segunda-feira, abril 16, 2007

Porto de Díli isolado devido a derrame químico

Díli, 16 Abr (Lusa) - A área em redor do porto de Díli está desde hoje de manhã rodeada por um cordão de segurança devido a um derrame químico no cais.

O alarme foi dado durante a madrugada de hoje devido a fugas de gás clorídrico numa cisterna desembarcada domingo à noite no porto de Díli, disse à Lusa fonte das forças de segurança internacionais.

Durante a manhã, soldados australianos das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e elementos da Polícia das Nações Unidas, incluindo militares da GNR de Portugal, montaram um cordão de segurança num raio de cerca de 250 metros do porto, em pleno coração da capital.

A principal preocupação é com os deslocados instalados nos terrenos mais próximos do porto, em frente ao Hotel Timor.

As ISF e a UNMIT prepararam de imediato meios e forças para a evacuação do campo de deslocados, com uma população oficial de cerca de 2.500 pessoas.

"O número real de deslocados neste campo deve ser um pouco mais baixo, cerca de 1500 pessoas", disse à Lusa, no local, um dos coordenadores da operação de segurança.

A cisterna desembarcada ontem à noite em Díli é proveniente de Surabaia, na Indonésia, com destino à Austrália, "e já estava com fugas a bordo", adiantou a mesma fonte à Lusa.

O gás clorídrico, com a referência internacional de carga 1789, "é um gás altamente letal em espaço fechado", e daí a preocupação de que pudesse atingir as tendas dos deslocados junto ao porto.

O facto de o vento não soprar para terra evitou, durante o dia, que a evacuação da área fosse decidida mais cedo.

Logo no início da operação de evacuação, os deslocados reagiram mal à ideia, acusando as forças de segurança de os quererem remover por motivos políticos.

O Governo, a Organização Internacional das Migrações e o chefe das missão das Nações Unidas (UNMIT), Atul Khare, reuniram cerca das 17:00 locais (09:00 em Lisboa) para "tomar uma decisão política sobre a evacuação do campo de deslocados junto ao porto", declarou à Lusa fonte das forças de segurança internacionais.

PRM-Lusa/Fim

3 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Notícias em inglês
AAP – Sábado Abril 14 16:29 AEST
Incursão de tropas Australian irritam residentes de Dili
Por Jill Jolliffe em Dili

Residentes de Dili estão irados com as últimas operações militares Australianas, aparentemente tomadas para aumentar a pressão no foragido major Alfredo Reinado.

Oito membros da família de Reinado foram detidos durante uma incursão nocturna na sua casa no centro de Dili na Segunda-feira, um gesto que desencadeou críticas do guardião dos direitos humanos Yayasan Hak. "Os soldados pensam que Alfredo está em Dili. A casa do seu tio Victor Alves foi rodeada e familiares foram levados para um campo Australiano para interrogatórios," disse o activista dos direitos José Luis Oliveira.

Disse que foram interrogados durante quatro horas. "Entre as perguntas que lhes fizeram perguntaram em quem tinham votado nas eleições," disse Oliveira. "Isto é uma violação dos direitos humanos."

Na Quinta-feira, casas no interior do subúrbio de Kampung Alor foram cercadas e fizeram buscas por volta das 4 pm (local time), levantando queixas contra os ocupantes.

A viúva Rosa Soares disse que soldados entraram na sua casa com armas na mão. "Traziam uma fotografia do major Alfredo e perguntaram se o tinha visto. Depois revistaram cada quarto, revolveram gavetas e puxaram as coisas para fora," disse.

A vizinha da porta ao lado Ana Maria estava sózinha com três crianças quando soldados apareceram à sua porta da frente mas no seu caso pediram licença para entrar.

Disseram que revistaram cada quarto, abrindo gavetas e revolvendo colchões. "Estávamos cheios de medo," disse. "O meu filho Iko perguntou: `Mãezinha porque é que os estrangeiros estão a revistar a nossa casa?'"

Um porta-vos da Força Internacional de Estabilização da Austrália (ISF) negou que a operação de Quinta-feira estava ligada a Reinado, ou que tinham entrado em quaisquer casas.

"A polícia da ONU e as forças da ISF conduziram operações em relação com a segurança eleitoral," disse. "Os nossos alvos eram gangs e armas ilegais."

Disse que "muitas armas ilegais " foram confiscadas, incluindo uma espingarda feita em casa.

Ana Maria disse que as tropas repuseram as coisas no lugar antes de partirem, mas a Srª Soares disse que deixaram a sua casa numa confusão, como disse o seu vizinho Jacinto de Andrade, um deputado da Associação Social Democrata da oposição. "Forçaram a entrada," disse. "Estas tropas era suposto estarem cá para nos libertar, não para violar os nossos direitos. Este sistema faz-me lembrar os tempos dos Indonésios."

