quinta-feira, novembro 23, 2006

De um leitor

Comentário do post "Duas eleições fazem 2007 ano de todos os perigos, Paulo C. Seixas":

É estranho que este investigador venha afirmar que o assassínio do missionário Edgar teve como causa o "ódio indistinto aos australianos" de pessoas "que o confundiram com um australiano". É que ontem o próprio Eric Tan disse que está em curso uma investigação sobre esse crime. Será que Paulo Seixas sabe mais do que a pópria polícia? Nesse caso, em que se baseou para tirar essa conclusão? Recuso-me a acreditar que a "influência" australiana já tenha chegado tão longe.

Parece-me que o "ódio" é tudo menos indistinto, devido aos conhecidos exemplos de prepotência e deprezo evidenciados pelos australianos em relação a tudo o que é timorense. Que dizer de quem deixa fugir os assassinos da cadeia e se recusa a capturá-los, apesar de saber o seu paradeiro?

E falta comentar o "ódio", esse sim "indistinto", a tudo o que cheira a Fretilin, Portugal ou CPLP, instigado por Howard, Downer & Cia. mais os seus amigos UK-USA.

Isto para não falar de "ódios" que já vêm desde 1975, materializados em intermináveis discursos ou artigos inflamados, completamente abstraídos da trágica realidade que é o dia-a-dia dos refugiados ou das famílias que perderam maridos, pais, irmãos, sobrinhos...

H. Correia.
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Ramos Horta pede que militar rebelde volte para o quartel

Agência EFE - 23/11/06, 06:15



O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, voltou a pedir hoje ao major Alfredo Reinado que retorne aos quartéis para encerrar a crise aberta em abril, quando os protestos dos soldados expulsos do Exército deixaram o país à beira da guerra civil.

Ramos Horta, que também é o ministro da Defesa, disse aos jornalistas em Díli que Reinado pode voltar sem medo. O chefe do Exército, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, aceitou a criação de uma comissão independente para negociar o caso dos militares rebeldes.

Ruak disse à Efe que está disposto a ouvir Reinado.

O presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, tenta promover o diálogo entre a Polícia, o Exército e os grupos de jovens para encerrar a violência em Díli.

Reinado participou de manifestações que demonstraram a rivalidade entre a Polícia e o Exército, constituídos a partir da guerrilha que lutou pela independência durante a ocupação da Indonésia.

O militar rebelde está nas montanhas do Timor com alguns de seus seguidores desde o começo da crise.

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Duas eleições fazem 2007 ano de todos os perigos, Paulo C. Seixas

Porto, 23 Nov (Lusa) - As eleições legislativas marcadas para Março e as presidenciais, ainda sem data, tornam 2007 no ano de todos os perigos para Timor- Leste, admitiu hoje à Lusa, no Porto, o antropólogo Paulo Castro Seixas.

Vice-presidente da organização não governamental (ONG) Médicos do Mundo-Portugal, professor associado da Universidade Fernando Pessoa, Mestre em Sociologia e Doutor em Antropologia, Paulo Castro Seixas lança sexta-feira dois livros sobre Timor-Leste, um dos quais em co-autoria, já considerados fundamentais para compreender a situação naquele país.

"Os processos eleitorais poderão vir a aprofundar as divisões existentes em Timor-Leste tanto no plano político (no interior da própria Fretilin) como no cultural, em que é determinante a estrutura segmentada da sociedade timorense baseada em clãs", afirmou aquele especialista.

As divisões culturais têm também uma base geográfica e étnico-linguística entre os timorenses de Loromono (zona ocidental do país, que inclui Díli), também chamados Kaladi, e os de Lorosae (dos três distritos orientais), conhecidos como Firaku.

Na opinião de Paulo Castro Seixas, o relatório apresentado pela Fretilin e m 28 de Outubro sobre os episódios de violência verificados este ano, que aponta para a influência estrangeira, particularmente da Austrália, como um dos factores da violência, "foi um mau contributo para a paz no território".

"Este relatório em nada veio ajudar e está na base da recente morte de um missionário brasileiro às mãos de seis jovens timorenses embriagados, que o confundiram com um australiano", disse aquele especialista que, além de ter feito parte da escola primária em Díli, quando o território era ainda colónia portuguesa , tem passado, desde 1999, longos períodos em Timor-Leste.

Paulo Castro Seixas acredita que a Austrália pretenda manter influência em Timor-Leste, o que considera "perfeitamente natural".

"Não falta quem fale nisso, mas a verdade é que não é apresentada qualquer prova, nem no relatório da Fretilin nem em qualquer outro lado", disse.

Acrescentou que nem sequer é nomeada qualquer pessoa como testa-de-ferro local da Austrália.

"Foi, por isso, que se criou em determinados sectores algum ódio indistinto aos australianos, que já teve como consequência a morte do missionário brasileiro", afirmou.

O maior receio do antropólogo é que a nova intervenção internacional no país se resuma à vertente burocrática, como aconteceu com a primeira, em que não foram tidos em conta os importantes factores étnicos, culturais e linguísticos presentes.

"Se a situação continuar a deteriorar-se, podemos chegar a um tribalismo político, com os partidos a implantarem-se nas diferentes regiões de acordo com os diferentes clãs, o que seria gravíssimo", disse.

Castro Seixas pensa também que a Constituição de Timor-Leste, largamente inspirada na portuguesa (escrita para uma realidade totalmente distinta) deve ser reformulada, uma vez que não tem em consideração a realidade cultural do país, baseada na dualidade de poder, o que deveria conduzir à criação de uma segunda câmara, integrada pelos representantes dos poderes tradicionais.

"Essa segunda câmara permitiria uma gestão mais adequada das representaçõe s sociais da sociedade timorense, recriando a dualidade de poderes que está no cerne da cultura local", defende Paulo Castro Seixas.

O primeiro dos dois livros a apresentar sexta-feira na Universidade Fernan do Pessoa, no Porto, intitulado "Diversidade Cultural na Construção da nação e do estado em Timor-Leste", agrupa 12 trabalhos científicos de especialistas de se te países (Portugal, Holanda, Timor-Leste, Japão, França, Inglaterra e Brasil) sobre a cultura, a sociedade e o estado timorense, coordenado por Paulo Castro Seixas e Aone Engelenhoven (Holanda).

O segundo livro, "Timor-Leste - Viagens, Transições, Mediações" é o resultado de 20 anos de interesse e de cinco anos de trabalho antropológico de Paulo Castro Seixas sobre aquele país.

Este volume reúne textos científicos, notas de campo antropológicas e entrevistas com personalidades timorenses, incluindo ainda um DVD com quatro filmes etnográficos e entrevistas.

Os dois livros serão apresentados às 18:00, após a realização de uma mesa-redonda sobre "Timor-Leste na encruzilhada das globalizações", em que participam Paulo Castro Seixas, Aone Engelenhoven, Daniel Schroeder Simião (Brasil) e Mois és Silva Fernandes.

PF-Lusa/Fim

Obrigado Bravos!

Os nossos Bravos da GNR, do primeiro contigente, vão-se embora amanhã, sexta-feira, 24 de Novembro.

Quem quiser pode despedir-se deles no aeroporto de Comoro, pelas 9 da manhã.

Obrigado, Bravos e boa viagem!

Bem-vindos os do segundo contigente que chegam amanhã.

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Portugal só decide se alarga contingente, depois de pedido à ONU

Lisboa, 23 Nov (Lusa) - Portugal só decidirá se pode ampliar o seu contingente em Timor-Leste, como sugeriu quarta-feira o primeiro-ministro José Ramos-Horta, após um pedido formal nesse sentido, dirigido pelo governo timorense à ONU, assinalou o secretário da Administração Interna, em Lisboa.

