sábado, abril 28, 2007

Is Lu Olo the ‘true diplomat’?

28.04.2007
- from a Dili correspondent

FRETILIN leaders and militants are in high spirits tonight, after Timor-Leste’s televised Presidential debate. Their candidate Lu’Olo clearly out performed his opponent Ramos Horta on each of the five questions asked, on issues ranging from international relations to the current crisis and the priorities for development. The debate has many people wondering why Horta has been able to dominate media reports of the election, especially in Australia.

Lu’Olo was objective, and answered each question with confidence”, one younger supporter told me soon after the debate ended. “Mr Horta was vague, he strayed off the question, and he tried to be offensive. This will not go well with Timorese voters, who expect political candidates to
behave with civility to each other.”

“Lu Olo only went to Fourth Grade at school, and Dr Horta has a Ph D,” said another. "But every time Horta spoke, Lu’Olo had a better comment”.

Characteristically, Lu Olo made only one brief mention of his twenty four years as a guerrilla fighter for independence. Instead, his answers focused on the basic commitments from his election platform. By contrast, Horta spoke at length about himself, about his personal relations with world leaders, his closeness to the Catholic Church, and his status as a founder of FRETILIN itself.

FRETILIN leaders in Dili were surprised by the continued use by Horta of the anti communist propaganda which was used by Indonesia against the independence movement. He called FRETILIN ‘red rooster’ in Tetum, local slang for communist. He also referred to FRETILIN as a Marxist party, though he knows this has not been true for over twenty years. And he personally attacked one of FRETILIN’s younger generation leaders, Secretary of State for Youth and Sport, José Manuel Fernandes, as a “red FRETILIN comrade.” Speaking with supporters after the debate, Lu’olo himself referred to these tactics as “straw”, a local expression for worthless.

Horta spent some time talking of his personal relationship with Australian Prime Minister John Howard. “Horta said he can pick up the phone anytime and ring Howard,” said Filomena De Almeida, from FRETILIN’s Information Unit, who spent many years as a refugee in Australia. “This is a strange thing to use as a qualification to lead an independent country, which prides itself on its non-alignment. What happens if John Howard loses the next election?”

Horta mentioned his close personal relationships with several other leaders, including the Philippines President Aroyo and Indonesia’s President Yudiono. His most blatant attempt at name dropping was when he referred to his friendship with US Democrat leader, Nancy Pelosi,
mentioning her daughter had stayed with him for her holidays a few years ago.

“The irony was that Horta was claiming credit for his diplomatic experience, but Lu Olo was the one who behaved more like a true diplomat”, said FRETILIN Minister Jose Teixeira, who led the oil negotiations with Australia. “Lu Olo was dignified, civil, and respectful, which is how a
Head of State should be.” Lu Olo himself said that Horta misunderstood international relations, if he thought it could be based on personal contacts. And he reminded his opponent that the Indonesian President had said he would happily work with whoever won.

Clear differences emerged between the candidates on the question of the Constitutional separation of powers. Horta steered clear of the subject of his defence of the armed rebels, Reinado and Rai Los, whom he is attempting to recruit to his highly unlikely coalition of supporters. Lu Olo demanded that the President respect the judiciary’s independence and
use the powers he has under the Constitution to resolve the crisis. At one point, Horta referred to the separation of powers, and the separation of Church and state, as ‘modern’ ideas which do not belong in Timor- Leste.

“As a Catholic, I have three leaders”, said Horta, “the Pope and two Bishops. I met the Bishops every week. The Church has five hundred years experience in Timor-Leste.”

“We Timorese have been here since the beginning,” retorted Lu’Olo.

Horta attacked the record of the first government led by FRETILIN’s Mari Alaktiri, but he was careful not to denigrate Alakatiri’s achievement is establishing the petroleum fund, considered a model of international best practice. When Horta tried to argue that the oil funds should be spent more quickly, Lu’Olo reminded him the country had a National Development Plan, and that the law on the petroleum fund, which set the mechanisms for controlling the oil expenditure, was adopted by unanimous vote of all parties in the parliament.

