terça-feira, agosto 07, 2007

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Governo kinder-surpresa para Timor-Leste!":

Já se sabia que o plano era esse: RH e XG trocarem de lugares.

Falhados que foram o 1º golpe pela via das armas e o 2º golpe pelos tribunais e comissões de inquérito, eis que à terceira foi de vez.

Gostava de ouvir a opinião daqueles que passavam a vida a criticar a Fretilin por ter "transformado" a Assembleia Constituinte em Parlamento, chegando ao ponto de classificar como "ilegítima" a maioria absoluta que a Fretilin tinha no PN. Que dizer então da transformação de 24% numa maioria absoluta e com direito a Governar o País?

E qaueles que acusavam Alkatiri de pertencer ao "grupo de Maputo", o que têm a dizer sobre a "visita" de Howard sem avisar as autoridades timorenses, para provocantemente comemorar o seu aniversário em Dili, após o que começou a constar - e agora confirmou-se - que RH ia convidar XG a formar Governo?

Timor começou a sua via dolorosa depois de uma "visita" semelhante de Kissinger e Ford a Jakarta, que foram lá abençoar a matança indonésia em Timor, lembram-se?

Coincidências...

25 comentários:

Anónimo disse...

Que tal chamar Xanana, Horta e companhia a "máfia de Camberra"?

Anónimo disse...

Olhem só se pode dizer:
Nem sempre rainha, nem sempre galinha...
Uma dose de humildade e saber aceitar.
Tempo para ouvir e ajudar...
Só é necessário, no imediato, de se criar um ambiente de respeito e sossego.

Anónimo disse...

Olhem só se pode dizer:
Nem sempre rainha, nem sempre galinha...
Uma dose de humildade e saber aceitar.
Tempo para ouvir e ajudar...
Só é necessário, no imediato, de se criar um ambiente de respeito e sossego.

Anónimo disse...

Tristes coincidências.

Tristes notícias.

De um Timor que nos deixa triste.

Será então o início de uma nova "via crucis"?

Dando assim sentido à frase: "De quem não tem vergonha o mundo é todo deles".

Até quando?
...

A.A.

Anónimo disse...

Sr Correia,

nao misture alhos com bugalhos numa tentativa de distorcer os factos.

A maioria absoluta que a Fretilin tinha em 2001 foi na Assembelia Constituinte que tinha como OBJECTIVO UNICO de ridigir a Constituicao.

O povo nao votou para um parlamento nacional em 2001 e dai a ilegitimidade do mesmo apesar de ser legal por causa das disposicoes constitucionais para a auto-transformacao da AC em PN que a maioria absoluta dos DELEGADOS (nao DEPUTADOS) da Fretilin impingiu a constituicao.

POR OUTRO LADO, o actual parlamento e' LEGITIMAMENTE o primeiro Parlamento Timorense que resultou das PRIMEIRAS ELEICOES LEGISLATIVAS realizadas em toda a historia de um Timor Independente.

Por isso nao queira confundir a legitimidade de um e de outro.

Alem do mais quando e' que voces vao comecar a aprender a ler as frases por completo???

Sera que o artigo 106 diz somente que e' o "partido mais votado" que deve indigitar o PM ou ha outra opcao estipulada? (por razoes obvias numa democracia)

Ponha-se a frente de um espelho e pergunte-se a si proprio se um governo da AMP e' mesmo inconstitucional e ilegal como os vossos lideres Alkatiri e Luolo dizem ser.

E' que voces podem tentar enganar o mundo para justificar os vossos planos mas nao se podem enganar a vos proprios.
Alem disso o mundo tambem nao e' assim tao ingenuo.

Se o Sr. Correia tem um pingo de honestidade e integridade responda essa pergunta a si mesmo, no seu intimo.

Anónimo disse...

Lembro-me do ano passado ter escrito aqui aquela 'estoria' do homem que caindo de um arranha-ceus diz para com os seus botoes ao passar pelo segundo andar, "ate aqui tudo bem!"

Bem, a julgar pelas coisas ele ja se esborrachou no chao.

Anónimo disse...

Tropas estrangeiras atacadas em Timor antes da tomada de posse do Governo de Xanana
Público, 08.08.2007,
Jorge Heitor


Alguns grupos de jovens, descontentes com o facto de o antigo Presidente Xanana Gusmão ir hoje de manhã tomar posse como primeiro-ministro de Timor-Leste, atacaram ontem à pedrada soldados australianos e pessoal das Nações Unidas destacado no país, onde a situação continuava muito tensa.

Enquanto o chefe do Governo cessante, Estanislau da Silva, dizia ao jornal australiano The Herald que a Fretilin, partido mais votado nas legislativas de 30 de Junho, mantém a disposição de "utilizar todos os meios ao seu alcance" para protestar contra a escolha de Xanana e da Aliança com Maioria Parlamentar (AMP), a juventude em fúria acusava o Presidente, José Ramos-Horta, de ser "um fantoche" de Camberra e de Washington.

No entanto, em entrevista à Lusa, Ramos-Horta disse que só não foi possível um governo de grande inclusão, como a Fretilin pretendia, por intransigência da AMP. A formação liderada pelo antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri teria sido mais pragmática: "Tem-se portado correctamente comigo."

Ao mesmo tempo que nas ruas de Baucau, Díli e outras localidades centenas de cidadãos descontentes protagonizam cenas de violência, gritando "abaixo John Howard", primeiro-ministro australiano, nos corredores do poder as coisas passam-se de forma muito mais suave. "Não tenho recebido da liderança da Fretilin senão provas de respeito pelo chefe de Estado", insiste Ramos-Horta, segundo o qual o Tribunal de Recurso é que poderá dizer se a indigitação de Xanana foi ou não legal.

"Transporto uma pesada cruz de pau", lamentou-se ainda o Presidente, citado pela Lusa, ao referir-se ao fogo cruzado a que é sujeito por parte de políticos tanto da Fretilin como da AMP. Em Washington o Departamento de Estado apelava a todas as partes para aceitarem o Governo que hoje toma posse e no qual Xanana reserva para si a responsabilidade directa pela Defesa, Segurança e Recursos Naturais.