O porta-voz negou as acusações. "Não entrámos em nenhuma casa," disse.

A ISF está correntemente a enviar mensagens SMS não pedidas para telemóveis em Timor-Leste a pedir a Reinado para se render.

"Queremos uma solução pacífica – quando é que Reinado e os seus seguidores em fuga vêm ter connosco?" perguntava um texto das forças armadas enviado para telefones em Dili.



Jakarta Post – Abril 14, 2007
Consigo falar com toda a gente em Timor-Leste, diz Ramos-Horta

Apesar de acusações de irregularidades e de fraudes no processo de contagem eleitoral, o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta e Francisco Guterres Lu 'Olo da Fretilin emergiram como vencedores e vão disputar a segunda volta das eleições em Timor-Leste.
Abdul Khalik de The Jakarta Post entrevistou Ramos-Horta no seu gabinete em Dili na Sexta-feira. O seguinte são excertos da entrevista.

Pergunta: Que avaliação faz da eleição?

Resposta: Em geral, diria que têm sido pacíficas com alguns poucos incidentes de violência maus, feios perpetrados na sua maioria por elementos radicais da Fretilin nos distritos de Los Palos, Dili e Viqueque. Estes grupos tradicionalmente são muito intolerantes e radicais e nunca aceitam as opiniões dos outros.

Obviamente isto não significa que a liderança da Fretilin é responsável.

A liderança da Fretilin tenta sempre encorajar os seus membros a não se envolverem em tais casos de violência mas muitos deles são um tanto loucos e não ouvem. O que acontece é que desacreditam o partido e quanto mais violência cometem mais desacreditado fica o partido.

E sobre as alegações de fraude e irregularidades durante as eleições?

Sim, houve muitos relatos de irregularidades da parte da STAE (Secretariado Técnico da Administração Eleitoral), uma instituição do Estado que lida com as eleições.

Aconteceram coisas estranhas tais como um candidato que estava muito para trás nos votos e que numa questão de horas recebeu mais de 20,000 votos extra. Também, porque é que a contagem dos votos em Baucau foi tão lenta e como é que apareceram nove caixas de votos de repente sem mais, em Dili? Por causa de casos como estes, há suspeitas fortes.

Mas ainda não há provas concretas.

Irão estas irregularidades minar a credibilidade das eleições?

Definitivamente, minarão a credibilidade do processo da contagem dos votos. Mas felizmente temos uma segunda volta. A comunidade internacional pode tomar mais medidas para prevenir a repetição das irregularidades e a falta de profissionalismo na segunda volta.

Infelizmente, isso não ajudará os candidatos colocados no terceiro ou quarto lugar que já estão fora. Talvez se não houvesse fraude que o Sr. Lasama (Fernando de Araujo) tivesse progredido para o segundo lugar em vez do Sr. Francisco Guterres.

Seja quem for que ganhe a segunda volta terá credibilidade suficiente para ser o Presidente de Timor-Leste?

Desde que a ONU e os países amigos tomem medidas desde já para evitar a repetição de ameaças, violência e a intervenção de oficiais eleitorais e da Fretilin.

Muitos acreditam que os candidatos perdedores se enirão por detrás de si porque são opositores tradicionais da Fretilin. Como vê essa possibilidade?

Bem, imediatamente depois desta reunião vou participar num almoço com todos os partidos da oposição. O Sr. Xavier do Amaral (que obteve o quarto lugar) prometeu-me 100 por cento do seu apoio. E irei ao seu distrito falar com os seus apoiantes.

Que qualidades tem para o ajudarem a ganhar as eleições?

A minha vantagem contra o Sr. Guterres é que fui sempre independente e falo com toda a gente. É muito difícil para alguém como o Sr. Guterres de repente tentar convencer as pessoas que é independente e neutro.

Em segundo lugar, tive sempre uma boa relação com a igreja. Tenho boas relações com muçulmanos e protestantes bem como com hindus e budistas. Tenho também muito boas relações com o Presidente Xanana Gusmão, com Mari Alkatiri (o secretário-geral da Fretilin e antigo primeiro-ministro) e com o próprio Sr. Guterres.

É da minha natureza falar com toda a gente porque diverte-me falar com as pessoas. O Sr. Guterres não tem personalidade nem carisma para falar com as pessoas. Somos também diferentes na
área da política estrangeira. O Sr. Guterres pensa sempre em Moçambique e Portugal enquanto eu penso na Indonésia, países da ASEAN, Austrália e Nova Zelândia. Também penso na China, Japão, Coreia do Sul e ìndia.

