quinta-feira, agosto 09, 2007

A TOMADA DE POSSE DO POSSESSIVO ALEXANDRE GUSMÃO

in http://timorlorosaenacao.nireblog.com/08/08/2007 GMT 9
timor-lorosae-nacao @ 18:57

"DISCURSO “DURACEL” NA POSSE DE GOVERNO EFÉMERO

Costuma-se dizer que quem muito fala pouco acerta e essa verdade tem vindo a espelhar-se na figura e procedimentos da maior decepção timorense de todos os séculos: Xanana Gusmão. Como habitualmente, o empossado primeiro-ministro de alguns timorenses, discursou, discursou, discursou – tipo duracel – e quase adormeceu a assistência.

Como quase sempre, o discurso estava repleto de “palha” e das inverdades que caracterizam o autor, tendo dado para alguns sorrirem amareladamente quando afirmou que o seu mandato de primeiro-ministro revelava “a vontade política de mudança dos timorenses” e que era um sinal de confiança nele… Mas que grande descaramento! Não saberá este senhor Alexandre Gusmão que as eleições legislativas representaram exactamente o contrário para ele? Que na realidade somente pouco mais de vinte por cento dos eleitores confiam nele? Que ao propor-se a eleições fez com que se provasse nas urnas que a maioria dos timorenses o consideram traidor – como se diz amiúde e reza nas paredes – ou pelo menos desonesto?

Declarou o agora primeiro-ministro que quer uma “transformação radical do Estado que denuncie o partidarismo existente na Administração Pública”… É verdade que existem “favorecidos partidários” na referida Administração, mas não é menos verdade que ele próprio meteu várias “cunhas” para amigos dele que actualmente fazem parte dela. É verdade que há muitas coisas para mudar, mas aquilo que este PM vai fazer é a “caça às bruxas”, é a perseguição aos funcionários do Estado que não estejam por ele e deixou isso bem indiciado neste seu discurso.

A longevidade do cacófono discurso será impossível de aqui “descascar” convenientemente e com justeza argumentativa sem dar uma grande “seca” aos leitores e sem deixar “assentar a poeira” e analisá-lo tim-tim-por-tim-tim, mas em vez disso será notável terminar com a referência a pequenos pormenores extra-cerimónia que passaram despercebidos para muitos mas não para alguns dos presentes… Descreveram como bastante significativo o esfusiante semblante do agora PM quando se apercebeu da ausência de uma representação do maior partido timorense, a Fretilin, e o seu comentário em surdina de “ainda bem, é sinal que vão desaparecer de vez” (sorrisos). São atitudes destas que revelam quem é este agora PM e aquilo que ele persegue, de nada servindo os lamentados comentários de conveniência sobre a ausência da oposição democraticamente eleita.

Não perceberá o senhor primeiro-ministro de agora que esta manifestação de contestação da Fretilin não foi tomada de ânimo leve e que tem toda a razão de existir e persistir? Julgará o senhor Alexandre Gusmão que os timorenses não sabem aquilo que ele quer fazer e que exactamente por isso o penalizaram com uma votação que o frustrou, retirando-lhe a confiança? É verdade que tem o apoio do seu grande amigo Ramos Horta, agora Presidente da República, mas não deixa de ser verdade que Ramos Horta sabe mais com os olhos fechados que este PM com os seus todos muito abertos e que é muito provável que esta seja a última oportunidade que tem para fazer prevalecer a sua incompetência, intolerância, falsidade e absolutismo dissimulado. O tempo dirá sobre quem é este PM porque a verdade vem sempre ao de cima e este Governo não veio para durar mas sim mostrar a todos nós como será um Governo efémero."

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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