quarta-feira, outubro 24, 2007

Sobre o julgamento dos F-FDTL

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "Oficial português difere de CEMGFA timorense sobre...":

1 – Disse o brigadeiro-general Taur Matan Ruak no Tribunal na semana passada“que o tiroteio em Caicoli, junto ao ministério da Justiça, parou a pedido do coronel Fernando Reis e elementos da ONU, porque elementos das PNTL desejavam render-se.

«Os membros das Nações Unidas não pediram ou não ordenaram às F-FDTL para se desarmarem e retirar do Ministério da Justiça e outros locais».
«Continuavam a dizer que a PNTL desejava render-se, sem explicar os pormenores da rendição».
«Os dois membros da ONU seguiram para o quartel-general da PNTL, dei ordens aos membros (das F-FDTL) para pararem os tiroteios e assim aconteceu».

2 – Disse o comissário Nuno Anaia, hoje no Tribunal que “o brigadeiro-general Taur Matan Ruak concordou com um cessar-fogo.

«Sei que o coronel Fernando Reis chegou a acordo com o brigadeiro-general Taur Matan Ruak para um cessar-fogo com algumas condições».
«As condições eram que os PNTL entregassem as armas, que saíssem do quartel-general da Polícia a pé e que saíssem com as Nações Unidas».

3 - É o próprio Relatório da COI quem diz que pela UNOTIL “Não foi reunida qualquer equipa de gestão de crise”, não houve “uma estratégia de comunicação, com as autoridades nacionais”, nem “nenhum plano colectivo foi divisado para a intervenção”.

Que não houve “suficientes canais de comunicação antes de ou durante a intervenção”. Que “nenhuma directiva específica foi dada às pessoas” e que “se depositaram grandes esperanças nas experiências pessoais de militar e de polícia de determinados indivíduos”.


Parece-me que nem o relatório da COI tem as certezas que tem o Comissário.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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