quarta-feira, outubro 31, 2007

CHUVAS ALAGAM CAMPOS DE REFUGIADOS PERANTE A INDIFERENÇA DA ONU E DO GOVERNO TIMORENSE

Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
Blog Timor Lorosae Nação

ISF DISPARAM CONTRA TIMORENSES INDEFESOS

Campos de refugiados alagados, tendas que deixam passar águas das chuvas, dejectos espalhados pelos campos e total indiferença dos governantes timorenses assim como da ONU estão a dar origem a ondas de revolta que os militares australianos vão reprimindo violentamente, inclusive com disparos de automáticas.

Os campos de Metinaro e de Comoro são os que se encontram em condições mais desesperadas e que manifestaram o seu desagrado após o governo ter enviado retalhos de lonas em vez de tendas para abrigar convenientemente os milhares de timorenses que continuam nos campos de deslocados.

A escassez de alimentos também é causa dos protestos dos timorenses. A promessa de altos responsáveis sobre o envio de géneros alimentícios, arroz, não passou disso mesmo, tendo sido só promessa.

Um elemento da Comissão de Comoro denunciou a brutalidade com que os militares australianos atacaram os manifestantes dos campos, salientando que se registam dois feridos por via "de bala, que foram transportados para o hospital".

Este elemento de Comoro anunciou também a detenção do responsavel do campo de Metinaro, afirmando que amanhã se deslocarão ao Parlamento Nacional para expôr a situação, exigir a libertação do deslocado do campo de Metinaro e "reclamar pela grande violência com que os militares australianos actuaram frente a timorenses indefesos".
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TL/TLN

Australianos disparam em campo de refugiados do aeroporto

Pelas 17:00 os militares australianos abriram fogo sobre civis no campo do aeroporto na sequência de distúrbios. Ainda não existe confirmação de quantas vítimas e do seu estado, mas existe pelo menos um ferido que foi transportado para o hospital de Díli.

Também houve distúrbios no campo de refugiados de Metinaro. O governo prometeu distribuir arroz e tendas e hoje e em vez disso hoje apenas tinha lonas...

O campo está inundado devido à chuva e as pessoas amontoam-se na estrada para dormir. O chefe do campo de Metinaro foi preso por desacatos.

Barco a arder no porto de Díli hoje à hora de almoço


Segundo testemunhas o barco começou a arder quando estava a ser atestado com combustível.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 31 October 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

Mario: electricity case is related to the statement of Fretilin boycotting the Government

The member of national parliament from the Social Democratic Party (PSD), Mario Carrascalão said the electricity problem in Dili could be related to Fretilin’s pledges to boycott the alliance government.

“We could associate this issue with the statement by Mari Alkatiri, but it needs to be proven,” said Mr. Carrascalão on Tuesday (30/10) in the National Parliament. (STL)

Electricity problem, a test for the Alliance Government

Prime Minister Kayrala Xanana Gusmão said that the electricity problem could be considered as a test for the Alliance government.

“The electricity problem is a test for the recent government, but some officers of the power station are still defending the problem. This should be investigated further,” said the Prime Minister after meeting with the officers of power station on Monday (29/10) in Comoro, Dili. (STL)

Police to hunt for the actors of violence in Dili

The State Secretary of Security Francisco Guterres said that he will give instructions to the police department to hunt for the actors involved in the violence in Dili.

“The police will hunt for the actors or anyone else who was involved in violence. Now the PNTL will deploy the Rapid Intervention Unit (UIR) to work together with GNR in a joint patrol to attend to any violent activities,” said Mr. Guterres on Tuesday (30/10).

Mr. Guterres also said that the Government has discussed with United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) to establish more police stations which will be functional in a short time. (STL)

May 25 2006 case: Paulo Martins to obey the decision of the court

Former General Commander of National Police of Timor-Leste (PNTL), Paulo Martins has agreed with the decision of Dili District Court to reject his written testimony in the case of May 25, 2006.

“This is the competence of the court; I have to act upon it,” said Mr. Martins on Tuesday (30/10)

Paulo was asked by the court to give his testimony directly or in written form, but the Court decided not to have his testimony in written form. (STL)

Alkatiri making political accusation

The Secretary-General of Fretilin, Mari Alkatiri said that the current Prime Minister Xanana Gusmão was behind all the violence that has occurred.

The newspaper (STL) said that the statement of Mr. Alkatiri is different from the statement of President José Ramos-Horta during the Presidential election campaign.

“Fretilin is creating propaganda to make me and Xanana step down,” STL quoted the President as saying. (STL)

Claudio Ximenes: “There is still no law for the private lawyer”

President Court of Appeal Claudio Ximenes said that until now there is still no law for private lawyers to work on cases.

Mr. Ximenes also said that there is no law to regulate the private lawyers in assisting their clients or suspects.

The President of the Court of Appeal revealed that there should be more training for judges. (DN)

TRADUÇÃO:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quarta-feira, 31 Outubro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e o seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou de qualquer forma implícito. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência que resulte da publicação da ou do confiar em tais artigos ou traduções."
Relatos dos Media Nacionais

Mário: o caso da electricidade está relacionado com a afirmação da Fretilin de boicotar o Governo

O deputado do PSD, Mário Carrascalão disse que o problema da electricidade em Dili pode estar relacionado com as promessas da Fretilin de boicotar o governo da aliança.

“Podemos associar esta questão com a afirmação de Mari Alkatiri, mas isso precisa de ser provado,” disse o Sr. Carrascalão na Terça-feira (30/10) no Parlamento Nacional. (STL)

Problema da Electricidade, um teste para o Governo da Aliança

O Primeiro-Ministro Kayrala Xanana Gusmão disse que o problema da electricidade podia ser considerado um teste para o governo da Aliança.

“O problema da electricidade é um teste para o governo recente, mas alguns funcionários da estação de energia ainda defendem o problema. Isto devia ser mais investigado,” disse o Primeiro-Ministro depois de se encontrar com funcionários da estação de energia na Segunda-feira (29/10) em Comoro, Dili. (STL)

Polícia à procura de actores da violência em Dili

O secretário de Estado da Segurança Francisco Guterres disse que deu instruções ao departamento da polícia para procurarem os actores envolvidos na violência em Dili.

“A polícia vai procurar os actores ou alguém que tenha estado envolvido na violência. Agora a PNTL para destacar a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) para trabalhar juntamente com a GNR em patrulhas que atendam quaisquer actividades violentas,” disse o Sr. Guterres na Terça-feira (30/10).

O Sr. Guterres disse ainda que o Governo tinha discutido com a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) estabelecer mais estações da polícia que estejam funcionais a curto prazo. (STL)

Caso de 25 de Maio de 2006: Paulo Martins obedece à decisão do tribunal

O antigo comandante Gerald a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), Paulo Martins concordou com a decisão do Tribunal do Distrito de Dili District de rejeitar o testemunho escrito no caso de 25 de Maio de 2006.

“Esta (decisão) é da competência do tribunal; tenho de actuar conforme,” disse o Sr. Martins na Terça-feira (30/10)

O tribunal pediu a Paulo para dar o testemunho directamente e não por escrito, mas o tribunal decidiu não ter o testemunho dele de forma escrita. (STL)

Alkatiri faz acusações políticas

O Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatiri disse que o corrente Primeiro-Ministro Xanana Gusmão esteve por detrás da violência que ocorreu.

O jornal (STL) disse que a afirmação do Sr. Alkatiri é diferente da afirmação do Presidente José Ramos-Horta durante a campanha para as eleições Presidenciais.

“A Fretilin está a criar a propaganda para fazer com que eu e Xanana saiamos,” citou o STL como tendo dito o Presidente. (STL)

Cláudio Ximenes: “Não há ainda lei para advogados privados”

O Presidente do Tribunal de Recursos Cláudio Ximenes disse que até agora não há lei para advogados privados trabalharem nos casos.

O Sr. Ximenes disse também que não há nenhuma lei para regular os advogados privados na assistência a clientes ou suspeitos.

O Presidente do Tribunal de Recursos revelou que deve haver mais formação para os juízes. (DN)

O estilo do ditadorzeco...


Jornal de Notícias
Falta de energia em Díli assusta Xanana Gusmão
NUNO VEIGA / LUSA

Primeiro-ministro vai propor que clientes com mais dinheiro paguem tarifas de electricidade mais caras

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou ter ficado "assustado" após uma visita à central de produção de energia da Electricidade de Timor-Leste (EDTL), em Comoro, Díli, onde a maioria dos geradores está sem funcionar por falta de manutenção. Durante a visita, Xanana Gusmão interrogou os responsáveis da nova empresa que gere a central, a Manitoba Hydro International, sobre as razões do racionamento na rede pública da capital. "Dos oito geradores oferecidos pela Noruega a Timor-Leste, apenas três estão a funcionar", explicou Xanana Gusmão, insistindo em mostrar as máquinas avariadas à imprensa, uma por uma, no meio do ruído ensurdecedor da central.

Xanana Gusmão anunciou que vai propor em Conselho de Ministros, amanhã, que "os clientes com mais dinheiro" da EDTL paguem tarifas mais caras de electricidade ou que recorram aos seus próprios geradores a gasóleo. Entre esses clientes estão "empresas, hotéis e restaurantes".

O primeiro-ministro lançou também um apelo para a contenção do consumo, propondo que os serviços públicos reduzam drasticamente o uso de aparelhos de ar condicionado.

Xanana Gusmão deixou uma "recomendação" para a Manitoba Hydro no final da sessão de perguntas "Ou fazem o vosso trabalho ou são despedidos".

O aviso foi repetido no momento do último aperto de mão com o director da empresa canadiana, no final de uma visita em que Xanana Gusmão falou com indignação - até ficar rouco - do estado em que se encontra a central da EDTL.

"O senhor entende? Como se diz na nossa terra: saaaai!", afirmou Xanana Gusmão, para gáudio dos mecânicos da EDTL que, no final da visita, rodeavam e ouviam o primeiro-ministro como as tropas ouvem um comandante.

"Isto não é culpa deste governo mas do governo anterior, que não tinha competência nem espírito para realizar a manutenção de máquinas que nos foram oferecidas", acusou o primeiro-ministro.

"Os geradores estão estragados, como os Tata que estão arrumados a um canto", ironizou Xanana Gusmão, numa alusão aos veículos de fabrico indiano adquiridos pelas Nações Unidas, sem contrato de manutenção ou assistência, e herdados pelo Estado timorense. O responsável da empresa que gere a produção e abastecimento de electricidade em Díli disse, entretanto, à Lusa que os cortes de energia "vão continuar". "Os quatro geradores que vão ser comprados este ano serão para permitir a manutenção dos que estão a funcionar agora", anunciou Sabir Hussain.

