quarta-feira, junho 06, 2007

A nacionalidade de Timor-Leste não está a venda, afirma a FRETILIN

VOTE para a FRETILIN!
Eleições Legislativas 2007

"Defendamos a independência de Timor-Leste"

Comunicado de Imprensa
7 Junho de 2007

Um plano do Partido Democrático (PD), de vender a nacionalidade de Timor-Leste a estrangeiros, poderia resultar na perda por parte de muitos timorenses, da posse de seus terrenos e recursos naturais, avisou hoje a FRETILIN.

"O plano do PD é perigoso e divisivo," disse o Secretário Geral Adjunto da FRETILIN, José Manuel Fernandes.

"Existem formas mais seguras e eficientes para atrair investimento, do que vender a nossa nacionalidade, como foi proposto pelo PD."

José Manuel Fernandes comentou em relação a política de taxas do PD, descrita na página 25 do seu manifesto eleitoral, onde declara: "Investimentos de qualquer estrangeiro, iguais ou superiores a USD 200 milhões, serão considerados para efeitos de atribuição de nacionalidade. Enquanto que um estrangeiro que efectue um investimento igual ou superior a USD 100 milhões, será elegível para o direito de arrendamento de propriedade para a duração de 40 anos."

José Manuel Fernandes disse que a FRETILIN nunca venderá a nacionalidade Timorense à estrangeiros.

"Ser um cidadão de Timor-Leste significa ter orgulho da sua própria identidade como parte do povo Maubere, ter orgulho do que já foi alcançado pela nação, e estar preparado para trabalhar duro para o bem estar da nossa grande nação Maubere," disse José Manuel Fernandes.

"O nosso povo passou por alguns dos piores abusos dos direitos humanos para que o Povo Maubere pudesse, um dia, gozar da alegria de ser cidadãos da sua própria nação. Tenho conhecimento sobre estas experiências porque também eu fui vítima de torturas e intimidações, por ter sido membro da frente clandestina.

"Se a nacionalidade e cidadania significassem dinheiro, então as forças armadas indonésia teriam comprado as almas, os corações e as mentes do povo Maubere, e a independência nunca teria sido alcançada.

"Se o PD estivesse no poder, qualquer estrangeiro rico poderia comprar a nacionalidade do nosso país, para ganhar o direito de compra de terrenos do povo Timorense. Se tal fosse permitido, o povo de Timor-Leste iria perder o controle da pátria independente pela qual lutaram tanto.

Para mais informações, contacte: Jose Manuel Fernandes (+670) 734
2174, Jose Teixeira (+670) 728 7080

www.timortruth.com, www.fretilin-rdtl.blogspot.com

Calls for ETimor commission to seek 'justice'

Radio Australia - 06/06/2007, 18:24

The leader of East Timor's Republican party says the Truth and Reconciliation Commission is flawed because it fails to make perpetrators accountable for the violence of the country's 1999 independence vote.

Joao Saldahna told Radio Australia's Sen Lam that achieving reconciliation between East Timor and Indonesia should not be the commission's only goal. "It's important that while both countries work in terms of improving the relationship in a number of areas, the area of justice should be also tackled head on," he said.

President Jose Ramos-Horta and his Indonesian counterpart, Susilo Bambang Yudhyono, have agreed to extend to mandate of the commission by another six months.

But the body, modelled on South Africa's Truth and Reconciliation Commission, has no power to prosecute, something which Mr Salsahna sees as a significant flaw.

"It's about going to the bottom of the case, knowing who did what," he said. "Then when we know who did what, the next stage is to say, 'You go to jail or you go for the amnesty.'" The United Nations estimates about 1,000 East Timorese died during the violence surrounding the independence vote, blamed largely on pro-Jakarta militias backed by elements of the Indonesian army. The two nations set up a truth commission in 2005 to investigate the bloody events.

Reconciliation, not justice

Defending the body, Dr Jose Ramos-Horta said the commission was a "noble approach" to dealing with the past.

"The important thing is that we do not allow ourselves to be hostage of the past, that we look forward with courage," he said.

He was speaking at a joint news conference after talks with Mr Yudhoyono, in which both leaders pledged to increase cooperation in trade, energy and education.

Dr Ramos-Horta says he is satisfied with progress made by the commission, which has been working since August 2005, summoning victims and alleged perpetrators of the violence.
Mr Yudhoyono said the two countries must "move forward" and leave the past behind.

