quinta-feira, março 15, 2007

Fugitive Reinado urges mediation

The Age - Wednesday, March 14, 2006
Brendan Nicholson, Canberra and Lindsay Murdoch

Timor rebel leader humiliates diggers

Fugitive rebel leader Alfredo Reinado has humiliated scores of heavily armed Australian troops who have been hunting him by meeting Australian journalists in East Timor's mountains.

Reinado and his men have been on the run since March 4 when Australian special forces soldiers tried to arrest him at his base in the town of Same.

Five of his followers were killed, but he and the survivors from his group escaped into the jungle.

They have vowed never to surrender and Reinado warned that if the Australians attacked him again he would fight them.

On Sunday, as Australian army Black Hawk helicopters thumped overhead, ABC reporter Eric Campbell and cameraman David Martin from the Foreign Correspondent program contacted Reinado supporters and walked with them for two days through rivers and rainforest.
Constantly evading Australian surveillance, they were led towards a jungle hideout.

Finally, a coded telephone call led them down a mountain road and Reinado emerged from the darkness, wearing an Australian army uniform.

Reinado said he did not want to shoot at Australians and opened fire only when his camp was attacked because the Australians fired first.

He said he remained close to his Australian pursuers but moved camp every night to stay ahead of them.

Reinado, a cult hero figure among many Timorese, led a mass escape from Dili's main jail last August.

Australian military negotiators spent months trying to persuade him to surrender, but that effort collapsed when the rebel's soldiers took automatic weapons and ammunition from a border post last month and the East Timorese Government asked Australia to help capture him.

Reinado also told local journalists who met him on Saturday that he wanted the Catholic Church to mediate a surrender. "I'm always ready to dialogue - dialogue is better so that we can prevent any threats against the nation that could lead to civil war," Reinado said.

He said he had travelled closer to the capital, Dili, managing to avoid the Australians, because he did not want villagers caught up in violence like they were in Same.

The commander of Australia's 800-strong military contingent, Brigadier Mal Rerden, said his troops would not give up the chase. "We have to obviously locate him and we're working very hard to do that. And you know the nature of the terrain, it's very rugged."

Villagers told the ABC journalists that Australian soldiers tied them up and interrogated them. They said that on the night of the attack near Same, two helicopters landed at 10pm, blowing off roofs and walls and destroying their crop field.

They said they abused and mishandled them in ways they had never experienced under the Indonesian military.

Brigadier Rerden said the troops were highly trained and conducted their operations in a very professional manner. "They have a great deal of understanding of the need for sensitivity and respect for civilians when they're conducting their operations," he said.

ABC executive producer Greg Wildsmith said last night the interview was the result of hard work and dogged legwork by the journalists. "They spent a lot of time walking up hills, crossing streams and pulling off leeches," he said.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Fugitivo Reinado apela a mediação
The Age – Quarta-feira, Março 14, 2006
Brendan Nicholson, Canberra e Lindsay Murdoch

Amotinado de Timor humilha tropas

O amotinado fugitivo Alfredo Reinado humilhou muitas tropas Australianas pesadamente armadas que o têm perseguido ao reunir-se com jornalistas Australianos nas montanhas de Timor-Leste.

Reinado e os seus homens têm estado em fuga desde 4 de Março quando soldados das forças especiais Australianas tentaram prendê-lo na sua base na cidade de Same.

Cinco dos seus seguidores foram mortos, mas ele e os sobreviventes do seu grupo escaparam-se para o mato.

Prometeram nunca se render e Reinado avisou que se os Australianos o atacarem outra vez irá combatê-los.

No Domingo, quando helicópteros Black Hawk das forças armadas Australianas os sobrevoavam, o repórter Eric Campbell e o operador de câmara David Martin do programa Correspondente Estrangeiro contactaram apoiantes de Reinado e passearam-se com ele durante dois dias através de rios e da floresta.
Evadindo-se constantemente à vigilância Australiana, foram levados para um esconderijo no mato.

Finalmente um telefone codificado chamou-os para a parte de baixo da estrada da montanha e Reinado emergiu da escuridão, vestindo um uniforme das forças armadas Australianas.

Reinado disse que não queria disparar contra os Australianos e que só tinha feito fogo quando o seu acampamento foi atacado porque os Australianos dispararam primeiro.

Disse que se mantinha perto dos seus perseguidores Australianos mas que mudava de acampamento todas as noites para se manter à frente deles.

Reinado, uma figura de culto de herói entre muitos Timorenses, liderou uma fuga de massa da principal prisão de Dili em Agosto último.

Os negociadores militares Australianos passaram meses a tentar persuadi-lo a render-se, mas esses esforços ruíram quando os soldados amotinados roubaram armas automáticas e munições de um posto da fronteira no mês passado e o governo Timorense pediu à Austrália para ajudar a capturá-lo.

Reinado disse também a jornalistas locais que se reuniram com ele no Sábado que queria que a igreja católica mediasse a rendição. "Estou sempre pronto para dialogar – dialogar é melhor para podermos prevenir qualquer ameaça contra a nação que pode levar à guerra civil," disse Reinado.

Disse que tinha viajado para mais perto da capital, Dili, conseguindo evitar os Australianos, porque não queria que os aldeãos fossem apanhados na violência como foram em Same.

O comandante do contingente da Austrália de 800 elementos, Brigadeiro Mal Rerden, disse que as suas tropas não tinham desistido da perseguição. "Temos obviamente de o localizar e estamos a trabalhar muito para isso. E conhece a natureza do terreno, é muito rugoso."

Aldeãos disseram aos jornalistas da ABC que os soldados Australianos os amarraram e interrogaram. Disseram que na noite do ataque perto de Same, dois helicópteros aterrarem perto das 10pm, estourando telhados e paredes e destruindo as suas culturas no campo.

Disseram que abusaram e maltrataram-nos de maneira como nunca tinham experimentado com os militares Indonésios.

O Brigadeiro Rerden disse que as tropas estavam bem treinadas e que conduziram as operações numa maneira muito profissional. "Têm muita compreensão da necessidade de sensibilidade e respeito pelos civisquando fazem este tipo de operações," disse.

O produtor executivo da ABC, Greg Wildsmith, disse ontem à noite que a entrevista foi o resultado de muito trabalho e de persistente trabalho de campo dos jornalistas. "Passaram muito tempo a subir as montanhas, a atravessar ribeiras e a tirar sanguessugas," disse.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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