crise.

Entre estes intervenientes contavam-se dois ex-ministros e o comandante das forças armadas.

A comissão recomendou igualmente uma investigação adicional para apurar eventuais responsabilidades criminais do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.

A Comissão Especial Independente de Inquérito, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, considera que "a crise que ocorreu no país pode ser explicada em grande medida pela debilidade das instituições do Estado e a fragilidade do primado da lei".

EL-Lusa/Fim
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Perguntas indiscretas...

My Government’s decision to request Australia and New Zealand to maintain their contingents in Timor-Leste as green helmets, is based on the realities of the arrangement having worked to date, and the additional troops available for deployment, and the fact that the Government is negotiating a trilateral arrangement with the UN and Australia, that will include all the necessary details of engagement to clarify the role, the expectations and the responsibilities”.

Ramos-Horta
27.10.2006


1. Esta decisão foi aprovada em Conselho de Ministros?

NÃO. Esta não é a posição do Governo, até ver. Esta foi uma decisão unilateral do Primeiro-Ministro.

2. O acordo estabelecido com o governo australiano sobre a presença bilateral das forças australianas e neo-zelandesas foi ratificado pelo Parlamento Nacional?

NÃO. Este acordo é inconstitucional enquanto que não for ratificado pelo Parlamento Nacional.


Aguardemos pelo próximo Conselho de Ministros e pela posição do Parlamento Nacional face ao comunicado do PM.

Aconselhamos mais leituras da Constituição da República...

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O General Sem Medo


















The Age/Sydney Morning Herald/photo Glenn Cambell.


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Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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27 October 2006 For immediate release

Statement issued by Prime Minister Dr José Ramos-Horta

“Achieving lasting peace and security for us Timorese is the only thing that matters to us all – the President, the National Parliament, the Government and our people. It is something that unfortunately has consumed all of us in recent months.

Our search for the optimal solution goes on tirelessly each day.

It was with this in mind that the National Parliament of Timor-Leste yesterday debated, and adopted a resolution “About the System of Security in Timor-Leste”. I welcome this contribution of that august body.

The Parliament expressed its preference for a UN peace keeping force which had been the position of the Government. However it is also prepared to consider military arrangements under bilateral and trilateral agreements.

My Government’s decision to request Australia and New Zealand to maintain their contingents in Timor-Leste as green helmets, is based on the realities of the arrangement having worked to date, and the additional troops available for deployment, and the fact that the Government is negotiating a trilateral arrangement with the UN and Australia, that will include all the necessary details of engagement to clarify the role, the expectations and the responsibilities. This would affect the unified and coordinated command that the National Parliament appears to be seeking.

I communicated this decision to the UN in a letter dated last October 18, to the Secretary General Kofi Annan.

The decision evolved after consultations with President Xanana Gusmão, the President of the Parliament Lu-Olo, my Cabinet, other political actors including Dr Mari Alkatiri, the Secretary-General of the majority party Fretilin, and the Supreme Council for Defence and Security.

We took that decision because we believed it is in the best interests of our Nation to maintain the status quo, as both forces have been here for a period of time and are now familiar with Timor-Leste and its people.

The Resolution voted for by the National Parliament believes that security would be better if the troops were under a unified command.

It is a fact that the arrangements we proposed to UN Secretary General provide us with more troops than would be available under a peace-keeping mission. Under the UN military proposal we would only have about 350 troops, half of which would correctly be assigned to protect the UN staff and assets. The other half, 170 or so, would be deployed to secure the rest of the country as opposed to 1000 Australian and 110 New Zealand troops already here. This number will remain until at least December, and beyond if we require them. The minimum number we will have is a battalion strength of approximately 650.

Having had discussions with the acting SRSG, Finn Rieske-Nielsen, acting UNPOL Commissioner Antero Lopes and the command of the international forces – Brig Gen Slater and Brig Rerden, I am absolutely confident that they can and will work in total coordination. I hope this allays any concerns the National Parliament may have when it passed the resolution.

We were also mindful that the United Nations is very stretched in these current times. When we have regional neighbours who, with the imprimatur of the Security Council, are able to provide the security we require to assist us in our efforts in nation building, it is both logical and necessary to accept our neighbours’ generosity. We are also in discussion with some other countries who have indicated their willingness to also deploy some troops to serve in Timor-Leste.” – ends.

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Que armas?

"Últimos confrontos em Díli entre civis envolveram armas de fogo"
27.10.2006 - 11h39
Lusa, PUBLICO.PT

Que armas? Seria interessante a UNPOL esclarecer que armas estiveram envolvidas nestes confrontos.

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De um leitor

E qual a versão do vice-PM Estanislau e do governo da Fretilin?

A dos australianos, ou da Fretilin, Parlamento, e Matan Ruak?

Por um lado fazem um comunicado a dizer que as forças australianas não funcionam a garantir a segurança, por outro aparecem os ministros da Fretilin a defendê-los!

Ai Timor!

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A versão australiana e americana...

CNN

Drugs 'fueling East Timor gangs'

CANBERRA, Australia (Reuters) -- Illegal drugs and alcohol given free to youths by opponents of East Timor's government have helped fuel gang violence which killed up to four people, officials and international security forces were quoted as saying on Monday.

Jose Sousa-Santos, an adviser to Prime Minister Jose Ramos-Horta, said much of last week's fighting in the capital Dili was due to the use by youth gangs of locally-made methamphetamine, or "ice," which can trigger uncontrolled rages.

"It's more a pre-battle ritual," he told Australian media. Sousa-Santos said the methamphetamine had only appeared in Dili since fighting broke out between the police and military in May.


Local officials said two people were killed in the clashes last week between youths armed with guns, rocks and bows and arrows. Australia, which is leading a peacekeeping force in the fledgling nation, said the toll might be as high as four.


The commander of Australian peacekeeping forces in East Timor, Brigadier Mal Rerden, separately said alcohol or ice aggravated two days of clashes which shut down Dili's main airport.


"This is unfortunate - they may do things they normally wouldn't do, and that is a dangerous and serious thing," Rerden told Australian newspapers.


Australia led a force of more than 2,500 international soldiers and police into Dili in late May to end instability which eventually forced the resignation of Prime Minister Mari Alkatiri.


Acting Timor Prime Minister Estanislau da Silva, meanwhile, said he was determined to crackdown on a campaign aimed against Australian peacekeepers, including allegations they were involved in the deaths of two youths last week.


"We will do out best to find out who is behind this campaign that has made people turn suddenly against the Australian force," da Silva told Fairfax newspapers.


The Australians were met with cheers when they arrived in Dili in May and Prime Minister Jose Ramos-Horta this month turned down an offer of a United Nations replacement force, opting to keep Australian and New Zealand forces instead.


But security forces now suspect unknown figures of running a clandestine campaign against the Australian presence in hopes of forcing their departure ahead of national elections next year.

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De um leitor

Now they know how hard it is to mantain law and order in Timor-Leste. This is not Leichart or Palm Island or Redfern. Well, perhaps more like Lakemba or Redfern. These young people do not fear even bullets. They mostly had to live under Indonesian times when the TNI and Intel and Kopassus did much worse things to them.

The comes along an Australian Police officer whose first action is "What is your name?"
Do what the GNR do....hit first and ask questions later.

A little heavy hand is what these sorry for themselves good for nothing thugs need. The people are tired of their violence.

Mostly, now everyone knows how hard it was for the Alkaitir's of this world to try and keep law and order, and much harder when it was a case of holding back an armed and dangerous insurgency like that of Reinado and Rai Los. How do the US handle the insurgents in Iraq. Thats how insurgents are handled....but I guess in Timor-Leste we are not allowed to do that.

Lets retake our country thourgh the reestablishment law and order....NOW!!!! I want back those days before the coup against Alaktiri when the streets were safe to travel through any time of day and the neighborhoods were filled with laughter and life puruits. Lets get that back....NOW!

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De um leitor

Muito em breve serão apresentadas provas do envolvimento de partidos políticos, de instituições civis e religiosas, e ainda de algumas não reconhecidas associações profissionais, que através de pessoas bem conhecidas da vida pública timorense, por mais de uma vez antes de acontecimentos em Díli moveram influências dentro e fora do país para conseguirem os dinheiros necessários para os seus fins.

Muito em breve saberemos quem são e os fins propostos.