Dos Leitores

Cobramalai deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Juiz do caso Reinado escreve a brigad...":

Como diz o juiz Ivo Rosa, as ADF estão convocadas no território para estabelecer e manter a ordem pública. um fugitivo à justiça, armado e com um grupo de homens armados, de quem há conhecimento de efectuar actos intimidatórios às populações, inscreve-se tanto ou mais nas funções das ADF como qualquer outro timorense que atire pedras aos carros que passam, ou esteja a atear fogos a casas.

seria bom ver as ADF cumprirem os seus deveres sem inclinações/declinações circunstanciais de sabor ao vento político, como o tem feito este senhor juiz desde que iniciou a sua "missão" em Timor.

Timor-Leste: Juiz do caso Reinado escreve a brigadeiro australiano

Lusa - 30 de Outubro de 2007, 07:55

Díli - O juiz do processo contra Alfredo Reinado pediu ao comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) que prendam o major fugitivo e apreendam as suas armas, numa carta a que a Agência Lusa teve hoje acesso.

"A detenção dos arguidos em fuga e apreensão das armas que estão na sua posse enquadra-se no âmbito das competências das ISF em Timor-Leste", escreveu o juiz Ivo Rosa numa carta endereçada ao brigadeiro John Hutcheson, comandante das ISF, e ao comandante da Polícia das Nações Unidas, Rodolfo Tor.

Alfredo Reinado evadiu-se de uma prisão em Díli a 30 de Agosto de 2006, com um grupo de homens que, "desde essa data, estão em fuga à acção da justiça sem que haja nos autos qualquer informação sobre o seu paradeiro", constata o juiz Ivo Rosa.

Na sua carta ao brigadeiro australiano, o juiz analisa os diversos acordos assinados entre Timor-Leste, a Austrália e as Nações Unidas sobre o mandato das ISF e as suas obrigações no país.

O primeiro documento citado é o pedido de assistência militar e policial formulado pelo Governo de Timor-Leste ao Governo da Austrália, em Maio de 2006.

O magistrado português recorda os contornos do Acordo entre Estados através da carta datada de 26 de Maio de 2006, subscrita pelo então chefe da diplomacia timorense, José Ramos-Horta, na sequência da nota 159-06 remetida pela embaixada da Austrália em Díli.

Foi através deste documento que o Acordo e respectivo Anexo foi aceite.

Ivo Rosa recorda também o posterior Acordo Trilateral, assinado em 26 de Janeiro de 2007 entre a Austrália, Timor-Leste e a missão da ONU (UNMIT), para a cooperação entre as ISF e a UNMIT.

"O destacamento que foi solicitado de elementos da Força de Defesa Australiana (Australian Defence Force, ADF) destina-se a prestar assistência a Timor-Leste no restabelecimento da segurança, confiança e paz em Timor-Leste, incluindo assistência no restabelecimento e manutenção da ordem pública", lembra o juiz Ivo Rosa sobre o acordo de Maio de 2006.

"Tais medidas incluirão assistência para garantir a segurança de pessoas e bens e a supressão dos actos de violência e intimidação", acrescenta o juiz na carta obtida pela Lusa.

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar e um dos rostos da crise de 2006, é acusado de um crime de rebelião, oito crimes de homicídio na forma consumada e dez crimes de homicídio na forma tentada.

Ivo Rosa pretende que as ISF prendam o major fugitivo "considerando o facto dos arguidos estarem armados com armas de longo alcance" e recordando "os acontecimentos de Same e as suas consequências".

A 03 de Março de 2007, as ISF tentaram capturar Alfredo Reinado lançando um ataque em Same, Manufahi (sul), de que resultou a morte de quatro homens que estavam com o major.

O juiz do processo sublinha "a manifesta afronta que o arguido Alfredo Reinado e o seu grupo vêm fazendo em relação ao Estado de Direito Democrático".

Alfredo Reinado "abandonou as forças militares, levando consigo armas pertencentes ao Estado Timorense (HK33)", recorda o documento obtido pela Lusa.

"Em face disso, têm vindo a ser provocadas várias situações conducentes à perturbação da ordem e tranquilidade públicas em manifesta afronta aos órgãos constitucionais do Estado", refere-se.

Ivo Rosa lembra ao comandante das ISF que o julgamento de Alfredo Reinado e do seu grupo está marcado para 03 de Dezembro e que "o processo tem natureza urgente face a dois arguidos em prisão preventiva".

Por estas razões, conclui o juiz, "deverão as ISF desenvolver esforços no sentido de ser reposta a estabilidade cumprindo a decisão do Tribunal".

A argumentação de Ivo Rosa, um dos juízes internacionais em serviço no sistema judicial timorense, responde às declarações do brigadeiro John Hutcheson após uma carta anterior do magistrado.

Disse o comandante australiano que "as ISF estão destinadas a intervir em segunda linha como suporte da UNPOL e da PNTL".

John Hutcheson referiu também que as tropas australianas em Timor-Leste "não têm como função localizar pessoas ou proceder a detenções, uma vez que essa é matéria da competência das autoridades policiais e não uma responsabilidade das ISF".

PRM-Lusa/Fim

Primeiro-Ministro ou Fiscal de Geradores?

Blog Timor Lorosae Nação - Terça-feira, 30 de Outubro de 2007

Tibério Lahane

Xanana Gusmão: SAAAAAE...

O incidente de ontem na Manitoba Hydro com Xanana Gusmão está a ter a repercussão que ele pretendia: populismo. Mas essa é a reacção dos facilmente crédulos perante o “mítico guerrilheiro”.

Em meios um pouco menos idólatras, mais objectivos e conhecedores dos meandros da governação e dos poderes existentes já a reacção é bem diferente. A maioria está convencida de que se Xanana continuar assim, sem governar e a fazer mal o pouco que faz, só terá esta alternativa: populismo, política de rua, política de baixeza, política para enganar ainda mais os vinte e tal por cento que nele ainda confiavam.

Temos um primeiro-ministro digno de uma república do coqueiros, não de um país em construção que está a ser pacientemente levado ao colo pela comunidade internacional e, principalmente, pelos portugueses.

O incidente de ontem na Manitoba – conta quem o viu – veio revelar a inépcia de Xanana, primeiro-ministro, no desempenho das suas funções.

Revelou ainda que ele é um ser pensante muito perigoso, que deturpa, mente, manipula a seu belo prazer e que só nisso é mestre.

“Foi rude e homem espectáculo para alimentar mitos que o elevem na consideração dos pobres”.

Este foi um comentário de alguém que presenciou o incidente.

Como nada faz sem pensar previamente aquilo que mais vantagem lhe trará, teve de meter à confusão o anterior governo Fretilin. O governo de Alkatiri, obviamente.

Xanana sabe perfeitamente que a Manitoba está pelos cabelos com Timor-Leste. Que Timor-Leste não cumpre contratualmente aquilo que deve cumprir. Que não existem profissionais que assegurem convenientemente a manutenção dos geradores e restante equipamento. Que a maioria não pagam os consumos, até mesmo o Estado. Que fazem puxadas para tudo e para todos…

Ora se sabe, porquê todo aquele espectáculo? Porquê aquela rudeza calculada mas que demonstra quanto prepotente é capaz de ser? Porquê trazer para a confusão os Tata quando sabe que Timor-Leste não gastou um níquel com essas viaturas?

One man one show, Xanana Gusmão.

Do espectáculo inferiu-se que a falsa função fiscalizadora de Xanana vai calar fundo no coração dos timorenses devastados pela miséria. Já consta que os hotéis e demais casas de mauns bots vão pagar a dobrar os consumos de energia eléctrica. Que Xanana “despede a Manitoba se não der mais luz”…

Reles. Simplesmente reles. Lamentavelmente desenquadrado das verdadeiras funções de um primeiro-ministro. Propaganda tipo banha-de-cobra, provavelmente herdada dos bolorentos manuais de acção-psico da era colonialista.

Para os não incautos, que deram o benefício da dúvida a este primeiro-ministro, foi demonstrado a que extremos Gusmão é capaz de chegar para sabiamente usar a metodologia que afinal tem vindo sempre a aplicar para conseguir as suas finalidades.

Para muitos, Gusmão provou ser um péssimo primeiro-ministro – que não tem de ir para a rua gritar com rudeza e sem razão – e um mau fiscal que só já engana os mais ingénuos.

Em contrapartida é um actor excepcional, apesar de inapropriado para as funções que dele se esperam e para que o empossaram.

Timor-Leste: Acordo fronteiriço com a Indonésia até Janeiro

Lusa - 30 de Outubro de 2007, 15:15

Díli - Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, e da Indonésia, Hassan Wirajuda, anunciaram hoje em Jacarta a assinatura de um acordo fronteiriço entre os dois países até Janeiro.

Hassan Wirajuda explicou à imprensa, após um encontro bilateral, que os dois vizinhos concordaram em cerca de 97 por cento do traçado da fronteira terrestre.

"Precisamos de intervenção política porque algumas fronteiras exigem mais do que uma abordagem apenas jurídica. Mas concordámos em finalizar as negociações até Janeiro", explicou o chefe da diplomacia indonésia.

Hassan Wirajuda acrescentou que Timor-Leste e a Indonésia iniciarão negociações sobre as fronteiras marítimas logo que as fronteiras terrestres estejam definidas.

O anterior traçado de fronteiras entre Timor-Leste e a Indonésia remonta à época colonial e ao acordo e decisão arbitral, em 1904 e 1915, entre Portugal e a Holanda.

Hassan Wirajuda referiu esses acordos entre potências coloniais que, em alguns casos, foram contrariados localmente por práticas tradicionais.

O último ponto onde não havia acordo político sobre a definição da fronteira de Timor-Leste e Indonésia foi ultrapassado a 05 de Junho último, em Jacarta.

Nessa reunião participaram o então primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, actual Presidente, e o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, encontro em que a delimitação de fronteiras ocupou o centro da agenda.

Os dois países tinham anunciado já um acordo político sobre duas pequenas porções de território no enclave de Oécussi, onde Jacarta e Díli propõem que os direitos de soberania sejam conciliados com direitos de utilização pelas populações locais, explicou José Ramos-Horta à Lusa.

Um dos locais situa-se no sub-distrito de Passabe, num terreno onde há hortas de camponeses indonésios.

"A Indonésia reconhece este pedaço de território como sendo de soberania de Timor-Leste, mas desde 1962 que o terreno está ocupado por agricultores indonésios", disse, em Jacarta, o Presidente José Ramos-Horta, à Agência Lusa, durante a sua visita oficial.

Uma situação semelhante, e também relativa a uma área "de um campo de futebol", acontece com o ilhéu de Fatu Sinai, território da Indonésia que é usado há várias gerações pelos timorenses de Oécussi para a realização de cerimónias tradicionais.

Na reunião de Junho em Jacarta, ficou definido que, sem disputar a soberania da Indonésia sobre o ilhéu, um acordo posterior deixará assegurados os direitos de utilização das populações timorenses.

"Existe essa solução entre a Indonésia e a Malásia e entre o Iémen e a Eritreia, por exemplo. Foi uma solução semelhante" que o Presidente timorense propôs, assegurou o chefe de Estado indonésio.