Se se tornar Presidente, o que fará para melhorar as coisas? O que fará com o dinheiro do Timor Gap?

Temos agora muito dinheiro do petróleo que não foi gasto. Temos de o gastar mais depressa para ajudar os pobres, estudntes, jovens e viúvas deste país.

Temos de criar empregos investindo em infra-estruturas e em actividades de plantação de árvores mobilizando milhares de jovens para salvar o ambiente das montanhas.

Plameio também introduzir uma política de reforma fiscal radical. Depois de estar implementada daqui a algum tempo este ano, será o regime fiscal mais liberal em toda a região Asiática depois de Hong Kong. A maioria dos impostos serão eliminados, significando que impostos sobre bens de consumo, excepto álcool e cigarros não terão impostos. Computadores, materiais de educação, carros, tractores e camiões não terão qualquer imposto. As taxas das empresas serão na maioria eliminadas.

Como serão as relações Timor-Leste-Indonésia sob a sua presidência?

Essas relações melhorarão ainda mais. Desde que me tornei ministro dos estrangeiros e primeiro-ministro, visitei a Indonésia talvez 30 vezes para ver o Presidente Susilo Bambang Yudhoyono, Ibu Megawati Soekarnoputri e o meu bom amigo Abdurrahman Wahid.

Há mais de 30 anos que tenho muitos e bons amigos na Indonésia. Resolverei algumas questões urgentes antes do fim do ano. A demarcação da fronteira tem de ficar resolvida para permitir que dezenas de milhares de pessoas que vivem em ambos os lados da fronteira a possam cruzar livremente.

Gostaria também de considerar um acordo de comércio livre entre Timor-Leste e a Indonésia. Compramos bastante à Indonésia. Porque é que nos devemos preocupar com impostos? Devemos deixar os nossos povos comercializarem uns com os outros e ganhar a vida sem taxas.

Se ganhar a presidência, a oposição da Fretilin tornará ineficaz a sua administração?

Não, não o penso porque fui um membro fundador da Fretilin. Tenho o apoio de muitos milhares dos seus membros, que vêem que sou melhor para a Fretilin e para Presidente. Se ganhar, então a Fretilin não perdeu, apenas o chamado Grupo de Maputu ou grupo de Moçambique conhecido como a facção Alkatiri. Mas os que nunca saíram do país apoiam-me muito. Também tenho uma boa relação com o Dr. Alkatiri e trabalhei com ele.

Professor Associado Damien Kingsbury – Director da Equipa de Observação às Eleições - Abril 14, 2007

O caso dos 166,000 eleitores Timorenses em falta

Alguns observadores eleitorais (eu próprio incluído) – e o Primeiro-Ministro Timorense José Ramos-Horta temos estado perturbados pela grande diferença entre o número oficial de eleitores registados em Timor-Leste e o actual número de votos válidos.

Com 522,933 eleitores registados, houve somente 357,766 votos válidos votes deixando uma preocupante falha de 165,167 eleitores que 'desapareceram'. Este é com facilidade um número suficientemente grande para deitar dúvidas sobre todo o processo eleitoral.

O falhanço da Comissão Nacional de Eleições para reconhecer esta anomalia, e muito menos ainda dar uma explicação adequada, tem ainda mais aumentado preocupações legitimas. Contudo, parece agora que os eleitores 'em falta' foram 'encontrados', ou pelo menos os seus números contados.
A Comissão Eleitoral de Timor-Leste, como muitas outras instituições em Timor-Leste, está ainda a aprender como actuar. Desde a sua formação no início do ano, a curva de aprendizagem da Comissão Eleitoral tem sido acidentada, e tem vacilado algumas vezes.

Um dos erros que fez é que os eleitores que morreram desde a última eleição há dois anos atrás não foram retirados do registo. Isto pode corresponder a cerca de seis por cento dos eleitores registados, ou talvez mais. Para além disto, parece ter havido uma proporção relativamente alta de votos contados como 'inválidos', ou por estarem riscados ou não estarem adequadamente marcados.

Os critérios diferentes para considerar o que constitui uma marca válida num boletim de voto entre diferentes estações de voto e a clara lealdade partidária de alguns empregados eleitorais tem significado que a Comissão Eleitoral decidiu agora reanalisar os votos inválidos em Dili. Isto não alterará significantemente o resultado da votação, mas é uma medida para aumentar a confiança e um bom sinal de transparência. Votos inválidos, contudo, correntemente correspondem a cerca de 10 por cento do número de votos totais.

Para além disto, um número significativo de eleitores não foram votar. Ninguém conhece o número exacto, mas parece que pelo menos sete por cento dos eleitores registados não votaram, e esse número pode ser maior. Para além disso, há ainda Timorenses registados a viver no estrangeiro, que não podiam votar.