José Magalhães, que quarta-feira à noite, no Aeroporto de Figo Maduro, se despediu do contingente de militares da GNR que vai integrar a missão da ONU em Timor-Leste, sublinhou que "ainda não foi proposto formalmente à ONU" o alarg amento do número de soldados.

"É claro que é nossa intenção reforçar mais e mais as condições de segu rança em Timor-Leste" mas "tudo acontece no tempo próprio e ao ritmo próprio", afirmou José Magalhães a propósito da intenção expressa pelo governo maubere.

Reconhecendo que "Portugal não tem meios infinitos e inesgotáveis", o secretário da Administração Interna salientou que, caso a hipótese de ampliação do contingente seja formalmente colocada, será "necessário ponderar".

José Magalhães cumprimentou diversos militares que se despediam das respectivas famílias no aeroporto, desejando para esta missão "os mesmos excelentes resultados alcançados pelo contingente anterior", que regressa sábado a Lisboa.

Igualmente presente no aeroporto, o general Mourato Nunes afirmou també m aos jornalistas que, "se o Governo decidir ampliar o contingente para Timor, a GNR tem capacidade de resposta".

Face à missão que agora se inicia, o general indicou que, como vai abra nger um período de eleições, "serão tomados alguns cuidados", embora tenha "a expectativa de que tudo vai correr bem, pois Timor é uma jovem democracia mas já tem os seus órgão de soberania" definidos.

O militar afirmou ainda ter "grande orgulho" no contingente e depositar "confiança na vontade que os militares levam de cumprir a sua função".

"É claro que todas as missões têm riscos mas estou tranquilo porque os soldados estão preparados para o que vão enfrentar", concluiu.

Partiram rumo a Díli 108 dos 140 militares que integram o 2º Contingent e do Sub Agrupamento "Bravo" da GNR e que vão render os do 1º Contingente que, d esde 26 de Agosto, participam numa missão das Nações Unidas (UNMIT).

HSF-Lusa/Fim
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Tristeza, expectativa e orgulho na partida dos militares para Timor

Lisboa, 23 Nov (Lusa) - Um misto de expectativa, tristeza e orgulho aco mpanhou, quarta-feira, a partida de 108 militares da GNR que vão integrar a miss ão das Nações Unidas em Timor-Leste, rendendo o 1º contingente, que está no terr itório desde Agosto.

Com idades compreendidas entre os 22 e os 50 anos, sensivelmente, os mi litares que partiram do Aeroporto de Figo Maduro chegam sexta-feira de manhã a D íli, a capital timorense, para uma missão de seis meses.

Apesar da saudade antecipada pelas famílias que deixam em Portugal, os militares desfrutam hoje da proximidade virtual permitida pelas novas tecnologia s, como explicou Paulo Mendes, que esteve terça-feira "a instalar um sistema de videoconferência no computador de casa", para poder contactar com a mulher e a f ilha que ficam em Rio de Mouro.

Na opinião deste militar de 36 anos, que já esteve em Timor por 18 mese s entre 2001 e 2002, o que mais receia "são as doenças como a malária ou o dengu e" mas, apesar disso, "e do sacrifício que é deixar a família", decidiu voltar p orque tem uma casa para pagar e a mulher está desempregada, motivo que também a impede de fazer planos para ir visitar o marido a Timor.

Na expectativa fica a filha do casal, Beatriz, de 7 anos, para quem "va i correr tudo bem" e que afirmou á Lusa estar "orgulhosa" do pai e curiosa para "aprender a mandar e-mails" e experimentar o sistema de videoconferência.

Mas se a família de Paulo Mendes aceita vê-lo partir mais uma vez, dife rente é a reacção de Paula Perdigão face à partida iminente de João Fernandes, c om quem namora há ano e meio.

"Por mim, ele não ia. Tenho muito receio de que aconteça alguma coisa e ele não volte", confessou a jovem de 22 anos, segundo quem os próximos seis mes es vão ser "dolorosos e de muita saudade", até por se tratar da primeira vez que passam um período tão longo separados.

Talvez consciente da angústia descrita pela namorada, João Fernandes, d e 27 anos, assegurou à Lusa que "esta missão será a primeira e a última" em que participa, alinhando "sobretudo por curiosidade e para ganhar experiência" num c enário diferente, do qual teme mais "as doenças do que eventuais conflitos".

A estreia em operações deste género cativa também os elementos mais vel hos, como Fernando Lopes, que aos 46 anos parte pela primeira vez em missão, lev ando consigo "uma guitarra portuguesa para um colega que está há uma semana em T imor e sabe tocar".

É um sinal do "espírito de camaradagem" que o faz deixar em Portugal a mulher e uma filha, que não foram "fáceis de convencer".

Assegurando que não vai para Timor-Leste "pelo dinheiro", acrescentou à Lusa que "se gostar", volta a repetir.

Quarta-feira, partiram rumo a Díli 108 dos 140 militares que integram o 2º Contingente do Sub Agrupamento "Bravo" da GNR e que vão render os efectivos do 1º Contingente que, desde 26 de Agosto, participa numa missão das Nações Unid as (UNMIT).

HSF-Lusa/Fim


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Notícias - traduzidas pela Margarida

TIMOR-LESTE: PROBLEMAS SÓ SE PODEM RESOLVER PELA VIA DO DIÁLOGO, DIZ PM HORTA

Dili, 22, 22 Novembro (AKI) – Em resposta à recente violência que tem destruído a sua ilha Estado, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramon-Horta, exorta os jovens a falarem uns com os outros para resolver as suas diferenças. "É o diálogo que contribuirá para a paz e harmonia e não o crime e a violência. Nã há outro caminho," disse Horta ao AdnKronos International (AKI) numa entrevista na Quarta-feira. "Peço aos jovens para pararem a violência," acrescentou.

Os comentários de Horta vieram no aparecimento de uma série de confrontos no fim da última semana na qual foram mortas quatro pessoas. A violência parece ter começado quando um grupo de jovens pertencentes ao Colimau 2000 atacaram uma secção local de um clube de artes marciais na aldeia Estado.

Colimau 2000 é uma organização montada por jovens activistas clandestinos durante a ocupação de Timor-Leste que terminou em 1999.

Entre os mortos estava um missionário Brasileiro, José Barros Soares. A sua morte chocou e zangou muitos no pequeno país do Sudeste Asiático.

"Os que mataram o missionário são animais. Por causa deles Timor-Leste perdeu a face em frente da comunidade internacional," disse o primeiro-ministro.

“O Sr. Soares estava em Timor para ajudar,” disse Horta.

Em relação ao diálogo nacional, Domingas Micato Alves, enviada do Presidente Xanana Gusmão na Comissão do Diálogo Nacional jurou continuar, apesar do assassínio de um dos seus membros.

O presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão criou uma Comissão de Diálogo Nacional para tentar pôr juntas as facções rivais.

Contudo, José Luis Oliveiro, Director Executivo da Fundação de apoio, Direitos Humanos e Justiça ou Yayasan HAK, disse que enquanto o diálogo pode ajudar a minimizar a tensão, não pode resolver as razões que sustentam a violência – uma tarefa que tem que ser cuidada pelo governo.

"O governo deve trabalhar mais para criar oportunidades de emprego e escapes [recreativos] como competições de football ou de artes marciais de modo que os jovens se possam envolver e mostrar os seus talentos,” disse ao AKI.

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Um morto, dois feridos em violência recente em Timor-Leste
AFP/ABC – Quarta-feira, Novembro 22, 2006. 10:37pm (AEDT)

Um homem foi morto e dois outros, incluindo um polícia, feridos durante violência de rua em Timor-Leste, disse o Ministro do Interior Alcino Barris.

O Sr Barris disse que membros de gangs e residentes se confrontaram em Maubisse, uma cidade a alguns 80 quilómetros a sul de Dili, na Segunda-feira, levando um civil à morte.