As F-FDTL já o haviam dito sobre os aliciamentos, outros casos há de aproximações de pessoas em nome de interesses nacionais duvidosos e de interesses estrangeiros muito próximos, que tentaram a tentação de timorenses em cargos de destaque para que servissem os interesses estranhos à democracia em Timor-Leste.

A hora da verdade vai chegar para os verdadeiros autores do célebre 4 de Dezembro, para a manifestação Católica de 2005 e para os acontecimentos deste ano.

Todos têm nome e têm nomes que hoje podem começar a preparar-se para testemunhar os aliciamentos, os autores, a forma e os intentos.

Não há crise sem nome!

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De um leitor

Vamos a ver se percebi bem:

Kofi Annan disponibilizou tropas da ONU para Timor-Leste.

Mas Ramos Horta diz que não, "dado que os recursos da ONU estão a ser encaminhados para conflitos noutras regiões"

Importa-se de repetir????



"O relatorio apresentado faz referencia a mais 2000 documentos consultados e 200 entrevistas realizadas, no entanto nao existe em anexo nenhum suporte documental que possa consubstanciar as conclusoes que apresenta e as recondacoes que faz."

Pouco a pouco, vão-se revelando as fraquezas do inquérito, que vai assim perdendo toda a sua credibilidade. É pena.

TMR e Mari Alkatiri já disseram que também estão prontos a responder perante um tribunal. Rogério Lobato já respondeu e está detido. Eles não fugiram, ao contrário de outros.



Parece que alguém ainda não leu o relatório...

Alkatiri e Lobato já estão a ser investigados há muito. Nesse aspecto, o relatório não veio acrescentar nada. Sobre Alkatiri, diz que não há provas que sustentem as acusações de que ele teria distribuido armas a Rai Los e outros "esquadrões da morte" para eliminar adversários políticos, argumento que serviu de pretexto a Xanana para exigir - erradamente - a sua demissão, e à imprensa "Murdochiana" para o diabolizar. Também não há provas de que Alkatiri teria ordenado às FFDTL para matarem civis ou elementos da PNTL. Na realidade, o alegado massacre de Tasi Tolu só existiu na imprensa australiana, alguma portuguesa e muitos boatos timorenses, embora o recorde do delírio seja do actual ministro dos Negócios Estrageiros, com 100 mortos num "massacre" que nunca existiu.

Quanto a Xanana, o relatório é bem claro em salientar o seu papel incendiário quando instigou ainda mais os peticionários e manifestantes contra TMR e MA, e o seu antagonismo em relação às FFDTL em geral.

No entanto, Xanana só foi investigado pela COI no que diz respeito àquelas datas específicas. Investigue-se o resto (outros dias de Abril e Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro...) e depois falamos. TMR já sugeriu um inquérito parlamentar para esclarecer os factos passados nesses meses posteriores e vejo que esse pedido já está causando muito nervosismo em certos sectores.

E não esqueçamos que Reinado, preso e evadido, esse sim confirmado como claramente suspeito de uma série de crimes graves pela COI, como homicídios vários, sempre foi um protegido de Xanana e, curiosamente, continua a monte com a conivência do Presidente e das forças "juntas", as tais que estão a fazer um excelente trabalho...

Deixem realizar as eleições livres em 2007 e depois se verá quem representará o povo no Governo e no PN. A "palhaçada nacional" será então a daqueles que muito falam agora mas ficarão de fora por falta de representatividade (leia-se: votos).

Uma coisa é certa: com essas eleições acabarão os governos de "unidade nacional", o mandato de Xanana e as suas incursões mini-ditatoriais, o experimentalismo ambivalente de Ramos Horta e... (queira Deus) a ocupação do solo timorense pela tropa australiana.

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"deviam dedicar-se a capturar Reinado e os seus comparsas, armados com equipamento de guerra, segundo o comandante das forças militares australianas, General Slater"

Mas não se esqueça que Reinado tinha "11 homens bem armados"! Slater é incompetente mas não é estúpido...



"Os residentes no campo de deslocados tinham justificado o bloqueio dos acessos ao aeroporto com a intervenção dos militares australianos na noite de terça-feira"

Esta é a parte que os noticiários australianos inocentemente omitiram, fazendo crer que tudo não passou de um confronto entre dois grupos.



Lamento aquilo que sucedeu ao piloto australiano, bem como a morte do timorense às mãos de um soldado OZ (como sempre, o caso será abafado e nada mais se saberá sobre isto).

Tudo isto se deve ao facto de as "JTF", como pomposamente se auto-intitulam, não serem capazes de fazer o seu trabalho de zelarem pela segurança de cidadãos e edifícios.

Provavelmente, andam demasiado ocupados a medir as velocidades dos veículos civis durante a noite, de preferência aqueles que são conduzidos por mulheres...

E, mais uma vez, lá teve que ir a GNR resolver o problema criado pela incompetência dos "JTF". A tal GNR que os australianos, armados em engraçados, andaram a provocar e quiseram um dia desarmar. Ironia do desatino...



"vera que falhas tecnicas da tvtl sempre foram o pao nosso de cada dia."

Sim, a TVTL já se tinha "avariado" quando se preparava para transmitir o discurso de Mari Alkatiri na estrada Dili-Hera, perante os manifestantes que o apoiavam...



É surpreendente que, com a situação a piorar em todos os aspectos (vd. RH, quando diz que nunca o seroporto esteve fechado, PN evacuado, baixas a aumentar), haja pessoas que continuam a falar de Alkatiri e Lobato, como se eles ainda estivessem no Governo.

Já lá vão 4 meses sem MA e RL. Já é tempo de começarem a falar de Ramos Horta e Xanana Gusmão, os actuais responsáveis pelo país.

H. Correia.

FRETILIN acusa "actores internos e externos" de "plano B" e terrorismo

Díli, 29 Out (Lusa) - A FRETILIN considera que a crise em Timor-Leste conduzirá a um "Plano B" que prevê o recurso a "actos terroristas mais selectivos ", pensado por "actores internos e externos" com o fim de destruir a ordem institucional.

Um relatório da comissão das Nações Unidas, divulgado na semana passada , aconselha ao aprofundamento das investigações sobre o eventual papel do antigo primeiro-ministro, Mari Alkatiri, na decisão de distribuir de armas a civis, al udindo ainda a responsabilidades dos ex-ministros da Defesa (Roque Rodrigues), d o Interior (Rogério Lobato) e do comandante das Forças Armadas (Taur Matan Ruak) na gestão dos confrontos violentos que eclodiram em Abril último em Timor-Leste .

Reagindo a este documento, e analisando o regresso da violência às ruas de Díli, na última semana, o Comité Central da FRETILIN, reunido hoje na capita l timorense, defendeu que a actual crise é mais um reflexo dos esforços encetados há quatro anos, quando da formação do primeiro governo constitucional, "para pôr em causa a ordem constitucional" envolvendo "actores internos e externos" que , todavia, não são identificados.

Na reunião do Comité Central da FRETILIN, co-presidida por Francisco Gu terres "Lu-Olo", presidente do partido, e Mari Alkatiri, secretário-geral, foram aprovados dois documentos: "Análise da Situação e Perspectivas" e "Declaração - A Hora de Reafirmação".

No primeiro documento, de seis páginas, a FRETILIN evidencia uma tomada de posição extremamente critica, considerando que a crise assenta "essencialmen te num conflito de natureza política onde o desrespeito pela ordem constituciona l democrática e os meios e formas de agir reflectem o carácter profundamente ant i-democrático e golpista".

Segundo esta tese, este plano conspirativo terá começado logo em 2002, com "a tentativa de forçar a criação de um Governo de Unidade Nacional", tendo a ssumido, ainda segundo a FRETILIN, diversas formas até à crise actual.

"Durante estes quatro anos, um plano bem traçado de contra-inteligência foi sendo implementado" e dele fizeram parte a exploração de alegadas rivalidad es e de um "clima de suspeição mútua" entre as forças armadas e a polícia nacion al.

A utilização na imprensa do boato "para manchar a imagem do governo, em particular do primeiro-ministro" (Mari Alkatiri), tentanto "aprofundar as difer enças de postura" entre o Presidente da República e o chefe do governo, os esfor ços para dividir a FRETILIN e a organização de manifestações anti-governamentais foram os mecanismos identificados pela FRETILIN no referido "plano de contra-inteligência".

