domingo, maio 13, 2007

Peticionários timorenses nas mãos de Ramos-Horta

Correio da Manhã, 2007-05-12 - 12:04:00

Crise militar

José Ramos-Horta foi este sábado mandatado para solucionar o problema dos peticionários com as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), afirmou o ainda primeiro-ministro e próximo Chefe de Estado.

“O Conselho de Ministros confiou no primeiro-ministro para encetar esforços de diálogo com o comando das F-FDTL e peticionários para a busca de uma solução do Problema”, anunciou Ramos-Horta, que é ainda primeiro-ministro, apesar de ter vencido as eleições presidenciais do país.

Para o primeiro-ministro, o problema dos peticionários “é uma questão complexa e sensível que tem implicações humanas, porque são centenas de militares que deixaram de receber salários”, acrescentando que “é uma questão política porque divide o país e afecta a própria instituição das Forças Armadas e por isso é um assunto prioritário”.

Para já, está marcada uma reunião com Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das F-FDTL, “para numa conversa em família” se tentar chegar a um consenso. Ramos-Horta admite que uma solução poderá ser a reintegração dos peticionários mas “não necessariamente, ou não de todos”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Disse o RH: “quero sobretudo com o comando das F-FDTL e os peticionários encontrar uma saída”.
Mas ficamos sem saber se essas conversas têm por base a análise do Relatório da Comissão dos Notáveis referente ao caso dos denominados Peticionários – assim como a sua proposta para resolver este assunto.
Se tiverem, tudo bem, mas é bom estarem vigilantes para verem se tudo não passa duma manobra – mais uma! – para ele tentar dar o mesmo estatuto de facções às F-DFTL e aos peticionários.
É que nessa manobra as F-FDTL nunca alinharam e esse foi sempre o objectivo tanto do RH como do XG e de todos os poderes nacionais e internacionais que apoiaram o golpe. Lembremos as múltiplas reuniões e encontros que tanto RH como XG tiveram com os tais “peticionários”, as “cerimónias” de entregas de armas com comandantes Australianos, a bênção de bispos, as presença do Procurador-Geral, corpo diplomático e as “reuniões” cobertas pelos media desses “peticionários” e seus “líderes” com Ian Martin e o então Representante Especial do SG da ONU (só para lembrar algumas) e a promoção constante dos media e as tentativas de conversão em “heróis” de desertores e assassinos em contraste com a demonização das F-FDTL e as mentiras e provocações – os inventados “massacres” de Abril de 2006 (por exemplo) – que chegaram ao cúmulo com a revista à viatura do Brigadeiro-General, .
Relembro o que disse o Brigadeiro-General das F-FDTL na despedida de XG: “É lugar-comum afirmar a neutralidade das forças armadas. Afirmo que não somos, ou seremos, neutros perante o nosso Povo e País, pois defendemos e defenderemos os princípios e valores que pautaram a nossa luta de libertação e estão consagrados na nossa Constituição. Estados haverá que sobrevivem sem Forças Armadas mas Timor-Leste não é um desses Estados, nem o será. Da mesma forma que formos merecedores do apoio do nosso Estado e da comunidade internacional durante o percurso evolutivo que vivemos enquanto instituição até ao presente, contamos com o apoio continuado e acrescido do Estado de Timor-Leste no futuro - a curto, médio e longo prazos.”
E espero que o que não conseguiram com um ano de crise, nunca o consigam agora.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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