"Em Maubisse, vários grupos são suspeitos de tentarem forçar residentes para se juntarem ao grupo Colimau (2000), mas residentes rejeitaram isso e seguiu-se uma briga, causando uma morte e um ferido," disse o Sr Barris.

"Quando a polícia os quis prender, bateram num polícia e ele está agora em condição crítica num hospital," disse o ministro aos jornalistas aqui.

O Colimau 2000 foi montado por jovens membros de grupos clandestinos que estiveram activos durante a ocupação Indonésia, mas muitos acusaram-no de se engajarem em actividades criminosas e em violência.

O Sr Barris disse que a polícia conhecia as identidades dos atacantes mas que estavam à espera para coordenar com as forças Australianas antes de tomarem qualquer acção.

Os soldados Australianos têm estado destacados em Timor-Leste, ao lado doutros de várias outras nações, para ajudar o governo Timorense a restaurar a paz depois do desassossego de Abril e Maio que deixou 37 pessoas mortas.

O Sr Barris disse também que o pessoal de segurança tem estado destacado na aldeia Estado, a noroeste de Maubisse, onde membros armados do Colimau 2000 atacaram uma escola local de artes marciais em 15 de Novembro, deixando pelo menos quatro pessoas mortas.

Disse que as autoridades de segurança prenderam oito pessoas suspeitas de envolvimento no ataque.

"Depois de destacar unidades da polícia de reserva para lá, a polícia do distrito em coordenação com a força Australiana (Terça-feira) prendeu oito pessoas que estão agora a ser questionadas," disse o Sr Barris.

"Há indicações que estiveram envolvidos em actos de fogo-posto e de homicídio durante o confronto," acrescentou.

Membros do Colimau 2000 foram acusados de envolvimento em ataques em Atsabe em 2003, que deixou sete mortos. Seguiram-se prisões em massa mas os tribunais mais tarde libertaram os detidos.

Alguns 3,200 soldados Australianos foram destacados para Timor-Leste em Maio, mas o seu número desde então foi reduzido para 1,100 reforçados por cerca de 1,000 polícias da ONU.

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As eleições em Timor podem atrasar Sunrise

Daily Telegraph
Por Nigel Wilson
Novembro 23, 2006 12:00

O projecto de gás da Greater Sunrise da Woodside no Mar de Timor pode não ser ratificado antes das eleições de Maio em Timor-Leste.

Houve uma perturbação de interesse no projecto encalhado no princípio do mês quando o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramos Horta, disse que iria pedir ao parlamento do país para ratificar tratados com a Austrália que dividem royalties dos reservatórios de Sunrise e Troubadour a cerca de 80 km da costa de Timor.

A Woodside requer certezas legais, fiscais e reguladoras antes de recomeçar o trabalho num plano – avaliado em 2004 em mais de $6 biliões – para comercializar cerca de 8 triliões de pés cúbicos de gás e 300 milhões de barris de condensado que os reservatórios são estimado conterem.

"O Governo vai mandar para o parlamento para debater e ratificar, o tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor (CMATS) e o Acordo Internacional de Unitização (IUA)," disse Ramos Horta ao parlamento.

"Os honrados representantes eleitos da nação compreenderão que este tratado serve os melhores interesses do nosso país e uma vez ratificado permitirá o desenvolvimento do Greater Sunrise, cujos recursos garantirão a independência económica e a prosperidade nacional."

Um executivo de topo da Woodside que viajou para Timor-Leste depois do discurso de Ramos Horta – que marcava os seus primeiros 100 dias no posto – estava optimista com a possibilidade da ratificação dos dois tratados em breve. Mas fontes tanto em Timor-Leste como em Canberra não parecem convencidas que a discurso seja um passo maior para estabelecer um calendário de ratificação.

Em Janeiro o Sr Ramos Horta e o Minnistro Australiano dos Estrangeiros Alexander Downer assinaram o CMATS numa cerimónia que era suposto re-acender o empurrão para a ratificação e o desenvolvimento no fim de contas de um projecto LNG no Sunrise. Os apoiantes do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri na Fretilin, que tem uma maioria no parlamento em Dili, argumentam que o original IUA cobrindo o Sunrise – que dividiu rendimentos do governo 79.1 por cento para a Austrália e 19.9 para Timor-Leste – era injusto por causa da imensa riqueza que traria para Woodside e os seus parceiros, ConocoPhillips, Shell e Osaka Gas.

Na altura o Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio disse que o CMATS e o IUA "estabelecem uma moldura para a exploração dos recursos de gás e petróleo do Greater Sunrise e verão a partilha igualitária de rendimentos do governo que emanarem do projecto".

Alguns membros da Fretilin e independentes no Parlamento de Dili permanecem não convencidos que a revisão do acordo sob o CMATS seja do interesse de Timor-Leste. Há também uma sugestão que Timor-Leste quer que qualquer desenvolvimento de LNG esteja localizado no interior das suas fronteiras, o que a Woodside mantém que não é económico.

Na semana passada em Sydney, o chefe executivo da Woodside Don Voelte disse que tinha esperança de anunciar um progresso no Sunrise por volta do ano novo.

O Sunrise foi exibido no último guia do investidor da Woodside, o que implicava que o desenvolvimento inicial no Sunrise podia ser concentrado na extracção de condensados, em vez de passar imediatamente para um desenvolvimento LNG.

Em Dili esta semana fontes do Governo recusaram discutir um calendário para a ratificação, dizendo que os acordos terão que tomar o seu lugar entre outras importantes peças de legislação.

O Parlamento de Dili está a debater uma nova lei eleitoral que é necessária antes do país ir a votos nima campanha eleitoral que se espera comece em Fevereiro.

Não é provável que se faça a ratificação depois da campanha começar.

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Timor-Leste quer aumentar a presença da polícia Portuguesa

BBC Monitoring Asia Pacific - Novembro 22, 2006
Fonte: RDP Antena 1 radio, Lisboa, em Português 1200 gmt 22 Nov 06
Extracto duma reportagem da rádio Portuguesa em 22 Novembro

[Apresentador] Timor-Leste quer dobrar a presença da GNR [Guarda Nacional Republicana de Portugal] no seu território. Será feito um pedido formal à ONU e ao governo Português. O repórter Francisco Piedade anotou este pedido na cerimónia que marcou a partida do presente contingente da GNR em Timor:

[Repórter] O novo contingente, que mantém o número corrente, 140 homens, chega no fim da semana a Dili. Na cerimónia que marcou a passagem do comando, [José] Ramos Horta, o primeiro-ministro de Timor-Leste, pediu que o número de pessoal seja dobrado:

[Ramos Horta] Já levantei a questão pessoalmente com a ONU e com Portugal, com o ministro do interior, António Costa: talvez fosse útil considerar uma segunda, adicional, companhia da GNR para nós. A ONU está receptiva a isto e vê como necessário.

[Repórter] Os homens que regressam a casa fazem-no com um sentimento de missão cumprida. [passagem omitida] Depois de seis meses chegou a altura de substituir o subgrupo Bravo da GNR em Timor-Leste. O comando já foi passado.

[Apresentador] Uma reportagem de Francisco Piedade. O contingente presente da GNR, constituído por 140 elementos, será substituído em Timor-Leste depois de amanhã.

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Primeiros graduados do curso de professores da ACU Timor

Cathnews.com
23 Nov 2006

Um programa de treino de professores em Timor-Leste abonado pela Universidade Católica Australiana (ACU) diplomou o seu primeiro grupo de 48 professores quando o país luta para responder às necessidades de 200 novos professores por ano.

Bacau Teachers College, fundado pelos Irmãos Maristas em 2001 é o único dedicado, organizado internacionalmente provedor de professores de educação primária em Timor-Leste.

De acordo com o Professor Tony D'Arbon da ACU, os estudantes vieram de todos os 13 distrito de Timor-Leste e o colégio encoraja-os a regressarem aos seus distritos e a continuarem com os deveres do ensino depois da graduação.