A FRETILIN alerta ainda para a criação de um "clima de caos e de ingovernabilidade", bem como para o aliciamento das forças armadas no sentido de parti ciparem num golpe que derrubasse o I Governo Constitucional.

"A crise (...) resultou de acções conjugadas e próprias de uma conspiração muito bem urdida e bem executada", lê-se ainda no referido documento. A utilização da imprensa, designadamente da australiana, foi fundamental para cumprir com eficácia o alegado plano.

Em virtude dos objectivos previstos não terem sido "totalmente atingidos", a FFRETILIN acredita que os mesmos responsáveis, nunca descritos nem nomeado s, vão agora lançar mão de um denominado "Plano B", que inclui actos terroristas "mais selectivos".

"Acredita-se na possibilidade da entrada em execução do 'Plano B', que se crê ser de acção mais selectiva de terrorismo, por um lado, e de utilização m ais cuidadosa e extensiva" de medidas de vários tipos.

A FRETILIN salienta que essas medidas, de carácter político, administrativo, económico e de justiça visam "reduzir ainda mais a autoridade do Estado, d ecepar a Nação da sua liderança histórica, incitar as populações para obter a su a reacção generalizada".

O objectivo é "criar um clima de instabilidade social e política de modo a declarar Timor-Leste um Estado falhado e assim intervir com mais força ainda em nome das necessidades humanitárias e da segurança regional e internacional", denuncia-se no documento.

"Um país como Timor-Leste, nascido de uma longa Luta pela Libertação na cional, vale por aquilo que vale a determinação do seu povo e a capacidade da su a Liderança de mobilizar e unir este povo em torno das grandes metas da Nação", destaca-se no documento.

"A liderança histórica caiu numa armadilha bem traçada, numa conspiração bem planeada, envolvendo actores internos e externos" e a forma de impedir a e xecução do plano alegadamente traçado assenta no reconhecimento "unânime e sem c omplexos" que se deu "espaço à manipulação política", que "existem responsabilid ades colectivas e individuais" e que as responsabilidades sejam objecto de "análise profunda e que as causas da crise sejam reconhecidas".

Divulgar "toda a verdade ao povo" e accionar os mecanismos judiciais co nstituem os últimos pontos do acto de contrição defendido pela FRETILIN.

"Assim, nesta hora crucial de decisão, a liderança timorense deve saber ultrapassar as suas diferenças e lutar juntos pela reafirmação da dignidade nac ional, pelo restabelecimento da Lei e da Ordem, pela reposição da autoridade do Estado em todos os domínios, pela soberania e independência nacionais", frisa-se no documento.

Para tal, quer o governo quer o Parlamento "devem mostrar mais autoridade na defesa da soberania do Estado".

"Devem ser tomadas medidas mais fortes com vista à normalização da segurança e a rápida reactivação" da polícia Nacional, de molde a permitir o regress o dos deslocados às suas áreas de residência.

"Todo o povo espera que isto aconteça e aconteça já", conclui o documento.

A crise político-militar em Timor-Leste, desencadeada em Abril, provocou mais de meia centena de mortos e a fuga de cerca de 180 mil pessoas.

Esse clima de instabilidade motivou a intervenção de forças militares a ustralianas, neozelandesas e malaias, a 25 de Maio, encontrando-se ainda hoje em Timor-Leste cerca de 1.000 soldados australianos e forças policiais de 15 paíse s, entre os quais 140 portugueses da GNR e 37 da PSP.

Politicamente, o conflito ditou a demissão de Mari Alkatiri e a nomeaçã o de José Ramos-Horta como primeiro-ministro.

EL-Lusa/Fim

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Anti-Australian sentiment felt in Dili

ABC - Saturday, 28 October , 2006 08:00

Transcript AM Programme
Reporter: Anne Barker

ELIZABETH JACKSON: There's growing antagonism towards Australian forces in East Timor, with the country's own armed forces chief calling for an inquiry into the conduct of Australian soldiers in Dili.

As anti-Australian sentiment continues to grow on the streets, Taur Matan Ruak has accused Australia of taking sides in the political crisis that has plagued Dili for six months now.

And the Brigadier General has attacked Australia's decision to retain control over its own troops in defiance of calls to fall in under the United Nations command.

It's the first time the army chief has spoken publicly since the crisis began.


From Dili Anne Barker reports.

ANNE BARKER: Taur Matan Ruak is a widely respected and colourful character in East Timor. For quarter of a century he led the resistance against Indonesia, fighting alongside hundreds of Falantil guerillas in the mountains outside Dili.

But as head of East Timor's armed forces he and his soldiers have been confined to barracks since April, when the first violence erupted between rival army and police factions, and Australian-led forces arrived in the country.

Now, he's attacked Australia's role in Dili.

(Taur Matan Ruak speaking)

"We have become prisoners in our own country", he says. "We are very concerned with the presence of international forces. Despite the number of troops here they still can't resolve the crisis."

The Brigadier-General has effectively accused Australia of taking sides in the ongoing crisis, and claims Australian soldiers even mistreated him by twice detaining him to check his credentials, even though he had complete freedom of movement. He now wants a full inquiry into Australia's conduct in Dili.

(Taur Matan Ruak speaking)

"In the next few days I will be making a written proposal to call for an investigation", he says.

And he's attacked Australia for refusing to operate under the United Nations' control. The army chief says Dili has become a cowboy city, with too many commanders.

(Taur Matan Ruak speaking)

"In a conflict there should not be two commanders", he says, "one saying go down, the other saying go up. The forces here should have only one command, which is the UN."


Brigadier Mal Rerden is the new commander of Australian forces in East Timor. He has rejected Taur Matan Ruak's allegations and denied Australia has in any way taken political sides.

MAL RERDEN: The Australian forces operating in East Timor have been operating in a completely professional manner from the day they arrived here, and they have been conducting themselves in a totally impartial and neutral way in terms of the way they have been dealing with the people of Timor L'este.

ANNE BARKER: Do you think there are any valid grievances, though, against Australian forces?

MAL RERDEN: No, I don't believe there are. I think there are some rumours out there that people, with whatever motivations, are deciding to put out on the street.

ANNE BARKER: Why is there, then, such strong anti-Australian sentiment that seems to be building at the moment?

MAL RERDEN: I don't think I would characterise it as strong. I think that the sentiment that has being identified in the last day or two is an orchestrated one, and I think it's been developed specifically to target us in a certain way.

I think the question that should be asked is who's doing it, and why are they doing it? Who would benefit from the Australian troops not being in Dili, and who would have the opportunity to carry their own agenda if there wasn't a neutral force here on the ground?

ANNE BARKER: And who do you think that is?

MAL RERDEN: I think there's an element of people who basically have their own agendas, and there are criminal elements who would prefer not to have a neutral professional force on the ground.

ELIZABETH JACKSON: Brigadier Mal Rerden, the new commander of the Australian forces in East Timor, speaking to Anne Barker.

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Deputado Emanuel Jardim Fernandes em Timor-Leste

Diário de Notícias (Madeira) - 28 de Outubro de 2006


Esta visita visa avaliar a situação actual no território e encorajar o processo de estabilização.

O eurodeputado socialista madeirense integra a Delegação do Parlamento Europeu (PE) que se desloca em visita a Timor-Leste, entre 29 de Outubro e 4 de Novembro.

O envio de uma delegação parlamentar ad hoc a Timor-Leste – "para avaliar a situação política e examinar a adequação dos programas de assistência da UE" – tinha sido já previsto na Resolução do Parlamento Europeu sobre Timor-Leste, adoptada na sua sessão plenária, em Estrasburgo, a 15 de Junho de 2006. Esta decisão foi tomada no rescaldo das manifestações e dos confrontos violentos que se sucederam nos meses de Abril e Maio imediatamente anteriores e que originaram a grave crise política cujas sequelas ainda se fazem sentir actualmente.

Por isso, avaliar a situação actual no território e encorajar o processo de estabilização é o principal objectivo da visita a Timor-Leste desta Delegação do PE.

