domingo, outubro 28, 2007

Sobrevivente de massacre no Timor quer lista de mortos

27-10-2007 15:53:12

Díli, 27 Out (Lusa) - Passados 16 anos do massacre de Santa Cruz, em Díli (capital do Timor Leste), ainda "faltam muitos mortos" que não foram encontrados e identificados, afirmou à Agência Lusa o ex-deputado do Parlamento timorense, Gregório Saldanha, um dos sobreviventes do incidente.

"Continua por fazer a lista verdadeira das vítimas e dos sobreviventes" do massacre de 12 de novembro de 1991, disse Saldanha, durante uma vigília na igreja de Motael, em Díli.

Ex-deputado da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Saldanha é um dos coordenadores da Comissão Conjunta da Juventude da Resistência Nacional, que pretende investigar os incidentes, encontrar os corpos e homenagear as vítimas.

A vigília deste sábado lembrou o estudante Sebastião Gomes, morto por milícias timorenses em 28 de outubro de 1991, depois de tentar se refugiar na igreja com um grupo de colegas.

Duas semanas depois, uma manifestação pacífica de protesto contra a morte de Sebastião Gomes organizada por Gregório Saldanha desencadeou a repressão por tropas indonésias no cemitério de Santa Cruz.

"A Anistia Internacional concedeu uma lista de 271 mortos mas não é um número correto porque, na realidade, algumas pessoas se esconderam após o 12 de novembro e as famílias informaram que eles tinham morrido", disse Saldanha.

Ainda segundo o ex-deputado da Fretilin, "é preciso distinguir os mortos que tombaram no cemitério e outros que morreram depois, por doença, traição dos inimigos etc".

Investigação

A Comissão Conjunta da Juventude da Resistência Nacional exigiu na sexta-feira que a Indonésia revele os locais onde foram depositados os corpos das vítimas de Santa Cruz.

De acordo com Gregório Saldanha, dois especialistas internacionais em investigação chegaram a Díli para trabalhar no caso em abril de 2006.

Os investigadores não chegaram a se reunir com o então chanceler timorense José Ramos Horta devido a manifestações violentas que precipitaram a crise política e militar no país.

"Queremos que a Indonésia diga os locais dos mortos para que ao menos eles tenham o respeito que merecem, já que aos vivos não foi dada liberdade", afirmou o ex-deputado.

Neste domingo, a morte do estudante Sebastião Gomes será lembrada em uma missa em Motael, seguida de uma visita ao seu túmulo no cemitério de Santa Cruz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Deveriam perguntar ao Mario Carrascalao ou Clementino dos Reis Amaral. Eles sabem mas nao dizem. O Prabowo Subianto e o actual Presidente da Indonesia sabem ou podem facilmente saber. Em vex to SBY atacar a ONU sobre testumunhar ou nao na CVA, deveria ele estreitar as coisas e dizer aonde oestao estas pobres almas. Nao andemos a brincar para um lado ao outro. Ja chegou o tempo de sermos honestos. CHEGA!!!! DIZ!!!!! AGORA!!!!! OU PAGUEM O PRECO AMANHA!!!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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