The closing comments were perhaps the clearest indication of the difference between the two men. “Don’t vote for me because I was a founder of FRETILIN,” said Horta. “Choose me because I am a Nobel peace laureate.”

Lu’Olo thanked the people for voting peacefully in the first round, and reminded Horta that he was the only candidate who won votes in every district. “I am a FRETILIN candidate,” he said, “from the party that fought for independence for twenty five years. This is a big heritage. I give honour to those who died and I want to continue to serve their widows and orphans. That’s why I accepted – to defend the people, to defend our country and defend our national sovereignty.”

Horta fala por si. Patético.

5 comentários:

Anónimo disse...

Viva LUOLO que venceu o debate como vai vencer as eleições. Porque a inteligência, a humildade, o verdadeiro patriotismo vencem sempre a vaidade e arrogância de pensar que o mundo está centrado nele RH!
É impressionante como o que Ramos Horta tem a oferecer ao povo é apenas a sua vaidade, a sua ambição pessoal, o seu ego!
Em 1996 quem ganhou o prémio nobel da paz foi a resistência timorense, toda ela - Ximenes Belo e Ramos Horta foram apenas simbolos! Ramos Horta de facto é um grande pretensioso.
Diz ele que pode telefonar a qualquer momento ao primeiro ministro Australiano. Há um grande equivoco nesta afirmação: o lugar que vai a votos dia 9 de Maio é o de presidente da república de Timor Leste independente e não a de governador de uma província colonizada pela austrália!
Ramos Horta está também equivocado com os australianos: os australianos como em geral os anglo-saxonicos são povos e paises ambiciosos em termos económicos e pressionam, e são muito duros nos negócios. Mas também são intransigentes na defesa dos valores democráticos, do estado de direito democrático. E por isso é que Ramos Horta já perdeu a confiança designadamente da Austrália para qualquer cargo internacional de primeira linha que importe a defesa dos direitos humanos. Pois Ramos Horta tem protagonizado em Timor Leste a violação dos mais básicos principios dos direitos humanos: então um primeiro ministro e candidato a presidente dá ordens aos tribunais para deterem ou libertarem alguem que fugiu da prisão e assaltou uma esquadra de polícia para roubar armas!
Quem custuma utilizar o argumento de que os valores culturais impedem a implementação da demoicracia e do princípio da separação depoderes são os perigosos ditadores de África ou demagogos da américa latina!
A igreja católic adevia saber disto porque nesses países tem sofrido imenso... basta querer para se informar!

Anónimo disse...

Tradução:
É Lu Olo o ‘verdadeiro diplomata’?
28.04.2007
- de um correspondente em Dili

Os líderes e militantes da FRETILIN estão bastante satisfeitos hoje à noite, depois do debate Presidencial televisivo em Timor-Leste. Lu’Olo, o seu ultrapassou claramente o opositor Ramos Horta em cada uma das cinco perguntas, em questões que abordaram desde as relações internacionais, até à crise actual e as prioridades para o desenvolvimento. O debate deixou muita gente a interrogar-se porque é que Horta tem sido capaz de dominar os relatos dos media sobre as eleições, especialmente na Austrália.

Lu’Olo foi “objectivo, e respondeu a cada questão com confiança”, disse-me um jovem apoiante logo depois de acabar o debate. “O Sr Horta foi vago, enganava-se nas perguntas e tentou ofender. Isto vão vai cair bem nos eleitores Timorenses, que esperam que os candidatos actuem com educação para o outro.”

“Lu Olo apenas tirou a quarta classe na escola e o Dr Horta tem um bacharelato,” disse um outro. "Mas de cada vez que o Horta falou, Lu’Olo tinha uma réplica melhor”.