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Marginais utilizam armas de fogo nos confrontos em Díli

Jornal de Notícias, 28/10/06
Por Orlando Castro

Ao mesmo tempo que o Parlamento timorense exige que as forças internacionais e da ONU tenham um comando unificado, o comandante dos cerca de 900 elementos da Polícia das Nações Unidas (UNPOL), que inclui efectivos da GNR, revela que os confrontos entre grupos rivais em Díli, e que ainda ontem fizeram mais dois mortos, passaram a incluir pela primeira vez armas de fogo que, segundo Antero Lopes, já foram utilizadas contra os seus elementos.

As armas foram vistas nos confrontos junto ao aeroporto de Díli, dos quais resultaram quatro mortos, e no bairro da Pertamina, na zona ocidental da cidade.

"São incidentes com alguma complexidade porque envolvem ataques simultâneos, perpetrados por vários grupos, uns contra os outros, vindos de várias artérias dentro da zona de confrontação", explica o comissário.

O armamento utilizado pode ser o mesmo que foi distribuído à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), e que não foi devolvido, onde se incluem cerca de 200 pistolas Glock.

A situação de violência, que já provocou mais de 50 mortos desde Abril, aumentou o fluxo de deslocados. De acordo com o Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária, os deslocados internos, distribuídos pelos 13 distritos do país, são 178 034, ou seja 17% do total da população.

Em declarações ao "Diário de Notícias", o comandante das Forças Armadas timorenses, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, disse que a situação pode transformar-se num "faroeste" e Díli passar a ser uma "cowboy city".

Entretanto, o Parlamento timorense exige ser consultado, "com carácter vinculativo", sobre a negociação e celebração de futuros acordos bilaterais relativos à segurança interna.

Os deputados recordam que a segurança no país, sobretudo na capital, é garantida por forças da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, sem que contudo exista um comando unificado, condição que consideram vital para manter a ordem.

"Sem essa direcção única, a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se de dia para dia", diz a resolução aprovada. O primeiro-ministro reagiu à proposta dos deputados garantindo que o governo está a trabalhar com a ONU e com o comando das forças militares presentes em Timor-Leste para a criação desse comando unificado.

Noutro contexto, Ramos Horta revelou que Timor-Leste vai abrir uma embaixada no Vaticano, provavelmente em Janeiro,e que o papa Bento XVI foi convidado a visitar o país.

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East Timor in Talks on Foreign Troop Deployment Amid Violence

Bloomberg - Saturday, October 28, 2006


By Angela Macdonald-Smith

East Timor is in talks with nations that may deploy troops to the Pacific nation to supplement Australian and New Zealand troops already on the ground, amid an escalation of violence, Prime Minister Jose Ramos-Horta said.

Military arrangements with regional nations are providing more troops than would be available under a United Nations peace-keeping mission, Ramos-Horta said in an e-mailed statement yesterday. Parliament, while on Oct. 26 expressing a preference for a UN peacekeeping force, is also prepared to consider military measures under bilateral and trilateral accords, he said.

The Southeast Asian nation, also known as Timor-Leste, has been unstable since March, when former Prime Minister Mari Alkatiri sacked a third of the armed forces. At least eight people have been killed over the past week in fighting between gangs, including two bodies found yesterday that had been hacked to death in a machete attack, Sky News reported today.

``My government's decision to request Australia and New Zealand to maintain their contingents in Timor-Leste as green helmets is based on the realities of the arrangement having worked to date,'' Ramos-Horta said in the statement. ``We are also in discussions with some other countries who have indicated their willingness to also deploy some troops to serve in Timor- Leste.''

At present, 1,000 Australia and 110 New Zealand troops are based in East Timor. They will remain until at least December, and beyond if required, Ramos-Horta said.

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Díli exige coordenação

Jornal da Madeira - 28 de Outubro de 2006

Resolução reclama comando unificado para fazer face à violência

"Sem um comando unificado das forças internacionais e da ONU estacionadas em Timor-Leste, "a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se de dia para dia, com o escalar da violência e o aumento de crimes contra a vida e contra o património". O alerta é feito numa resolução aprovada pelo Parlamento timorense, que reclama um comando único para as referidas forças de segurança.

Os confrontos entre grupos rivais em Díli passaram a incluir pela primeira vez armas de fogo e os polícias da ONU já foram alvejados, porém, sem que até agora se tivessem registado baixas.

As forças internacionais e da ONU em Timor-Leste devem ter um comando unificado, exigiu o Parlamento Nacional numa resolução.

O documento fundamenta a exigência com a necessidade de se pôr termo à actual escalada de violência e ainda para garantir a "restauração da confiança nas forças internacionais estacionadas".

A resolução foi aprovada numa sessão plenária extraordinária, quinta-feira, mas só foi divulgada ontem por ter sido considerado necessário dar conhecimento prévio à Presidência da República e ao Governo, órgãos a quem são dirigidas as recomendações contidas no documento.

Por outro lado, o Parlamento exige ser consultado, "com carácter vinculativo", sobre a negociação e celebração de futuros acordos relativos à segurança interna.

Recordando que a segurança interna, particularmente de Díli, está entregue às forças internacionais, em cooperação com a Polícia Nacional de Timor-Leste, e que a presença dos efectivos internacionais decorre dos acordos bilaterais celebrados pelas autoridades com a Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, o Parlamento lamenta que a ausência de um comando unificado não garanta a devida coordenação das intervenções no terreno.

"Sem essa direcção única, a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se", alerta o texto da resolução.
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Police officers to take part in UN Mission in Timor Leste

Channel NewsAsia - Saturday, October 28, 2006


By S Ramesh

SINGAPORE: The Singapore Police Force is sending a team to the United Nations Peacekeeping Mission in Timor Leste for one year. This contingent of 21 police officers, including three female officers, will start their duties in Timor Leste on 6th November.

They received their insignia and the State Flag from Deputy Prime Minister and Home Affairs Minister Wong Kan Seng on Friday. They will work closely with the UN and Timor Leste's police to help restore peace and order for parliamentary elections next year.

The Singapore team will also help to train the local police to operate on their own, after the UN forces withdraw from Timor Leste.

Taking part in UN peacekeeping missions in Timor Leste is nothing new for the Singapore Police Force. In fact, a contingent has been sent there before.

The present team has been training for their mission for the past 3 months.

Francis Tan, Leader of the Timor Leste Peacekeeping Mission, says they have been trained on the codes of conduct of UN police, and the rules of engagement and firearm.

The group has also been talking to officers who have been on peacekeeping missions to Timor Leste in the past and is deemed ready for any situation.

Li Ping, a member of the contingent, says: "They shared a lot of stories, like the living conditions, the kind of experience they faced over there and the working conditions with other peacekeepers." "I am prepared for the worst; it is very important to be mentally prepared," he adds.

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Not quite a success story, yet

Bangkok Post - Saturday October 28, 2006


The topic of foreign intervention is a driving one in the present global discourse on international politics - and East Timor provides an interesting case study

By MATTHEW B ARNOLD

With America's adventures in Iraq and Afghanistan faltering and United Nations peace-keeping missions stretched thin and struggling from Haiti to the Ivory Coast and the Democratic Republic of the Congo, the world is looking for proof that "interventionism" can produce positive results, especially for the longer term.

The world's intercession in East Timor has often been hailed as the best example of a successful intervention by the international community acting through the United Nations which, following a referendum in East Timor that voted for independence from Indonesia in 1999, took stewardship of the world's newest country until 2002 when it gained full independence.

However, after over five years of relative calm, East Timor was wracked anew by political violence in April and May this year that left over 100,000 East Timorese displaced and prompted nearly 3,000 foreign troops, led by Australia, to be rushed back to the freshly chaotic country.

The political violence first erupted after the dismissal of hundreds of members of the army, who had complained of ethnic discrimination.

This initial catalyst for domestic tension soon evolved into an internal power struggle within the ruling Fretilin party, prompting clashes between various security forces and running street battles involving mobs of youths.

Ultimately, the crisis provoked mass protests, which led to the resignation of the prime minister.

Following the violence, the East Timor government asked the UN to conduct an inquiry into the incidents of April and May. The report detailing the UN's findings was released in the middle of October and argued that "the crisis... can be explained largely by the frailty of state institutions and the weakness of the rule of law."

The report went on to call for the further investigation of the ex-Prime Minister Mari Alkatiri and the future prosecution of the former interior and defence ministers and the defence chief for illegal weapons transfers to civilians involved in the violence.