Finalmente, quando alguns eleitores procuraram novos cartões de registo, os seus números anteriores de registo não foram tirados das listas, o que significa que há um número significativo de eleitores que estão registados duas vezes. Estes assim podiam ter votado duas vezes, excepto que o método alargadamente usado de aplicar tinta no dedo evitou isso.

Assim, em resumo, havia um grande intervalo entre o número oficial de eleitores registados e o número actual votos válidos. Mas parece que agora temos uma explicação plausível.

É uma pena, contudo, que a Comissão Eleitoral não tenha sido capaz de dar esta explicação. Teria poupado bastante angústia, e tirado uma das preocupações sobre o que foi alargadamente considerado imperfeitas mas livres e correctas eleições.

- Professor Associate Damien Kingsbury Coordenador, Director da Equipa de Observação Eleitoral da Associação de Governação Local de Victória, Mestre da Escola de Estudos Internacionais e Políticos da Deakin University


Canberra Times – Sábado, 14 Abril 2007

Opinião: Eleições em Timor-Leste aumenta tensões

As eleições presidenciais de Timor-Leste, as primeiras desde a independência em 2002, trouxe outra vez para a superfície as tensões políticas e a instabilidade que emergiram no país em Maio passado quando um motim das forças armadas despoletaram confrontos que levaram três dúzias de pessoas a serem mortas e 150,000 pessoas a fugirem das suas casas. O antigo ministro dos estrangeiros José Ramos Horta (agora Primeiro-Ministro em exercício), obteve 22 por cento do voto popular, e vai agora para uma última eleição com Francisco Guterres, que teve 28 por cento dos votos. Apesar da presença de monitores eleitorais independentes, muitos dos candidatos da primeira volta queixaram-se de irregularidades e pediram uma recontagem. Ramos Horta em particular acusou a Fretilin de intimidar os eleitores uma acusação negada pelo porta-voz de Guterres.

Os observadores da ONU declararam que as eleições ocorreram sem violência ou intimidação, sugerindo que é improvável haver uma recontagem. A segunda volta agendada para 9 de Maio oporá um candidato independente (Ramos Horta) contra o presidente do partido político mais poderoso em Timor-Leste apesar de um tanto desacreditada pelos eventos antes e durante a crise do ano passado. Apesar de Ramos Horta ter um estatuto elevado em Timor-Leste e internacionalmente (para não mencionar o apoio do pai da independência, Xanana Gusmão), a corrida presidencial provavelmente será apertada.
Fretilin é o partido pró-independência mais antigo em Timor-Leste e tem um aparelho extensivo capaz de garantir votos por todo o país mas particularmente nas áreas rurais no leste do país onde a lealdade com a sua causa se mantém.

Noutros locais a história é diferente, com muitos Timorenses que ficaram zangados com a quase total falta de progresso económico e social e desencantados com a aparente tendência com tratamentos especiais dados a amigos e elitismo. O antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, que quando esteve no gabinete foi abrasivo e arrogante foi o chamariz para muito do descontentamento que derramou em violências depois dos confrontos entre facções faz forças de segurança e as forças armadas. Alkatiri desafiou pedidos para a sua resignação durante semanas depois da violência, só se submetendo depois de Gusmão ter emitido um ultimato em 26 de Junho declarando que resignaria da presidência se Alkatiri não saísse.

Como secretário-geral da Fretilin ele tem ainda considerável poder, contudo, e sem dúvida terá um papel crucial nas eleições parlamentares em Junho. Mas não é claro se tem a intenção de concorrer para primeiro-ministro outra vez. O interesse considerável nas eleições presidenciais desta semana em Timor-Leste ignora o facto de sob a Constituição de Timor-Leste, o presidente exercer muito pouco poder. Esses pesos estão mais com o gabinete do primeiro-ministro, o que explica a decisão de Gusmão de se nomear como candidato às eleições em Junho.

Para concorrer, Gusmão formou o seu próprio partido político, o CNRT, e é provável que procure coligações com outros partidos para alargar as suas hipóteses, que são consideráveis de qualquer modo. Adequadamente talvez, dado que ele e Ramos Horta estão a tentar o que parece ser uma troca de cargos, formaram uma aliança solta ao mesmo tempo que têm cuidado em sublinhar o seu centrismo e independência da Fretilin, apesar de ser membro fundador da organização nos dias do domínio colonial Português.

Além de serem heróis genuinamente revolucionários que mantiveram as suas diferenças dos piores excessos da Fretilin, o par pode também contar com o apoio da igreja católica em Timor-Leste, que goza de influência considerável pelo país, e que é uma implacavelmente oposta ao regresso de Alkatiri como primeiro-ministro.