Uma das designações susceptíveis de mais desagradar à direcção da Fretilin é a do seu dissidente José Luís Guterres, líder da ala contestatária Mudança, para um lugar de vice-primeiro-ministro, se bem que o próprio preferisse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que já chegou a dirigir.

Veto presidencial
Algumas das escolhas iniciais de Xanana para a sua equipa depararam com o veto presidencial, tendo isso acontecido tanto no pelouro da diplomacia como no das Finanças, conforme declararam ao PÚBLICO alguns dos seus aliados.

O Parlamento terá agora de viabilizar o programa de governação que vier a ser apresentado por esta coligação de quatro partidos, reforçada por alguns independentes, e depois aprovar o orçamento, tendo entretanto Ramos-Horta tido o cuidado de sublinhar que "maioria e minoria fazem parte da vida democrática".

"[O bem comum do povo timorense] exige que sejamos tolerantes", sublinhou o Presidente da República, quando finalmente tornou pública a sua posição, depois de cinco longos dias de espera sobre quem é que na verdade iria ser o primeiro-ministro. E logo a seguir falou do dever de "melhorar as condições de vida, a administração e o governo, tendo por horizonte a esperança no futuro".

Anónimo disse...

Confrontos e novos incêndios fazem sete feridos em Baucau
Diário de Notícias, 08/08/07
Armando Rafael

Segundo incêndio na Alfândega de Díli destrói sistema informático

Sete pessoas ficaram ontem feridas em Baucau, a segunda maior cidade timorense, quando um grupo de jovens que protestava contra a nomeação de Xanana Gusmão para primeiro-ministro, se envolveu em confrontos com a polícia, que foi obrigada a usar balas de borracha e gás lacrimogéneo para os dispersar.

De acordo com fontes hospitalares citadas pelas agências internacionais, um dos feridos encontra-se em estado crítico.

Na mesma cidade, onde o peso eleitoral da Fretilin é esmagador, foram ainda incendiados alguns edifícios, com destaque para os escritórios de representação dos ministérios da Agricultura, Obras Públicas e Assuntos Sociais e para a sede da Fundação Alola, ligada à mulher de Xanana Gusmão, Kirsty Sword, tendo a polícia detido várias pessoas.

Incendiado foi também um infantário gerido pela Caritas, embora a Lusa tenha apurado que este ataque poderá encobrir um roubo ali efectuado, uma vez que as instalações acabaram por ser saqueadas.

Embora sem confirmação oficial, houve também registo de alguns incidentes em Viqueque, outro dos redutos eleitorais do principal partido timorense, levando o líder da Fretilin e ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri a apelar aos seus apoiantes para que mantivessem a calma.

"Temos conhecimento de que há vários protestos que envolvem militantes e apoiantes nossos, mas eles actuam sem o nosso consentimento", garantiu Alkitiri, à saída de um encontro com o Presidente timorense.

Muito diferente foi a situação que se viveu em Díli, onde as forças internacionais, incluindo as da GNR, tiverem de intervir para por cobro a múltiplos incidentes, a esmagadora maioria dos quais sem repercussão.

Mais complicada foi a situação que se viveu junto ao aeroporto, quando uma viatura de soldados australianos foi apedrejada por refugiados timorenses que vivem num campo situado nas imediações.

Na sequência deste incidente, alguns refugiados tentaram ocupar o terminal do aeroporto, tendo sido rapidamente repelidos pelas forças internacionais.

Mais enigmático foi o segundo incêndio que ocorreu no edifício da Alfândega, que já tinha ardido na véspera, sendo, que desta vez, as chamas só atingiram a parte em que estava instalado os sistema informático dos serviços aduaneiros de Timor-Leste, permitindo perceber, assim, as intenções criminosos que parecem estar por trás deste acto.

Tudo isto num dia em que Ramos-Horta revelou à Lusa já ter exercido o seu direito de veto informal sobre o elenco governativo que hoje tomará posse em Díli, liderado por Xanana. "Sem querer impor-me às prerrogativas do primeiro-ministro, tenho feito saber quem deveria ficar ou quem não deveria ficar", disse.

Anónimo disse...

Escolha de Xanana revolta partidários da Fretilin

Jornal de Notícias, 08/08/07
Pedro Olavo Simões

Kay Rala Xanana Gusmão assumirá um cargo complexo, o de primeiro-ministro, ministro da Defesa e Segurança e ministro dos Recursos Naturais. Além de chefiar o Executivo, toma em mãos as pastas mais delicadas, ou seja, as que se prendem com o cobiçado petróleo e com a precária segurança de Timor-Leste. E o segundo destes factores está em permanência na ordem do dia, com uma continuidade de distúrbios como os que, especialmente em Baucau, se seguiram à indigitação anunciada pelo presidente da República, José Ramos-Horta.

A escolha do anterior presidente, líder emblemático da resistência à ocupação indonésia, foi mal acolhida pela Fretilin, o partido mais votado nas legislativas, que acusou Ramos-Horta de levar a cabo um "golpe de Estado constitucional". Mas, contrariamente ao que seria de supor, não foi em Díli que a reacção popular foi mais violenta. Enquanto a capital do jovem país adormecia calmamente após alguns incidentes de pouca monta, Baucau, cerca de 120 quilómetros na direcção do sol nascente, estava em ebulição e parcialmente paralisada, com ataques a vários edifícios públicos e episódios de intimidação.

Segundo dados recebidos pelo correspondente da agência Lusa, foram incendiadas, em Baucau, as instalações da Fundação Alola, uma organização não-governamental fundada por Kirsty Sword Gusmão, a mulher de Xanana. A fúria incendiária dos simpatizantes da Fretilin estendeu-se, na mesma cidade, ao restaurante Benfica, ao edifício da Administração Central e à antiga gráfica da diocese. Segundo habitantes da cidade, cerca de mil manifestantes estariam ali concentrados, vociferando contra a indigitação de Xanana.