How it came to be that the world's newest state, and ostensibly a successful example of interventionism by the international community, required what was essentially a second intervention, yields some important lessons.

The frailty of state institutions and the weakness of the rule of law can largely be seen as a testament to the inconclusiveness of the world's initial intervention in East Timor starting in 1999.

The world simply left East Timor half finished. In typical haste, it was overly quick to declare "mission accomplished" and downgrade its presence in and commitment to the new country after its full independence, by withdrawing peace-keeping forces prematurely and overly diluting the UN's post-independence mandate.

As a first step towards improvement of future interventions, the international community through the UN, needs to revise its unworkably short time-frames.

As an East Timorese political activist explained, "The UN and 'the internationals' have an unrealistic time-frame... they think they can implement very complicated ideas like the rule of law in a couple years, it's impossible."

Furthermore, the international community's failings in East Timor, and it can be argued more broadly, stem from the fact that the purposes of multilateral interventionism are still largely not agreed upon by the international community. The current UN mandate is "consolidating stability, enhancing a culture of democratic governance, and facilitating dialogue among Timorese stakeholders", which is rather broad and vague when one considers how continued interventionism might actually be implemented in any degree of workable detail.

As one prominent East Timorese lawyer explained recently in the capital Dili, the "biggest problem is that the UN doesn't have a clear idea of what it wants to do". This can't really be blamed on the UN itself, but rather the conflicted interests of the major powers, who view intervention as serving different purposes from mere "stabilisation" to a deeper interaction of actual "state building" with all the accusations of colonialism which that entails.

This idea of conflicted mission purposes leading to operational ambiguities was echoed by a staff member of the UN mission who confided that the UN and its major donors still "haven't yet connected peace operations with development operations". Namely, the initial military interventions are relatively easy, especially in small countries like East Timor, but making the longer-term transition to peaceful and sustained development, guided by a competent government and based on the rule of law and democracy, is much harder to do.

What is evident is that whatever problems the international community may have in its approach to intervention, a stronger and longer-term presence in fragile new states like East Timor by the UN is mandatory to those countries' peace and development.

Without the renewed participation of the international community following April and May's violence, it is most likely that East Timor would now be facing "the more dire reality of war, not just law and order issues", as one prominent local political commentator contended. When the UN is present and has the strong support of at least a couple of the major powers, it has done a relatively good job of interventions, at least for the short term.

However, while it is easy to blame the international community for the domestic tumult of a particular country, ultimately that country's leaders must bear most of the blame for its turmoil.

The International Crisis Group, a well regarded think-tank, concluded that East Timor's present disorder was compounded by "the in-bred nature of a tiny political elite" which played a strong role in producing a "dysfunctional government".

East Timor has elections scheduled for May 2007 and the frustration with political instability and stagnant development is palpable on the streets of Dili. One local exclaimed that "all of this reflects the inexperience of those who hold power", while another highlighted in exasperation that East Timor is "not even a whole island, just half of an island" and it is still plagued by seemingly disproportionate amounts of trouble.

That East Timor is a small, seemingly manageable country is a fair point. If the international community, in partnership with the East Timorese leadership, can't get it right and demonstrate that voluntary, multilateral intervention and state-building can produce positive results even in a very small country, what hope is there for larger, especially chaotic countries like the Democratic Republic of the Congo?The international community can produce positive results. It just needs to follow through with what it started with a strengthened sense of commitment, a clarified understanding of the UN's purpose, and a lengthened, more realistic time-frame. That would enable a complete transition from initial peace-making to longer-term, sustained development.

- Matthew Arnold is a visiting scholar at Chulalongkorn University.
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East Timor Leader Gets Papal Audience

Zenit.org - 2006-10-27



VATICAN CITY, OCT. 27, 2006.- Benedict XVI received in audience the José Ramos Horta, prime minister of East Timor and co-recipient of the 1996 Nobel Peace Prize.

The Vatican press office confirmed the prime minister's visit today, but gave no details of the conversation.

Before his trip to Europe, Ramos Horta said that intended to invite the Pope to visit Dili, the capital of the Asian island nation, as he believes the visit might be a sign of peace, hope and reconciliation for the country.

In statements published by the Fides agency prior to the meeting, Ramos Horta explained that the Catholic Church is "the only solid institution which has absorbed the island's cultural fabric," and that it has a decisive role to play in overcoming the present crisis.

The situation in East Timor degenerated in April when riots broke out after then Prime Minister Mari Alkatiri expelled some 600 soldiers from the army. The confrontations displaced nearly 20,000 people.

Ramos Horta was named prime minister in July after the resignation of Muslim Alkatiri.

East Timor, a former Portuguese colony occupied by Indonesia, was recognized as an independent nation in 2002. About 90% of the nation's 1 million inhabitants are Catholic.
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Noticia divulgada pelo Serviço de Comunicação Social do Vaticano ( http://212.77.1.245/news_services/press/vis/dinamiche/b1_en.htm):


AUDIENCES

VATICAN CITY, OCT 27, 2006 (VIS) - The Holy Father today received in separate audiences:

- Jose Ramos-Horta, prime minister of East Timor, accompanied by an entourage.
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Contingente policial da ONU completo em Dezembro

Os 1.608 efectivos da polícia da ONU previstos na resolução do Conselho de Segurança que criou a actual missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), estarão todos no país já em Dezembro, disse este sábado à Lusa o seu comandante.

Segundo o comissário português Antero Lopes, o prazo anteriormente considerado para todos os efectivos estarem em Timor-Leste era Janeiro.

Actualmente encontram-se 920 UNPOL, provenientes de 15 países.

A chegada daqueles efectivos vai permitir ao comando da UNPOL enfrentar de forma mais eficaz a escalada de violência registada nos últimos dias em Díli, marcada desde há uma semana pela identificação de armas de fogo na posse de civis envolvidos em confrontos.

Desde o passado dia 21 foram registados sete mortos, resultantes de confrontos entre grupos rivais e da intervenção dos militares australianos.

«O número de vítimas mortais aumentou devido à escalada do nível de violência e podem-se fazer dois tipos de análise, que se complementam, a esta situação», salientou Antero Lopes.

«Por um lado regista-se um decréscimo acentuado do número de crimes praticados, de natureza comum, perpetrados não só em Díli, mas também nos (restantes 12) distritos (de Timor-Leste). Há, de facto, um decréscimo acentuado», disse.

«Por outro lado houve picos de violência nos últimos dias, pelo menos durante três dias houve incidentes com nível de confrontação bastante elevado, que envolveram a utilização de armas de fogo», acrescentou.

Em resultado da subida do nível da violência, registaram-se sete mortos em vários pontos da cidade, mas que segundo Antero Lopes ocorreram em «condições e com razões diferentes».

«Não pensamos que isto seja uma tendência, que vá de facto comprometer a segurança pública em todo o país, ou sequer em Díli. Mas compromete de facto o sentimento de segurança das pessoas», reconheceu.

O momento que Timor-Leste atravessa é reconhecidamente «difícil», disse hoje à Lusa o bispo Carlos Ximenes Belo, no final da estada de 10 dias no país, em que se encontrou com a maior parte dos intervenientes da crise político-militar.

A receita de Ximenes Belo assenta «em mais paz e tranquilidade».

«Falei com muitas pessoas e a impressão que levo daqui é que é necessário criar condições para que haja de novo tranquilidade na cidade, para que as pessoas façam a sua vida normal e, sobretudo, fazer com que os deslocados regressem aos seus bairros, às suas aldeias», sustentou.

«Temos de continuar a falar com as pessoas. Esta é a minha convicção. Este é um momento difícil, mas não devemos desistir», frisou.

A crise político-militar em Timor-Leste, desencadeada em Abril, provocou mais de meia centena de mortos e a fuga de cerca de 180 mil pessoas, que se encontram em campos de acolhimento distribuídos pelo país.

Diário Digital / Lusa

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Vizinho poderoso e espoliador

Monde Diplomatique
Novembro 2004

A história das relações entre Timor Leste e Austrália inclui violação de resoluções da ONU, desrespeito a fronteiras e espoliação dos principais recursos naturais do país
Jean-Pierre Catry

Em um relatório publicado em maio de 2004, o secretário geral da ONU, Kofi Annan, assinala que “as receitas reduzidas e a pobreza generalizada continuam a impor graves restrições ao desenvolvimento social e econômico” do Timor Leste. A exploração de recursos potenciais – petróleo e gás – do mar do Timor “se concretiza muito mais lentamente que o previsto1”. Tomando por base esses recursos potenciais, a comunidade internacional desaconselha o Timor Leste a pedir empréstimos desnecessários caso a Austrália, o país mais rico da região, pare de se apropriar do seu bem.