"Estes professores principiantes estão altamente motivados e bem habilitados para partilhar a aprendizagem do programa de três anos que completaram no colégio," disse.

Mas o Professor D'Arbon diz que Timor-Leste está ainda a lutar para responder aos pedidos de professores.

"Timor-Leste continua a lutar com a educação de professores porque precisa de 200 professores em cada ano somente para o sector primário. O corrente Ministério da Educação está a lutar para se organizar ele próprio," disse.

O Vice-Chanceler Professor Peter Sheehan que esteve a apresentar os estudantes com as suas novas qualificações numa cerimónia no último fim-de-semana em Baucau, a 120 km de Dili, disse que "a educação está no centro da construção da nação e lançará as bases para a futura paz e prosperidade de Timor-Leste."

"Apoio ao programa de Bacharelato de Ensino é uma contribuição da ACU Nacional para o programa de ajuda da Austrália que se foca na construção de capacidades do povo de Timor-Leste para conduzir uma governo e administração efectivo e democrático," disse.

Em adição aos 48 graduados, cinco outros alunos receberam Certificados de Ensino e Aprendizagem, enquanto um outro recebeu um Certificado de Pós-graduação em Liderança de Educação.

O curso de três anos para Bacharel de Ensino (Primário) é coordenado por Margie Beck, uma leitora da ACU National's School of Educational Leadership no Campus Strathfield.

O Bacau Teachers College, fundado em 2001 a pedido do Bispo de Bacau, hospeda agora cerca de 150 estudantes com um curso de ensino primário de três anos.

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Curso de tetum em Melbourne

Dear friends,

Over each year I receive numerous emails from people wanting to do the Tetum course. I am gauging interest to see if I should run the course in early February 2007.

The course which has run very successfully for a number of years is intended for people with very little or no spoken Tetum at all. It is intensive and has been immense fun for everyone involved.15 hours tuition (3 hours a day over 5 days) of basic Tetum to get you going in East Timor. It's very much oral focussed and hands on.

Approx costs: $281 (full inc materials), $221 (concession inc materials)I would be grateful if you could circulate this email to any and everybody (inc groups and organizations) you know who might be interested, in order to get an idea as soon as possible as to possible interest.

*****Please note, however, the course will only run subject to sufficient numbers.*****

If you are interested please reply to Alex Tilman (alexvt@unimelb.edu.au).

Obrigadu barak
John

Assoc. Prof. John Hajek FAHA
Department of French, Italian and Spanish Studies
School of Languages
The University of MelbourneVIC 3010
Australia

email: j.hajek@unimelb.edu.au

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Comunicado - PM - em português

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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COMUNICADO DE IMPRENSA


Dili, 19 de Novembro de 2006

PM anúncia para breve a apresentação de Proposta de Reforma Fiscal ao CM


O Primeiro-Ministro, José Ramos-Horta, afirmou hoje que será apresentada, assim que possível, ao Conselho de Ministros, uma proposta de forte redução ou eliminação de muitos impostos.

“Solicitei a diversas agências, incluindo ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional, ao Projecto das Nações Unidas para o Desenvolvimento e aos assessores do Governo em matérias fiscais, a elaboração de estudos comparativos para impulsionar as reformas fiscais em Timor-Leste,” acrescentou Ramos-Horta, “Assim que receber estas análises, irei estudá-las e preparar a submissão de propostas, nestas matérias, ao Conselho de Ministros para discussão e consultas.”

O Primeiro-Ministro disse ser favorável à eliminação de taxas, sobretudo relativamente aos bens de consumo básico.

“Sou a favor da eliminação ou redução dos impostos sobre o equipamento necessário para fins educacionais, como os computadores. Também devemos eliminar ou reduzir os impostos sobre os equipamentos necessários à produção indústrial e agrícola e sobre os transportes públicos. ”

“Acredito que estas reformas irão estimular a actividade económica e criar emprego.”

Ramos-Horta disse ter começado a rever o sistema fiscal do país, assim que aceitou o actual cargo.

“Passei horas a analisar os nossos impostos, rubrica por rubrica,” afirmou, “Reconheço que não sou economista e, muito menos, fiscalista. Mas basta ter senso comum e um nível médio de inteligência para perceber que o sistema actual é pesado e desencorajador para os investidores nacionais e internacionais. ”

“Somos um país em vias desenvolvimento com uma administração pública dedicada mas inexpriente, por isso, parece-me óbvio, que ter um sistema de impostos complexo e oneroso é uma das formas de desencorajar a actividade económica.”

Na opinião de Ramos-Horta, algumas taxas deviam ser simplesmente eliminadas.

“Esta é uma iniciativa muito importante e terá obviamente que ser levada ao Conselho de Ministros para discussão e consultas,” acrescentou.

“Estou confiante de que o Conselho de Ministros irá apoiar a simplificação do sistema fiscal. Estou muito confiante de que este passo irá estimular a actividade económica e criar emprego. Timor-Leste irá, a seu tempo, tornar-se um país mais exportador do que importador. ”I

“Temos bastantes receitas provenientes do petróleo e do gás, que têm resultado da subida do preço do petróleo, mas essa subida de preços afecta toda a nossa economia. Afecta o transporte de todos os bens e a produção de energia – afecta os bolsos dos Timorenses – particularmente dos pobres. ”

“Por isso, temos que encontrar formas criativas de recuperar dinheiro para a economia.”

Ramos-Horta sumariou algumas das medidas a adoptar nesta reforma, tais como:
Simplificação do sistema fiscal;
Abolição ou redução drástica das taxas dos impostos sobre o rendimento;
Redução dos impostos sobre as importações e reforço da administração alfandegária
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Após morte de brasileiro, Timor vai pedir reforço luso à ONU

Lusa Brasil - 22-11-2006 15:10:22


Díli, 22 Nov (Lusa) - Depois do assassinato do missionário brasileiro Edgar Gonçalves Brito no Timor Leste, ocorrido no último domingo, o primeiro-ministro do país asiático, José Ramos Horta, vai formalizar às Nações Unidas e ao Estado português um pedido para o envio de uma segunda tropa da Guarda Civil Republicana (GNR, força de segurança militarizada de Portugal).

"Eu, pessoalmente, já tinha levantado a questão com as Nações Unidas e com Portugal, com o ministro (luso) da Administração Interna, Antônio Costa, de que talvez seja útil considerarmos uma segunda companhia adicional da GNR", afirmou Ramos Horta.

O premiê timorense deu as declarações à Agência Lusa ao término da cerimônia de despedida do 1º contingente do subagrupamento "Bravo" da GNR, que na próxima sexta-feira termina sua missão no Timor, depois de ter desembarcado no território em 4 de junho.

"As Nações Unidas estão vendo (a possibilidade do envio de uma segunda companhia da GNR) com receptividade e necessidade, e tendo já feito as consultas necessárias, vamos agora formalizar o pedido à ONU e a Portugal, tendo em vista as eleições de 2007", acrescentou.

O primeiro contingente do subagrupamento Bravo, formado por 140 militares, retorna nesta sexta a Portugal, e será substituído pelo segundo contingente, que terá 143 oficiais. A missão da GNR foi anunciada em resposta aos órgãos de soberania timorenses, que pediram auxílio.

O pedido também foi estendido à Austrália, à Malásia e à Nova Zelândia para que enviassem forças militares e policiais para assegurar a manutenção da ordem e da segurança públicas no Timor.

O pedido foi feito depois da desintegração da Polícia Nacional do Timor Leste e das divisões registradas dentro das Forças Armadas, frente à crise político-militar desencadeada em abril e que deixou até agora cerca de 60 mortos e 180 mil desabrigados – a metade já retornou a suas casas.

Os oficiais da GNR foram o primeiro grupo policial a chegar ao Timor, com relação ao pedido das autoridades timorenses, integrando atualmente a Polícia das Nações Unidas (Unpol, na sigla em inglês) no país asiático.