Como é característico nele, Lu Olo apenas fez uma breve menção aos seus vinte e quatro anos como combatente na guerrilha pela independência. Em vez disso, as suas respostas focaram-se nos compromissos básicos da sua plataforma eleitoral. Em contraste, Horta fartou-se de falar acerca dele próprio, acerca das suas relações pessoais com os líderes do mundo, a sua proximidade com a igreja católica, e o seu próprio estatuto de fundador da FRETILIN.

Os líderes da FRETILIN em Dili foram surpreendidos pelo uso continuado por Horta da propaganda anti-comunista que foi usada pela Indonésia contra o movimento da independência. Chamou à FRETILIN em Tétun ‘galo vermelho’, o calão local para comunista. Também se referiu à FRETILIN como partido Marxista, apesar de saber que desde há mais de vinte anos que isso não é verdade. E atacou pessoalmente um dos líderes da mais jovem geração da FRETILIN, o Secretário de Estado para a Juventude e Desportos, José Manuel Fernandes, como sendo um “camarada vermelho da FRETILIN.” Falando com apoiantes depois do debate, o próprio Lu’olo referiu-se a essas tácticas como “palha”, uma expressão local para coisa sem valor, sem importância.

Horta passou algum tempo a falar acerca da sua relação pessoal com o Primeiro-Ministro Australiano John Howard. “Horta disse que pode pegar no telefone em qualquer altura e telefonar para Howard,” disse Filomena De Almeida, da Unidade de Informação da FRETILIN, que passou muitos anos na Austrália, como refugiada. “Isto é uma coisa estranha de usar como um atestado para liderar um país independente, que se orgulha do seu próprio não-alinhamento. O que vai acontecer se John Howard perder as próximas eleições?”

Horta mencionou as suas relações pessoais estreitas com vários outros líderes, incluindo a Presidente das Filipinas Aroyo e o Presidente da Indonésia Yudiono. A sua tentativa mais descarada de indicar nomes foi quando se referiu à sua amizade com a líder Democrata dos USA, Nancy Pelosi,
mencionando que a sua filha tinha ficado com ele nas férias, há alguns anos atrás.

“A ironia é que Horta estava a reclamar créditos para a sua experiência diplomática, mas foi Lu Olo quem melhor se comportou como um verdadeiro diplomata”, disse o Ministro da FRETILIN José Teixeira, que liderou as negociações do petróleo com a Austrália. “Lu Olo foi digno, civil, e respeitoso, que é como deve ser um Chefe de Estado.” O próprio Lu Olo disse que Horta entendeu mal as relações internacionais, se pensava que podem ser baseadas em contactos pessoais. E lembrou ao seu opositor que o Presidente Indonésio tinha dito que trabalhará com satisfação com quem quer que ganhe.

Diferenças claras emergiram entre os candidatos na questão Constitucional da separação de poderes. Horta fugiu claramente ao assunto com a sua defesa dos amotinados armados, Reinado e Rai Los, a quem está a tentar recrutar para a sua altamente improvável coligação de apoiantes. Lu Olo exigiu que o Presidente respeite a independência do sistema judicial e o uso de poderes que tem sob a Constituição para resolver a crise. Numa altura, Horta referiu-se à separação de poderes, e à separação da Igreja e do Estado como ideias ‘modernas’ que não pertencem a Timor- Leste.

“Como católico, tenho três líderes”, disse Horta, “o Papa e dois Bispos. Encontro-me com os Bispos todas as semanas.A Igreja tem quinhentos anos de experiência em Timor-Leste.”

“Nós os Timorenses temos estado cá desde o princípio,” retorquiu Lu’Olo.

Horta atacou a obra do primeiro governo liderado por Mari Alaktiri da FRETILIN, mas teve cuidado em não denegrir o feito de Alakatiri de estabelecer o Fundo do Petróleo, considerado um modelo da melhor prática internacional. Quando Horta tentou argumentar que os fundos do petróleo deviam ser gastos com mais rapidez, Lu’Olo lembrou-lhe que o país tem um Plano Nacional de Desenvolvimento, e que a lei do Fundo do Petróleo, que montou o mecanismo para controlar as despesas do petróleo, foi aprovado com os votos unânimes de todos os partidos no Parlamento.

