Comentário na sua mensagem "FRETILIN AGUARDA O CONVITE DO PRESIDENTE DA REPÚBL...":
Uma caracterísitca essencial ao bom exercicio do cargo de presidente da república, como aliás ao exercício da política é o bom senso, a sensatez, a razoabilidade.
Não podemos dizer que a sensatez seja uma caracterísitca que abunde por Timor Leste. Ainda bem dirão alguns: se não fosse a insensata decisão de resistir à ocupação Indónésia jamais Timor Leste seria hoje um país independente!
Porém hoje o tempo já não é mais de impedir que se construa, de evitar que se concretize, o tempo já não é mais de resisitr, mas de construir. De construir o Estado, as instituições. Para que o Estado fique soberano e independente apesar de as pessoas passarem.
Nada se constroi sem paciência, sem persisitência. E não se constroem instituições democráticas sem prudência, sem sensatez, sem razoabilidade.
Espermos pois que no embróglio em que a vida política timorense se encontre os lideres sejam sensatos, prudentes, tenham calma e visão de médio prazo (já não digo de longo prazo).
É sensato começar por convidar para liderar o governo mais alguem que não a pessoa indicado pelo partido mais votado nas eleições, mesmo se esse partido apenas tem maioria relativa no parlamento?
Eu acho que é absolutamente imprudente comelçar por convidar para formar Governo outrem que não quem ganhou as eleições. É o princípio democrático.
Cabe ao partido que ganhou se não tem maioria absoluta, trabalhar no parlamento para alcançar essa maioria.
Foi assim em Portugal em 1985 quyando o PSD ganhou as eleições com cerca de 29% dos votos e governou dois anos em maioria relativa. Foi assim em 1995 e 1999 quando o Partido Socialista governou com mairoia relativa dos votos e dos mandatos do parlamento.
Seja prudente e sensato Dr. Ramos Horta.
...
Livrem-se dos neo-colonialismos, sejam eles australianos, indonesios ou portugueses (que tambem os há). Pensem pela vossa cabeça, e pelas soluções que melhor sirvam a construção e deificação do Estado.
Bao sorte!
terça-feira, julho 10, 2007
Dos Leitores
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1 comentário:
Nova legislatura timorense deve principiar em Setembro
Público, 10.07.2007
Jorge Heitor
24% foi o resultado obtido nas legislativas pelo CNRT, o partido formado pelo antigo Presidente Xanana Gusmão
A Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste divulgou ontem a acta de apuramento das legislativas de 30 de Junho, mas o deputado Clementino Amaral (que foi vice-presidente do KOTA e agora está no CNRT) declarou ao PÚBLICO que o novo Parlamento só deverá iniciar os trabalhos em Setembro, quando acabar a actual legislatura. De acordo com a acta a publicar no Diário da República, a Fretilin conseguiu 29,02 por cento dos votos válidos, a CNRT 24,10 e a coligação ASDT-PSD 15,37 por cento.
O partido histórico de que é secretário-geral Mari Alkatiri convidou o PD, de Fernando "Lasama" Araújo, a juntar-se-lhe, com os seus 11,30 por cento de votos. Mas este preferiu aderir ao bloco do antigo Presidente Xanana Gusmão, que assim se considerou em posição para formar Governo. O actual chefe de Estado, José Ramos-Horta, já escutou as posições do grupo formado por Xanana, Francisco Xavier do Amaral, Mário Carrascalão e "Lasama" Araújo, devendo conceder hoje audiência à Fretilin.
O artigo 106 da Constituição timorense admite que em princípio o partido mais votado deverá ser convidado a tentar a governação, mas também reconhece que, se acaso o não conseguir, a oportunidade poderá ser dada a uma aliança de outras formações.
Aos 21 deputados eleitos pela Fretilin talvez se possam juntar os dois que cabem à Aliança Democrática formada pelo KOTA, de Manuel Tilman, e pelo Partido do Povo de Timor (PPT), de Jacob Xavier, jurista e teólogo. E até mesmo os dois da Unidade Nacional Democrática da Resistência Timorense (Undertim), de Cornélio da Conceição Gama. Mas mesmo assim nunca se iria além de 25, num Parlamento de 65 lugares.
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