Em 1972 a Austrália negocia com a Indonésia a partilha do mar que separa os dois países. Uma das normas em vigor na época, para fixar as fronteiras marítimas, privilegiava a plataforma continental2. Portanto, a parte do leão – 85% – ficava com a Austrália, deixando apenas 15% para a Indonésia. Portugal, de quem o Timor era colônia, recusa esta solução e a delimitação da fronteira entre a Austrália e Timor espera um acordo. Esta zona foi chamada “Timor- Gap”.

Em 1975, quando deixa de ser colônia de Portugal, o Timor é invadido e anexado pela Indonésia. O Embaixador australiano em Jacarta, Richard Woolcott, envia então, ao seu governo, um telegrama confidencial, revelado mais tarde: “Chegar a um acordo para fechar o ‘gap’ atual na fronteira marítima poderá ser mais fácil com a Indonésia do que com Portugal ou com o Timor Leste independente”.

Negociação e espoliação

A Assembléia Geral e o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenam a invasão pela a Indonésia. A Austrália espera que os protestos diminuam para começar, em 1979, as negociações com os ocupantes. Enquanto isso, o critério de 200 milhas de zona marítima exclusiva se fortalece no plano internacional e quando o mar que separa dois países não atinge 400 milhas, é a linha mediana que determina a fronteira. Em 1981, a Austrália aceita esse critério para partilhar as zonas de pesca com a Indonésia, mas a rejeita para os recursos do fundo do mar.

Em 1982, a “linha mediana” é consagrada pela Convenção das Nações Unidas como referência para o direito à exploração das águas marinhas. Ela entra em vigor em 1994, após ter sido ratificada por 60 países. A Indonésia não espera o prazo, que aliás lhe será favorável, e assina em 1989 um tratado cedendo grande parte dos recursos do Timor à Austrália. Em troca, a Austrália reconhecia “de jure” a soberania da Indonésia sobre o Timor Leste. Esse reconhecimento violava as resoluções da ONU.

Portugal processa (1991-1995) a Austrália na Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ). Na ausência de uma das partes – a Indonésia não reconhece a jurisdição da CIJ –, o Tribunal se declara incompetente, mas adverte a Austrália que o tratado não envolve o Timor Leste caso ele se torne independente. O gap desenhado pela a Austrália e a Indonésia no tratado de 1989 define uma zona de cooperação (ZOCA) na qual a maior parte da renda (royalties) seria dividida em partes iguais entre os dois governos. Ora, segundo a linha mediana, de acordo com os tratados internacionais, essas rendas deveriam pertencer ao Timor Leste. E o mais inacreditável é o fato de os interesses do Timor serem também violados nas definições laterais da ZOCA que deixam de lado as jazidas de Laminaria/Corralina, na região oeste, e 80% da Greater Sunrise, na região leste.

Independência e problemas

Em 1998, a queda do presidente Suharto na Indonésia abre a possibilidade de uma possível independência. Nesta hipótese, o conceito jurídico de Estado sucessor será determinante. Se o Timor passar a ser o sucessor da Indonésia, herda os direitos de um tratado que não pôde negociar. Por outro lado, se o tratado é reconhecido como inválido, como fez a CIJ por antecipação, tudo pode ser renegociado, inclusive as fronteiras.

O presidente Xanana Gusmão e o primeiro Ministro Mari Alkatiri declaram sua firme vontade de renegociar a fronteira marítima. Em janeiro de 2000, a Administração transitória das Nações Unidas (Atnuto) faz um acordo entre o governo australiano e os representantes do Timor Leste. O Timor não será o Estado sucessor: “Nós não queríamos legitimar o que era ilegal3”. Os termos do tratado de 1989, poderiam portanto ser renegociados quando o Timor fosse independente.

Após 24 anos de resistência à ocupação da Indonésia, depois de um referendum organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Timor Leste conquista sua independência em 19 de maio de 2002. Antes da retirada, os militares indonésios e as milícias destruíram 75% da infra-estrutura. O país é independente, mas é o mais pobre da Ásia. Entretanto, diversos consórcios de companhias petrolíferas (os mais conhecidos eram dirigidos pela ConocoPhilipps e pela Woodside) exigem um acordo urgente sobre a jazida de Bayu-Undan, localizada na ZOCA, para continuar investindo na sua exploração. Os países que enviavam ajuda ao novo país pressionam também o Timor porque a renda prevista, mesmo que 50% ficassem com a Austrália, permitiria reduzir a ajuda a partir de 2005.

Generosidade discutível

Apesar das declarações de aparente generosidade, o governo australiano tenta sobretudo convencer os timorenses que eles podem perder tudo se exigirem muito. “Nós não sabemos se as negociações vão chegar a 60% ou 40% ou 50%, mas não nos recusamos discutir este ponto”, declara Daryl Manzie, ministro australiano dos Territórios do Norte, na reunião da Asia Pacific Petroleum Conference, em setembro de 2000. E fala também que as reservas de gás de Bayu-undan não são vitais para a Austrália – que, por sinal, possui dez vezes mais que isso fora desta zona4. A Austrália poderia, portanto, explorar outras jazidas se os timorenses não aceitassem suas condições. E M. Downer ameaça: as mudanças na partilha dos royaties “terão um efeito sobre todo o programa de ajuda australiana ao Timor leste5”.

Apoiando os timorenses, Peter Galbraight, responsável por essa questão na ATNUTO, ameaça recorrer ao CIJ para que Canberra ceda 90% dos royaties de Bayu-Undan. Além dos 10% restantes, a Austrália lucraria com as infra-estruturas de transformação e exportação do gás situadas em Darwin e os empregos a elas associados. Os dirigentes timorenses, por sua vez, aceitam essa partilha porque 90% dos royaties de Bayu-Undan representam aproximadamente 100 milhões de dólares anuais durante vinte anos, uma soma significativa para o novo país, cujo orçamento era então de 75 milhões (dos quais 40% provenientes de ajuda internacional). Um orçamento modesto6, cerca de 94 dólares por habitante, posto que quase tudo estava por fazer, seja na infra-estrutura de base, na comunicação, na educação e na saúde.

Entretanto, o acordo de 90% só se aplicava à jazida de Bayu-Undan, situada na ZOCA, que passa a ser chamada de Joint Petroleum Development Area (JPDA). Nada muda para as jazidas de Laminaria/Corralina, na região Oeste – exploradas unilateralmente pela Austrália, e que fornecem 150 mil barris por dia – e para a Greater Sunrise, na região Leste. Essas jazidas multiplicariam por três as reservas do Timor Leste se as fronteiras fossem reavaliadas de acordo com a reivindicação dos timorenses, considerada juridicamente fundamentada pela maioria dos especialistas. A Austrália não deixa por menos e pretende para a região a condição de plataforma continental.

A lei do mais forte

Apesar de proclamarem seu direito absoluto, os australianos mostram pelos seus atos que até mesmo eles não acreditam nisso: em 2000, William Campbell, diretor do Escritório Internacional de Leis, do Ministério da Justiça, se declarava favorável a um acordo negociável e contra a uma solução judiciária na qual “os Estados perdem o controle7” das negociações e do seu resultado. Em março de 2002, dois meses antes da independência do Timor Leste, o governo australiano se retira da jurisdição do TIJ, recusando a arbitragem do Tribunal Internacional de Direito Sobre o Mar, cuja sede é em Hamburgo. Eliminado o recurso aos tribunais, resta apenas a lei do mais forte.

Depois da independência do Timor, o governo australiano levou 18 meses para responder ao pedido do governo do Timor para as negociações sobre fronteiras e retardou a primeira sessão até abril de 2004. Os timorenses exigiam reuniões mensais. Sob o pretexto de falta de tempo, a Austrália embolsa, nesse período, 1 milhão de dólares por dia proveniente de Laminaria/ Corralina. As companhias petrolíferas reclamam um acordo antes do fim de 2004 para investir na exploração de Greater Sunrise. Situada a 95 milhas da ilha de Timor e a 250 milhas da Austrália, e no lado timorense da linha mediana, essa jazida está na fronteira leste da JPDA e deve ser explorada em comum. Sem renegociação das fronteiras, a Austrália permanece a única beneficiária de 80% das jazidas que se encontram fora da JPDA e os timorenses têm direito apenas a 90% do restante; ou seja, 18% do total.