"The government of Timor Leste and the government of Indonesia agreed and are committed to solving our past problems based on the principle of friendship and reconciliation, of truth, of friendships, and reconciliation and not a justice in this context."

But Mr Saldahna does not agree that improved ties should be given priority over achieving justice for victims and their families.

"Yes, there is a mood of reconciliation, yes, there is a mood of promoting better relationship between both countries, given the fact that Timor Leste's economic relations are in greater advantage if it's done with Indonesia," he said.

"But on the other hand, [there's] the issue of how do we know the situation, how do we know those who committed the crimes. "How do we know what is going to happen to them?"
Indonesia invaded East Timor in 1975 at the end of Portuguese rule and annexed the territory later that year, maintaining a heavy and sometimes harsh military presence.

East Timorese voted overwhelmingly to split from Indonesian rule but some pro-Jakarta voters and officials argued that the referendum had been rigged by the United Nations, although independent observers concluded the ballot was largely fair.

Militia leader Eurico Guterres, the only person jailed in Indonesia for the violence, is serving a 10-year sentence.

A FRETILIN exige que se pare com a linguagem ofensiva

Fretilin - Comunicado de Imprensa - 5 de Junho de 2007

A FRETILIN, o maior partido politico de Timor-Leste, exigiu hoje que o Congresso Nacional para Reconstrução Timorense (CNRT) pare com a utilização de linguagem e o comportamento ofensivos durante a campanha para as eleições legislativas de 30 de Junho.

O Partido rejeitou as alegações do CNRT e do Presidente da República, José Ramos-Horta, de que o partido está associado à morte de Afonso “Kudalai” Guterres e outro apoiante do CNRT, no passado domingo, 3 de Junho, no distrito de Viqueque.

Arsénio Bano, membro do Comité Central da FRETILIN e da Comissão Política Nacional, afirmou que o uso de linguagem ofensiva, por parte do CNRT, numa declaração escrita ontem (4 de Junho), enfraquece o processo judicial e o desenvolvimento da utilização das leis em Timor-Leste.

“As acusações do CNRT são completamente sem base e difamatórias, e violam a lei eleitoral e o código de conduta assinado na semana passada por todos os partidos políticos,” disse Bano.
“Nós entendemos que as pessoas estão tristes com a morte do Sr. Guterres, e nós apresentamos as nossas condolências à família. A morte de qualquer Timorense é sempre importante. Contudo, é completamente irresponsável da parte de um partido político, num estado democrático, que chame o atirador de assassino, sem que tenha sido realizada uma investigação independente, apropriada, e um julgamento justo.”

Bano disse que a FRETILIN aceitou de braços abertos a decisão de realizar-se uma investigação, e irá apoiar o processo jurídico para que a lei seja aplicada de forma justa.

Bano disse ainda que a investigação necessitará de diversas respostas em relação ao incidente.

Bano questionou: “Os membros do CNRT estavam armados e, se foi esse o caso, quem deu essas armas? Será que algum dos membros do CNRT estiveram já antes envolvidos em actos de violência e intimidação contra a população do distrito de Viqueque? Será que as pessoas envolvidas no incidente tinham algum historial de conflitos pessoais?”

“Também não entendemos o porquê das pessoas que têm acompanhado o partido CNRT terem sido vistos, ontem na televisão nacional, armados com armas longas, no distrito de Viqueque. Serão membros da polícia civil? Isto precisa ser investigado ou explicado ao público para prevenir que se espalhe a informação errada.”

Bano disse que o CNRT tem usado um comportamento ofensivo desde o início da campanha eleitoral. Bano citou o uso da bandeira da FRETILIN durante as actividades de campanha do CNRT e ataques pessoais directos feitos contra a liderança da FRETILIN.

“Já apresentamos a queixa à Comissão Nacional de Eleições sobre a utilização da nossa bandeira, e iremos considerar um processo de difamação contra o CNRT por associar a FRETILIN à morte do Sr. Guterres,” afirmou Bano.

O Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, respondeu também à declaração escrita pelo Presidente da República José Ramos-Horta, publicada ontem, logo após à declaração do CNRT. “Nós apelamos ao Presidente para que meça a linguagem que usa quando comenta sobre estes incidentes. “Como Chefe de Estado, é papel do Presidente garantir a unidade nacional e a independência, e é seu dever escolher cuidadosamente as palavras que usa. O Presidente deve promover a solução deste problema através dos canais legais apropriados.
“A utilização de linguagem irresponsável, semelhante, no ano passado, por alguns líderes nacionais, desestabilizou uma situação que já era delicada, e incitou a violência.”