PRM-Lusa/Fim

Dos Leitores

rai deixou um novo comentário na sua mensagem "Ramos-Horta em Portugal no próximo mês":

Uma sugestão , meus amigos :O Sr. Presidente não pode deixar o País nessa data , 12 de Novembro, porque os familiares das vítimas do massacre de Santa Cruz querem saber onde é que foram enterrados os seus filhos ?

Não saia do País meu Presidente !!!

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Entrevista a Ana Gomes":

Subscrevo inteiramente e aplaudo a nota de rodapé.

Uma das pessoas que mais alimentaram as "quezílias", de fora de Timor, foi precisamente Ana Gomes.

As suas declarações e deslocações a Timor durante a "crise" foram quase tantas como as de Howard.

Curiosamente, ela fala das "potências estrangeiras que QUERIAM controlar Timor-Leste" (vejam bem: QUERIAM), sem referir aquela que QUER, sempre quis e está conseguindo "controlar" Timor. Aquela "potência" que considera Timor como um seu quintal e não se coíbe de traduzir o seu racismo em manifestações boçais de violência física e psicológica contra o País e os seus habitantes, perante a passividade envergonhada daqueles políticos que não se importam de pagar esse elevadíssimo preço por terem vendido a alma ao diabo.

Apesar de estar manifestamente mal informada sobre o que se passa em TL, mesmo com as suas frequentes passeatas até lá, AG continua a ser solicitadíssima pela comunicação social portuguesa como se fosse uma especialista na matéria. Algo que só se percebe, sabendo que a imprensa que a entrevista é mais ignorante ainda do que ela, no que toca a Timor-Leste.

Porém, para quem é habitualmente tão fala-barata, estranha-se (ou talvez não) nesta entrevista o seu silêncio sobre o crescente domínio da Austrália em Timor, com a cumplicidade dos seus lacaios.

Dos Leitores

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Coronel português vai depor sobre mas...":

Quero agradecer ao Sr. Coronel Reis a sua disponibilidade para depor, contribuindo assim para que se faça justiça em Timor-Leste.

É de portugueses assim, como o Sr. coronel, o Sr. Juíz Ivo Rosa e outros, que Timor precisa: corajosos e fiéis aos seus princípios e aos valores que se propuseram defender.

terça-feira, outubro 30, 2007

LOROCAE – Centro de Apoio À Educação em Timor Lorosae

LOROCAE – Centro de Apoio À Educação em Timor Lorosae
Queremos ajudar quem precisa, ajude-nos a ajudar também!

Agradecemos a divulgação:

http://lorocae.blogspot.com/

Lisboa, 30 de Outubro de 2007

Entrevista a Ana Gomes

A União
Publicado na Segunda-Feira, dia 30 de Outubro de 2006
João Moniz


ANA GOMES, EURODEPUTADA

«Os timorenses sabiam que potências estrangeiras queriam controlar o país»

Integrada na missão do Parlamento Europeu que visita Timor-Leste até dia 4 de Novembro, a ex-embaixadora portuguesa na Indonésia, protagonista na libertação de Xanana Gusmão, culpa a comunidade internacional e os líderes timorenses pela violência que assolou a antiga colónia portuguesa.

Esperava que Timor mergulhasse neste clima de violência após a independência?

A construção de um país nunca é fácil. Timor tinha muitas virtudes, mas também muitos problemas. E as nuances que permitem uma acção de sucesso na resistência são diferentes daquelas em que se constrói um país, com condições muito duras, a partir de menos de zero. Não haviam instituições sem ser as que estavam ligadas à luta da resistência. Depois o apoio constante da comunidade internacional foi apressadamente reduzido, por determinação das Nações Unidas, sob influência dos Estados Unidos, que tinha outras prioridades como o Iraque. Os outros países acabaram também eles por desresponsabilizar-se.

Então a situação actual deve-se à comunidade internacional?

Não quero tirar responsabilidades aos dirigentes timorenses. Eles sabiam que sempre houve potências estrangeiras a querer controlar o país, que apostavam na divisão, luta e guerra entre timorenses. A liderança timorense sabia que se não resolvesse pela diplomacia os problemas naturais do país estaria a fazer o jogo dessas potências.

Tem esperança que os líderes timorenses consigam resolver esta crise?

Não teríamos chegado a esta situação se eles tivessem evitado as quezílias. Espero que com diálogo se consiga a estabilidade necessária para o país ser governado até às próximas eleições, que são essenciais para resolver a crise política. Só um Governo legitimado vai permitir um novo arranque do país.

Desta vez, a comunidade internacional tem actuado bem?


Penso que sim. Interveio e respondeu rapidamente, através de países com responsabilidades históricas em Timor, como é o nosso caso, para que a situação não se agravasse. Mas julgo que o comando unificado das forças estrangeiras devia estar sob a alçada da ONU e não de um país. Espero que isso se resolva rapidamente, até porque já estamos a assistir a alguma conflitualidade com as forças australianas. E isso não é desejável nem para Timor, nem para a comunidade internacional.

E Portugal? O destacamento da GNR é um contributo suficiente?


O papel da GNR é extraordinário, como já foi, e que lhe vale um lugar especial no coração dos timorenses. E há a destacar o facto de a polícia estar sob o comando de um português, que conhece bem Timor, onde já esteve num período mais conturbado.

Mas isso chega?

Tem-se feito muito pelo português em Timor. Os professores que lá estão tem tido um trabalho fantástico, mas isso não chega. Defendo há muito tempo que Portugal devia fazer mais por Timor. A questão da língua é fundamental. Os professores portugueses trabalham agora com as crianças, mas há toda uma geração, com idades entre os 15 e os 40 anos, que durante a infância e a adolescência foram impedidos de falar português. Para essas pessoas devia haver um trabalho específico. Faltam jornais, rádios ou televisões em português. Ainda não há nenhum media que cubra todo o território.

NOTA DE RODAPÉ:

Diz a idiota de serviço que "Não teríamos chegado a esta situação se eles (dirigentes timorenses) tivessem evitado as quezílias..".

Ana Gomes, uma das ajudas do "amigo" Xanana, que não se poupou a críticas infundadas durante a crise, que tudo fez para empolar estas "quezílias" entre os dirigentes, vem agora descartar-se e dizer que sabia que "sempre houve potências estrangeiras a querer controlar o país, que apostavam na divisão, luta e guerra entre timorenses".

Pois a Austrália, Xanana e Horta agradecem o serviço da eurodeputada, que mais que ajudou, incentivou estas mesmas divisões entre os líderes timorenses, apoiando uma das partes.

Exactamente aquela que contou com a ajuda das potências estrangeiras que queriam controlar Timor-Leste, aquela que paga agora a dívida aos "amigos"entregando a soberania nacional à Austrália, que se prepara para desbaratar o fundo do petróleo e contrair dívidas ao Banco Mundial e ao FMI.

Ana Gomes, a porta-voz dos vendidos e dos golpistas, fez o jogo das potências estrangeiras que querem controlar o país. Até no dia das eleições, mesmo estando em Timor a representar o Parlamento Europeu como observadora, não se atacou a FRETILIN dizendo numa declaração pública que nos últimos anos de governação (da FRETILIN) tinha havido défice democrático.

E depois vem clamar pelos direitos humanos na Europa, sobre os voos da CIA, remetendo-se ao silêncio quando o SEF declara não terem existido quaisquer ilegalidades. Se está tão bem informada sobre os voos da CIA como está sobre Timor-Leste, não é preciso dizer mais nada.

Ao contrário do que diz Ana Gomes, os professores portugueses ensinam professores timorenses e adultos e o português que estava à frente da polícia de Díli, já não está. Já voltou a Portugal, por responsabilidade do governo português, o Governo socialista de Ana Gomes, que abandonou Timor.

Ana Gomes perdeu o respeito dos dirigentes timorenses, tanto daqueles a quem apoiou no golpe contra a FRETILIN, como aos outros pela traição que cometeu, basta ver como é recebida, ou não...

Falta-lhe classe, isenção e lucidez. Como em Portugal, passou a ser conhecida como a "peixeira".

UNMIT – MEDIA MONITORING - Tuesday, 30 October 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

Hutcheson: “You asked, we came”

Brig. Gen. John Hutcheson, the commander of International Security Forces (ISF) asked the Timorese to understand that the presence of ISF in the nation is legal.

“We have come because we were asked. Our presence here is constitutional and legal based upon the trilateral accord between Australia, Timor-Leste and United Nations at the time of President Xanana Gusmão, President of National Parliament Lu-Olo, Prime Minister Mari Alkatiri and Minister of Foreign Affair José Ramos-Horta,” said Mr. Hutcheson on Monday (29/10) at Heliport, Dili when President José Ramos-Horta visited the ISF medical center.

Furthermore, Mr. Hutcheson said, the presence of ISF is to establish peace in Timor-Leste while working with UNMIT, UNPol, PNTL and F-FDTL. (STL and TP)

PM Xanana: Motamasin incident has no influence on Indonesia and TL relations

Prime Minister Xanana Gusmão said that Lucas Meno (40), a citizen of Timor-Leste who was shot to death by the Indonesian military at the border on Friday (26/10) in Motamasin will not destroy relations between Indonesia and Timor-Leste.

According to Prime Minister Xanana, the victim is not originally a Timorese but he has been in Timor-Leste and he crossed the border to Indonesia illegally.

After a meeting with F-FDTL on Monday (29/10) in Comoro, the Prime Minister said that selling goods through illegal crossings might make some people rich, but it could also cause a lot of sadness.

The prime Minister appealed to those living across the border not to cross the border line illegally as it has consequences. (STL and TP)

Judge of Court of Appeal to investigate Longuinhos

The President of Court of Appeal, Claudio Ximenes delegated judges from the Court of Appeal to investigate the General Prosecutor, Longuinhos Monteiro in the case of the telephone recording in which Fretilin has accused Mr. Monteiro as being involved in the 2006 crisis.
“The process of the case is going on as requested by the General Prosecutor, Longuinhos Monteiro, who wants to be investigated by the Court of Appeal, not the National Parliament,” said Mr. Ximenes.

Mr. Ximenes also said that based on the Rule of Law, the General Prosecutor should be investigated by a judge from the Court of Appeal or a judge from the Attorney General in such cases. (STL)

IMF-WB refutes having published corruption report about Timor-Leste

The International Monetary Fund (IMF) and World Bank (WB) refuted that they reported on the percentage of corruption in Timor-Leste since the first Government existed.

IMF and WB said this in relation to a statement by the Minister of Economy and Development, João Gonçalves, who said that Timor-Leste lost its opportunity to get assistance from Millenium Challenge Corporation (MCC) from the United States of America because Timor-Leste has been identified as having a high rate of corruption.

The Resident Representative of IMF, Tobias Nybo Rasmussen, on Monday (29/10) said that IMF has no relation to the MCC and that the MCC is a project of United States (USA). He said that IMF has never published a report on corruption about Timor-Leste.