Os comentários finais foram talvez os que indicam melhor as diferenças entre os dois. “Não votem em mim por ter sido um fundador da FRETILIN,” disse Horta. “Escolham-me porque sou um laureado do Nobel da paz.”

Lu’Olo agradeceu ao povo por ter votado pacificamente na primeira volta, e lembrou a Horta que foi o único candidato a ganhar votos em todos os distritos. “Sou um candidato da FRETILIN,” disse, “do partido que lutou pela independência durante vinte e cinco anos. Esta é uma grande herança. Presto a minha honra todos os que morreram e quero continuar a servir as suas viúvas e órfãos. Foi por isso que aceitei – para defender o povo, para defender o nosso país e para defender a nossa soberania nacional.”

Horta fala por si. Patético.

Anónimo disse...

Se calhar não é ético estar a dizer o que vou dizer, mas parece-me que neste momento crucial da nossa pátria não posso deixar de partilhar as minhas preocupações.
Faço-o por imperativo de consciência.
Sempre tive uma ideia mítica sobre Ramos Horta.
Ela foi construída com base na atribuição de prémio Nobel da Paz e de sempre o ter visto na televisão deambulando entre mundos e a relacionar-se com gente importante.
Ele era assim o grande ideólogo, homem de princípios e de coerências, … enfim, um Estadista.
Em súmula, alguém com atributos acima da média que tinha justificado a atribuição de um prémio Nobel.
Depois conheci pessoalmente Ramos Horta.
Se bem que a barba de “três dias” lhe dava um toque de charme, o aspecto geral que transmitia era de decadência. Gordo, mal arranjado, desajeitado.
Depois, durante a conversa, não consegui extrair do homem a mais mínima ideia, o diálogo era paupérrimo, não conseguia articular uma visão para a articulação dos poderes do Estado, raciocínios elementares.
Uma desilusão!
Fiquei com a ideia que para Ramos Horta o facto de ser prémio Nobel da Paz justificava tudo. Seria algo eu não “sou” prémio Nobel da Paz mas “estou” Prémio Nobel da Paz.
Espelho disto é o debate na televisão. Ramos Horta não se preparou para o debate com o Lu Olo porque achou que não era preciso, a final de contas ele é Prémio Nobel da Paz!
Fiquei a matutar na situação.
Posteriormente, tive outras conversas com o senhor e acompanhei as suas intervenções públicas.
Havia situações de bradar aos céus. Afirmações que nunca seriam feitas por qualquer homem do povo, muito menos por um diplomata.
Eram um arremedo de politico ocidental, tentava copiar o que tinha vista na politica internacional mas de uma forma inábil, … mas o que mais me intrigou foi a impulsividade e a incoerência, ora dizia uma coisa, ora dizia outra.
Disto tudo conclui: só pode ser um problema biológico … e por aqui me fico para não entrar naquilo que pode ser considerado insulto.
Meus caros compatriotas, se Ramos Horta ganhar as eleições vamos ter um presidente que aproveita qualquer festa internacional, tipo Jennifer Lopez, para se ausentar do país e quando cá está só vai fazer asneira.
É convosco, o bom do voto é podermos eleger o nosso candidato ou estarmos legitimados para poder criticar o eleito se não tiver sido aquele em que votámos … não sei é se o Ramos Horta e o seu amigo Reinado conseguem perceber este conceito, … a ver vamos.

Maracuja Maduro disse...

Caro amigo , ca estou de novo a invadir o seu espaço, mas assumo que concorda na promoção deste site ... dê uma espreitadela ao Timor do Norte a Sul- com poemas de Xanana Gusmão, Crisodio Marcos, e Mau DicK.

Aqui vai o endereço


http://timordonorteasul.blogspot.com/

Anónimo disse...

I always knew that Ramos Horta was full of shit! Now I can see the magnitude of that shit!
Ze Cinico

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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