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Portugal só decide se alarga contingente para Timor após pedido à ONU

Lisboa, 22 Nov (Lusa) - Portugal só decidirá se pode ampliar o seu contingente em Timor, como sugeriu hoje o primeiro-ministro José Ramos-Horta, após um pedido formal nesse sentido, dirigido pelo governo timorense à ONU, assinalou o secretário da Administração Interna, em Lisboa.

José Magalhães, que ao início da noite, no Aeroporto de Figo Maduro, se despediu do contingente de militares da GNR que vai integrar a missão da ONU em Timor-Leste, sublinhou que "ainda não foi proposto formalmente à ONU" o alargamento do número de soldados.

"É claro que é nossa intenção reforçar mais e mais as condições de segurança em Timor-Leste" mas "tudo acontece no tempo próprio e ao ritmo próprio", afirmou José Magalhães a propósito da intenção hoje expressa pelo governo maubere .

Reconhecendo que "Portugal não tem meios infinitos e inesgotáveis", o secretário da Administração Interna salientou que, caso a hipótese de ampliação do contingente seja formalmente colocada, será "necessário ponderar".

Ao início da noite, José Magalhães cumprimentou diversos militares que se despediam das respectivas famílias no aeroporto, desejando para esta missão " os mesmos excelentes resultados alcançados pelo contingente anterior", que regressa sábado a Lisboa.

Igualmente presente no aeroporto, o general Mourato Nunes afirmou também aos jornalistas que, "se o Governo decidir ampliar o contingente para Timor, a GNR tem capacidade de resposta".

Face à missão que agora se inicia, o general indicou que, como vai abranger um período de eleições, "serão tomados alguns cuidados", embora tenha "a expectativa de que tudo vai correr bem, pois Timor é uma jovem democracia mas já tem os seus órgão de soberania" definidos.

O militar afirmou ainda ter "grande orgulho" no contingente e depositar "confiança na vontade que os militares levam de cumprir a sua função".

"É claro que todas as missões têm riscos mas estou tranquilo porque os soldados estão preparados para o que vão enfrentar", concluiu.

Hoje, partiram rumo a Díli 108 dos 140 militares que integram o 2º Contingente do Sub Agrupamento "Bravo" da GNR e que vão render os do 1º Contingente que, desde 26 de Agosto, participam numa missão das Nações Unidas (UNMIT).

HSF-Lusa/Fim
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Mestiços e Moçambique

(Tradução da Margarida)

No blog Living Timorously:

20 Novembro 2006

Quando tentas desacreditar os teus opositores, tendes a colocar-lhes rótulos para os minar e à sua legitimidade, e quanto mais os repetires quanto mais eles são aceites como evangelhos.

No caso de Timor-Leste, isto não é nenhuma novidade. De volta a 1975, o rótulo aplicado aos líderes da independência era mestiço ou raça misturada, sugerindo que não eram representantes dos Timorenses no seu conjunto. O Primeiro-Ministro Australiano Gough Whitlam fez isso, dizendo que "partidos políticos... eram liderados por mestizos [sic].. que pareciam desesperados por suceder aos Portugueses como governantes do resto da população." Verdade, há líderes como José Ramos Horta (então na Fretilin) e Mário Carrascalão (então na UDT) mas eram uma minoria tanto na política como eram no conjunto da sociedade. Xanana Gusmão não é um mestiço, apesar da sua primeira mulher ser.

O rótulo de mestiço já não é nos dias de hoje usado pelos críticos de Timor-Leste, visto que José Ramos Horta e a sua ex-mulher Ana Pessoa (agora ministra da justiça) são praticamente os dois únicos no governo que o são. Conquanto impopular possa ser o uso do Português como língua oficial, a decisão para a usar não pode ser atribuída somente aos mestiços.

O corrente rótulo de escolha dos críticos dos líderes de Timor-Leste, ou, mais especificamente, de Mari Alkatiri, é "Moçambique" ou "Maputo", geralmente seguido por "clique" ou "mafia". Obviamente, Fretilin soa semelhante a Frelimo, o nome do partido no poder em Moçambique, apesar do último já há muito ter trocado o comando directo da economia e um Estado de partido único pela economia de mercado e a democracia multipartidária, mas o facto de Moçambique ser também uma antiga colónia Portuguesa são grãos para o moinho dos que têm uma atracção pela Lusofobia ou por envergonharem Portugal.

Contudo, há uma muito boa razão para os líderes de Fretilin terem estado no exílio em Moçambique: havia pouquíssimas alternativas. Foi-lhes recusada a entrada na Austrália e na Nova Zelândia, e teriam sido ainda menos bem acolhidos nos países ASEAN como as Filipinas e a Tailândia, que viam a questão de Timor-Leste como um assunto interno da Indonésia, no qual não deviam interferir. Na ONU em Nova Iorque, foi a Missão Permanente de Moçambique quem empregou José Ramos Horta e José Luís Guterres (que desafiou Mari Alkatiri na liderança à Fretilin, e é agora ministro dos estrangeiros). Contudo, não foram sombreados com o pincel de 'Moçambique', como Alkatiri tem sido.

Dado o modo como foram afastados a frio pelos países vizinhos, não admira que, como outros nacionalistas exilados, os líderes da independência de Timor-Leste procurassem refúgio e apoio onde pudessem. Passar largos períodos de tempo no exílio muitas vez faz parte da corrida; os novos líderes do Iraque são um exemplo, para não mencionar os líderes do ANC na África do Sul, como o presidente Thabo Mbeki, que passou períodos na Europa do Leste bem como no Reino Unido. Depois do governo da maioria, houve divisões no ANC entre os que regressaram do exílio e os que estiveram presos pelo regime do apartheid.

Foi dito que alguns líderes do ANC "tinham um mapa do Metropolitano de Londres na sua cabeça ", enquanto que alguns dos seus filhos, que tinham crescido em Londres, ainda soavam impecavelmente a ingleses. E para que não esqueçamos, o ANC é ainda uma aliança com o Partido Comunista da África do Sul, tal como era no exílio, mas isto tem sido esquecido pelos que carimbam a Fretilin ou Alkatiri como "Marxistas". A Austrália apoiou o ANC, tal como apoiou o ZANU de Robert Mugabe no Zimbabwe.

Obviamente, tais fricções e ressentimentos também existiram em Timor-Leste na pós-independência, com acusações de que aqueles que estudaram em universidades na Indonésia perderam para os que foram trabalhadores fabris de Portugal. Contudo, enquanto que a proficiência em Português deva ser de importância secundária para a capacidade de fazer o trabalho, há muita gente educada na Indonésia que pensam que deviam ter empregos no serviço público por causa de quem conhecem e não do que sabem, à la Indonésia de Suharto. Dificilmente uma meritocracia, não é verdade?

O outro rótulo usado por críticos de líderes de Timor-Leste é "idoso", sugerindo que o governo é uma gerontocracia em ruínas. Contudo por estes padrões - China ou Índia, onde muitos octogenários ainda estão em altos postos? De facto, a juventude relativa dos líderes de Timor-Leste em 1975 devia ser um aviso contra ter tal gente jovem e inexperiente em posições de autoridade. Mari Alkatiri e José Ramos Horta têm a mesma idade que o primeiro-ministro da Austrália John Howard tinha quando chegou ao poder em 1996, para não mencionar Gough Whitlam, quando chegou ao poder em 1972. (Whitlam foi, obviamente, reverenciado, ou demonizado, como um radical, apesar da sua idade.)