Na véspera da reunião dos países que fornecem ajuda ao país, em abril de 2004, Gusmão, exasperado, apela à opinião pública: “Se o vizinho, grande, poderoso nos rouba o dinheiro destinado a pagar nossos empréstimos, ficaremos endividados. Seremos mais um país na lista dos endividados do mundo inteiro!”

Contra tudo e todos

Mostrando-se ofendido, Downer acusa os timorenses de lançar um estigma sobre a imagem da Austrália; e relembra a generosidade de Canberra, que cedeu 90% dos royalties [de Bayu–Undan] e gastou 170 milhões de dólares em diferentes formas de ajuda. A seção australiana da ONG Oxfam calcula que, durante esse período, a exploração da Laminaria/Corralina rendeu mais de 1 bilhão de dólares para a Austrália!
Reagrupados na Timor Sea Justice Compaign, os australianos sugeriram que a renda das zonas contestadas seja depositada nas contas bloqueadas para ser partilhada quando as novas fronteiras forem estabelecidas. Seu governo faz ouvidos moucos, aliás como faz aos apelos da Igreja e como já fez ante o relatório da Comissão de Negócios Estrangeiros, Defesa e Comércio do Senado australiano. Em dezembro de 2000, o Senado sugeriu que “agindo de maneira honrada e levando em conta a lei internacional atual, o governo australiano pode não só ganhar a compreensão do Timor leste mas também de outros países e fornecer ao Timor uma base econômica necessária para reduzir sua dependência da ajuda exterior”.

Embora as companhias petrolíferas anunciem que renunciariam investir em Greater Sunrise se a Austrália e o Timor não chegarem a um acordo antes do fim de 2004, o Parlamento timorense se recusa a ratificar o acordo se a Austrália não se comprometer a resolver a questão das fronteiras no prazo de cinco anos.

Soberania, questão central

Esse debate tomou conta da Austrália com a aproximação das eleições legislativas de 9 de outubro: o Partido Trabalhista condena o governo de coalizão – formado pelo Liberal Party e o National Party – por agir sem habilidade nas negociações com o Timor Leste e pelo fato do seu líder Mark Latham ter prometido a retomada das negociações quando fosse eleito. Sentindo-se obrigado a retomar a iniciativa, Downer convida então Jose Gomes Horta, Prêmio Nobel da Paz em 1996 e atual ministro das Relações Exteriores do Timor Leste, para debater a questão no plano político. Finalmente, apesar de uma pesquisa de opinião apontar que uma grande proporção de australianos não aceita o fato de o partido recusar a arbitragem da CIJ, o partido liberal obteve nova vitória nas eleições legislativas de 9 de outubro.

Sem a Austrália, que assumiu o comando das forças internacionais da ONU em 1999, o Timor Leste não será livre, declara Ramos Horta, em maio de 2004. Ninguém pode garantir que o apoio de Canberra não será mais necessário; Dower então aproveita para dar um xeque-mate: “O Timor pode perder seu mais próximo amigo internacional8”. Em uma coletiva de imprensa, no dia 11 de agosto, os dois ministros ali presentes se mostram otimistas: uma solução provisória, que ainda deve ser aprimorada, daria mais renda aos timorenses sem mudar as fronteiras. E Downer se dá ao direito de declarar: “Para o Timor Leste a questão de soberania não é importante, mas as rendas são”. Para Ramos Horta, trata-se de ser realista, pois os tribunais estão fora de questão.

Entretanto, ele deixa bem claro que a idéia de deixar de lado a questão da soberania por dez ou vinte anos e garantir a partilha dos recursos era apenas uma questão pessoal9, pois caberá ao Parlamento timorense ratificar os acordos.

(Trad.: Celeste Marcondes)

1 Nações Unidas, s/ 2004/333, Nova York, 29 de abril de 2004.
2 - Região submarina da massa continental que se estende gradualmente em direção ao alto-mar e que pode se estender até uma profundidade de cerca de 200 metros. É nas plataformas continentais que se alcança a maior produtividade nos oceanos.
3 - Atnuto, Public Information Office, 19 de janeiro de 2000.
4 - Dow Jones Newswires, 26 de setembro de 2000.
5 - Reuters, 9 de outubro de 2000.
6 - Dow Jones Newawires, 7 de junho de 2004.
7 - Energy Asia, 24 de julho de 2000.
8 - Time, 10 de maio de 2004.
9 - Green Left Weekly, 25 de agosto de 2004.

http://diplo.uol.com.br/2004-11,a1019

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Notícias - traduzidas pela Margarida

AAP - Outubro 26, 2006 06:49pm

Australianos ‘podem ser alvejados’ em Timor
Por Sandra O'Malley

Os Australianos foram aconselhados a manterem-se discretos em Timor-Leste depois de serem avisados que se podem tornar alvo da nova violência na pequena nação.

A paz regressou hoje à capital Timorense, Dili, depois de pelo menos dois homens terem morrido baleados durante a noite em lutas de gangs.

A ONU confirmou a morte de duas pessoas na violência que irrompeu no princípio da semana.

Contudo, o ministro dos estrangeiros Alexander Downer acredita que o número pode subir para quatro.

Outros relatos põem o número em seis.

O Departamento dos Estrangeiros e do Comércio emitiu o seu conselho para viajantes para Timor-Leste, urgindo os Australianos a pensarem duas vezes sobre se precisam de lá ir. "Aconselhamos a reconsiderar se precisa de viajar para Timor-Leste nesta altura por causa da incerteza da situação da segurança,'' diz o website do departamento. "Há uma presença de segurança internacional em Timor-Leste que melhorou o ambiente da segurança, apesar de poder vir a acontecer mais violência e manifestações. "A situação pode mudar de um momento para o outro e os Australianos podem ser apanhados em violência dirigida contra outros. "Australianos e interesses Australianos podem ser especificamente alvejados e aconselhamos todos os Australianos a serem extremamente cautelosos.''

Estão cerca de 925 elementos da Australian Defence Force em Timor-Leste a ajudar a restaurar a calma.

Um porta-voz da ADF disse que Dili correntemente estava calma.

As tropas Australianas têm estado hoje a patrulhar as ruas e a manter a segurança.

Não estava actualizado sobre as condições de um Australiano, trabalhando para a ONU, que foi evacuado de Dili ontem depois de ter sido apanhado nas lutas.

Acredita-se que o novo surto de violência foi desencadeado pela saída do relatório da ON sobre as causas do conflito mortal anterior.

Mr Downer disse que as autoridades investigariam as razões do último desassossego.

"Estamos obviamente a investigar como é que isto pôde acontecer e o que é que o motivou,'' disse.
"Se isto está relacionado com o relatório da ONU ou não não estamos certos a 100 por cento e está ainda a ser investigado''.

Mr Downer também sugeriu que as mortes durante a noite podem chegar às quatro. "A violência foi bastante má, à volta e no aeroporto,'' disse.

Desde então o aeroporto já reabriu mas a DFAT está a apelar às pessoas para serem extremamente cautelosas se estão na vizinhança.

O Labor usou Timor-Leste como um exemplo em como a Austrália precisa de tirar as suas tropas do Iraque para fornecer segurança na região.

O líder da Oposição Kim Beazley disse que as lutas de gang, durante a noite, em Dili só serviram para enfatizar que as prioridades dos militares da Austrália residem localmente em vez de no Iraque. "A violência continuada e as perturbações em Timor-Leste é uma indicação para nós que vamos lá estar envolvidos por um muito longo período de tempo,'' disse.

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ABC – Quinta-feira, Outubro 26, 2006. 9:06am (AEST)

Downer: quatro possívelmente mortos na violência em Timor-Leste

O ministro dos estrangeiros, Alexander Downer, diz que um total de quatro pessoas foram mortas em violência renovada em Timor-Leste.

Várias pessoas ficaram feridas nas lutas que rebentaram perto do aeroporto de Dili' na Terça-feira à noite.