Para mais informações, por favor contacte: Arsénio Bano (+670) 733 9416 (Dili)

Timor-Leste/Eleições: Dois feridos em incidentes com caravana ASDT/PSD

Lusa – 5 Junho 2007 – 16:02


Lisboa - Dois militantes do Partido Social Democrata (PSD, oposição) ficaram hoje feridos em consequência um incidente junto à aldeia de Leuro, leste de Timor-Leste, disse à Lusa fonte partidária.


Segundo o deputado João Gonçalves, do PSD, contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, “o ataque foi conduzido por um grupo de radicais da FRETILIN, que levantaram barreiras na estrada e montaram uma emboscada”, à caravana da coligação ASDT/PSD que se dirigia para Lospalos depois de uma acção de campanha em Iliomar.


Os dois militantes do PSD ficaram feridos em consequência do arremesso de pedras por parte de um grupo de cerca 30 indivíduos.


Timor-Leste encontra-se em campanha eleitoral para a eleição no próximo dia 30 de um novo parlamento.


João Gonçalves, que se encontra em Lospalos, na ponta leste do país, disse que “os incidentes de domingo, de que resultaram dois mortos, durante um comício do CNRT, e os de hoje, prenunciam o aumento da violência”.


Fortemente crítico para com a FRETILIN, partido maioritário, João Gonçalves lamentou que o acordo subscrito por todas as forças partidárias concorrentes às legislativas do final do mês “não esteja a ser respeitado pela FRETILIN”.


A Lusa contactou também Mário Carrascalão, presidente do PSD, que atribuiu igualmente os incidentes de hoje a “jovens radicais da FRETILIN”.


Os dois dirigentes do PSD criticaram ainda a falta de presença quer da Polícia Nacional de Timor-Leste quer da UNPol (Polícia das Nações Unidas).


Os incidentes de hoje vêm na sequência das críticas dirigidas pelo Presidente José Ramos-Horta, que no início da sua primeira visita oficial após ter sido investido no cargo, no passado dia 20 de Maio, lamentou a "falta de disciplina" da polícia timorense.


Falando aos jornalistas antes de partir para Jacarta, José Ramos-Horta sublinhou que a morte de dois simpatizantes do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do ex-chefe de Estado Xanana Gusmão, "embaraçou o país" e assegurou que os responsáveis serão "duramente punidos".

EL-Lusa/Fim

GRUPO MUDANÇA: "DESONESTO E ILEGÍTIMO"

Vota para a FRETILIN!
Eleições Legislativas 2007

"Defendamos a independência de Timor-Leste"

Comunicado a imprensa
6 Junho 2007


Arsénio Bano, membro do Comité Central da FRETILIN e candidato a deputado pela lista da FRETILIN, acusou hoje o auto-denominado "Grupo Mudança", de desonesto e ilegítimo. "O grupo Mudança violou a Lei Eleitoral e o Código de Conduta por participar na campanha eleitoral
do Congresso Nacional de Reconstrução Timorenses (CNRT) liderado pelo ex-Presidente da República, José Alexandre Gusmão" disse Bano.

Bano afirmou que "os membros do referido Grupo fazem a campanha a favor do Congresso Nacional de Reconstrução Timorense utilizando a denominação e os símbolos da FRETILIN. Bano referiu em particular ao artigo 64 da referida lei que estatui:

"Aquele que durante a campanha eleitoral utilizar o nome de um candidato ou símbolo de qualquer partido com o intuito de os prejudicar ou injuriar é punido com pena de prisão de 1 mês ou multa de 50 a 150 USD".

"A autodenominada Fretilin Mudança não consta no registo no Ministério da Justiça nos termos da lei n° 3/2004, de 14 de Abril. Assim, o grupo não tem personalidade jurídica nem capacidade
judiciária", continuou.

O Grupo tem estado a actuar fora do círculo da FRETILIN contrariando assim as regras da militância definidas no âmbito dos estatutos do partido. Alguns dos seus membros são candidatos a deputados pela lista do CNRT mas continuam a identificar-se publicamente como membros do partido FRETILIN tentando assim manipular ou confundir o eleitorado. Eles tencionam dividir o partido e os seus apoiantes em benefício do CNRT.

"Tais manobras politicas constituem um grave atentado aos princípios democráticos.

Isto é particularmente grave num país onde quase metade do eleitorado é analfabeta,"afirmou Bano.

