segunda-feira, agosto 20, 2007

Aussies 'had better go home': Alkatiri ups the stakes in East Timor

Blog Reading the Maps
Monday, August 20, 2007

The leader of East Timor's largest political party has denounced the Australian troops occupying his country, saying 'they had better go home because they are not neutral'.

Mari Alkatiri, the Secretary of the Fretilin party, made his call after Australian troops waded into an anti-government protest held in a village near the East Timorese capital Dili yesterday.
The Aussies provoked fury by ripping down two Fretilin flags and wiping their backsides with them.

Yesterday's incident came in amidst continuing protests against an Australian-backed government that is widely seen as illegitimate. Although it won the largest number of seats in parliamentary elections held last month, Fretilin was snubbed by East Timor's pro-Australian President Jose Ramos-Horta, who invited his close political ally Xanana Gusmao to form a government. Gusmao and Horta's National Congress for Timorese Reconciliation party won only 22% of the vote in the elections, and Gusmao's inauguration as Prime Minister on August the 8th sparked big protests in Dili and in the eastern towns of Bacau and Viqueque.

When the Australian and New Zealand troops and police who comprise the majority of the UN-sponsored 'International Stabilisation Force' tried to shut the protests down rioting broke out. Vehicles carrying Anzacs were stoned, and buildings associated with the UN, the Australian government, and the CNRT were burnt. Ambushers fired shots at a convoy of UN vehicles on a road south of Baucau.

In some places criminal gangs joined in the riots, attacking civilians and churches and looting shops. In Baucau, a gang broke into a convent and raped several girls. The government and its Anzac allies have used the criminals as an excuse to launch a campaign of repression against their political opponents. In the four days after Gusmao's inauguration as Prime Minister, the International Stabilisation Force fired more than two thousand rounds of tear gas at protesters. Dozens of peaceful protesters were arrested for 'blocking the road'.

Comparing protesters to the pro-Indonesian militia that killed hundreds of East Timorese in 1999, Horta and Gusmao have warned that civil servants who take to the streets could lose their jobs. Such a threat carries much weight, in a country where 50% of the population is unemployed and the public sector offers the best hope of well-paid work. The new government has also tried to discourage protesters by insisting that they must apply for a permit to march through public streets a full twenty-one days in advance.

Anzac troops and police have often been accused of using their muscle to interfere in the politics of East Timor. Fretilin complained about Australian harassment of its election workers and candidates during the elections earlier this year, and in February big protests broke out in Dili after Australian soldiers killed two youths who had been demonstrating against the destruction of a refugee camp near the city's airport.

Alkatiri was Prime Minister of East Timor until the middle of last year, when he was forced to resign by the Anzac force that had arrived in his country in the aftermath of rioting that killed thirty-seven people. Alkatiri and other Fretilin leaders have argued that the Australian government stirred up the riots, and then used Anzac troops to force him to relinquish power in favour of Horta.

The left-wing journalist and long-time observer of East Timor John Pilger has backed Alkatiri's claims. Pilger believes that the Howard government wanted an ally in Dili who would agree to greater Australian control over the rich oil and gas reserves under the seas off Timor. Alkatiri had angered Canberra and its ally in Washington by playing hardball over the oil reserves, refusing to support Bush's War or Terror, and bringing Cuban medics to East Timor. Horta, by contrast, is an outspoken supporter of the invasion of Iraq who calls John Howard a personal friend and has taken a conciliatory attitude in negotiations over oil.

Alkatiri has also found support for his complaints amongst the leaders of some of East Timor's neighbours. Last week, Papua New Guinea Prime Minister Sir Michael Somare accused Australian of interfering in East Timor's politics, and warned that it was trying similar tricks in his country. The Solomon Islands is saddled with its own Anzac occupation, and its new, independent-minded Prime Minister Manasseh Sogovare has expressed his solidarity with Alkatiri.

Despite his hatred of the Howard government, Alkatiri has never before called so directly for the withdrawal of Australian forces from East Timor. An astute and often cynical political player, he has feared angering those parts of Fretilin who had hoped the occupation could be made to work in the party's interests. Alkatiri's new boldness and the ongoing protests suggest that the mood in Fretilin has turned decisively against accommodation with the occupiers of East Timor. Together, the illegitimate government in Dili and the Anzac troops that support it have alienated large numbers of Timorese.

The mass protests against occupation in East Timor should be a wake-up call to New Zealanders. Most Kiwis oppose the Howard government and the neo-colonial occupation it is helping George Bush maintain in Iraq, but few realise that their army and police force is helping prop up a similar occupation in East Timor. Kiwi troops and cops operate under Australian control in East Timor, and are helping support a government which is deeply unpopular. It is not surprising, then, that they are being targeted alongside the Australians. They should be withdrawn before they get sucked further into the escalating conflict between Australian imperialism and the East Timorese people.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Alkatiri eleva a parada em Timor-Leste: 'era melhor que os Australianos voltassem para casa'
Blog Reading the Maps
Segunda-feira, 20 Agosto 2007

O líder do maior partido de Timor-Leste denunciou que as tropas Australianas estão a ocupar o seu país, dizendo 'era melhor que fossem para casa porque não são neutras'.

Mari Alkatiri, o Secretário-Geral da Fretilin, fez esta declaração depois de tropas Australianas terem invadido um protesto anti-governamental realizado numa aldeia perto da capital Timorense Dili, ontem.

Os Australianos provocaram a fúria ao arrancarem bandeiras da Fretilin e limpam as costas com elas .

