terça-feira, fevereiro 20, 2007

Alatas testifies at Timor human rights hearing

The Jakarta Post - Tuesday, February 20, 2007
Rita A. Widiadana and Abdul Khalik, The Jakarta Post, Sanur

Former foreign minister Ali Alatas became the first Indonesian former official Monday to testify before the Commission of Truth and Friendship (CTF) established by Indonesia and Timor Leste.

His appearance launched the public hearings on human rights violations following the 1999 referendum that led to Timor Leste's independence from Indonesia.

Alatas gave his testimony after being sworn in. Some 100 people listened attentively at the Sanur Paradise Hotel.

Violence related to the referendum caused at least 1,500 deaths, according to a UN report. Alatas said neither the government nor the international community was able to anticipate such a reaction to the referendum.

"My worst fear occurred. We (the Indonesian government) as well as the United Nations bodies had never thought that it could cause such huge destruction," Alatas said. .

"The situation there was really out of control and Gen. Wiranto (then Defense Minister), finally agreed to allow foreign troops to enter East Timor to maintain security and order after he visited the sites with UN representatives," Alatas said.

The retired general is scheduled to testify in April or May.

The commission began hearing testimony after inspecting documents, amid controversy over whether the focus would be on punishing the perpetrators or on "friendship" and amnesty.
A Timorese in the audience, 19-year-old Belinha Alves, said after experiencing the bloody struggle for independence, all she wanted to see now was peace and good relations with the former ruler.

"For me, what matters most is a peaceful future. But we need to know the truth about our past. I believe this commission will provide us with this. We will accept its report and move on to a new beginning with Indonesia."

"I have many relatives in Indonesia so I can't see why we can't have good relations as a neighbor," Belinha said.

The Commission, established in 2005, comprises five representatives from each country. It has a mandate until August 2007. Modeled on similar bodies set up in South Africa, Chile and Argentina, it has no powers to prosecute human rights violators. However, it can give recommendations to both governments to grant amnesty to people who have confessed to involvement and expressed remorse, and to compensate victims.

The CTF co-chairman from Timor Leste, Dionisio Babo Soares, said most victims had agreed that reconciliation should not necessarily be achieved through international trials but that they expected the CTF to become part of the solution by uncovering the truth.

"This is the most realistic solution considering Timor Leste's condition and its political and economic relations with Indonesia," Soares said.

Survivors who shared their testimonies on Monday were Emilio Bareto, who was in the "pro-independence" camp, and Mateus Carvalho, a former "pro-integration" militia member.
Sessions will continue on Tuesday to hear Indonesian Ambassador to Portugal Francisco Xavier Lopes da Cruz, Eko Budiharjo of the Rector Forum, and two more survivors.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Alatas testemunha na audição sobre direitos humanos em Timor
The Jakarta Post – Terça-feira, Fevereiro 20, 2007
Rita A. Widiadana e Abdul Khalik, The Jakarta Post, Sanur

O antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas tornou-se o primeiro antigo governante Indonésio a testemunhar perante a Comissão de Verdade e Amizade (CTF) estabelecida pela Indonésia e Timor-Leste.

A sua presença lançou as audições públicas sobre violações de direitos humanos a seguir ao referendo de 1999 que levou Timor-Leste à independência da Indonésia.

Alatas deu o seu testemunho depois de ter jurado. Cerca de 100 pessoas escutavam atentamente no Hotel Sanur Paradise.

A violência relacionada com o referendo causou pelo menos 1,500 mortes, de acordo com um relatório da ONU. Alatas disse que nem o governo nem a comunidade internacional foi capaz de antecipar tal reacção ao referendo.

"Ocorreu o meu pior receio. Nós (o governo Indonésio) bem como os organismos da ONU nunca pensámos que isso pudesse causar uma tão grande destruição," disse Alatas.

"A situação lá estava realmente fora de controlo e o Gen. Wiranto (então Ministro da Defesa), finalmente concordou em autorizar que tropas estrangeiras entrassem em Timor-Leste para manter a segurança e a ordem depois de ter visitado os locais com representantes da ONU," disse Alatas.

O general retirado está agendado para testemunhar em Abril ou Maio.

A comissão começou a ouvir testemunhos depois de ter inspeccionado documentos, no meio duma controvérsia sobre se o foco deverá ser punir os perpetradores ou na "amizade" e amnistia.
Uma Timorense na audiência, Belinha Alves de 19 anos, disse que depois de ter experimentado a luta sangrenta pela independência, tudo o que queria ver agora era a paz e as boas relações com a antiga (potência) governante.

"Para mim, o que mais interessa é um futuro pacífico. Mas precisamos de conhecer a verdade sobre o nosso passado. Acredito que esta comissão nos dará isso. Aceitaremos o seu relatório e avançaremos para um novo começo com a Indonésia."

"Tenho muitos familiares na Indonésia assim não vejo porque é que não podemos ter boas relações como vizinhos," disse Belinha.

A Comissão, estabelecida em 2005, compreende cinco representantes de cada país. Tem um mandato até Agosto de 2007. Modelada sobre órgãos similares constituídos na África do Sul, Chile e Argentina, não tem poderes para processar violadores de direitos humanos. Contudo, pode fazer recomendações a ambos os governos para conceder amnistia a pessoas que confessaram o envolvimento e expressaram remorsos, e para compensar vítimas.

O co-presidente da CTF de Timor-Leste, Dionísio Babo Soares, disse que a maioria das vítimas tinha acordado que a reconciliação não deve ser necessariamente alcançada através de julgamentos internacionais mas que esperam que a CTF se torne parte da solução ao revelar a verdade.

"Esta é a solução mais realista considerando as condições de Timor-Leste e as suas relações políticas e económicas com a Indonésia," disse Soares.

Sobreviventes que partilharam os seus testemunhos na Segunda-feira foram Emilio Barreto, que estava no campo da "pró-independência", e Mateus Carvalho, um antigo membro da milícia "pró-integração".
As sessões continuarão na Terça-feira para ouvir o Embaixador da Indonésia em Portugal Francisco Xavier Lopes da Cruz, Eko Budiharjo do Forum Rector, e mais dois sobreviventes.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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