Bano continuou: "Eles não têm o direito de usar o nome do nosso partido. Nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos está acima do partido. A FRETILIN sobreviveu porque tem vindo a pautar-se pelos princípios de organização. Democracia e disciplina são aspectos importantes para a nossa organização obrigando a que todos os membros do partido a acatar decisões adoptadas pela maioria. Quem tenha saído das estruturas do partido e não obedeça as regras partidárias e faça campanha contra nós em beneficio doutro partido, perde o direito de reivindicar como membro do nosso partido. Todos os partidos democráticos actuam assim em todo o mundo."

Para mais informações, contacte com Arsénio Bano +670 7339416 ou
escreva para fretilin.media@gmail.com

www.fretilin-rdtl.blogspot.com, www.timortruth.com

UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 06 May 2007

National Media Reports

The suspect of Viqueque case officially becomes fugitive

The United Nations Mission in Timor-Leste says the suspect in the case of a fatal shooting in Viqueque on Sunday is officially wanted.

“UNMIT is treating the incident that happened in Viqueque very seriously. The person responsible is officially wanted in relation to the fatal shooting,” UNMIT spokesperson, Allison Cooper said on Tuesday (5/6) during an interview at UNMIT headquarters at Barracks-Caicoli, Dili.

Ms. Cooper said that the suspect is the subject of police search. (STL)

Political, security and military observer says to disarmed PNTL of Viqueque

The observer of politics, security and military, Julio Thomas Pinto said the best way to proceed after the fatal shooting of a person in Viqueque on Sunday is to process with police screening in the regions.

Mr Pinto said this would be more effective than spreading inaccurate information about the incident. (TP)

After the public consultation, president will promulgate law of clemency

The leading parliamentary party, the Fretilin has approved a law of truth and clemency despite the controversy raised by the opposition.

The opposition has called on the President to consult with civil society, church and the victims before signing off on the law. (TP)

Timorese will get border access
It is expected that the President of the Republic, José Ramos Horta will negotiate reopening the border between Indonesia and Timor-Leste during his state visit this week. (STL)

The Prime Minister calls upon the Ministry of Interior to investigate Viqueque case
The Prime Minister of Timor-Leste, Estanislau da Silva said he is deeply saddened about the incidents in Viqueque that has resulted in a death. He has called for a full investigation into the incident.

“On behalf of the government, I’d like to give our condolences to the family of the victims,” said Mr. Estanislau.

Furthermore, Mr. Estanislau said that the government will do its best to protect people from further violence. (TP)

Political party appeals supporters to remain calm

The president of the Democratic Party (PD), Fernando de Araujo Lasama has appealed to party supporters in Viqueque to be calm and avoid any provocation from others that will lead to insecurity.

“I would like to take this opportunity to appeal to all supporters of PD not to become involved in violence,” said Mr. Lasama. (STL and TVTL)

Commander of PNTL: “PNTL did not shoot Afonso-Kudalai”

The commander of the PNTL, Afonso de Jesus has said that the fatal shooting in Viqueque on Sunday was not done the PNTL but rather an individual who works for the PNTL. (TP)

Minister brings corruption case to tribunal

At a press conference held by LABEH on Tuesday (5/6), the executive director of Lalenok ba Ema Hotu (LABEH), Christopher Henry Samson stated that of the 55 corruptions cases against all ministries, the Ministry of Health has presented the case to court.

“The Ministry of Health is setting a good example for other ministries to follow,” said Mr. Samson. (TP)



This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

Wednesday, 6 June 2007


The security situation in the country as a whole has been stable.


Today in Dili, UNPol conducted 33 patrols and attended a total of six incidents. Four of these were traffic accidents. Of the remaining two, one was a fight between two groups in Bairo Pite at around 1130hrs. UNPol arrived and dispersed the group, and there were no reports of any injuries.

Eight political rallies took place yesterday in the districts of Ainaro, Bobonaro, Ermera and Lautem. The only campaign-related security incident that was reported took place in Lautem where when one political convoy was stoned by about 30 people near Cainliu, slightly injuring two campaigners. All the other rallies went peacefully.

UNPol is continuing its investigation into the alleged murders that took place in Viqueque last Sunday. Police officers supported by the ISF are searching for suspects by foot and air, and ballistics testing is ongoing.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Report any suspicious activities and avoid traveling the areas affected by disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for the people of Timor-Leste

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "UNMIT MEDIA MONITORING - Tuesday, 05 June 2007": "There is no impunity in this country," Mr Ramos-Horta said.