On the other hand, former Prime Minister Estanislau da Silva said that actually this is not about corruption, but rather about the process and difficulties being faced by the US related to its presence in Iraq and the amount of money being spent on the war. (TP)

Fretilin accuses the Alliance: there is impunity for some organs

The Fretilin members of National Parliament have accused other members from the Alliance of having impunity from what they say is their clear involvement in crimes.

Fretilin said that until now the case of telephone recording about the conversation between the General Prosecutor, Longuinhos Monteiro, former Parliamentarian Leandro Isaac and former Chief of Presidential Cabinet Hermenegildo Pereira, is only focused on the one who recorded the conversation and not the people who held the conversation.

“Actually we have to find out why the conversation was held. As representatives of the people we should not try defend each other from justice,” said MP from Fretilin Antoninho Bianco.

Fernanda Borges, MP from National Unity Party (PUN) also said that there should be a competent institution to find out who distributed the recorded conversation and a thorough investigation of Longuinhos Monteiro who might not be involved in any political conversation as an independent person. (TP)

President Ramos-Horta asking for thorough investigation into the TNI action

President José Ramos-Horta has asked for further investigation into the shooting incident at the border by National Military of Indonesia (TNI) who shot a Timorese to death.

The President will call upon the Ambassador of Indonesia in Timor-Leste to provide clarification on the case; he is also waiting for more information from UN, PNTL and Border Police Unit (BPU).

“There was also an incident last year when our police shot to death an Indonesian citizen and then clarified it,” said the President.

The President said that the situation has been calm with the collaboration between BPU, UNPol, ISF and TNI. (TP)

Fretilin rejects Kristy Sword to be Ambassador

MPs from Fretilin totally rejected the nomination of Kristy Sword Gusmão to be Goodwill Ambassador for Education saying that there are many Timorese that could hold the post, rather than a Minister’s spouse.

MPs from CNRT argued that during the time of Prime Minister Alkatiri, Marina Alkatiri (Alkatiri’s spouse) was Ambassador for Mozambique and Djafar Alkatiri (Alkatiri’s elder brother) was Ambassador for Malaysia, and no body voiced rejection on that.

President Ramos-Horta said that the model of nominating a Goodwill Ambassador comes from United Nations and the post is dedicated to an important area.

Ramos-Horta had the idea to nominate Ms. Sword Gusmão to be Goodwill Ambassador in the area of education and to cooperate with other nations in the area of education.

Fretilin to mobilize pacific action in Dili

The Secretary-General of Fretilin Mari Alkatiri said that in 2008 Fretilin will mobilize its supporters from 13 districts to hold a pacific action for the defence of democratic rights, justice, liberty and national integrity.

Mr. Alkatiri said that all the people have the right to peaceful protest and it will be controlled by the police.

Furthermore, Mr. Alkatiri said that Fretilin recognizes the State as a constitutional State, but the Government is not constitutional so Fretilin will use its vote against the Government in the National Parliament.

On the same occasion, the President of Fretilin, Francisco Guterres Lu-Olo, gave statements to all of Fretilin’s militants not to cooperate with or give support to the Alliance government since it is a de facto government not a constitutional government. (TVTL)

TRADUÇÃO:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Terça-feira, 30 Outubro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e o seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou de qualquer forma implícito. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência que resulte da publicação da ou do confiar em tais artigos ou traduções."

Relatos dos Media Nacionais

Hutcheson: “Voçês pediram, nós viemos”

O Brig. Gen. John Hutcheson, o comandante das Forças Internacionais de Segurança (ISF) pediu aos Timorenses para compreenderem que a presença das ISF na nação é legal.

“Viemos porque nos pediram. A nossa presença aqui é constitucional e legal com base num acordo trilateral entre a Austrália, Timor-Leste e as Nações Unidas no tempo do Presidente Xanana Gusmão, do Presidente do Parlamento Nacional Lu-Olo, do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri e do Ministro dos Negócios Estrangeiros José Ramos-Horta,” disse o Sr. Hutcheson na Segunda-feira (29/10) no Heliporto, Dili quando o Presidente José Ramos-Horta visitou o centro médico das ISF.

Mais ainda, o Sr. Hutcheson disse que a presença das ISF é para estabelecer a paz em Timor-Leste ao mesmo tempo que trabalha com a UNMIT, UNPol, PNTL e F-FDTL. (STL e TP)

PM Xanana: incidente em Motamasin não tem influência nas relações entre a Indonésia e TL

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão disse que a morte a tiro de Lucas Meno (40 anos), um cidadão de Timor-Leste por militares Indonésios na fronteira na Sexta-feira (26/10) em Motamasin não destruirá as relações entre a Indonésia e Timor-Leste.

De acordo com o Primeiro-Ministro Xanana, a vítima não é de origem Timorense mas tem estado em Timor-Leste e cruzou ilegalmente a fronteira para a Indonésia.

Depois duma reunião com as F-FDTL na Segunda-feira (29/10) em Comoro, o Primeiro-Ministro disse que vender bens em travessias ilegais pode tornar ricas algumas pessoas mas pode também causar muita tristeza.

O primeiro-Ministro apelou aos que vivem perto da fronteira para não a cruzarem ilegalmente porque isso tem as suas consequências. (STL e TP)

Juíz do Tribunal de Recurso vai investigar Longuinhos

O Presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes delegou em juízes do Tribunal de Recurso para investigarem o Procurador-Geral, Longuinhos Monteiro no caso da gravação telefónica na qual a Fretilin acusou o Sr. Monteiro de estar envolvido na crise de 2006.
“O processo do caso está em curso conforme pedido pelo Procurador-Geral, Longuinhos Monteiro, que quer ser investigado pelo Tribunal de Recurso, não pelo Parlamento Nacional,” disse o Sr. Ximenes.

O Sr. Ximenes disse ainda que com base na Lei, em tais casos, o Procurador-Geral deve ser investigado por um juíz do Tribunal de Recurso ou por um juiz da Procuradoria-Geral. (STL)

FMI-BM nega ter publicado relatório de corrupção acerca de Timor-Leste

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) negaram ter alguma vez feito qualquer relatório sobre a percentagem da corrupção em Timor-Leste desde o primeiro Governo.

O FMI e o BM disseram isto em relação à declaração do Ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves, que disse que Timor-Leste perdeu a oportunidade de obter assistência da Millenium Challenge Corporation (MCC) dos Estados Unidos da América por que Timor-Leste foi identificada como tendo um alto nível de corrupção.

O Representante Residente do FMU, Tobias Nybo Rasmussen, disse na Segunda-feira (29/10) que o FMI não tem nenhuma relação com a MCC e que a MCC é um projecto dos Estados Unidos (USA). Disse que o FMI nunca publicou um relatório sobre corrupção em Timor-Leste.

Por outro lado, o antigo Primeiro-Ministro Estanislau da Silva disse que isto não tem a ver com, mas antes com o processo e as dificuldades que os USA estão a enfrentar relacionadas com a sua presença no Iraque e com o total das verbas que estão a ser gastas na guerra. (TP)

Fretilin acusa a Aliança: há impunidade para alguns órgãos

Os membros da Fretilin do Parlamento Nacional acusaram outros membros da Aliança de terem impunidade pelo que dizem do seu envolvimento claro nos crimes.

A Fretilin disse que até agora o caso da gravação da conversa telefónica entre o Procurador-Geral, Longuinhos Monteiro, o antigo deputado Leandro Isaac e o antigo Chefe do Gabinete do Presidente Hermenegildo Pereira, está apenas focado sobre quem gravou a conversa e não nas pessoas que tiveram a conversa.

“Mas temos de descobrir porque é que houve a conversa. Como representantes do povo não devemos tentar defendermo-nos da justiça,” disse o deputado da Fretilin Antoninho Bianco.

Fernanda Borges, deputada do PUN disse ainda que uma instituição competente deve descobrir quem é que distribuiu a gravação da conversa e (faze) uma investigação apropriada a Longuinhos Monteiro que não pode estar envolvido em nenhuma conversa política como independente. (TP)

Presidente Ramos-Horta pede investigação profunda à acção da TNI

O Presidente José Ramos-Horta pediu mais investigação ao acidente de disparos na fronteira pela Força Militar Nacional da Indonésia (TNI) que matou a tiro um Timorense.

O Presidente vai pedir ao Embaixador da Indonésia em Timor-Leste para clarificar o caso; está ainda à espera de mais informações da ONU, PNTL e e Unidade da Polícia da Fronteira (BPU).

“Houve também um incidente o ano passado quando a nossa polícia matou a tiro um cidadão Indonésio e depois clarificou,” disse o Presidente.

O Presidente disse que a situação tem estado calma com a colaboração entre BPU, UNPol, ISF e TNI. (TP)

Fretilin rejeita que Kristy Sword seja Embaixadora

Deputados da Fretilin rejeitaram totalmente a nominação de Kristy Sword Gusmão para ser Embaixadora de Boa Vontade da Educação dizendo que há muitos Timorenses que podiam desempenhar o cargo, em da mulher dum Ministro.

Deputados do CNRT argumentaram que no tempo do Primeiro-Ministro Alkatiri, Marina Alkatiri (mulher de Alkatiri) foi Embaixadora por Moçambique e Djafar Alkatiri (irmão mais velho de Alkatiri) foi Embaixador pela Malásia e que nenhum órgão exprimiu rejeição disso.

O Presidente Ramos-Horta disse que o modelo de nomear um Embaixador de Boa Vontade vem das Nações Unidas e que o cargo é dedicado a uma área importante.

Ramos-Horta teve a ideia de nomear a Ss. Sword Gusmão para ser Embaixador de Boa Vontade na área da educação e para cooperar com outras nações na área da educação.

Fretilin vai mobilizar acção pacífica em Dili

O Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkatiri disse que em 2008 a Fretilin mobilizará os seus apoiantes dos 13 distriros para fazer uma acção pacífica para a defesa dos direitos democráticos, justiça, liberdade e integridade nacional.

O Sr. Alkatiri disse que toda a gente tem o direito a protestar pacíficamente e que será controlada pela polícia.

Mais ainda, o Sr. Alkatiri disse que a Fretilin reconhece que o estado é constitucional, mas que o Governo não é constitucional por isso a Fretilin usará os seus votos contra o Governo no Parlamento Nacional.

Na mesma ocasião, o Presidente da Fretilin, Francisco Guterres Lu-Olo, fez uma declaração a todos os militantes da Fretilin para não cooperarem com ou não darem apoio ao governo da Aliança dado que este é um governo de facto e não um governo constitucional. (TVTL)

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Timor-Leste: "Cortes de luz vão continuar", diz re...":

Xanana Gusmão, Primeiro-ministro, disse que "hotéis, restaurantes e empresas vão pagar a electricidade mais cara".