Mas a Fretilin, também, pode jogar o papel patriótico. Para já, Alkatiri subiu a sua retórica nacionalista ao dar a dica de que foi removido como resultado de uma conspiração liderada por forças estrangeiras, uma acusação mal velada contra a Austrália. As fugas do foragido militar amotinado Alfredo Reinado também alimentaram sentimentos anti-Australianos. A completar isto, discursos públicos sem cuidado do Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer criaram a percepção nalguns sectores de que o governo Australiano escolheu lados numa política doméstica. Justificada ou não há uma potencial para pessoas como Alkatiri soprarem o seu sentimento anti-Australiano para ganhos políticos. Que a grande presença d tropas Australianas em Timor-Leste não represente um grande alvo para políticos desonestos é de lamentar. Os apelos à intervenção da ONU no princípio de alegações de fraude eleitoral esta semana mostram uma tendência preocupante da elite política de Timor-Leste em optar por soluções fáceis. Enquanto intervenções e apoios estrangeiros se mantiveram uma saída fácil para os líderes de Timor-Leste, haverá relutância em resolver as questões difíceis. E não são as coisas óbvias como pobreza que precisam de ser respondidas. Reformas básicas de governação precisam de ser discutidas e implementadas. Até agora as evidências mostram, que toda a experiência de Timor-Leste parecem provar que quanto mais pequeno for o palco político quanto mais venenosas (e estéreis) tendem a ser as disputas.

The Jakarta Post - Sábado, Abril 14, 2007

100 violações emcontradas nas eleições em Timor-Leste
Abdul Khalik, The Jakarta Post, Dili

A Comissão Nacional Eleitoral de Timor-Leste (CNE) disse na Sexta-feira que tinha descoberto mais de 100 casos de violações e irregularidades nas eleições presidenciais de Segunda-feira.

A comissão planeia submeter as suas conclusões ao Tribunal Supremo, que decidirá se os casos afectam a validade legal da eleição.

O porta-voz da CNE Martinho G. da Silva Gusmão disse que depois de um plenário da CNE e de dois dias passados a examinar os casos que decidiram remetê-los para o tribunal.
"Apenas em Dili encontrámos 50 casos. Estamos ainda a verificar outros distritos mas até agora descobrimos mais de 100 violações. Submeteremos os casos ao tribunal depois de termos completado a nossa análise. Dependerá depois do tribunal decidir sobre a validade da eleição," disse ao The Jakarta Post.

Gusmão disse que caso o tribunal encontre substancial evidência que as violações afectaram os resultados das eleições, será feita nova violação em vários distritos através do país.
A contagem dos votos a nível dos distritos acabou na Quarta-feira. Francisco Guterres Lu `Olo, do partido no poder, a Fretilin, conquistou mais de 28 por cento dos votos, enquanto o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta teve mais de 22 por cento. Os dois terão uma segunda volta em 8 de Maio.
Fernando "Lasama" de Araujo do Partido Democrático foi o terceiro, com mais de 18 por cento, seguido por Francisco Xavier do Amaral da ASDT com 12 por cento e Lúcia Maria Lobato do PSD com perto de 10 por cento.

Candidatos Manuel Tilman, Avelino Maria Coelho da Silva e João Viegas Carrascalão tiveram cada um menos de 5 por cento dos votos.

Lasama, do Amaral, Lucia Lobato, Manuel Tilman e da Silva desafiaram os resultados e preencheram uma queixa formal junto da CNE, dizendo que tinham encontrado irregularidades no processo de contagem dos votos.

No princípio da semana exigiram a paragem da contagem dos votos até as caixas de votos estarem guardadas num local, após o que podia recomeçar na presença dos oito candidatos.

"Não aceitaremos os resultados da contagem da CNE a não ser que sigam o nosso pedido. Se a CNE prosseguir com o processo corrente então contestaremos o resultado das eleições no país," disseram.
Gusmão disse que a CNE disse que não podia parar o processo da contagem porque já estava acabado e convidou representantes dos oito partidos políticos para testemunhar a contagem nacional dos votos e verificar o processo.

"Além disso não nos apresentaram provas concretas, apenas uma carta a queixarem-se. Se não estão satisfeitos, podem apresentar queixa no tribunal," disse.

Ramos-Horta reconheceu que tinham ocorrido algumas irregularidades e que tinha havido alguns incidentes de violência de que culpou elementos da Fretilin em Los Palos, Dili e Viqueque.
"Sim, há muitos relatos de irregularidades da parte do STAE. Aconteceram coisas estranhas, na qual um candidato está muito atrás e depois numa questão de horas ganha mais de 20,000 votos extra," disse ao Post.