Muitas das pessoas expressando a sua preocupação pela "desenfranchisação" da gente mais nova em Timor-Leste são os mesmos que, há dez ou quinze anos antes, os enxotavam como criadores de problemas, quando participavam em manifestações contra a governação Indonésia. Contudo agora eles não podem fazer coisas erradas, muito menos se expressarem que não gostam dos seus mais velhos, da língua Portuguesa, ou quaisquer outros papões que os dos comentadoriados Australianos possam ter acerca de Timor-Leste. Isto lembra o modo como Mao na China manipulava os jovens na Guarda Vermelha para atacarem e desacreditarem os seus opositores, mesmo apesar de serem muitas vezes mais jovens do que eles.

Está Mari Alkatiri acima das críticas? Não. Está acima da lei? Enfaticamente não. Mas antes dos comentadores começarem a usar rótulos como "clique de Moçambique ", "Marxista" ou "idoso", é melhor olharem os outros líderes em Timor-Leste, e na verdade, os de outros países que apoiaram enquanto (estiveram) no exílio. Timor-Leste merece mais que uma ‘ditadura do proletariado’ Marxista, mas não merece também estar sujeita a uma ‘ditadura do comentadoriado’ da imprensa de Murdoch.

Obviamente, Dili tem quatro jornais diários, quando uma cidade média Australiana somente tem um. Assim, qual é o Estado de um partido? Um outro caso da Austrália ter mais para aprender de Timor-Leste do que para ensinar, mas isso é para um outro dia.

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Língua fácil uma, ou?

Mais um artigo excelente do blog Living Timorously:
(Tradução da Margarida)
19 Novembro 2006

Um dos argumentos contra o uso do Português em Timor-Leste é que é difícil de aprender, particularmente a sua gramática. Deixando de lado que isto é um insulto à inteligência dos Timorenses, isso ignora completamente o facto de o Inglês ser também difícil para os que a aprendem como língua estrangeira.

Uma das razões para esta ideia errada é que muita gente que fala Inglês na Ásia do Sudeste fala uma versão simplificada, geralmente influenciada por línguas nativas - Singlish na Singapura e Manglish na Malásia são os melhores exemplos conhecidos. Consequentemente, pessoas que dizem que falam Inglês fluentemente, falam uma forma que para os falantes nativos de Inglês soa partida, se não ilegível.

As conjugações dos verbos em Português podem certamente parecer um problema aos que o estão a aprender, mas que tal acerca dos verbos Ingleses, sem mencionar os irregulares? Pelo menos em Português, uma vez aprendida uma forma de verbo irregular, pode-se usá-la na negativa e na interrogativa, ao contrário do Inglês. Por exemplo, pode-se dizer "you went", mas não se pode dizer "I didn't went" ou "did I went?" mas no Português, "eu fui", "eu não fui" e "eu fui?" todos usam o mesmo tempo gramatical do verbo em todas as formas.

Um outro desafio para os que aprendem o Inglês é o facto de haver mais do que uma expressão que pode ser usada no fim de uma frase, daí a tendência para usarem "não é?" com todos os verbos e tempos gramaticais. Eu consegui arranjar um amigo Timorense, que agora aspira ser político, a dominar as diferentes formas, dando-lhe exemplos: "you fancy that girl, don't you?", "she's very pretty, isn't she?" and "lots of guys would like to date her her, wouldn't they?" Talvez que desde que regressou a Timor-Leste, a sua gramática de Inglês se enferrujou um tanto, não é verdade?

Ao longo dos anos tenho ajudado Timorenses a estudarem nas universidades no Reino Unido nas suas composições, ou mais especificamente no seu Inglês escrito, e é aqui que a sua falta de fluência na língua se vê. São educados no Indonésio, e a maioria não fala Português, mas é interessante ver a extensão da influência do Português no seu vocabulário, que lhes chegou via Tétum: "recourses" (de recursos) em vez de resources; "representante" (de representante) em vez de representative; "explorators" de exploradores em vez de exploiters; "canalize" (de canalizar) em vez de to channel; e "comparation" de comparação em vez de comparison.

A gramática, contudo, é influenciada pelo Indonésio, daí a frequente omissão do verbo 'to be', particularmente nas construções passivas. Por exemplo "women still seen", "will not left out" - em Indonésio, estes verbos usariam a forma passiva do verbo, com o prefixo "di-" usado no mesmo modo que o sufixo "-ed" é em Inglês. (o Tétum, por contraste, não tem tempo passivo.)

O Inglês falado é mais influenciado pelo Tétum, um reflexo do seu estatuto como língua nacional. Os seus falantes usam "or not?" em Inglês (de ka lae?) dado que isso é usado regularmente em Tétum como a interrogativa. (A frase di'ak ka lae? ou "como está? Traduz-se literalmente por "bom ou não?") Isto encontra-se noutras línguas Asiáticas, nas quais isso é considerado polido, mas pode soar duro ou rude em Inglês: quer isto ou não? É usado em Singapura. Muitos também usam "ou?" como uma expressão, daí "vai para casa, ou?" (from ita bá uma, ka?) O artigo indefinido em Tétum, ida, is put after the noun, assim os falantes de Tétum dizem "ir para a casa uma ". (Não há artigo definido em Tétum, assim uma pode significar ou "casa" ou "a casa ".)

Contudo o Português não é adverso à mestiçagem ou a desvios das formas 'padrões' prescritas pela metrópole mais do que do que é o Inglês. O Português Brasileiro divergiu do Português Europeu, não somente em termos de escrita e de vocabulário mas também na gramática, ao mesmo tempo é difícil de acreditar que o Português da África Lusófona não seja influenciado por línguas Africanas - em Cabo Verde, Guiné Bissau, e São Tomé e Príncipe, o crioulo Português desenvolveu-se ao lado do Português.

Na verdade os crioulos Portugueses desenvolveram-se na Ásia, mas estes estão quase extintos. Somente uma pequena minoria de "Eurasianos Portugueses " na Malásia e Singapura conhecem o crioulo Papia Kristiang, e eles, por seu lado, são pequenas minorias nesses países. Além de terem estado isolados do Português durante séculos, são também línguas orais.

O problema em Timor-Leste é que o Português é considerado a língua do governo e da administração, e por isso há a assunção de que quem desejar trabalhar no serviço público precisa de falar e de escrevê-lo fluentemente. Sem surpresa, isto causa a quem não o pode fazer, sentir-se em desvantagem (ou como irresponsáveis comentadores Australianos gostam de dizer "sem direitos civis" como se somente os falantes de Português em Timor-Leste tivessem o voto).

Contudo, décadas depois de fazer do Inglês a língua do ensino nas escolas, O Ministério da Educação de Singapura ainda precisou de ter um centro especial para professores cujo Inglês não estava à altura, e o governo lançou (sem sucesso) uma 'Campanha de falar bem Inglês', para desencorajar o uso do Singlish. De facto, mesmo em Portugal, a televisão estatal RTP passa um pequeno programa na televisão chamado O Bom Português, tal como a TVRI na Indonésia implora aos seus teleespectadores gunakan Bahasa Indonesia yang baik dan benar - "fale um Indonésio que seja bom e correcto ", o que sugere que muitos Indonésios ainda não o fazem.

Isto não significa que os Timorenses devam simplesmente falar Português de qualquer modo antigo, sem consideração com a gramática, mas a pré-concepção que é "difícil" é uma que precisa de ser desafiada. Obviamente que os que o estão a aprender cometerão erros, mas não se devem sentir mais desencorajados do que se sentiram quando aprenderam Indonésio e Inglês. Nenhuma língua é verdadeiramente "fácil", e de facto, a noção de que algumas são, dá a impressão de que são primitivas. Ou?
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Países de língua portuguesa estabelecem acordo no âmbito judiciário para compartilhar informações constitucionais

Supremo Tribunal Federal - quarta-feira, 22 de novembro de 2006 - 16:58h
CM/EH

Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, reuniu-se nesta quarta-feira (22) com ministros das cortes supremas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), para tratar de acordo que visa compartilhar informações sobre a jurisprudência constitucional de cada um dos países integrantes.