De acordo com Mateus Fernandes, um chefe de Polícia citado pela Reuters, as autoridades detiveram 15 pessoas, tendo usado gás lacrimogénio para dispersar os contestatários.

Na capital timorense, registaram-se, mais cedo, dois episódios com relevo a tentativa de ocupação do terminal do aeroporto, imediatamente neutralizada pelas forças de segurança, e um novo incêndio na alfândega, em pleno centro da cidade, que, de acordo com a ministra do Plano e Finanças, Madalena Boavida, terá sido um aproveitamento por parte de cidadãos envolvidos em processos, que quiseram destruir provas.

Mari Alkatiri, antigo primeiro-ministro e secretário-geral do partido mais votado, encontrou-se ontem com Horta e Gusmão. À saída, apelou à calma "Admitimos que os protestos sejam feitos por apoiantes da Fretilin, mas eles estão a agir sem a nossa autorização".

De resto, em termos políticos, o único desenvolvimento foi o anúncio dos governantes escolhidos por Xanana, mantendo-se a expectativa quanto ao que o Tribunal de Recurso determinará sobre a decisão de Ramos-Horta. O Governo está, tudo o indica, pronto para assumir funções. Tendo havido primeiras escolhas recusadas pelo presidente, certo é, também, que, numa inovação introduzida por Ramos-Horta, todos têm de fazer prova de não terem antecedentes criminais.

Troca de cadeiras

Da Fretilin, que agora parece ser o inimigo de estimação de ambos, saíram José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, protagonistas da governação timorense que agora trocam de lugares. Embora não tenham passado tantos anos, rapidamente os tempos da resistência se tornaram estranhamente distantes. Num pequeno país assente em petróleo e mergulhado em miséria, as dissensões parecem insanáveis e, embora o novo presidente da República clame independência, muitos são incapazes de imaginar algum tipo de separação entre estes dois homens. Os resultados das "legislativas" não foram claros, uma vez que, embora permanecendo a força política mais votada, a Fretilin não garantiu uma base de apoio que lhe permitisse governar sozinho. E uma coligação a quatro permitiu o, afinal, nada supreendente episódio desta troca de cadeiras.

Anónimo disse...

"Eu não sou boneco de ninguém"
Jornal de Notícias, 08/08/07

Antes de ser anunciada a composição do novo Executivo de Timor-Leste, o presidente da República, José Ramos-Horta, admitiu, em entrevista à agência Lusa, ter vetado, informalmente, um ou mais nomes que lhe haviam sido propostos por Xanana Gusmão. "Já exerci o veto e não hesito em fazê-lo", disse, esclarecendo que todos os nomes a indigitar seriam por ele apreciados, em conjunto com o procurador-geral da República, para despistar eventuais antecedentes criminais dos putativos governantes. "Um pequeno funcionário nosso, quando pede emprego, tem de apresentar um certificado de registo criminal. Por que não um membro do Governo, com muito maiores responsabilidades?", questionou, argumentando que tal procedimento é usado em países como os Estados Unidos ou a Austrália "É uma novidade que eu introduzo e da qual ninguém pode reclamar".

"Eu não sou boneco de ninguém", sublinhou, afirmando-se totalmente independente em relação aos quatro partidos que formam a Aliança para a Maioria Parlamentar (AMP) "Já tive de marcar a linha, por várias vezes, incluindo com o próprio Xanana Gusmão".

Ramos-Horta deixou expresso, na entrevista, que o fracasso das negociações para encontrar um Governo unitário, verdadeiramente abrangente, fica "a crédito" da AMP, admitindo que "a Fretilin foi mais pragmática". "A Fretilin tem-se portado correctamente comigo", disse, referindo a boa relação que mantém com o secretário-geral do partido mais votado, Mari Alkatiri "Ele foi a minha casa, estamos diariamente em contacto telefónico e ele está sempre disponível para me ouvir". Também o primeiro-ministro cessante, Estanislau da Silva, foi elogiado por Ramos-Horta, que lhe apontou "grande sentido de Estado e grande dignidade" no exercício das funções.

Referindo que "os partidos não mexeram um milímetro" ao longo das quatro semanas de negociações, o presidente timorense disse ter indigitado o primeiro-ministro em tempo razoável "Não demorei tanto assim. O tempo que se demorou serviu para efectuar consultas e, afinal, esse processo poupou tempo. Se não tivesse efectuado as consultas, seria acusado de tomar uma decisão apressada".

"Não havia tanta pressa, porque, apesar da crise, as nossas instituições funcionaram", defendeu o chefe de Estado, que não comentou directamente as acusações de "golpe de Estado constitucional" de que foi alvo por parte de dirigentes da Fretilin, ficando a aguardar pela decisão do Tribunal de Recurso sobre a validade da indigitação de Xanana Gusmão.

Mas as acusações saíram também do outro lado, e, referindo-se a "declarações menos delicadas" de elementos da AMP, o presidente salientou "Se eu não tivesse sido eleito, agora teriam Francisco Guterres 'Lu Olo' na Presidência".

"Transporto uma cruz de pau pesada desde a eleição", desabafou, repetindo uma frase que já havia usado na campanha eleitoral para as "presidenciais".

Anónimo disse...