Ramos-Horta, contudo, disse que apesar de haver suspeitas fortes de fraudes e outros problemas, não foi apresentada nenhuma prova concreta até agora.

Anónimo disse...

É no mínimo curioso, que uma cisterna contendo ácido clorídrico (não gás) que se destinava à Austrália, por ter sido detectada uma ruptura, tenha permanecido em Díli, uma cidade onde não existem meios para combater este tipo de situações, num país onde ninguém faz a menor ideia do que está previsto a nível de mecanismos e legislação internacional para fazer face a este tipo de ocorrências. Mais uma vez os australianos mostram a consideração que têm pelo país (o pequeno jardinzinho onde se pode fazer a "porcaria" que não querem na sua "casa").

Outra questão é que tendo a cisterna sido descarregada por volta das 2h da madrugada de dia 16, só se tenha iniciado a tentativa de evacuação dos deslocados do Jardim e de Motael quase 12 horas depois e dos habitantes e residentes na área cerca de 16h depois, não faz muito sentido dizer que o vento sopra de Norte ou de Sul pois a qualquer momento a sua direcção pode mudar. O facto é que hoje já são 10:30h de dia 17 e ainda não houve qualquer tipo de evacuação nem a capacidade de resolver o problema uma vez que é visível que a cisterna continua a despejar ácido clorídrico no caís do Porto de Díli.

Anónimo disse...

Só para verificarem com que se está a lidar:

HYDROCHLORIC ACID, 33 - 40%
MSDS Number: H3880 --- Effective Date: 11/17/99
1. Product Identification

Synonyms: Muriatic acid; hydrogen chloride, aqueous
CAS No.: 7647-01-0
Molecular Weight: 36.46
Chemical Formula: HCl
Product Codes:
J.T. Baker: 5367, 5537, 5575, 5800, 5814, 5839, 6900, 7831, 9529, 9530, 9534, 9535, 9536, 9537, 9538, 9539, 9540, 9544, 9548
Mallinckrodt: 2062, 2612, 2624, 2626, 5587, H611, H613, H987, H992, H999, V078, V628

2. Composition/Information on Ingredients

Ingredient CAS No Percent Hazardous
--------------------------------------- ------------ ------- ---------

Hydrogen Chloride 7647-01-0 33 - 40% Yes
Water 7732-18-5 60 - 67% No

3. Hazards Identification

Emergency Overview
--------------------------
POISON! DANGER! CORROSIVE. LIQUID AND MIST CAUSE SEVERE BURNS TO ALL BODY TISSUE. MAY BE FATAL IF SWALLOWED OR INHALED. INHALATION MAY CAUSE LUNG DAMAGE.

J.T. Baker SAF-T-DATA(tm) Ratings (Provided here for your convenience)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Health Rating: 3 - Severe (Poison)
Flammability Rating: 0 - None
Reactivity Rating: 2 - Moderate
Contact Rating: 3 - Severe (Corrosive)
Lab Protective Equip: GOGGLES & SHIELD; LAB COAT & APRON; VENT HOOD; PROPER GLOVES
Storage Color Code: White (Corrosive)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Potential Health Effects
----------------------------------

Inhalation:
Corrosive! Inhalation of vapors can cause coughing, choking, inflammation of the nose, throat, and upper respiratory tract, and in severe cases, pulmonary edema, circulatory failure, and death.
Ingestion:
Corrosive! Swallowing hydrochloric acid can cause immediate pain and burns of the mouth, throat, esophagus and gastrointestinal tract. May cause nausea, vomiting, and diarrhea. Swallowing may be fatal.
Skin Contact:
Corrosive! Can cause redness, pain, and severe skin burns. Concentrated solutions cause deep ulcers and discolor skin.
Eye Contact:
Corrosive! Vapors are irritating and may cause damage to the eyes. Contact may cause severe burns and permanent eye damage.
Chronic Exposure:
Long-term exposure to concentrated vapors may cause erosion of teeth. Long term exposures seldom occur due to the corrosive properties of the acid.
Aggravation of Pre-existing Conditions:
Persons with pre-existing skin disorders or eye disease may be more susceptible to the effects of this substance.

4. First Aid Measures

Inhalation:
Remove to fresh air. If not breathing, give artificial respiration. If breathing is difficult, give oxygen. Get medical attention immediately.
Ingestion:
DO NOT INDUCE VOMITING! Give large quantities of water or milk if available. Never give anything by mouth to an unconscious person. Get medical attention immediately.
Skin Contact:
In case of contact, immediately flush skin with plenty of water for at least 15 minutes while removing contaminated clothing and shoes. Wash clothing before reuse. Thoroughly clean shoes before reuse. Get medical attention immediately.
Eye Contact:
Immediately flush eyes with plenty of water for at least 15 minutes, lifting lower and upper eyelids occasionally. Get medical attention immediately.