O incidente de ontem ocorreu no meio de protestos continuados contra um governo apoiado pelos Australianos que é alargadamente cada vez mais visto como ilegítimo. Apesar de ter conquistado o maior número de lugares nas eleições legislativas realizadas no mês passado, a Fretilin foi desprezada pelo Presidente de Timor-Leste o pró-Australiano José Ramos-Horta, que convidou o seu aliado político chegado Xanana Gusmão a formar governo. O CNRT de Gusmão e de Horta obteve apenas 22% dos votos nas eleições, e a tomada de posse de Gusmão como Primeiro-Ministro em 8 de Agosto desencadeou grandes protestos em Dili e nas cidades de Bacau e Viqueque no leste.

Quando tropas e polícias Australianas e da Nova Zelândia que são a maioria da Força Internacional de Estabilização patrocinada pela ONU tentaram acabar com os protestos o motim rebentou. Veículos que carregavam os Anzacs foram apedrejados, e edifícios associados com a ONU, o governo Australiano e o CNRT foram queimados. Emboscados dispararam tiros a uma caravana de veículos da ONU numa estrada a sul de Baucau.

Nalguns locais gangs criminosos juntaram-se aos motins, atacando civis e igrejas e pilhando lojas . Em Baucau, um gang irrompeu num convento e violou várias raparigas. O governo e os seus aliados da Anzac têm usado os criminosos como uma desculpa para lançar uma campanha de repressão contra os seus opositores políticos. Nos quatro dias após a tomada de posse de Gusmão como Primeiro-Ministro, a Força Internacional de Estabilização disparou mais de 2.000 granadas de gás lacrimogénio contra os manifestantes. Dúzias de manifestantes pacíficos foram presos por 'bloquearem a estrada'.

Comparando os manifestantes com a milícia pró-Indonésia que em 1999 matou centenas de Timorenses, Horta e Gusmão avisaram que funcionários civis que vão para as ruas (protestar) podem perder os empregos. Tal ameaça tem muito peso, num país onde 50% da população está desempregada e o sector público oferece a maior esperança de trabalho bem pago. O novo governo tentou também desencorajar os manifestantes ao insistir que devem pedir autorização para marcharem nas vias públicas com 21 dias de antecedência .

As topas e polícias da Anzac têm sido muitas vezes acusadas de usarem a força para interferir nas políticas de Timor-Leste. A Fretilin queixou-se da intimidação Australiana contra os seus candidatos e activistas eleitorais durante as eleições anteriores este ano, e em Fevereiro rebentaram grandes protestos em Dili depois de Soldados Australianos terem morto dois jovens que tinham estado a manifestar-se contra a destruição de um campo de deslocados perto do aeroporto da cidade .

Alkatiri foi Primeiro-Ministro de Timor-Leste até meados do ano passado, quando foi forçado a resignar pela força da Anzac que tinha chegado ao país depois de motins que mataram 37 pessoas. Alkatiri e outros líderes da Fretilin têm argumentado que o governo Australiano incitou os motins e que depois usou as tropas Anzac para o forçar a entregar o poder a Horta.

O jornalista da ala esquerda e há longo tempo observador de Timor-Leste John Pilger tem aopiado as afirmações de Alkatiri. Pilger acredita que o governo de Howard queria um aliado em Dili que concordasse com um maior controlo Australiano sobre as ricas reservas de petróleo e de gás sob o mar de Timor. Alkatiri tinha irado Canberra e o seu aliado em Washington ao jogar duro sobre as reservas de petróleo, recusando apoiar a Guerra do Terror de Bush, e trazendo médicos Cubanos para Timor-Leste. Horta, em contraste, é um apoiante vocal da invasão do Iraque, chama a John Howard amigo pessoal e tem tomado atitudes conciliadoras nas negociações sobre o petróleo .

Alkatiri encontrou também apoio para as suas rclamações entre os líderes de alguns dos vizinhos de Timor-Leste. Na semana passada, o Primeiro-Ministro da Papua Nova Guiné Sir Michael Somare acusou os Australianos de interferirem nas políticas de Timor-Leste e avisou que estavam a tentar truques similares no seu país. As Ilhas Salomão estão montadas com uma ocupação específica pela Anzac, e o seu novo e com ideias independentes Primeiro-Ministro Manasseh Sogovare expressou a sua solidariedade com Alkatiri.

Apesar do seu ódio pelo governo de Howard, nunca antes tinha Alkatiri exigido tão directamente a retirada das forças Australianas de Timor-Leste. Um jogador político astuto e muitas vezes cínico, tem receado zangar as partes da Fretilin que tinham esperanças que a ocupação pudesse ser posta ao serviço dos interesses do partido. A nova ousadia de Alkatiri e os protestos em curso sugerem que a atitude da Fretilin se virou decisivamente contra a acomodação com os ocupantes de Timor-Leste. Juntos, o governo ilegítimo em Dili e as tropas da Anzac que o apoia alienaram grandes números de Timorenses.

Os protestos em massa contra a ocupação em Timor-Leste devem ser uma chamada para os Neo-zelandezes acordarem. A maioria dos Neo-zelandezes opõem-se ao governo de Howard e à ocupação neo-colonial que está a ajudar George Bush a manter-se no Iraque, mas poucos sabem que as suas próprias forças armadas e polícias estão a ajudar a manter uma ocupação similar em Timor-Leste. As tropas e polícias da Nova-zelândia operam sob controlo Australiano em Timor-Leste, e estão a ajudar a apoiar um governo que é profundamente impopular. Não surpreende, pois que estejam a ser alvejadas ao lado dos Australianos. Devem ser retiradas antes de serem mais envolvidas no conflito que está a escalar entre o imperialismo Australiano e o povo Timorense .

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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