O encontro contou com a presença de representantes dos tribunais superiores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste além dos ministros do STF e do senador José Sarney, responsável pela criação da CPLP. A partir desta reunião, a expectativa é de que os textos constitucionais dos países da CPLP possam ser compartilhados e que as informações sobre a jurisprudência de cada país estejam disponíveis para a consulta dos demais.

“Tal medida nos proporciona uma base segura para conhecimento dos desenvolvimentos constitucionais de cada país, numa abrangente visão comparativa de toda a comunidade de língua portuguesa. Pode servir também como instrumental útil ao dia-a-dia dos operadores do Direito, no âmbito interno de cada país, tal como já ocorre no Brasil”, disse a ministra Ellen Gracie.

Para a ministra, esse foi um encontro de cooperação que prevê uma convivência constitucional entre a CPLP. “Até hoje nós estávamos isolados, nós não conhecíamos a constituição de Cabo Verde, Guiné Bissau e outros países. A partir de agora, nós vamos poder ter um banco de dados único onde todas as constituições escritas em língua portuguesa estarão reunidas e também a jurisprudência que interpreta essas constituições. Esse é um passo importante que leva também a jurisprudência do Brasil ao conhecimento desses outros países. Nós somos países jovens, que estamos construindo democracias, de modo que é muito importante trocarmos experiências sobre as nossas constituições”, ressaltou.

Os ministros da CPLP vão participar também do 4º Encontro de Cortes Supremas do Mercosul, que acontece no dia 24 de novembro no STF. Eles comparecem como observadores e, de acordo com a ministra Ellen Gracie, a idéia é que assistam ao que já se faz no âmbito do Mercosul, no ambiente jurídico, para que depois seja estabelecida também com os países da CPLP uma participação ampla, como a que existe com os tribunais do Mercosul.
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UNMIT – Revista dos Media Diários – Quarta-feira, 22 Novembro 2006

(Tradução da Margarida)


Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste

Brendan Nelson: a Austália continuará a providenciar segurança

O Ministro Australiano da Defesa, Brendan Nelson disse aos media na Terça-feira que o seu país está comprometido em providenciar segurança a Timor-Leste incluindo no treino das F-FDTL e em ajudar o governo a implementar o programa militar 20:20. Entre outras questões discutidas entre Nelson e o Primeiro-Ministro Ramos-Horta, esteve o trabalho da UNPol e das forças internacionais particularmente das forças Australianas e da Nova Zelândia na normalização das F-FDTL e da PNTL, Corporação Bilateral Militar, arranjos de segurança para as eleições de 2007 e treino na vigilância das fronteiras marítimas. Brendan Nelson disse ainda que discutiram a situação dos deslocados e a importância do regresso às suas casas. Disse a Ramos-Horta que a Austrália reduzirá os números do pessoal militar presente, se a oportunidade surgir, nesse caso o país terá uma componente militar mais pequena doutras nações para apoiar as forças da Austrália e da Nova Zelândia.

STL relatou que o Ministro Australiano da Defesa disse que as forças internacionais militares não ficarão sob comando da ONU porque são uma corporação bilateral. Contudo, as forças Australianas e da Nova Zelândia estão comprometidas a ajudar o povo de Timor-Leste e a prioridade é levar os deslocados para as suas casas.

O Diario Nacional relatou que a Comissão Nacional para o Diálogo e a Reinserção Comunitária perdeu um dos seus membros, José Soares Barros, de 35 anos, cujo corpo foi encontrado em Aimutin, Comoro. Barros foi tirado de sua casa às 03:00 a.m. por gente desconhecida que o acusou de ter laços apertados com o grupo do Kolimau 2000, que é responsável pelas mortes recentes em Ermera. Deixou mulher e oito filhos. (TP, STL, DN)

Primeiro-Ministro desgostoso com a morte de missionário Brasileiro

O PM, José Ramos Horta expressou a sua fúria em relação ao assassínio do missionário evangélico Brasileiro, Edgar Gonçalves Brito no fim-de-semana passado. Disse que a pessoa que matou Brito é considerado um animal porque o Sr. Brito veio para Timor-Leste para trabalhar por este país e pelos Timorenses. Está muito triste com o incidente e prometeu que o perpetrador será levado a tribunal, enfrentará a justiça e será posto na Prisão de Becora para o resto da sua vida.

O Diario Nacional relatou o protesto de paz da comunidade Brasileira na Terça-feira à tarde em Dili relativo à morte do missionário Brasileiro. O Primeiro-Ministro Ramos-Horta, Ministros e Vice-Ministros dos Negócios Estrangeiros, Educação, Embaixador de Portugal, Brasil e representantes dos Muçulmanos, Católicos e da Igreja Protestante participaram na marcha. O ccodenador da organização do evento, Tadeo Marcos disse que a marcha da paz não era só pelos Brasileiros mas também pelos Timorenses que morreram durante a crise. A marcha realizou-se em silêncio com os participantes a usarem fitas brancas na cabeça e levando na mão peças de tecido branco em sinal de paz.
Noutro artigo, o Timor Post relatou que 11 pessoas procuraram assistência médica na clínica do Bairro Pité depois de violência. Teresa Conceição, responsável da secção de emergência da clínica disse que 9 pessoas eram de Dili e duas do Distrito de Ainaro incluindo um polícia e um civil. Conceição disse que dos que vieram de Dili,um tinha uma ferida causada por tiro e veio de Bidau Aikadiruhun; outros foram atingidos por pedras e rama ambons. (STL, DN, TP)

Oliveira: Governo viola os direitos das pessoas

O Director da Fundação HAK, José Luis Oliveira declarou que o corrente governo liderado por José Ramos Horta violou os direitos das pessoas porque abandonou os deslocados e prolongou o tempo de pôr um fim ao conflito ao construir alojamento temporário. Acrescentou que o esforço do governo para resolver a crise foi bom mas não teve um bom sistema. Por conseguinte, abandonar os deslocados e a falta de boa vontade para resolver a crise em curso significava que o governo tinha violado os direitos das pessoas, sublinhou Oliveira. Noutra ocasião, disse ao DN que um pedido de desculpa expressado pelos quatro órgãos de soberania ao povo em relação ao conflito foi um bom sinal. (DN, TP)

de Jesus: Alkatiri não tem nenhuma maturidade intelectual

Um líder de topo do Grupo Reformista da Fretilin, Egidio de Jesus segundo o STL disse que a declaração do antigo PM e corrente Secretário-Geral da Fretilin, Dr. Mari Alkatiri na qual acusou a Igreja Católica de o derrubar do posto de PM indicou que Alkatiri não tinha qualquer maturidade intelectual. A sua acusação não tinha base porque não há evidência, disse de Jesus. Por isso, o Sr. de Jesus apelou a cada jornalista Timorense, intelectuais e líderes incluindo ele próprio para pensarem antes de fazerem qualquer declaração pública. Disse que Alkatiri fala sempre primeiro e pensa depois. Disse depois que Alkatiri foi forçado a sair por causa do seu envolvimento na distribuição de armas a civis. (STL)

Mais Marchas da Paz

Youth for Peace Action está a prever realizar outra marcha em várias partes de Dili na Quinta-feira, uma continuação das marchas de 12 de Novembro, apelando à paz. De acordo com o Timor Post, a discussão ainda continua hoje se deve ou não fazer
-se a marcha devido ao impacto que pode ter. Um comunicado emitido pelos jovens, diz que a acção é uma iniciativa dos jovens e da população que quer viver em paz, acabar com a violência, a dicotomia de ‘loromonu’ e ‘lorosae’ e apelou a todos para se juntarem à marcha. O documento diz ‘se amas Timor-Leste junta-te a nós/vamos juntos’. É um modo para tentar ajudar os líderes a encontrar uma solução imediata para a crise. (TP)