Timor-Leste: Concluído o elenco do IV Governo Constitucional
Diário Digital / Lusa
07-08-2007 16:51:00

O elenco do IV Governo Constitucional de Timor-Leste, chefiado por Xanana Gusmão, ficou concluído ao princípio da noite de hoje em Díli «mas nem todos os membros tomarão posse amanhã».
Segundo adiantou à Agência Lusa Gil Alves, secretário-geral da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), uma das forças da Aliança para a Maioria Parlamentar (AMP), a posse do novo executivo está prevista para quarta-feira às 10:00 da manhã, (02:00 da madrugada em Lisboa), no Palácio de Lahane.
Gil Alves confirmou a lista de titulares avançada na segunda-feira pela Lusa e acrescentou os nomes da lista saída da última reunião da AMP antes da posse.
A ASDT é um dos partidos que integra a AMP, juntamente com o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, segundo partido mais votado), o Partido Social Democrata (PSD, que tem uma coligação com a ASDT) e o Partido Democrático (PD).
Os quatro maiores partidos da oposição constituem o novo governo, onde há figuras independentes e nomes oriundos da Fretilin, o partido mais votado nas legislativas de 30 de Junho mas que não chegou a acordo com a AMP para um governo de grande inclusão.
O primeiro-ministro indigitado Xanana Gusmão chama a si a responsabilidade da Defesa e dos Recursos Naturais, pastas que terão secretários de Estado na dependência directa do chefe do executivo.
José Luís Guterres, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do I e II governos de Timor-Leste e desde 2006 o rosto da dissidência interna do Grupo Mudança da Fretilin, é o único vice-primeiro-ministro do IV Governo, sem pasta.
Outro dado do IV Governo segundo a lista obtida pela Lusa é a eliminação dos quatro secretários regionais que existiam nos governos da Fretilin, exceptuando um secretário de Estado para o enclave de Oécussi.
É o seguinte o elenco do novo governo de Timor-Leste:
Primeiro-ministro, ministro da Defesa e Segurança e ministro dos Recursos Naturais: Xanana Gusmão;
Vice-primeiro-ministro: José Luís Guterres;
Ministra da Justiça: Lúcia Lobato;
Ministro dos Negócios Estrangeiros: Zacarias da Costa;
Ministro da Economia e Desenvolvimento: João (Joy) Gonçalves;
Ministra do Plano e Finanças: Emília Pires;
Ministro da Administração Estatal: Arcângelo Leite;
Ministro da Educação: João Câncio;
Ministro da Saúde: Nélson Martins;
Ministro das Infra-estruturas: Pedro Lay; Ministro do Comércio e Indústria: Gil Alves; Ministro da Agricultura e Pescas: Mariano Sabino; Ministro da Solidariedade Social: Paulo Assis Belo;
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Agio Pereira;
Secretário de Estado da Defesa: Júlio Tomás Pinto;
Secretário de Estado dos Recursos Naturais: Alfredo Pires;
Secretário de Estado da Cultura: Virgílio Smith; Secretário de Estado da Segurança: Francisco Guterres;
Secretário de Estado da Segurança Social: Vítor da Costa;
Secretário de Estado da Reforma Administrativa: Florindo Pereira;
Secretário de Estado da Formação Profissional e Emprego: Benedito Freitas;
Secretário de Estado para a Região Autónoma de Oécussi: Jorge Teme.

Anónimo disse...

Timor-Leste: Xanana tomou posse como primeiro-ministro
Diário Digital / Lusa
08-08-2007 5:17:00
Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), tomou hoje posse como primeiro-ministro do IV Governo Constitucional, numa cerimónia sem a presença da Fretilin que o ex-chefe de Estado encerrou com um apelo contra a violência.
«O povo tem vindo a provar que a política de intimidações e violência não o desencoraja, no momento crucial de dar o sim ou o não, ao seu próprio futuro», declarou Xanana Gusmão num longo discurso de posse.
«Os resultados da eleição do passado dia 30 de Junho são absolutamente inequívocos, abrindo um novo ciclo na vida política do país«, afirmou o novo primeiro-ministro.
«Este mandato revela a vontade política de mudança dos timorenses, um sinal de confiança, mas também de exigência e por isso dedico-o a todos os timorenses, desde Lospalos a Oécussi», afirmou Xanana Gusmão.
Nenhum dirigente da Fretilin compareceu à tomada de posse do IV Governo Constitucional, uma ausência que vários elementos da Aliança para Maioria Parlamentar, de que o CNRT faz parte, consideram «lamentável» e «triste».
Num longo discurso em que estabeleceu as prioridades da governação, Xanana Gusmão defendeu «uma transformação radical do Estado que denuncie o partidarismo existente na Administração Pública».
Outra proposta é a aplicação de «um novo sistema fiscal» como proposto pelo Presidente da República, José Ramos-Horta.
Durante a cerimónia de posse, que decorreu no Palácio de Lahane, a sul de Díli, ocorreu uma manifestação contra a formação do novo Executivo em frente ao Palácio do Governo, no centro da cidade.

Anónimo disse...

Fretilin ausente da cerimónia
Xanana Gusmão toma posse como PM
Correio da Manhã, 08/08/07

Xanana Gusmão tomou posse esta quarta-feira como primeiro-ministro do IV Governo Constitucional de Timor-Leste, numa cerimónia em que não esteve presente qualquer representante da Fretilin. Entretanto, foi reforçado o contingente das Nações Unidas em Baucau e Viqueque, na região Leste do país, onde ocorreram incidentes durante a noite.

"O povo tem vindo a provar que a política de intimidações e violência não o desencoraja no momento crucial de dar o sim ou o não ao seu próprio futuro", declarou Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), no discurso proferido durante a tomada de posse, que decorreu no Palácio de Lahane, a sul de Díli.

De acordo com as palavras do novo primeiro-ministro timorense, os resultados da eleição do passado dia 30 de Junho são “absolutamente inequívocos” e abrem um novo ciclo na vida política do país, que “revela a vontade de mudança dos timorenses”.

Entre as prioridades do novo governo, Xanana destacou uma transformação radical do Estado que denuncie o partidarismo existente na Administração Pública e a aplicação de um novo sistema fiscal, de acordo com a proposta feita pelo Presidente da República, José Ramos-Horta.

Em protesto, nenhum dirigente da Fretilin compareceu à cerimónia da tomada de posse. Esta força política, que venceu as eleições do passado dia 30 de Junho sem maioria absoluta, já tinha feito saber que não ia cooperar com o novo governo e que ia recorrer para os tribunais da decisão tomada por Ramos Horta, de convidar Xanana Gusmão a formar governo.