Ou RH está amnésico ou está sendo hipócrita. O que se chama à situação de Reinado, Rai Los, Salsinha e outros, senão impunidade? Então RH, que mandou suspender a captura de Reinado e nomeou Rai Los para coordenar a sua campanha eleitoral vem dizer-nos que não há impunidade?

"He said the shooting incidents were "saddening" but were also "major crimes which should receive severe punishment.""

Gostava de saber que tipo de "severe punishment" receberam os autores do assalto à casa de Matan Ruak, da matança da família de Rogério Lobato ou dos homicídios no aeroporto. Neste último caso, a reacção do então 1º Ministro RH foi de reafirmar a presença das forças australianas em Timor-Leste durante tempo indeterminado.

Qundo o Palácio do Governo foi invadido por vândalos, a reacção do actual Presidente da República foi sair e mandar sair todos os funcionários, dizendo que se fosse preciso fechava o Palácio durante um ano. Chama-se a isto "severe punishment".

"Severe punishment" foi também o par de sopapos aplicados num garoto que jogava à bola junto ao mar e teve o azar de acertar na viatura de SExa RH.

E que dizer da mobilização de FDTL para Viqueque? Então Mari não foi tão criticado por usar as Forças Armadas em serviço de segurança pública?

E porque não foi enviada tropa para Ermera, Gleno, Same, etc, quando militantes da fretilin foram agredidos ou mesmo assassinados?

Sinceramente, acho que RH não só está seguindo as passadas de Xanana como até se arrisca a ultrapassá-lo. Será que RH também é admirador de Suharto, como o 1º Presidente de Timor? Só faltava...

Dos Leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "DIZ COM QUEM ANDAS DIR-TE-EI QUEM ÉS!":

Conforme a alínea 4 do Artigo 5º da LEI N.O 5/2006 de 28 de Dezembro ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL:

“Só podem ser nomeados ou eleitos para a CNE cidadãos de reputada idoneidade e carácter que não tenham responsabilidades de direcção em partido político ou em candidaturas eleitorais.”

Caso se confirme o que corajosamente a Ana Loro Metan denuncia resta ao Martinho Germano da Silva Gusmão avançar com a sua demissão e ser substituído pelo seu suplente.

Não o fazendo de imediato e voluntariamente também eu penso que a isenção da CNE está seriamente posta em causa.

UNMIT MEDIA MONITORING - Tuesday, 05 June 2007

National Media Reports

The UN strengthens electoral security after two fatal shootings in Viqueque
The acting chief of the UN Mission in Timor-Leste (UNMIT) Eric Tan, said today that security in Viqueque is being revised following the death of two people in the district on Sunday (3/6).

The first incident occurred one hour after the completion of a National Congress for Reconstruction of Timor-Leste (CNRT) campaign rally in Viqueque town when a man from the nearby town of Ossu was fatally shot in a marketplace at 15.45, following an altercation between CNRT supporters and opponents. UNPol responded quickly and brought the situation under control with the use of tear gas and warning shots to disperse the crowd.

The man was believed to have been shot by an off-duty PNTL officer and a search is underway to apprehend the suspect.

The second incident occurred when a group of CNRT supporters, accompanied by Mr Gusmao, returned the body of the deceased man to Ossu. Initial reports indicate that PNTL fired shots to control a crowd at a roadblock near Ossu. A 24-year old man was fatally shot and a second 16-year old youth was injured.

The CNRT political party is headed by the former President of Timor-Leste, Xanana Gusmao.

"We are treating both shootings seriously," said Eric Tan, the acting head of UNMIT.

"Initial investigations show that the first shooting happened an hour after the rally had concluded. Security was provided for the rally itself. The motivation of the killing is at this stage unknown," he said.

"Neither incident suggests an attempt on Mr Gusmão's life," Mr Tan said.

UNMIT's senior leadership attended a meeting convened by President José Ramos-Horta, with Prime Minister Estanislau da Silva, Minister of the Interior Alcino Barris, the International Stabilization Forces and the F-FDTL in Dili this morning.

The ISF has also deployed a platoon to the region. The United Nations will reinforce its security plan ahead of the June 30 election.