Há a ideia que um grupo de jovens atacou um grupo rival perto de um campo de deslocados perto do aeroporto.

Centenas de pessoas estiveram envolvidas e as autoridades receiam que a violência possa irromper a qualquer altura.

Mr Downer diz que as forças Australianas no país estão em alerta. "A violência no aeroporto e à volta foi bastante má," disse Mr Downer. "O aeroporto abriu outra vez esta manhã, penso, mas obviamente estamos a investigar como é que isto pôde ter acontecido e o que é que o motivou.

Um Australiano foi evacuado de Dili depois de ter sido apanhado na violência.

O Departamento dos Negócios Estrangeiros na Austrália actualizou o seu aviso de viagens para Timor-Leste, urgindo os Australianos a exercer extremo cuidado se vão para lá, e que os Australianos ou os interesses Australianos podem ser alvejados.

"Uma das possibilidades disto é estar ligado ao relatório da ONU que acabou de ser publicado."

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ABC N
A ONU não pode confirmar os relatos de 4 mortes em Dili

Quinta-feira, Outubro 26, 2006. 12:09pm (AEST)

A ONU em Timor-Leste diz que não pode confirmar relatos do Governo Federal de que quatro pessoas podem ter morrido na última violência em Dili.

O porta-voz Adrian Edwards diz que o número conhecido de mortes mantém-se de dois e que a ordem foi restaurada amplamente.

"Esta siruação está calma esta manhã," disse Mr Edwards.

"Penso que houve um breve período de atirar pedras numa estrada perto da praia, mas a estrada para o aeroporto está aberta, e há lá polícia.

"Ainda há pedras e vidros na estrada mas a situação está calma."

Entretanto o Governo Australiano mantém uma observação apertada em Timor-Leste, depois de dizer que foram mortas quatro pessoas em violência por gangs.

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer acredita que o relatório crítico da ONU sobre a violência deste ano em Timor-Leste pode ser a razão para o último desassossego.

"Bem, as coisas estiveram quietas durante a noite mas devo dizer-lhes que estamos muito preocupados com a violência das últimas 24 horas," disse Mr Downer.

Mr Downer diz que foram mortas quatro pessoas.

O líder da oposição Kim Beazley diz que o problema está sem fim à vista.

"É uma indicação para nós que vamos estar lá envolvidos por um muito longo período de tempo," disse Mr Beazley.

Mr Downer diz que o aeroporto de Dili está agora re-aberto e que a violência dos gangs está a ser investigada.

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AAP/The Age - Outubro 26, 2006 - 4:27PM

DFAT: Australianos podem ser alvejados em Timor:

Os Australianos foram aconselhados a manterem-se discretos em Timor-Leste depois de serem avisados que se podem tornar alvos da violência renovada na pequena nação.

A paz regressou à capital Timorense, Dili, depois de terem morrido baleados dois homens durante a noite em lutas de gangs.

A ONU confirmou a morte de duas pessoas na violência que irrompeu no princípio da semana.

Contudo, o ministro dos estrangeiros Alexander Downer acredita que o número pode subir a quatro.

Outros relatos falam de seis mortes.

O Departamento dos Negócios Estrangeiros e do Comércio re-emitiu o aviso de viagens para Timor-Leste, apelando aos Australianos para pensarem duas vezes se precisam mesmo de lá ir. "Aconselhamos a reconsiderar a necessidade de viajar para Timor-Leste nesta altura por causa da incerteza da situação de segurança," disse o departamento no seu website.

"Há uma presença internacional de segurança em Timor-Leste que melhorou o ambiente da segurança, apesar de não se poder descartar a possibilidade de mais violência e manifestações. "A situação pode mudar sem aviso prévio e os Australianos podem ser apanhados em violência contra outros. "Os Australianos e os interesses Australianos podem ser alvejados especificamente e aconselhamos todos os Australianos a serem muito cuidadosos."

Cerca de 925 elementos da Australian Defence Force estão em Timor-Leste a ajudar a restaurar a calma.

Um porta-voz da ADF disse que actualmente Dili estava pacífica.

Tropas Australianas têm estado a patrulhar as estradas e a manter a segurança.

Não estava actualizado sobre a condição de um Australiano, a trabalhar para a ONU, que foi evacuado de Dili na Quarta-feira depois de ter sido apanhado nas lutas.

Pensa-se que a violência foi desencadeada pela saída do relatório da ONU sobre as causas do conflito mortal anterior, neste ano.

Mr Downer disse que as autoridades investigariam o que motivou o último desassossego.

"Estamos obviamente a investigar como é que isto pôde acontecer e o que é que o motivou," disse. "Se está ou não relacionado com o relatório da ONU não estamos 100 por cento certos sobre isso e esso está ainda a ser investigado."

Mr Downer também sugeriu que as mortes da noite podem aumentar para quatro. "A violência foi bastante má, à volta eno aeroporto," disse.

O aeroporto re-abriu desde então mas a DFAT apela às pessoas para serem cautelosas se estiverem na vizinhança.

O Labor usou Timor-Leste como um exemplo porque é que a Austrália precisa de tirar as suas tropas do Iraque par fornecer segurança na região.

O líder da Oposição Kim Beazley disse que as lutas de gang durante a noite em Dili só serviram para enfatizar as as prioridades militares da Austrália' estão localmente em vez de no Iraque. "A violência continuada e as perturbações em Timor-Leste é uma indicação que vamos lá estar envolvidos por um muito longo período de tempo," disse.

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UNMIT – Revista dos Media Diários – Quinta-feira, 26 Outubro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


Explosão de violência em Dili

De acordo com os media nacionais, irrompeu a violência outra vez na Quarta-feira entre deslocados e jovens que vivem perto da área de Comoro. Um jovem foi baleado na cabeça e morreu mais tarde no hospital. Não há confirmação sobre quem disparou. É relatado que dois carros da Polícia Federal Australiana ficaram danificados e que três casas foram queimadas durante os confrontos. A situação, que começou na Terça-feira, regressou à calma pelas 2 pm de Quarta-feira. O deputado João Gonçalves, (PSD) pede às autoridades de segurança para investigarem com atenção quem é que está a apoiar e a organizar os grupos que continuam a criar problemas. Gonçalves acredita que uma terceira parte está envolvida na violência, visto que os jovens não têm dinheiro para comprar álcool. Foi relatado que os jovens estavam sob a influência de álcool quando se engajaram nos actos de violência. De acordo com João Gonçalves o governo não pode implementar totalmente o programa ‘simu malu’ e alcançar os seus objectivos devido a este constante recorrer à violência. (TP, STL)

As F-FDTL disponíveis para expôr tudo

O Brigadeiro-General Taur Matan Ruak expressou o desejo das F-FDTL para participarem no processo de investigação e expor tudo (o que estiver) relacionado com a crise, relataram os media na Quinta-feira.

Durante uma conferência de imprensa realizada em Baucau na Quarta-feira (25/10) o General disse que propõe a criação de uma Comissão Parlamentar para aprofundar a investigação de modo a tentar balançar a versão da lógica e da realidade, acrescentando que criação duma comissão é melhor para balançar a investigação. O Brigadeiro-General entregou o relatório da COI aos soldados na Quarta-feira. (TP)

Belo: o programa ‘Simu Malu’ deve focar-se nas áreas problemáticas

O Bispo Belo disse que é importante que o programa ‘simu malu’ do governo tenha somente um foco: o objectivo de unir toda a gente para criar a paz. Belo disse que o programa deve alvejar áreas problemáticas e levar todos os jovens a sentarem-se juntos e a discutirem meios para estabelecer a paz nas suas áreas. O Bispo disse que os Timorenses devem pôr esforços para trabalharem juntos para avançarem através do programa ‘simu malu’. Disse que o programa é um passo positivo em frente para trazer a paz ao país. (TP)

Rumores criam pânico entre membros do Parlamento

Membros do Parlamento Nacional deixaram os seus gabinetes desertos na Quarta-feira devido a rumores que o edifício seria atacado e incendiado, relatou o STL, na Quinta-feira. Conforme a observação do STL, a maioria dos deputados saiu do complexo por volta das 11:00 am, deixando alguns estudantes universitários especados fora do edifício aborrecidos. Um dos estudantes disse que os deputados não deviam ser egoístas e que deviam permanecer no edifício e continuar o seu trabalho. (STL)

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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