Recorde-se que após as eleições do passado dia 30 de Junho, o CNRT, a coligação ASDT-PSD e o PD fizeram um acordo constituindo a Aliança para a Maioria Parlamentar (AMP), de forma a conseguir dominar no Parlamento

Anónimo disse...

no blog 'do alto do tatamailau'
http://tatamailau.blogspot.com/
07 Agosto 2007

"'tadinha da ONU!... Que mais lhe irá acontecer?!...

Não! Não me apetece comentar directamente a designação do sr. Alexandre Gusmão para quarto Primeiro --- sim: quarto primeiro ministro em cerca de um ano!... --- de Timor Leste. Mas dei comigo a pensar nas desgraças que acontecem a quem anda à chuva...
Já repararam que a ONU em Timor está, objectivamente, não só a tentar evitar que os timorenses "se comam uns aos outros" --- passe a liberdade e exagero da expressão --- mas também a proteger as instituições timorenses, designadamente o novo governo?
Tendo sido este designado de uma forma que, nitidamente, levanta muitas dúvidas sobre a sua constitucionalidade --- eu não as tenho (vd posts anteriores...) ---, podemos perguntarmo-nos sobre se a ONU não estará (objectivamente, como dissemos) a proteger uma situação ferida de inconstitucionalidade.
Para o que ela estava reservada, coitada! Que angústia existencial! A instituição que é (?) o paradigma da democracia e do rule of law à escala mundial metida numa tal salganhada...
Porém, o pior é que não há, aparentemente, qualquer sinal de desconforto perante a situação...
Coitada!... Calculo a angústia que deve sentir! Deve estar pior que o guarda-redes antes do penalti!...
Que mais lhe irá acontecer?!..."

Anónimo disse...

in http://timorlorosaenacao.nireblog.com/

08/08/2007 GMT 9
A TOMADA DE POSSE DO POSSESSIVO ALEXANDRE GUSMÃO
timor-lorosae-nacao @ 18:57

"DISCURSO “DURACEL” NA POSSE DE GOVERNO EFÉMERO

Costuma-se dizer que quem muito fala pouco acerta e essa verdade tem vindo a espelhar-se na figura e procedimentos da maior decepção timorense de todos os séculos: Xanana Gusmão. Como habitualmente, o empossado primeiro-ministro de alguns timorenses, discursou, discursou, discursou – tipo duracel – e quase adormeceu a assistência.

Como quase sempre, o discurso estava repleto de “palha” e das inverdades que caracterizam o autor, tendo dado para alguns sorrirem amareladamente quando afirmou que o seu mandato de primeiro-ministro revelava “a vontade política de mudança dos timorenses” e que era um sinal de confiança nele… Mas que grande descaramento! Não saberá este senhor Alexandre Gusmão que as eleições legislativas representaram exactamente o contrário para ele? Que na realidade somente pouco mais de vinte por cento dos eleitores confiam nele? Que ao propor-se a eleições fez com que se provasse nas urnas que a maioria dos timorenses o consideram traidor – como se diz amiúde e reza nas paredes – ou pelo menos desonesto?

Declarou o agora primeiro-ministro que quer uma “transformação radical do Estado que denuncie o partidarismo existente na Administração Pública”… É verdade que existem “favorecidos partidários” na referida Administração, mas não é menos verdade que ele próprio meteu várias “cunhas” para amigos dele que actualmente fazem parte dela. É verdade que há muitas coisas para mudar, mas aquilo que este PM vai fazer é a “caça às bruxas”, é a perseguição aos funcionários do Estado que não estejam por ele e deixou isso bem indiciado neste seu discurso.

A longevidade do cacófono discurso será impossível de aqui “descascar” convenientemente e com justeza argumentativa sem dar uma grande “seca” aos leitores e sem deixar “assentar a poeira” e analisá-lo tim-tim-por-tim-tim, mas em vez disso será notável terminar com a referência a pequenos pormenores extra-cerimónia que passaram despercebidos para muitos mas não para alguns dos presentes… Descreveram como bastante significativo o esfusiante semblante do agora PM quando se apercebeu da ausência de uma representação do maior partido timorense, a Fretilin, e o seu comentário em surdina de “ainda bem, é sinal que vão desaparecer de vez” (sorrisos). São atitudes destas que revelam quem é este agora PM e aquilo que ele persegue, de nada servindo os lamentados comentários de conveniência sobre a ausência da oposição democraticamente eleita.

Não perceberá o senhor primeiro-ministro de agora que esta manifestação de contestação da Fretilin não foi tomada de ânimo leve e que tem toda a razão de existir e persistir? Julgará o senhor Alexandre Gusmão que os timorenses não sabem aquilo que ele quer fazer e que exactamente por isso o penalizaram com uma votação que o frustrou, retirando-lhe a confiança? É verdade que tem o apoio do seu grande amigo Ramos Horta, agora Presidente da República, mas não deixa de ser verdade que Ramos Horta sabe mais com os olhos fechados que este PM com os seus todos muito abertos e que é muito provável que esta seja a última oportunidade que tem para fazer prevalecer a sua incompetência, intolerância, falsidade e absolutismo dissimulado. O tempo dirá sobre quem é este PM porque a verdade vem sempre ao de cima e este Governo não veio para durar mas sim mostrar a todos nós como será um Governo efémero."

Anónimo disse...