Timor-Leste's most senior leadership also insisted in today's meeting that retaliation for yesterday's event will not be tolerated and have again urged political supporters to remain calm and abide by democratic principles to ensure a free and fair election process, said Mr Tan. (STL)

The law of amnesty approved
At a plenary section of national parliament on Monday (04/6) presided over by vice president of national parliament, Jacob Fernandes and the permanent secretary, Francisco Carlos, approved law No. 30/I/5a regarding truth and measurement of clemency for diverse infractions.

A DN journalist observed that the members of national parliament from PD, PNT and PST who participated left the plenary before national parliament approved the law.

In response to the approved law, the member of national parliament from the Democratic Party (PD), Jose Nominando said that PD's principle has been clear that PD disagrees with a law of clemency or amnesty. (STL)

PNTL action considered barbarian after the Viqueque incidents
The president of PST, Nelson Tomas stated on Monday (4/6) at a press conference held in PST office Balide Dili related to the two fatal shooting in Viqueque, that four political parties namely, National Congress of Reconstruction Timor (CNRT), Democratic Party (PD), East Timor Socialist party (PST) and Coalition of PSD/ASDT considered that the action of the PNTL in Viqueque district as barbarian. (STL)

East Timor President accuses police over shootings
East Timor President José Ramos-Horta said it was police personnel who shot dead two activists during the campaign rallies for a new party headed by former East Timor President Xanana Gusmao.

A group of five armed men opened fire on Alfonso "Kuda Lay" Guterres at the rally by the National Congress of Reconstruction of Timor (CNRT) party in the eastern town of Viqueque on Sunday, he said.

Later in the evening, gunmen also killed another CNRT activist identified as Domingos in Ossu, also in Viqueque district. Another man was wounded in the attack, Mr Ramos-Horta said.

"They were CNRT elements who were shot dead by members of the PNTL (the national police)," Mr Ramos-Horta told journalists at the presidential palace.

He said the shooting incidents were "saddening" but were also "major crimes which should receive severe punishment."

"There is no impunity in this country," Mr Ramos-Horta said.

He said the incident had embarrassed the nation and the country since the police, who should be trusted by the people and able to safeguard the elections, had failed in their duty.

"Several members of the PNTL have engaged in crime ... We see that indiscipline is still very strong within the PNTL," the President said.

He said UN police had begun an investigation into the incident.

Campaigning kicked off last week for the crucial June 30 elections to choose a new prime minister and parliament.

The polls are expected to be a tough contest between the CNRT and Fretilin, which has dominated parliament since East Timor officially gained independence from Indonesia in 2002.

Several people were reportedly injured on Thursday when violence erupted between CNRT and Fretilin supporters at a campaign rally in the eastern city of Baucau, in the district of the same name.

Baucau, Viqueque and Lautem districts were strongholds of Fretilin, the former resistance movement. (STL)

CNE calls on public ministry investigating Viqueque case
The CNE spokesperson, Fr. Martinho Gusmão reportedly said that CNE considered the incident between Fretilin's supporters and CNRT's supporters in Viqueque district, Ossu on Sunday (3/6) as a crime.

CNE observes that a fatal crime occurred during the campaign and the public ministry should investigate this case because it has ruined the electoral campaign for the parliamentary election, said Fr. Gusmão. (STL)

Fatal shooting supporter of CNRT, police scape goat
The president of republic, José Ramos-Horta acknowledged that the PNTL will lose credibility as a result ofthe member of PNTL who shot the militant of CRNT to death in Viqueque district on Sunday (3/6).

I have had a discussion with the minister of interior, Alcino Barris, acting special representative of UN, Eric Tan, Commander of F-FDTL, Taur Matan Ruak, commander of the ISF, Brigadier Mal Rerden and the Prime Minister, Estanislau Aleixo da Silva on how to reinforce the security in electoral campaign since the police have lost the people's confidence," said Mr. Horta before departing to Indonesia on Monday (4/6) in Palacio da Cinzas Caicoli Dili. (TP)

Fatal shooting supporter of CNRT, Fretilin demands investigation
Ruling party Fretilin reportedly demanded that CNRT conduct an independent investigation into the fatal shooting of the CNRT supporter in Viqueque district on Sunday (3/6). (DN)

F-FDTL instructed, deploying in three eastern districts
In response to the conflict which happened on Sunday (3/6) after the rally of CNRT in Viqueque resulting in two fatal shootings, the president José Ramos Horta said on Monday (4/6) that he has ordered the commander of F-FDTL, Brigadier Taur Matan Ruak, to coordinate with International Stabilization Forces (ISF) to deploy F-FDTL in three districts namely Baucau, