quinta-feira, abril 19, 2007

Ministra Ana Pessoa "em geral satisfeita" com STAE

Díli, 18 Abr (Lusa) - Ana Pessoa, ministra da Administração Estatal, declarou à Lusa estar "satisfeita" com o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e defendeu o organismo, que tutela, das muitas críticas surgidas durante o escrutínio das presidenciais de 09 de Abril.

"Estou satisfeita com a equipa do STAE, com os brigadistas do STAE, os coordenadores. Em geral, estou satisfeita", declarou Ana Pessoa numa entrevista à Lusa.

"São, na maioria, jovens dedicados, empenhados, que deram aquilo que podiam dar", sublinhou a ministra.

"Não houve casos de pessoas que abandonaram o serviço, ao contrário de alguns internacionais que chegaram a certa hora e disseram que iam descansar".

"Ganham muito pouco e, no entanto, a dedicação e empenhamento é muito grande. Podia ser melhor? Claro que sim. Pode ser sempre melhor", declarou.

O escrutínio presidencial de 09 de Abril, que só hoje conheceu resultados finais provisórios, ficou marcado por erros técnicos, falta de boletins de voto, "inconsistências", documentos incompletos e vários problemas de procedimento, que fizeram recair sobre o STAE muitas das críticas e acusações após as eleições.

"Não é só um problema, são muitos, mas um deles é o aspecto do pessoal que exerce o dever de pôr em funcionamento o processo de eleição", admitiu Faustino Cardoso, presidente da Comissão Nacional de Eleições, em declarações à Lusa, no domingo, no final da apreciação das reclamações surgidas do apuramento provisório.

"O processo de recrutamento deve tomar em consideração como pode assegurar a qualidade dos recursos humanos, para obter um melhor processo eleitoral", explicou Faustino Cardoso sobre "a base" do aparelho eleitoral, numa referência implícita ao STAE.

"Os erros técnicos não foram generalizados", respondeu Ana Pessoa no seu balanço das presidenciais.

"Os erros que houve não foram de má-fé, foram de fraco entendimento do processo, mas todas as coisas foram sendo explicadas", declarou a ministra.

"O que parecia de lesa pátria não tinha, afinal, tanta importância assim. Os erros foram facilmente detectados. Eram, digamos, erros de dactilografia".

Ana Pessoa afirmou não estar preocupada com a segunda volta das eleições, marcada para 09 de Maio.
"Evitar os erros a cem por cento com certeza que não seremos capazes. Mas vamos melhorar", afirmou a ministra.

"Espero que haja sentido de Estado e bom-senso. É o mínimo que nos é exigido e o mínimo que o povo espera de nós", comentou Ana Pessoa quando questionada sobre a influência do resultado das presidenciais na condições de governabilidade do país até às legislativas de 30 de Junho.

"Quero acreditar que assim será. Que haja bom-senso e possamos ultrapassar as nossas diferenças de forma correcta. Creio que todos estamos cientes de que é o Estado, o nosso Estado, que está em causa".
PRM-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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