Timor: Xanana diz ser «imperativo reflectir sobre a crise»
Diário Digital / Lusa
08-08-2007 9:29:00
O novo primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, passou hoje em revista a crise de 2006 no seu discurso de posse, defendendo as recomendações do relatório independente sobre os acontecimentos de há um ano.
Xanana Gusmão recordou também que o extenso relatório sobre a ocupação indonésia feito pela Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (CAVR), «Chega!», «precisa de ser bem digerido».
«É imperativo reflectir sobre estes acontecimentos, apurar responsabilidades e resolver os estigmas da crise», declarou o novo primeiro-ministro na posse do IV Governo Constitucional.
«Parece-me óbvio prosseguir com as recomendações do relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito [das Nações Unidas], para que o povo entenda o que aconteceu e para que deixem de pairar desconfianças entre os timorenses», acrescentou Xanana Gusmão.
«No ano passado, fomos todos intervenientes e espectadores da história de violência, que continua como um pesadelo pelo nosso passado longínquo e recente», considerou o chefe de Governo, que foi Presidente da República até 20 de Maio deste ano.
«Assistimos decepcionados ao reabrir de feridas que afinal não tinham sido cicatrizadas e ao desabrochar de novas mais profundas», disse.
«Viveu-se um clima político difícil, onde a tolerância deu lugar à corrosão social, a harmonia rendeu-se à violência, onde a paz de espírito cedeu às tentativas de corrupção de mentalidades, onde a dignidade humana ficou sujeita a manipulações políticas, intimidações e ameaças», recordou o ex-chefe de Estado timorense.
«Essa experiência comum ajuda-nos a perceber de onde viemos, a conhecer o que somos, e por isso não podemos ignorar os ensinamentos do passado para compreender as crises na actualidade e, sobretudo, para precaver as futuras», afirmou.
Segundo Xanana Gusmão, «o desejo maior do nosso povo é viver em sossego, livre de perseguições políticas, livre de insegurança quanto à sua vida, livre da ameaça ou violação dos direitos humanos».
«O povo de Timor-Leste quer viver em paz, sem tiros, sem guerra, seja entre timorenses seja com qualquer outro povo», considerou ainda o primeiro-ministro.
O longo discurso de posse de Xanana Gusmão terminou com uma declaração de «não à violência, viva Timor-Leste».

Anónimo disse...

Timor na imprensa brasileira.
Disputa política, confrontos de rua, enfim, um TL que insiste em não achar um rumo para o desenvolvimento e redução das desigualdades. Maluquice esta do Xanana em não chamar a Fretilin para participar do governo. Logo o partido mais votado!
Obs. O presidente Lula esteve no México e na Guatemala para assinar acordos de transferência de tecnologia em biodiesel e alcool combustível. Quem sabe ainda chega a vez de Timor?
Saudações
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Timor: Rogério Lobato retirado de avião por ordem ministerial
Diário Digital / Lusa
08-08-2007 11:30:00

O ex-ministro timorense Rogério Lobato foi hoje retirado de um avião fretado que o deveria transportar de Díli para Kuala Lumpur por ordem da nova ministra da Justiça, Lúcia Lobato.
Rogério Lobato, que cumpre uma pena de sete anos e meio de cadeia por envolvimento na distribuição de armas a civis, tinha embarcado num voo charter para se deslocar à capital da Malásia para tratamento médico, mas foi retirado do avião por elementos dos serviços prisionais.
A ordem para se ausentar de Timor-Leste para se sujeitar a uma intervenção cirúrgica ao coração tinha sido dada a 03 de Agosto pelo juiz do processo, segundo disse à Lusa fonte judicial.
Uma segunda autorização foi dada hoje, mas a partida do avião do aeroporto internacional de Díli foi impedida pela torre de controlo por ordens de Lúcia Lobato, prima do ex-ministro, disse à Lusa um dos responsáveis pelo aeroporto.
Com o ex-ministro do Interior estavam mais cinco pessoas da sua família que também seguiriam para Kuala Lumpur.
Há cerca de duas semanas, Rogério Lobato foi transferido da cadeia de Bécora para o Hospital Nacional Guido Valadares por razões de saúde.

Anónimo disse...

Cerimónia rodeada de fortes medidas de segurança
Xanana Gusmão presta juramento como primeiro-ministro e promete unir o país

Público, 08.08.2007 - 11h22

O ex-Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão prestou hoje juramento como primeiro-ministro. Um dos principais objectivos do seu mandato é a unificação do país desestabilizado por actos de violência, pobreza e desemprego.

“Juro perante Deus, perante o povo e pela minha honra desempenhar com lealdade as funções que me foram atribuídas”, afirmou no seu discurso de investidura pronunciado em Português no Palácio Presidencial de Díli, rodeado de fortes medidas de segurança.

“Respeitarei a Constituição e as leis e dedicarei a minha energia para a defesa e a consolidação da independência e da unidade nacional”, prometeu Xanana, dois dias depois de ter sido convidado a formar Governo pelo chefe de Estado, José Ramos-Horta. “Este mandato representa claramente a vontade de mudança dos timorenses”, afirmou.

Ontem, a polícia timorense e as forças de segurança internacionais presentes no território dispersaram com gás lacrimogéneo uma centena de manifestantes simpatizantes da Fretilin que se juntaram nas imediações do aeroporto, onde atiraram pedras contra a polícia e queimaram pneus.

O resultado das eleições legislativas provocou um impasse institucional. A Constituição prevê que o primeiro-ministro “seja designado pelo partido que recolha mais votos ou pela aliança de partidos com maioria parlamentar”. O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor (CNRT), fundado pelo ex-presidente Xanana Gusmão, assinou uma aliança com três partidos minoritários para ficar com 65 lugares no Parlamento e formar um Governo de coligação. Mas a Fretilin recusa esta hipótese afirmando que não pode ser deixada de lado, tendo em conta que foi o partido mais votado com perto de 30 por cento dos sufrágios.

Anónimo disse...

"NÃO PARA ISTO QUE LUTEI"

ao que eles chegaram, o poder pelo poder ou será...
tudo pelo petroleo , que se lixe o povo e a democracia .

Mas matenho o sonho de ver Timor Livre e Independente.
Bento Anastacio
Movimento Évora por Timor

Anónimo disse...