5. Fire Fighting Measures

Fire:
Extreme heat or contact with metals can release flammable hydrogen gas.
Explosion:
Not considered to be an explosion hazard.
Fire Extinguishing Media:
If involved in a fire, use water spray. Neutralize with soda ash or slaked lime.
Special Information:
In the event of a fire, wear full protective clothing and NIOSH-approved self-contained breathing apparatus with full facepiece operated in the pressure demand or other positive pressure mode. Structural firefighter's protective clothing is ineffective for fires involving hydrochloric acid. Stay away from ends of tanks. Cool tanks with water spray until well after fire is out.

6. Accidental Release Measures

Ventilate area of leak or spill. Wear appropriate personal protective equipment as specified in Section 8. Isolate hazard area. Keep unnecessary and unprotected personnel from entering. Contain and recover liquid when possible. Neutralize with alkaline material (soda ash, lime), then absorb with an inert material (e. g., vermiculite, dry sand, earth), and place in a chemical waste container. Do not use combustible materials, such as saw dust. Do not flush to sewer! US Regulations (CERCLA) require reporting spills and releases to soil, water and air in excess of reportable quantities. The toll free number for the US Coast Guard National Response Center is (800) 424-8802.

J. T. Baker NEUTRASORB(R) or TEAM(R) 'Low Na+' acid neutralizers are recommended for spills of this product.

7. Handling and Storage

Store in a cool, dry, ventilated storage area with acid resistant floors and good drainage. Protect from physical damage. Keep out of direct sunlight and away from heat, water, and incompatible materials. Do not wash out container and use it for other purposes. When diluting, the acid should always be added slowly to water and in small amounts. Never use hot water and never add water to the acid. Water added to acid can cause uncontrolled boiling and splashing. When opening metal containers, use non-sparking tools because of the possibility of hydrogen gas being present. Containers of this material may be hazardous when empty since they retain product residues (vapors, liquid); observe all warnings and precautions listed for the product.

8. Exposure Controls/Personal Protection

Airborne Exposure Limits:
-OSHA Permissible Exposure Limit (PEL):
5 ppm Ceiling
-ACGIH Threshold Limit Value (TLV):
5 ppm Ceiling

Ventilation System:
A system of local and/or general exhaust is recommended to keep employee exposures below the Airborne Exposure Limits. Local exhaust ventilation is generally preferred because it can control the emissions of the contaminant at its source, preventing dispersion of it into the general work area. Please refer to the ACGIH document, Industrial Ventilation, A Manual of Recommended Practices, most recent edition, for details.
Personal Respirators (NIOSH Approved):
If the exposure limit is exceeded, a full facepiece respirator with an acid gas cartridge may be worn up to 50 times the exposure limit or the maximum use concentration specified by the appropriate regulatory agency or respirator supplier, whichever is lowest. For emergencies or instances where the exposure levels are not known, use a full-facepiece positive-pressure, air-supplied respirator. WARNING: Air purifying respirators do not protect workers in oxygen-deficient atmospheres.
Skin Protection:
Rubber or neoprene gloves and additional protection including impervious boots, apron, or coveralls, as needed in areas of unusual exposure to prevent skin contact.
Eye Protection:
Use chemical safety goggles and/or a full face shield where splashing is possible. Maintain eye wash fountain and quick-drench facilities in work area.

9. Physical and Chemical Properties

Appearance:
Colorless, fuming liquid.
Odor:
Pungent odor of hydrogen chloride.
Solubility:
Infinite in water with slight evolution of heat.
Density:
1.18
pH:
For HCL solutions: 0.1 (1.0 N), 1.1 (0.1 N), 2.02 (0.01 N)
% Volatiles by volume @ 21C (70F):
100
Boiling Point:
53C (127F) Azeotrope (20.2%) boils at 109C (228F)
Melting Point:
-74C (-101F)
Vapor Density (Air=1):
No information found.
Vapor Pressure (mm Hg):
190 @ 25C (77F)
Evaporation Rate (BuAc=1):
No information found.

10. Stability and Reactivity

Stability:
Stable under ordinary conditions of use and storage. Containers may burst when heated.
Hazardous Decomposition Products:
When heated to decomposition, emits toxic hydrogen chloride fumes and will react with water or steam to produce heat and toxic and corrosive fumes. Thermal oxidative decomposition produces toxic chlorine fumes and explosive hydrogen gas.
Hazardous Polymerization:
Will not occur.
Incompatibilities:
A strong mineral acid, concentrated hydrochloric acid is incompatible with many substances and highly reactive with strong bases, metals, metal oxides, hydroxides, amines, carbonates and other alkaline materials. Incompatible with materials such as cyanides, sulfides, sulfites, and formaldehyde.
Conditions to Avoid:
Heat, direct sunlight.