Primeira medida verdadeiramente comunista deste governo e primeiro-ministro, que acusava a fretilin de comunista! Agora sim, os ricos que paguem a crise! Venha investir em Timor-Leste, diz o PR: pague a electricidade dos outros, porque nós não temos competência para pôr cada um a pagar o que gasta...

Populismo, populismo, medidas concretas e acertadas nada, pobre Timor, triste fim vais ter..

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Falta de manutenção de geradores criticada":

"Mas o seu governo anterior foi o do Horta ...".

Pois foi, dizia ele que o Mari Alkatiri era incompetente e ele era o Einstein de tudo mas nenhum problema foi resolvido, nenhum mesmo. O problema dos peticionarios, o problema dos deslocados, o problema do Alfredo Reinado e demais problemas, nenhum pingo destes problemas foi resolvido.

Na campanha presidencial, prometeu tanta coisa ao povinho entre outros a questao da seguranca e estabilidade a que directamente relacionada com a do Alfredo Reinado mas depois de chegar ao poder entregou-a ao Governo.

Para ganhar votos, foi ele quem encorajou a populacao para consumir electricidade sem pagar. Apresentou-se como defensor dos pobres e defendeu que o povinho nao deve pagar electricidade e que toda a gente tem direito a electricidade. Quem esta tramado e Xanana.

Para tramar ainda mais o Xanana, ele nomeou a sua esposa Kirsty Sword como embaixadora da educacao. O mesmo modelo foi aplicado para tramar Mari Alkatiri ao nomear o seu irmao mais velho ser embaixador de TL para a Malasia.

Tentou tambem tramar o Taur Matan Ruak ao canditar o TMR para Presidente da Republica, mas esse nao pegou. Mario Carrascalao, na altura, denunciou este jogo sujo do Ramos Horta. Eh sempre o mesmo.

Timor-Leste: Coronel português vai depor sobre massacre de polícias

Lusa - 29 de Outubro de 2007, 06:58

Díli - O coronel português Fernando Reis, ex-chefe dos observadores militares internacionais em Timor-Leste, vai ser inquirido por videoconferência sobre o massacre de oito polícias em Díli, em Maio de 2006, foi hoje anunciado.

O julgamento, a decorrer no Tribunal de Recurso em Díli, foi hoje adiado para o dia 07 de Novembro, de forma a permitir que o oficial português, a residir em Portugal, preste esclarecimentos sobre o tiroteio de 25 de Maio de 2006.

"O depoimento do coronel Reis poderá ser relevante para descobrir a verdade material e boa decisão da causa, na medida em que foi uma das pessoas que estabeleceu contacto com as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste no sentido de colocar fim ao tiroteio de 25 de Maio", explicou o presidente do colectivo, o juiz Ivo Rosa.

Oito polícias morreram em Caicoli, Díli, quando elementos das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) dispararam sobre uma coluna da Polícia Nacional (PNTL), desarmada e sob escolta das Nações Unidas.

À frente da coluna, empunhando uma bandeira azul das Nações Unidas, seguia o coronel Fernando Reis, que era também o conselheiro militar do representante-especial do secretário-geral da ONU, Sukehiro Hasegawa.

O oficial português tinha, pouco antes, contactado com os comandantes das F-FDTL em Caicoli, para garantir a evacuação do quartel-general da PNTL.

"Houve conversações e o brigadeiro-general Taur Matan Ruak aceitou o cessar-fogo" entre F-FDTL e PNTL, declarou quinta-feira à Lusa o coronel Fernando Reis.

"Também estou convencido de que o brigadeiro-general Ruak não deu ordem de fogo", sublinhou o militar português, referindo-se ao chefe do Estado-Maior das F-FDTL.

O colectivo de juízes ouviu hoje a última testemunha, um dos oficiais da PNTL que sobreviveu ao tiroteio e que esteve internado oito meses num hospital de Darwin, Austrália, para tratamento dos ferimentos provocados por seis balas.

O sobrevivente declarou ter visto militares das F-FDTL disparar sobre colegas da PNTL que estavam feridos por terra, gritando "matem os polícias porque são traidores".

A defesa prescindiu hoje da reconstituição dos factos e da inspecção ao local do crime, após o juiz Ivo Rosa ter explicado aos advogados que essa diligência nada acrescentaria àquilo que é consensual após a inquirição de quase 120 testemunhas.

Foi também retirado o pedido para o exame balístico, já que as armas usadas no tiroteio de 25 de Maio nunca foram apreendidas e em nada revelariam, mais de um ano depois, sobre a autoria dos disparos.

O procurador Bernardo Fernandes informou o tribunal que "é desconhecido onde se encontram as balas retiradas dos cadáveres (dos polícias) para que se permitisse o seu exame".

A inquirição do coronel Fernando Reis por videoconferência terá lugar nas instalações do Banco Mundial, por inexistência de meios técnicos no Tribunal de Recurso.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste: Alkatiri sobre "ressuscitado": "Brincadeira tinha que ter fim"

Lusa - 29 de Outubro de 2007, 07:51

Díli - O anunciado regresso de Vicente Reis "Sa'he", líder da resistência morto em 1979, "foi uma brincadeira a que tinha que se pôr fim", afirmou hoje à Lusa o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri.

A homenagem prestada ao ex-Comissário Político Nacional, sábado à noite, numa aldeia de Manufahi (sul), simbolizou "o regresso de Vicente Reis à sua família alargada, que é a Fretilin", acrescentou o ex-primeiro-ministro em entrevista à Lusa.

Veteranos da rede clandestina anunciaram há duas semanas que Vicente Reis estava vivo e iria ser apresentado em Díli.

Os restos mortais de Vicente Reis "Sa'he" (como era conhecido), morto numa emboscada por tropas indonésias, foram retirados da sua campa nas montanhas de Manufahi, sábado passado, e conduzidos domingo para Bucoli, perto de Baucau (leste).

"Há menos de 3 semanas, recebi um telefonema de pessoas dizendo que iam trazer Nicolau Lobato e Vicente Reis. Eu disse para os trazerem ", contou Mari Alkatiri à Lusa.

"Disse-lhes também que, se Nicolau Lobato e Vicente Reis estivessem vivos, eu ia sentir-me liberto", acrescentou o secretário-geral da Fretilin.

"Mas a primeira coisa que ia fazer seria perguntar-lhes onde é que andaram escondidos quando o povo precisava deles", declarou ainda Mari Alkatiri.

"Antes disso, tinha recebido um 'sms' que dizia que o Presidente da República, José Ramos Horta, antes de decidir escolher Xanana Gusmão e seus aliados para governar, tinha recebido em sua casa o falecido Presidente Lobato e 'Sa'he', precisamente", disse.

Segundo a mensagem, a sugestão dos dois mortos ao chefe de Estado, explicou Mari Alkatiri, "foi de entregar o poder ao Xanana" Gusmão, indigitado por José Ramos Horta no início de Agosto.

"Mandei na brincadeira um 'sms' ao Presidente da República e ele respondeu logo: 'Confirmo o alegado encontro, mas acrescento que vieram escoltados pelo meu irmão Nuno", morto, muito jovem, sob a ocupação indonésia.

"Achámos que as pessoas que andavam a anunciar o regresso do 'Sahe' eram pouco normais, mas chegou um momento em que havia que tomar a decisão correcta", explicou Mari Alkatiri.

"O governo usou o poder, a Fretilin usou a informação objectiva", resumiu Mari Alkatiri.

Elementos da Polícia Nacional (PNTL) e das Nações Unidas (UNPol) dispersaram a multidão que esperava a "descida" de Vicente Reis "Sa'he", dia 27 de Outubro, em Díli.

Horas depois, na aldeia de Holarua, mais de mil quadros e dirigentes da Fretilin homenageavam Vicente Reis "Sa'he", numa cerimónia que, como explicou Mari Alkatiri, serviu também para "reidentificar" as ossadas do líder desaparecido.

"Há um sebastianismo muito grande", comentou Mari Alkatiri sobre a facilidade com que muitos timorenses acreditam no regresso de heróis desaparecidos.

A homenagem de Holarua, coincidindo com três dias de retiro da Fretilin, "foi uma cerimónia simples" em que participou um dos irmãos de Vicente Reis, José Reis, dirigente da Fretilin, e o filho Talik.

"Seguiu-se a parte religiosa, tradicional e católica: as duas juntas, completamente diferentes, decorrendo uma em frente da outra", explicou Mari Alkatiri.

Foi preciso, também, contentar a população da aldeia junto da montanha conhecida por Casa dos Morcegos, que cuidou 28 anos da campa de Vicente Reis.

"A família explicou-lhes que leva com ela os ossos e a alma de Vicente Reis mas que a carne de 'Sa'he' fica naquele local, porque o corpo foi lá decomposto", relatou Mari Alkatiri à Lusa.

"Todo este povo vive esta dualidade do religioso e do tradicional", respondeu o secretário-geral da Fretilin sobre a forma de um muçulmano encarar a dupla cerimónia de Holarua.

"As religiões vão-se adaptando", referiu.

A homenagem de sábado serviu "para não deixar dúvidas que Vicente Reis, infelizmente, já morreu, e que era um dos quadros mais brilhantes da Fretilin", comentou.

Mari Alkatiri sublinhou que Vicente Reis "Sa'he" "produziu outros quadros, incluindo Xanana Gusmão, que nutre por ele uma grande admiração".

"Julgo, porém, que depois Xanana Gusmão se desviou muito do 'Sa'he'", alguém que "não faria alianças contra-natura como o primeiro-ministro está a fazer", criticou.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste: "Cortes de luz vão continuar", diz responsável da central de Díli

Lusa - 29 de Outubro de 2007, 13:13

Díli - Os cortes de energia que afectam Díli desde final de Setembro "vão continuar", afirmou à Agência Lusa o responsável da empresa que gere a produção e abastecimento de electricidade na capital.

"Os quatro geradores que vão ser comprados este ano serão para permitir a manutenção dos que estão a funcionar agora", anunciou à Lusa o director em Timor-Leste da empresa canadiana Manitoba Hydro International, Sabir Hussain.

A Manitoba Hydro tem o contrato da gestão da produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia eléctrica desde o dia 01 de Setembro de 2007, sucedendo à Companhia de Electricidade de Macau (CEM).

Sabir Hussain referiu que a central da Electricidade de Timor-Leste (EDTL) em Comoro, a única da capital, tem uma capacidade instalada de 27,95 megawatts mas apenas 15,25 MW de potência disponível.

A capacidade real é ainda menor, de apenas 8,1 MW, já que, nos últimos dois meses, avariaram dois geradores, um de 4,7 MW de potência e outro de 2,4 MW.

Dos 14 geradores instalados na central de Comoro, apenas 7 estão operacionais, adiantou à Lusa o responsável da Manitoba Hydro.

"Em cinco anos, não há memória de manutenção dos geradores existentes na central da EDTL", afirmou Sabir Hussain à Lusa, para explicar a situação em que se encontra a principal unidade produtora de energia do país.