Timor: Mais de 50 detenções em Baucau após ataques a bens
Diário Digital / Lusa
08-08-2007 14:41:56

Mais de 50 pessoas foram detidas em resultado dos incidentes registados terça-feira em Baucau, leste de Timor-Leste, disseram hoje à Lusa residentes naquela cidade, a segunda mais importante do país.
A tensão verificada ao longo de terça-feira, marcada pela destruição de edifícios do Estado e bens da Diocese de Baucau e de privados foi hoje atenuada com a chegada de dois veículos blindados e de um veículo todo-o-terreno do sub-agrupamento Bravo da GNR, que integra a polícia das Nações Unidas (UNPOL), coincidiram testemunhos de residentes contactados telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa.
As detenções foram efectuadas por agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste e por efectivos da UNPOL estacionados em Baucau, que dista 120 quilómetros de Díli.
Os causadores dos incidentes, alegados apoiantes da Fretilin, expressaram de forma violenta o protesto pela escolha de Xanana Gusmão para liderar o IV Governo Constitucional, hoje empossado na capital timorense pelo Presidente José Ramos-Horta.
O reforço da segurança em Baucau está também desde hoje a ser protagonizado por militares timorenses, pertencentes ao 1º Batalhão das Falintil -Forças Armadas de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), aquartelado junto ao aeroporto da cidade, adiantaram os residentes contactados pela Lusa.
Em resultado dos incidentes, o comércio em Baucau manteve hoje as portas fechadas e o mercado novo, localizado na parte alta da cidade também não funcionou, por ausência de comerciantes.
Entre os bens públicos e privados destruídos terça-feira figura a sede da Fundação Alola, uma instituição não-governamental que presta assistência em diferentes sectores e gere diversos programas de formação e ajuda, fundada e dirigida por Kirsty Sword-Gusmão, mulher do ex-Presidente da República e novo primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.
Na mesma área de Baucau, em Vila Nova, na parte alta da cidade, foi incendiado o restaurante Benfica e o edifício da Administração Estatal, e ainda a parede exterior da antiga gráfica da diocese, onde ainda funciona a administração, depois de a tipografia ter sido transferida para a parte alta da cidade.
Um incêndio destruíu igualmente o infantário da Caritas diocesana, embora um residente ouvido terça-feira pela Lusa tenha refirido que «o ataque encobriu provavelmente um roubo, porque o recheio do infantário foi levado pelos atacantes».
Outros estragos verificaram-se na Pousada do Bom Sossego e na residência dos professores portugueses, que ficaram unicamente com parte dos vidros partidos devido ao arremesso de pedras.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=289553

Anónimo disse...

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Cerimónia rodeada de fortes medidas de segurança
Xanana Gusmão presta juramento como primeiro-ministro e promete unir o país
08.08.2007 - 11h22

O ex-Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão prestou hoje juramento como primeiro-ministro. Um dos principais objectivos do seu mandato é a unificação do país desestabilizado por actos de violência, pobreza e desemprego.

Comentários:

Mesmo não sendo timorense sinto cá uma raiva...
Por Zé Guilherme, Vila Nova de Gaia
Para mim e para muitos timorenses (os puros), a maioria, Xanana como político é uma nulidade e como homem a vergonha das vergonhas... Hoje 1º ministro, amanhã coveiro de Timor...

Desonestidade tem limites
Por Anónimo, NY
Mudança como diz o Ramos Horta, esqueceu-se que o partido mais votado foi a Fretilin? E o Xanana diz que jura perante o povo desempenhar com lealdade, quando ele não respeita esse mesmo povo! Diz que vai unir os timorenses não me faça rir, internacionalmente, eu e muita gente para Timor enquanto voces estiverem no poder nem um chavo, democracia sim, desonestidade não.

Embuste
Por ernesto, algueirão
O Xanana perdeu a vergonha e junto ao Ramos Horta formam o maior embuste em Timor, julgam-se donos de Timor, perdeu limpo nos votos e o amigo indigita-o como 1º ministro e a comunidade mundial aplaude, o Chavez é eleito democraticamente pede ao povo em referendo para que alterem a constituição e ganha é chamado ditador, que contradição!

Frete à Australia, USA e Vaticano
Por João Lopes, Samora Correia
Este mandato representa tão somente fazer o frete aos australianos e norte-americanos e acabar o golpe que começou há dois anos com a benção da Igreja do Vaticano. Os três – Austrália, USA e Vaticano – estão com pressa em deitar a mão ao gás e petróleo do Mar de Timor, por isso investiram nessa parelha de palhaços no Horta e no Xanana.

Até têm o porta-voz das milícias indonésias! Vergonha!
Por Luis Simões, Almada
Até têm como ministro o porta-voz dos vermelhos e brancos que entre outros "feitos" mataram à catanada 25 timorenses que se tinham abrigado na igreja de Liquisa. Fora com estes assassinos usurpadores! Abaixo o Horta e o Xanana! Abaixo os traidores!

É mentira isto do "impasse"
Por Margarida, Amadora
É mentira que as eleições tenham provocado um “impasse constitucional”. As eleições elegeram a Fretilin em primeiro lugar que ficou claramnte à frente do CNRT com mais 5 % - isto é a Fretilin teve 29% e o CNRT 24% e NINGUÉM contestou os resultados eleitorais. A nomeação do Gusmão é uma burla aos Timorenses que votaram na Fretilin para governar e é apenas mais um frete a Australianos e Norte-americanos, aliás os únicos que há data já o felicitaram.

PALHAÇADA...
Por Gil, Porto
É uma autentica palhaçada... Como em portugal... Vira o disco e toca o mesmo... Os "tachos" são sempre para os mesmos, mas o povo não aprende...Volta Indonésia, estás perdoada... Enfim, Oligarquias...
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1301697&showComment=1

Anónimo disse...

E o Governo de Portugal?
Nem cumprimentos conhecidos, nes "descumprimentos"; só GNR?
Deve estar de ferias...

Anónimo disse...