Inquérito no Parlamento à compra de munições

Os deputados questionaram a promessa do Primeiro-Ministro Ramos-Horta para comprar munições para as F-FDTL. De acordo com o deputado Leandro Isac, Ramos-Horta tinha declarado no Parlamento Nacional que o governo sob a sua liderança não compraria mais armas e munições para as Forças de Defesa de Timor-Leste. Ao contrário de um documento que o Parlamento recebeu, o governo tinha encomendado 15 toneladas ou dois contentores de munições para as F-FDTL. Isac disse que a corrente prioridade é resolver os problemos internos das F-FDTL e não comprar munições para as F-FDTL. Disse que o povo ainda receia associação a armas e munições. Gostaria que o governo justificasse a compra. O deputado Clementino Amaral (KOTA) fsente que o pública precisa de saber porque é que foram compradas as munições. O deputado Pedro da Costa (PST) discorda com a decisão do governo de comprar munições da Coreia porque a situação do país não permite a aquisição de mais armas ou munições seja para as F-FDTL ou para a PNTL. (STL)
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First graduates from ACU Timor teachers course

Cathnews.com
23 Nov 2006

A teacher training program in East Timor accredited by the Australian Catholic University has graduated its first group of 48 teachers as the country struggles to meet a need for 200 new teachers a year.

Bacau Teachers College, founded by the Marist Brothers in 2001 is the only dedicated, internationally organised provider of primary teacher education in East Timor.

According to ACU Professor Tony D'Arbon, students come from all 13 districts of East Timor and the college encourages them to return to their district and carry out teaching duties upon graduation.

"These beginning teachers are highly motivated and well skilled to share the learning of the three-year program they have completed at the college," he said.

But Professor D'Arbon says East Timor is still struggling to meet the demand for teachers.

"East Timor continues to struggle with teacher education as it is needing 200 teachers each year just for the primary sector. The current Ministry of Education is struggling to organise itself," he said.

Vice-Chancellor Professor Peter Sheehan who was on hand to present students with their new qualifications at a ceremony last weekend in Baucau, 120km from Dili, said that "education is at the heart of nation-building and will lay the foundations for the future peace and prosperity of East Timor."

"Support for the Bachelor of Teaching program is a contribution from ACU National to Australia's aid program which focuses on building the capacity of the people of East Timor to run an effective, democratic government and administration," he said.

In addition to the 48 graduates, five other students received Certificates of Teaching and Learning, while another received a Postgraduate Certificate in Education Leadership.

The three-year Bachelor of Teaching (Primary) course is coordinated by Margie Beck, a seconded senior lecturer from ACU National's School of Educational Leadership at the Strathfield Campus.

Bacau Teachers College, founded in 2001 at the request of the Bishop of Bacau, now hosts about 150 students across three years of the primary teaching course.
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Disponibilidade lusa

Rádio Renascença - Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006 - 17:07

O Governo português renova a disponibilidade para duplicar o contingente da GNR em Timor-Leste, desde que as Nações Unidas o considerem necessário.

Na despedida dos mais de 100 militares que estão de regresso a Portugal, o Primeiro-ministro timorense, Ramos Horta, repetiu hoje em Díli o seu desejo de ver mais uma companhia da GNR no país.

Contactada pela Renascença, fonte do Ministério da Administração Interna garante que Portugal apresentará uma candidatura, mas apenas no âmbito das Nações Unidas.

Aliás, a própria GNR já está pelo menos desde o início de Outubro a preparar essa hipótese.

Mas, por enquanto, em Timor-Leste está apenas uma companhia com 140 elementos, cuja rotação está agora na fase final.

Esta noite, pelas 21h00, partem para Díli os últimos 108 militares do 2º Contingente e, no sábado, por volta das 7h00, chegam a Lisboa os 109 que são rendidos depois de seis meses naquele país.
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East Timor wants increased Portuguese police presence

BBC Monitoring Asia Pacific - November 22, 2006
Source: RDP Antena 1 radio, Lisbon, in Portuguese 1200 gmt 22 Nov 06
Excerpt from report by Portuguese radio on 22 November

[Presenter] East Timor wants to double the GNR [Portugal's Republican National Guard] presence in its territory. A formal request will be made to the United Nations and the Portuguese government. Reporter Francisco Piedade noted this request at the ceremony marking the departure of the present GNR contingent in Timor:

[Reporter] The new contingent, which maintains the current number, 140 men, arrives at the end of the week in Dili. At the ceremony marking the handover of the command, [Jose] Ramos Horta, the prime minister of East Timor, asked for the number of personnel to be doubled:

[Ramos Horta] I have already raised the issue personally with the United Nations and with Portugal, with the interior minister, Antonio Costa: perhaps it would be useful to consider a second, additional, company of the GNR for us. The United Nations are receptive to this and see it as
necessary.

[Reporter] The men returning home are doing so with a feeling of mission accomplished. [passage omitted] After six months the time has come to relieve the GNR's Bravo subgroup in East Timor. The command has already been handed over.

[Presenter] A report from Francisco Piedade. The present GNR contingent, made up of 140 personnel, will be relieved in East Timor the day after tomorrow.

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Timor election may delay Sunrise

Daily Telegraph
By Nigel Wilson
November 23, 2006 12:00

WOODSIDE'S Greater Sunrise gas project in the Timor Sea may not be ratified before East Timor's elections in May.

There was a flurry of interest in the stalled project earlier this month when East Timor's Prime Minister, Jose Ramos Horta, said he would ask the country's parliament to ratify treaties with Australia splitting royalties from the Sunrise and Troubadour reservoirs about 80km off the Timor Coast.

Woodside requires legal, fiscal and regulatory certainty before resuming work on a plan - costed in 2004 at more than $6 billion - to commercialise about 8 trillion cubic feet of gas and 300 million barrels of condensate the reservoirs are estimated to contain.

"The Government is going to send to parliament for debate and ratification, the treaty on Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea (CMATS) and the International Unitisation Agreement (IUA)," Ramos Horta told parliament.

"Honoured elected representatives of the nation will understand that this treaty serves the best interests of our country and once ratified will allow the development of Greater Sunrise, the resources of which will guarantee economic independence and national prosperity."

A senior Woodside executive who travelled to East Timor after Ramos Horta's speech - marking his first 100 days in office - was optimistic that early ratification of the two treaties was likely. But sources in both East Timor and Canberra seem unconvinced that the speech is a major step forward in establishing a ratification timetable.

in January Mr Ramos Horta and Australian Foreign Minister Alexander Downer signed CMATS at a ceremony that was supposed to reignite the push for ratification and ultimately development of an LNG project on Sunrise. Former prime minister Mari Alkatiri's supporters in Fretilin, which has a majority in the Dili parliament, argued that the original IUA covering Sunrise - which split government revenues 79.1 per cent to Australia and 19.9 to East Timor -- was unfair because of the vast wealth it would bring Woodside and its partners, ConocoPhillips, Shell and Osaka Gas.

At the time the Department of Foreign Affairs and Trade said CMATS and the IUA "establishes a framework for the exploitation of the Greater Sunrise gas and oil resources and will see the equal sharing of upstream Government revenues flowing from the project".

Some Fretilin members and independents in the Dili Parliament remain unconvinced the revised deal under CMATS is in East Timor's interests. There is also a suggestion that East Timor wants any LNG development to be located within its borders, which Woodside maintains is uneconomic.

Last week in Sydney, Woodside chief executive Don Voelte said he hoped to announce progress on Sunrise early in the new year.

Sunrise featured in Woodside's latest investor briefing, which implied that initial development at Sunrise might be concentrated on extracting condensates, rather than moving immediately to an LNG development.

In Dili this week Government sources refused to discuss a schedule for ratification, saying the agreements would have to take their place among other important pieces of legislation.

The Dili Parliament is debating a new electoral law which is necessary before the country goes to the polls in an election campaign expected to begin in February.

It is unlikely that ratification would be pursued after campaigning began.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.