"Apenas um gerador teve a manutenção geral".

"Estamos numa situação muito apertada porque o consumo não pára de aumentar, em parte devido às baixadas ilegais", afirmou Sabir Hussain.

O Orçamento Geral do Estado para o período transitório de Julho a Dezembro de 2007 contempla a compra de quatro geradores novos, que custarão quatro milhões de dólares.

O respectivo concurso público já foi aberto.

Sabir Hussain explicou que estes geradores são unidades pequenas, aquelas que podem chegar até ao final do ano, "na melhor das hipóteses mas sem garantias de entrega".

"Unidades grandes, de 4,7 MW ou maiores, não estão disponíveis no mercado e a sua encomenda leva entre ano e meio a dois anos a ser concretizada", adiantou o responsável da empresa canadiana.

"Não é como ir ali à loja e comprar um electrodoméstico".

O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, visitou hoje a central da EDTL e ficou "assustado" com as "máquinas estragadas".

Xanana Gusmão anunciou que vai propor em Conselho de Ministros a redução drástica do consumo de electricidade nos serviços públicos e o aumento de tarifas para os "clientes com mais dinheiro".

Um técnico que trabalhou para a CEM na EDTL explicou à Lusa que "o governo anterior não quis investir mais na central de Comoro".

O mesmo técnico sublinhou que o contrato da CEM não era de concessão, "apenas de gestão", e que a empresa de Macau "não tinha controlo sobre os recursos humanos nem sobre as finanças", competências exercidas pelo governo.

"Mesmo as compras de peças era um processo moroso", explicou a mesma fonte.

A central de Comoro fornece energia a toda a população da capital, até Dare (a sul), Metinaro (leste) e Maubara (oeste).

Antes da crise política e militar de 2006, a EDTL tinha, só em Díli, 25 mil clientes no sistema de pré-pago, e 500 com contadores convencionais.

Os geradores mais antigos da central foram instalados nos anos 1980 e outros são do início dos anos 1990.

O gerador mais recente foi instalado este ano e outro estava em funcionamento apenas desde Janeiro de 2006.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Corpo do "ressuscitado" Vicente Reis trasladado do sul para o leste

Lusa - 28 de Outubro de 2007, 10:15

Díli - As ossadas de Vicente Reis, antigo dirigente da resistência, morto em 1979, foram trasladadas hoje de Same (sul) para Bucoli (leste), afirmou à Agência Lusa o deputado da Fretilin e ex-ministro José Teixeira.

"Os restos mortais do saudoso Vicente Reis 'Sa'he' foram mostrados e homenageados sábado à noite numa cerimónia muito emotiva", declarou José Teixeira à Lusa.

A cerimónia coincidiu com o último dia do retiro do Comité Central da Fretilin, denominado "Retrospectivas e Perspectivas", iniciado dia 25 de Outubro na aldeia de Fahe Luhan, em Holarua, distrito de Manufahi.

A homenagem a Vicente Reis "Sa'he" (o nome que tomou do avô) decorreu na presença do irmão José Reis, dirigente da Fretilin, e de vários outros familiares.

José Teixeira sublinhou que "os planos para trasladar os restos de Vicente Reis para Bucoli têm mais de dois anos".

O antigo Comissário Político Nacional, segunda figura da resistência desde 1977 sob a liderança do Presidente Nicolau Lobato, morreu numa emboscada nas montanhas de Manufahi e foi enterrado numa montanha chamada Casa dos Morcegos.

A figura de Vicente Reis protagonizou, nos últimos dias, uma disputa insólita entre a sua família e um grupo de veteranos da rede clandestina, que afirmam que o líder não morreu e que anunciavam para sábado, 27 de Outubro, o seu aparecimento em Díli.

Bucoli, a cerca de dez quilómetros de Baucau, é a aldeia onde vive o pai de Vicente Reis e onde, segundo José Teixeira, "os restos do saudoso estão a ter o respeito da família".

PRM-Lusa/fim

Caritas Aotearoa NZ supports Timorese partner in recovery from violence

Caritas - 29 Oct 2007

Caritas Aotearoa New Zealand has given NZ$6,680 to Caritas Baucau in Timor Leste, to help its recovery from post-election violence in the fledgling nation, which gained independence from Indonesia in 1999.

Caritas Baucau's offices were trashed, and its associated kindergarten burnt out, in violence which rocked parts of the country following the announcement of a new government in August. Church facilities and international non-government organisations came under particular attack.
Caritas Aotearoa New Zealand has supported Caritas Baucau's rural health and HIV/AIDS education programme. It is one of six partner agencies in Timor Leste supported by Caritas Aotearoa New Zealand.

- For more information contact Martin de Jong on 04-496 1742 email: martin@caritas.org.nz

Truth body 'may vote' on E. Timor violations

Jakarta Post - Monday, October 29, 2007
Abdul Khalik

Members of the Indonesia-Timor Leste Commission for Truth and Friendship (CTF) may decide by vote if gross violations of human rights occurred before and after the 1999 referendum in East Timor if they fail to reach a consensus on the matter.

CTF co-chairman from Timor Leste Dionisio Babo Soares said the commission would consider the stance and opinions of individual members to determine the commission's final conclusions.
The commission's report is due to be submitted to the Indonesian and Timor Leste governments in January.

"We are now discussing the substance of the report so I can't say if we have made a decision on whether or not gross human rights violations were committed at the time. If we fail to reach a consensus then we will vote," Soares told The Jakarta Post on Sunday.

He said as each commissioner's opinion was important, the CTF would include notes on the opinions of individuals in the report to demonstrate to the public the democratic decision-making process the commission follows.

After almost two years of work, the CTF is moving closer toward submitting its conclusions about alleged human rights abuses in Timor Leste, with the final public hearing held last Wednesday.

The hearing featured the testimonies of Lt. Gen. (ret) Kiki Syahnakri, the East Timor province military commander in 1999, and Col. Aris Martono, who headed an army battalion deployed to the province that year.

CTF commissioners are currently attending a series of meetings to conclude Tuesday, during which the substance of the commission's final report will be discussed.

The report is to be based on public hearings, submissions, research nd document reviews.
CTF co-chairman from Indonesia Benjamin Mangkoedilaga said the report had to be completed by its January deadline to avoid criticism, as the commission had already been granted a year-long extension. "Whatever happens, we must finish the report by January as more delays will only invite public criticism. At this stage, we must decide first whether gross human rights violations occurred based on our hearings and reviews before moving to other matters, such as determining which party was responsible," he told the Post.

Benjamin also refused to comment on whether the commission had made a decision on the occurrence of gross human rights violations in the former Indonesian province.

During the public hearings, several witnesses testified that they were tortured or that members of their families were killed by armed civilians supported by the Indonesian military.

Kiki Syahnakri, who was also the martial law commander in East Timor in 1999, confirmed at Wednesday's hearing that Timor Leste civilians armed and trained by the TNI had formed people's self defense groups known as wanra, which are still recognized in defense law.

However, he maintained the military and police were not involved in human rights violations.

International relations expert at the Centre for Strategic and International Studies Bantarto Bandoro said if the CTF report denied the occurrence of gross human rights violations in East Timor it would be met with harsh criticism from the international community.

He also said if such a decision was made, the credibility of the commission would be at risk, casting further doubt on improving relations between the Indonesian and Timor Leste governments.

"If the CTF report concludes that human rights violations occurred, then both governments must follow up on the commission's recommendations with actions. But if the commission fails to establish that gross human rights violations occurred, the UN should take over the investigation," he told the Post.

In July, the UN prohibited its officials from testifying at the commission due to the fact the CTF was given the mandate to recommend individuals for amnesty.

President Susilo Bambang Yudhoyono said last Friday that the CTF should again summon former officials of the United Nations Mission in East Timor (UNAMET) to testify.

TRADUÇÃO:

Órgão da verdade 'pode votar' sobre violações em Timor-Leste
Jakarta Post - Segunda-feira, Outubro 29, 2007
Abdul Khalik

Membros da Comissão Indonésia-Timor-Leste para a Verdade e Amizade (CVA) podem decidir pelo voto se ocorreram grandes violações dos direitos humanos antes e depois do referendo de 1999 em Timor-Leste, caso falhem na obtenção de um consenso sobre a questão.

O co-presidente da CVA de Timor-Leste Dionísio Babo Soares disse que a comissão considerará a postura e as opiniões dos membros individuais para determinar as conclusões finais da comissão.
Está previsto que o relatório da comissão seja submetido aos governos Indonésio e de Timor-Leste em Janeiro.

"estamos agora a discutir a substância do relatório por isso não posso dizer se sim ou não foram cometidas grandes violações dos direitos humanos na altura. Se falharmos em alcançar um consenso então votaremos," disse Soares aoThe Jakarta Post no Domingo.

Disse que como as opiniões de cada comissário são importantes, a CVA incluirá notas com as opiniões individuais no relatório para mostrar ao público o processo democrático de tomada de decisão que a comissão segue.

Depois de quase dois anos de trabalho, a CVA está a aproximar-se das conclusões acerca dos alegados abusos de direitos humanos em Timor Leste, realizando-se a última audição pública na passada Quarta-feira.

A audição recolheu os testemunhos do Gen. (ret) Kiki Syahnakri, o comandante militar da província do Leste de Timor em 1999, e Cor. Aris Martono, que liderou os batalhões das forças armadas destacadas para a província nesse ano.

Os comissários da CVA estão correntemente a atender uma série de reuniões que se concluem na Terça-feira, durante a qual será discutida a substância do relatório final da comissão.

O relatório é baseado em audições públicas, submissões, investigações e revisões de documentos.
O co-presidente da CVA da Indonésia Benjamin Mangkoedilaga disse que o relatório tinha que estar completado na sua data final de Janeiro para evitar criticas, dado que já tinha sido dado um prolongamento de um ano à comissão. "Seja o que for que aconteça, temos de acabar o relatório em Janeiro dado que mais atrasos apenas convidarão a mais críticas públicas. Nesta altura, primeiro temos que concluir dse ocorreram grandes violações dos direitos humanos com base nas audições e revisões antes de passarmos a outras matérias, como as de determinar que parte foi responsável," disse ao Post.

Benjamin recusou-se também a comentar sobre se a comissão tinha tomado uma decisão sobre a ocorrência de grandes violações dos direitos humanos na antiga província Indonésia.

Durante as audições públicas, várias testemunhas testemunharam que foram torturadas ou que membros das suas famílias foram mortos por civis armados apoiados pelos militares Indonésios.

Kiki Syahnakri, que foi também o comandante da lei marcial em Timor-Leste em 1999, confirmou na audição de Quarta-feira que civis de Timor-Leste armados e treinados pelas TNI tinham formado grupos de auto-defesa conhecidos como wanra, que são ainda reconhecidos na lei da defesa.

Contudo, manteve que os militares e os polícias não estiveram envolvidos nas violações dos direitos humanos.

