segunda-feira, julho 09, 2007

Uma coligação maioria Parlamentar, é, Constitucional

A "maioria parlamentar" de que fala a Constituição não precisa de ser absoluta. Se assim fosse, o termo "maioria absoluta" teria que figurar expressamente no artº 106.

Se a Fretilin conseguiria ou não aprovar o seu programa de Governo neste Parlamento, isso é outra questão, mas nada tem que ver com a Constituição. É pura futurologia política.

Ninguém pode prever qual o programa de Governo que a Fretilin apresentaria no Parlamento e se ele iria ser aprovado ou não. Pode ser improvável, mas não é impossível que um partido com 29% dos deputados no PN consiga o voto favorável de 21%+1 dos restantes deputados (OU A ABSTENÇÃO! - não se esqueçam que não é preciso votar a favor para viabilizar um programa de Governo).

Tudo depende do conteúdo do programa. E é preciso ver que as votações no PN não são contabilizadas por partidos ou coligações, mas por deputados. E nada nos garante que estes não possam votar em sentido contrário ao do seu partido, ou até abster-se, conseguindo assim não votar contra ninguém.

...

Ficou célebre o caso de um deputado português do PP (direita) que durante vários anos viabilizou o programa de um Governo socialista e permitiu a aprovação de todo o tipo de leis, à revelia do seu próprio partido, tendo sido o "+1" de que os socialistas precisavam, uma vez que tinham somente 50% do Parlamento. Neste caso, bastou um queijo (o célebre Limiano) para o fazer mudar de ideias. Será que é preciso muito mais para mudar as ideias dos deputados timorenses?

Aqui fica uma sugestão de reflexão.

Claro que Ramos Horta vai permitir que a "coligação" forme Governo, pois foi com esse objectivo que a mesma "coligação" o colocou na Presidência da República. A isto chama-se trabalho de equipa.

Henrique

1 comentário:

jrodrigues sarmento disse...

Aqui é Timor Leste com as últimas de Timor-Leste,

http://aquietimorlestenumeroum.blogspot.com/

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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