Timor: Rogério Lobato, «legalmente fora do país» - advogado
Diário Digital / Lusa
08-08-2007 17:48:00

Rogério Lobato vai passar a noite na zona internacional do aeroporto de Díli, dentro do avião que o levará, quinta-feira de manhã, para fora de Timor-Leste, afirmou à agência Lusa no local o advogado do ex-ministro do Interior.
«Rogério Lobato já está na zona internacional e não pode ser retirado porque passou os Serviços de Imigração e tem o passaporte carimbado», afirmou à Lusa o advogado Paulo dos Remédios, que defendeu o ex-ministro do Interior no processo em que foi acusado pela entrega de armas a civis durante a crise de 2006, em que foi condenado a sete anos e meio de prisão.
No final de uma longa «negociação» entre o ex-ministro do Interior e a nova ministra da Justiça, Lúcia Lobato, dentro do avião, «ficou decidido que a família vai para casa descansar e Rogério Lobato e a mulher e o médico ficam no avião», explicou Paulo dos Remédios.
«O avião só tem quatro camas» e não tinha condições para acomodar os sete passageiros que estavam a bordo ao princípio da tarde para viajar para Kuala Lumpur.
A espera que se seguiu à proibição da descolagem foi tão longa, desde as 14:00 locais (06:00 em Lisboa), que as baterias do aparelho descarregaram e foi necessário trazer um gerador móvel, cerca das 22:00, para assegurar de novo iluminação dentro da aeronave.
Paulo dos Remédios confirmou que, como a Lusa noticiou em primeira-mão, a autorização do juiz do processo para a saída do país do ex-ministro «foi assinada dia 03 de Agosto ao final do dia».
«Rogério Lobato está muito fraco e muito cansado, devido ao problema cardíaco. Sair do avião de novo aumentaria o stress e o médico está a prestar-lhe assistência», explicou o advogado junto à porta do avião.
«Este impedimento de viajar foi um choque para Rogério Lobato, mais um choque desnecessário, sem qualquer cobertura legal».
Paulo dos Remédios afirmou à Lusa que «até agora não há qualquer documento assinado para impedir a saída de Rogério Lobato, contrariando a ordem do tribunal, porque apenas existiu uma ordem verbal para a torre de controlo do aeroporto».
O Presidente da República, José Ramos-Horta, garantiu a Estanislau da Silva, ao final do dia, que Rogério Lobato partiria quinta-feira de manhã, declarou à Lusa o - desde hoje - ex-primeiro-ministro e dirigente da Fretilin, partido de qual o ex-ministro do Interior foi vice-presidente até à sua condenação.

Anónimo disse...

Timor-Leste:«Não misturem a família», diz ministra da Justiça sobre caso Rogério Lobato
Expresso, 08/08/07

Díli, 08 Ago (Lusa) - Lúcia Lobato defendeu hoje como "o cumprimento do papel de ministra da Justiça" a decisão de suspender a saída do país de Rogério Lobato, seu tio, e pediu que não se misturassem relações familiares com funções políticas.

"Não misture as coisas por favor. Temos relações familiares mas estou a cumprir o meu papel como ministra da Justiça que tem a ver com o processo", respondeu Lúcia Lobato à agência Lusa, cerca das 23:00 (15:00 em Lisboa), quando questionada sobre a reacção da família Lobato à suspensão da autorização de saída do país para tratamento médico do ex-ministro do Interior timorense.

"Estão em causa garantias do arguido e garantias do Estado", afirmou a nova ministra da Justiça, que hoje tomou posse juntamente com a maioria do novo executivo de Timor-Leste, chefiado por Xanana Gusmão.

"Estamos a lidar com a segurança de Rogério Lobato e com a sua própria saúde e também com a segurança do Estado", sublinhou Lúcia Lobato em declarações aos jornalistas no aeroporto de Díli.
Rogério Lobato, que desde Março de 2006 é assistido regularmente na Malásia devido a um problema cardíaco grave, deve sujeitar-se a uma intervenção cirúrgica urgente num hospital de Kuala Lumpur.

O ex-ministro do Interior foi autorizado dia 03 de Agosto pelo juiz do processo, Ivo Rosa, a receber tratamento médico no estrangeiro, confirmou a Lusa junto de fonte judicial e do advogado de Rogério Lobato, Paulo dos Remédios.

A ministra da Justiça, que impediu a descolagem do avião fretado para Rogério Lobato, poucas horas depois da posse do IV Governo Constitucional, afirmou que "não está em causa a decisão do juiz" mas sim "a confirmação dos procedimentos administrativos posteriores".

O Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, que esteve no aeroporto com Lúcia Lobato, explicou à Lusa que "as autoridades da Malásia e de Singapura não estavam ao corrente da saída de Rogério Lobato".

Longuinhos Monteiro acrescentou que "não se trata de interferência no processo judicial mas de garantias entre Estados, de Governo a Governo", para que Rogério Lobato tenha a segurança devida e haja garantias de que regressa a Timor-Leste depois do tratamento autorizado pelo juiz.
"É uma bomba para mim, no primeiro dia como ministra", comentou Lúcia Lobato.

"É um longo processo de que eu preciso de me inteirar mas ainda não tive tempo porque apenas hoje iniciei as minhas funções", esclareceu.

Lúcia Lobato salientou que, durante a tarde e noite, juntou os esforços do Governo, da Procuradoria-Geral da República, dos Serviços de Imigração para resolver a situação e inteirar-se do processo.

"Apenas estou a fazer o meu trabalho", concluiu a ministra da Justiça.

Entretanto, o Presidente da República, José Ramos-Horta, garantiu a Estanislau da Silva, ao final do dia, que Rogério Lobato partiria quinta-feira de manhã, disse à Lusa aquele dirigente da Fretilin, partido do qual o ex-ministro do Interior foi vice-presidente até ser condenado a sete anos e meio de prisão por armar milícias "com o objectivo de eliminar adversários políticos", segundo a acusação.

PRM.
http://expresso.clix.pt/Lusa/Interior.aspx?content_id=410767

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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