O perito de relações internacionais no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais Bantarto Bandoro disse que se o relatório do CVA negar a ocorrência de grandes violações de direitos humanos em Timor-Leste isso levantará críticas duras da comunidade internacional.

Disse também que se tal decisão for tomada, que ficará em risco a credibilidade da comissão, o que levantará mais dúvidas sobre a melhoria das relações entre os governos Indonésio e de Timor-Leste.

"Se o relatório da CVA concluir que ocorreram violações dos direitos humanos, então ambos os governos devem seguir com acções as recomendações da comissão. Mas se a comissão falhar em estabelecer que ocorreram grandes violações dos direitos humanos, a ONU deve assumir a investigação," disse ao Post.

Em Julho, a ONU proibiu os seus funcionários de testemunharem numa comissão devido ao facto de ter sido dado à CTF o mandato para recomendar amnistias a indivíduos.

O Presidente Susilo Bambang Yudhoyono disse na passada Sexta-feira que a CVA deve tornar a convocar para testemunharem os antigos funcionários da Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET).

Dos Leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "Falta de manutenção de geradores criticada":

"Isto não é culpa deste governo mas do governo anterior, que não tinha competência nem espírito para realizar a manutenção de máquinas que nos foram oferecidas".
(Xanana Gusmão)

Mas o seu governo anterior foi o do Horta, ou já estará esquecido. É que foi ele próprio quem escolheu o Horta depois de forçar a resignação do Mari já lá vai quase um ano e meio.

Ramos-Horta em Portugal no próximo mês

Jornal de Notícias
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
Depois da visita ao país, presidente timorense segue para Espanha

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, visita Portugal a partir de dia 14 de Novembro, disse à Agência Lusa fonte oficial. O programa da visita ainda não foi divulgado pela Presidência timorense. José Ramos-Horta, que sai de Díli a 12 de Novembro, será acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa. Depois da visita a Portugal, o Presidente da República timorense segue para Espanha, onde é o orador de honra de uma conferência do Clube de Madrid, que se realiza a 19 e 20 de Novembro.

O chefe da diplomacia timorense, Zacarias da Costa, participa dia 02 de Novembro na conferência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Timor: «Fretilin não assumirá compromissos deste Governo»

Diário Digital / Lusa
29-10-2007 4:34:00

Um «futuro governo» da Fretilin não assumirá compromissos do actual Executivo timorense, afirmou o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri, à Agência Lusa.

«Não haverá reconhecimento automático das decisões assumidas por este Governo inconstitucional», declarou Mari Alkatiri, entrevistado pela Lusa em Díli.

«Na melhor das hipóteses, os compromissos serão revistos caso a caso por um futuro governo da Fretilin«, acrescentou o secretário-geral do maior partido timorense, no regresso de um retiro de dirigentes e quadros no sul do país.

Mari Alkatiri explicou que a revisão recomendada pelo retiro da Fretilin visa «em particular os compromissos internacionais que violem a nossa soberania, ponham em causa a nossa independência e a exploração dos nossos recursos».

O ex-primeiro-ministro reafirmou a sua convicção de que «a Fretilin está condenada a vir ao poder, mais tarde ou mais cedo, e mais cedo do que tarde».

Os três dias de retiro em Holarua, distrito de Manufahi, serviram para a Fretilin «encontrar as brechas que permitiram que o golpe acontecesse em 2006 e que a conspiração, surgida já em 2002, se perpetuasse», afirmou Mari Alkatiri.

Segundo o dirigente da Fretilin, «agora está mais claro que Xanana Gusmão é um dos conspiradores e, se a justiça funcionar, chegar-se-á aos outros».

«Xanana Gusmão tem aliados internos e externos, mas não quero antecipar uma investigação mais séria», respondeu o ex-primeiro-ministro quando questionado sobre a quem se referia.


Mari Alkatiri adiantou que a Fretilin vai continuar a divulgar «provas», referindo a gravação de uma conversa telefónica, sem origem e sem data, que envolve um ex-deputado, o Procurador-Geral da República e o ex-chefe de gabinete de Xanana Gusmão.

«Esperávamos do Presidente da República uma reacção mais sensata à gravação«, explicou Mari Alkatiri sobre José Ramos-Horta, que questionou apenas a proveniência da gravação.

«Talvez ele esteja comprometido.»

«Temos mais dados que, em tempo oportuno, vamos divulgar», prometeu Mari Alkatiri.

Interrogado pela Lusa sobre a origem das alegadas «provas» e o acesso da Fretilin a elas, Mari Alkatiri respondeu apenas que «há muitas coisas».

«Este país é pequeno e as pessoas começaram a ficar frustradas« com o novo Governo», comentou o secretário-geral da Fretilin.

No retiro de Manufahi, a Fretilin «definiu estratégias para ultrapassar as dificuldades e acelerar a queda do Governo de Xanana Gusmão», afirmou Mari Alkatiri.

«De modo algum vamos colaborar com o Governo inconstitucional», sublinhou.

«Temos sido suficientemente tolerantes e tem sido nossa estratégia mostrar que eles são incapazes de governar, para que quando o Governo cair não digam que fomos nós que não permitimos que eles governassem».

A Fretilin, vencedora das eleições legislativas de 30 de Junho, não reconhece o IV Governo Constitucional, da Aliança para Maioria Parlamentar, chefiado pelo ex-Presidente da República Xanana Gusmão.

Os mais de mil participantes no retiro de Manufahi analisaram ainda os «problemas» herdados da luta de libertação nacional.

«A verdade é que a luta foi bem sucedida mas criou alguns problemas mal resolvidos, que nós herdámos nesta geração de liderança», afirmou Mari Alkatiri. «Temos que assumir isso e não podemos passar as culpas para os mortos, como muitas vezes Xanana Gusmão faz. Quem já morreu, já morreu.»

Coincidindo com o final do retiro da Fretilin, foram exibidos e homenageados os restos mortais de Vicente Reis, líder da resistência morto em 1979, enterrado em Manufahi.

Para aqueles que chamam maxista a Alkatiri...

Durão Barroso está para o maoísmo como Alkatiri para o maxismo. Ou alguém chama maoísta a quem em 1975 falava assim?

(José Manuel Durão Barroso em 1975, falando à televisão sobre o que considerava ser o ensino burguês...)

"One Only Foundation, One Only Vision, One Only Party"

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

COMMUNIQUÉ

From the 25th to the 28th of October 2007, FRETILIN met in a National Retreat which was in Fahi-Luhan, Suku Holarua, District of Manufahi (Same).

The theme for the retreat was "Past, Present and Future Challenges", and had the following specific objectives:

1. Undertake an analysis of the Party's history, the affirmation of the goal of constructing the Rule of Law and the consequences of the coup plan against the FRETILIN government, which commenced on the 4th of December 2002 up to the crisis of 28 April 2006, and FRETILIN's position regarding the current government.

2. Debate the Party's perspectives for the consolidation of the Democracy and the Rule of Law, Sovereignty and National Independence and Timor-Leste's relations with South East Asia, principally Australia and Indonesia, the Pacific, and the rest of the world.

During two days, Party representatives from thirteen districts, together with the Political Leadership debated the above mentioned issues and analyzed the many challenges that the Party confronts today, as well as its future challenges.

The many speeches during the retreat identified the following problems:

§ The need for an immediate readjustment of the Party's grassroots structure;

§ The need for a review of the methods for implementing decisions taken by the Central Bodies of the Party;

§ Systematic diffusion of information to the public and mainly the members and supporters of the Party at grassroots level;

§ The need to re-establish payments of membership contributions, as already previously decided, in accordance with the Party Statutes, so as to guarantee the financial resources of the Party;

§ Increase the capacity of the organization at grassroots level, where weak;

§ Develop Party activities in accordance with the regulations and statutes of the Party;

§ Define a Plan of Action and Strategy to respond to the current situation and guarantee the defense of the national interest in accordance with the Constitution of the RDTL;

§ Develop an environment of mutual trust inside the Party to eliminate misunderstandings between the leadership and the members;

§ Increase the capacity of the management and membership through political training;

§ Increase the participation of women, Veterans, Former Combatants in the political activities of the Party, at all levels;

§ Within the context of advancing the Second Struggle for National Liberation, increase the patriotic conscience of the Maubere People;

§ Combat regionalist sentiments and develop the sentiment for the Party.

During the two days the Leadership and the Party representatives from thirteen districts, decided:

1. To hold open dialogue meetings in all districts to:

1.1 Consolidate the support base of the Party (Clandestine Organizations, Former Combatants and Veterans);

1.2 Mobilize and organize a National March for Peace, the Defence of Democratic Rights, Justice, Freedom and National Integrity.

2. Recommend to the Party leadership to decide formally on the restructuring/readjustment of the party at middle and grassroots levels.

3. Recommend to the Party Leadership, mainly the FRETILIN Central Committee and the National Political Committee to emit a Declaration that a future FRETILIN government will not recognize and will review on a case by case basis all international undertakings and agreements, such as any eventual debts with the World Bank, the IMF or other countries, which compromise the sovereignty of the nation, for exploration for oil and gas, and any others, which the de facto government led by Jose Alexandre Gusmao may enter into during the term of its unconstitutional governance.

4. Appeals to all Party members and the Maubere People to remain calm desist from any form of violence which can lead to instability in Timor-Leste.

5. Solidify the existing alliances with political forces such as the Democratic Alliance (KOTA and PPT parties), Timor-Leste Democratic Republican Party, Council for Popular Defence – Democratic Republic of Timor-Leste, and others.

6. Develop relations with internal and external political forces who hold a common interest.

7. Unconditionally reaffirm and support the appeal by the Party Leadership for National Peace and Stability.


Manufahi, 27 October 2007

Francisco Guterres "Lu-Olo"
Mari Bin Amude Alkatiri

President
Secretary General

Falta de manutenção de geradores criticada

Lusa / AO online
Internacional 2007-10-29 10:54

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou ter ficado "assustado" após uma visita à central de produção de energia da Electricidade de Timor-Leste (EDTL), em Comoro, Díli, onde a maioria dos geradores está sem funcionar por falta de manutenção.

Durante a visita, Xanana Gusmão interrogou os responsáveis da nova empresa que gere a central, a Manitoba Hydro International, sobre as razões do racionamento na rede pública da capital.

"Dos oito geradores oferecidos pela Noruega a Timor-Leste, apenas três estão a funcionar", explicou Xanana Gusmão, insistindo em mostrar as máquinas avariadas à imprensa, uma por uma, no meio do ruído ensurdecedor da central.

Xanana Gusmão anunciou que vai propor em Conselho de Ministros, na próxima quarta-feira, que "os clientes com mais dinheiro" da EDTL paguem tarifas mais caras de electricidade ou que recorram aos seus próprios geradores a gasóleo.

Entre esses clientes estão "empresas, hotéis e restaurantes".

O primeiro-ministro lançou também um apelo para a contenção do consumo, propondo que os serviços públicos reduzam drasticamente o uso de aparelhos de ar condicionado.