11. Toxicological Information


Inhalation rat LC50: 3124 ppm/1H; oral rabbit LD50: 900 mg/kg (Hydrochloric acid concentrated); investigated as a tumorigen, mutagen, reproductive effector.

--------\Cancer Lists\------------------------------------------------------
---NTP Carcinogen---
Ingredient Known Anticipated IARC Category
------------------------------------ ----- ----------- -------------
Hydrogen Chloride (7647-01-0) No No 3
Water (7732-18-5) No No None

12. Ecological Information

Environmental Fate:
When released into the soil, this material is not expected to biodegrade. When released into the soil, this material may leach into groundwater.
Environmental Toxicity:
This material is expected to be toxic to aquatic life.

13. Disposal Considerations

Whatever cannot be saved for recovery or recycling should be handled as hazardous waste and sent to a RCRA approved waste facility. Processing, use or contamination of this product may change the waste management options. State and local disposal regulations may differ from federal disposal regulations. Dispose of container and unused contents in accordance with federal, state and local requirements.

14. Transport Information

Domestic (Land, D.O.T.)
-----------------------
Proper Shipping Name: HYDROCHLORIC ACID
Hazard Class: 8
UN/NA: UN1789
Packing Group: II
Information reported for product/size: 475LB

International (Water, I.M.O.)
-----------------------------
Proper Shipping Name: HYDROCHLORIC ACID
Hazard Class: 8
UN/NA: UN1789
Packing Group: II
Information reported for product/size: 475LB


15. Regulatory Information

--------\Chemical Inventory Status - Part 1\---------------------------------
Ingredient TSCA EC Japan Australia
----------------------------------------------- ---- --- ----- ---------
Hydrogen Chloride (7647-01-0) Yes Yes Yes Yes
Water (7732-18-5) Yes Yes Yes Yes

--------\Chemical Inventory Status - Part 2\---------------------------------
--Canada--
Ingredient Korea DSL NDSL Phil.
----------------------------------------------- ----- --- ---- -----
Hydrogen Chloride (7647-01-0) Yes Yes No Yes
Water (7732-18-5) Yes Yes No Yes

--------\Federal, State & International Regulations - Part 1\----------------
-SARA 302- ------SARA 313------
Ingredient RQ TPQ List Chemical Catg.
----------------------------------------- --- ----- ---- --------------
Hydrogen Chloride (7647-01-0) 5000 500* Yes No
Water (7732-18-5) No No No No

--------\Federal, State & International Regulations - Part 2\----------------
-RCRA- -TSCA-
Ingredient CERCLA 261.33 8(d)
----------------------------------------- ------ ------ ------
Hydrogen Chloride (7647-01-0) 5000 No No
Water (7732-18-5) No No No


Chemical Weapons Convention: No TSCA 12(b): No CDTA: Yes
SARA 311/312: Acute: Yes Chronic: Yes Fire: No Pressure: No
Reactivity: No (Mixture / Liquid)



Australian Hazchem Code: 2R
Poison Schedule: No information found.
WHMIS:
This MSDS has been prepared according to the hazard criteria of the Controlled Products Regulations (CPR) and the MSDS contains all of the information required by the CPR.

16. Other Information

NFPA Ratings: Health: 3 Flammability: 0 Reactivity: 0
Label Hazard Warning:
POISON! DANGER! CORROSIVE. LIQUID AND MIST CAUSE SEVERE BURNS TO ALL BODY TISSUE. MAY BE FATAL IF SWALLOWED OR INHALED. INHALATION MAY CAUSE LUNG DAMAGE.
Label Precautions:
Do not get in eyes, on skin, or on clothing.
Do not breathe vapor or mist.
Use only with adequate ventilation.
Wash thoroughly after handling.
Store in a tightly closed container.
Remove and wash contaminated clothing promptly.
Label First Aid:
In case of contact, immediately flush eyes or skin with plenty of water for at least 15 minutes while removing contaminated clothing and shoes. Wash clothing before reuse. If swallowed, DO NOT INDUCE VOMITING. Give large quantities of water. Never give anything by mouth to an unconscious person. If inhaled, remove to fresh air. If not breathing, give artificial respiration. If breathing is difficult, give oxygen. In all cases get medical attention immediately.
Product Use:
Laboratory Reagent.
Revision Information:
No changes.
Disclaimer:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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