Xanana Gusmão deixou uma "recomendação" para a Manitoba Hydro no final da sessão de perguntas: "Ou fazem o vosso trabalho ou são despedidos".

O aviso foi repetido no momento do último aperto de mão com o director da empresa canadiana, no final de uma visita em que Xanana Gusmão falou com indignação - até ficar rouco - do estado em que se encontra a central da EDTL.

"O senhor entende? Como se diz na nossa terra: saaaai!", afirmou Xanana Gusmão, para gáudio dos mecânicos da EDTL que, no final da visita, rodeavam e ouviam o primeiro-ministro como as tropas ouvem um comandante.

"Isto não é culpa deste governo mas do governo anterior, que não tinha competência nem espírito para realizar a manutenção de máquinas que nos foram oferecidas", acusou o primeiro-ministro.

"Os geradores estão estragados, como os Tata que estão arrumados a um canto", ironizou Xanana Gusmão, numa alusão aos veículos de fabrico indiano adquiridos pelo governo da Fretilin para o Estado timorense.

NOTA DE RODAPÉ:

Os ricos que paguem a crise?!.. E depois propõe a abolição de impostos como incentivo ao investimento...

Populismo ou santa incompetência...

segunda-feira, outubro 29, 2007

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 29 October 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

Ramos-Horta calls for political leaders to respect common interests

The President José Ramos-Horta has asked all political leaders to support the interests of national development, rather than individual or group interests.

However the meeting was not attended by Fretilin leaders due to their retreat in Same.

“The ruling party should also have contact with the people. Sometimes we are busy then forget those who cast their votes for us,” said the president.

The President also pledged to dedicate time to meeting with political leaders to ensure consistency in developing national priorities. (STL)

Fretilin to mobilize peaceful protest in Dili

The Secretary-General of Fretilin, Mari Alkatiri, said that in 2008 Fretilin will mobilize its supporters from 13 districts to hold a peaceful action highlighting the defence of democratic rights, justice, liberty and national integrity.

Mr. Alkatiri said all supporters of Fretilin have a right to peaceful protest, and it is the responsibility of the police and state to control any violence.

Furthermore, Mr. Alkatiri said that Fretilin does recognize the state as constitutional, but continues to believe that the government is not and will continue to vote against it in the national parliament. (DN)

Longuinhos: telephone conversation, an investigation-not proposed by parliament

The General Prosecutor of the Republic, Longuinhos Monteiro has proposed an investigation to the President of the Court of Appeal, Claudio Ximenes, about his alleged involvement in a taped telephone conversation.

His statement follows calls for Mr Monteiro to provide evidence to the national parliament about any alleged involvement.

“There is no law stating I must make a declaration to the national parliament.

As a prosecutor, I can have conversations with any people,” said Mr. Monteiro. (DN)

HASATIL disagrees with the policy of the Alliance government

The non government organization, Strengthen Sustainable Agriculture of Timor-Leste (HASATIL), said it is against a proposed policy to give rice subsidies to public servants, and members of the PNTL and F-FDTL.

“We do not agree with this policy because it seems that the policy gives no advantage to local product of local people,” said Arsenio Pereira, the coordinator of HASATIL Secretariat.
(DN)

The future of Timor Telecom investment

The administrator of Timor Telecom, José Brandão Sousa said the telecommunications company will fulfill its contract with the Government over the agreed five year period, despite debate about a new telecommunications company entering the market.

“I guarantee that we will honour our contract with the state and we are not worried about any other than what is written in the contract,” said Mr. Sousa. (DN)

Timor-Lost lost MCC fund from USA

The Government says that Timor-Leste will not get assistance from the Millenium Challenge Corporation (MCC) from United States of America because the country’s corruption rating.

The minister of Economy and Development, Joao Mendes Goncalves said that the crisis in Timor-Leste has made the corruption rating higher.

He said this means Timor-Leste will lose its opportunity to get assistance in infrastructure development from the fund. (TP)

Army chief defends shooting of East Timorese

Monday, October 29, 2007
AFP

JAKARTA -- Indonesian army chief General Djoko Santoso on Sunday defended the shooting of a suspected smuggler who crossed from East Timor, saying soldiers had followed proper procedures before opening fire. Soldiers manning the border between Indonesian West Timor and East Timor shot at four men believed to be members of a smuggling gang in the early hours of Friday, the military said. One was killed and the other three escaped.
An investigation showed that the four were East Timorese nationals who had illegally crossed into Indonesian territory. "The shooting at the border was made after following the prevailing procedures," Santoso told journalists on the sidelines of a ceremony at the Jakarta military headquarters.

TRADUÇÃO:

Chefe das forças armadas defende disparos contra Leste-Timorense
Segunda-feira, Outubro 29, 2007
AFP

JACARTA – O chefe das forças armadas Indonésias General Djoko Santoso defendeu no Domingo os disparos contra um suspeito de contrabando que cruzou a fronteira de Timor-Leste, dizendo que os soldados tinham seguido os procedimentos adequados antes de abrirem fogo. Os soldados que guardam a fronteira entre o Oeste de Timor Indonésio e Timor-Leste dispararam contra quarto homens que se acredita serem membros de gang de contrabando nas primeiras horas de Sexta-feira, disse a força militar. Um foi morto e três outros escaparam.
Uma investigação mostrou que eram quatro nacionais Timorenses que tinham ilegalmente cruzado a fronteira para o território Indonésio. "Os disparos na fronteira foram feitos depois dos procedimentos prevalecentes," disse Santoso aos jornalistas à margem duma cerimónia no quartel-general das forças armadas em Jacarta.

Presidente timorense Ramos-Horta visita Portugal em 14 e 15 de Novembro

Público - 27 Outubro 2007

Jorge Heitor
A antiga primeira-dama Kirsty Sword Gusmão foi nomeada embaixadora de Díli para a Educação

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, visita oficialmente Portugal nos dias 14 e 15 de Novembro, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa, confirmou ontem ao PÚBLICO o gabinete deste último. Ramos-Horta, eleito em 9 de Maio último, depois de haver sido chefe da diplomacia e primeiro-ministro, já esteve para vir a Lisboa, mas não o conseguiu fazer devido às dificuldades que rodearam em Julho a formação do IV Governo Constitucional, que acabaria por vir a ser liderado por Xanana Gusmão.

Ontem, a mulher de Xanana, Kirsty Sword Gusmão, presidente da Fundação Alola, foi designada pelo Presidente da República embaixadora para a Educação, cargo honorário que reconhece a sua "dedicação incansável ao ensino de homens, mulheres e crianças de Timor-Leste". Ao mesmo tempo, a indigitação formaliza "um futuro papel nacional e internacional" da antiga primeira-dama na promoção das prioridades educacionais do Governo de Díli.

"A Educação é a nossa primeira prioridade, de modo a dar significado à nossa liberdade recém-encontrada; e está no âmago de todo e qualquer desafio de desenvolvimento que se coloque actualmente a Timor-Leste. Desejo uma nação completamente alfabetizada e multilingue", explicou José Ramos-Horta.

Caixa: José Ramos-Horta partilhou em 1996 o Prémio Nobel da Paz com o primeiro bispo de Díli, Carlos Filipe Ximenes Belo

Ramos-Horta no Clube de Madrid

Público - 29 de Outubro de 2007/Blogue Jorge Heitor - 28 de Outubro de 2007

A convite do antigo Presidente chileno Ricardo Lagos, que se encontra por dois anos à frente do Clube de Madrid, o Chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, vai ser no próximo mês o orador de honra na conferência anual daquela instituição, dedicada a ajudar os países que se estão a democratizar.

A conferência decorre em 19 e 20 de Novembro, seguindo Ramos-Horta para a Espanha no dia 18, depois de terminar a visita oficial que no dia 14 enceta a Portugal e durante a qual terá encontros com o Presidente Cavaco Silva e com o primeiro-ministro José Sócrates.
Do clube fazem parte antigos Presidentes, como Mikhail Gorbatchov, Bill Clinton, Mário Soares, Jorge Sampaio e Fernando Henrique Cardoso, bem como o ex-chanceler alemão Helmut Kohl e os antigos primeiros-ministros John Major, Felipe González e António Guterres.

Cooperação entre Portugal e Timor-Leste no domínio da formação policial

Público - 29 de Outubro de 2007/Blogue Jorge Heitor - 28 de Outubro de 2007

O tema prioritário da visita oficial que o Presidente José Ramos-Horta efectua a Portugal a partir de 14 de Novembro, do ponto de vista de Díli, é “o desenvolvimento da cooperação para a formação técnica e profissional da polícia de Timor-Leste”, declarou ontem ao PÚBLICO uma fonte do seu gabinete. O Chefe de Estado abordará “um leque muito largo de assuntos relativos à intensa cooperação que Portugal e Timor-Leste mantêm em diversas áreas”, querendo Díli “programas de formação a serem desenvolvidos e aplicados por corpos policiais portugueses, designadamente a GNR” (Guarda Nacional Republicana), acrescentou aquela fonte, que pediu o anonimato.

A área da formação técnica e profissional da polícia assume grande urgência para as autoridades timorenses; e poderá passar pelo lançamento de um novo programa específico de cooperação entre os dois países, que no fim de Agosto definiram um Programa Indicativo de Cooperação para o período que vai até 2010. Por isso, domina a agenda dos encontros que nos dias 15 e 16 o visitante terá com o Presidente Cavaco Silva, o primeiro-ministro José Sócrates e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Antes de a 18 seguir para a capital espanhola, onde participa na conferência anual do Clube de Madrid, organização independente dedicada ao fortalecimento da democracia no mundo.

O interesse de Timor-Leste e as possibilidades neste âmbito foram mencionadas durante a visita que o secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, há dois meses efectuou a Díli, onde estimou em 60 milhões de euros a ajuda a prestar por Lisboa nos próximos três anos.

A reforma e o desenvolvimento do sector da Segurança em Timor-Leste, país ainda jovem e de estruturas frágeis, é uma prioridade que tem vindo a ser anunciada por José Ramos-Horta, o qual já constituiu na Presidência da República um grupo especialmente dedicado a esse objectivo. Isso em coordenação com o presidente do Parlamento Nacional, Fernando “Lasama” de Araújo, e com o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

A ideia é que os três preparem ao mais alto nível todas as medidas de reforma, antes de as submeterem à consideração dos deputados, de modo a obterem “a maior eficácia possível do processo”, disseram ainda ao PÚBLICO no Palácio das Cinzas.

As Nações Unidas deverão permanecer em Timor-Leste até 2012, de modo a dar tempo a que se construam corporações sólidas e se afaste de vez o espectro de um Estado falhado, que alguns chegaram a pensar nos últimos 18 meses que estava a pairar sobre o país.

A procura dos corpos policiais portugueses para ajudarem a formar a polícia timorense deve-se, em grande parte, à opinião francamente positiva que dos mesmos tem a opinião pública local.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.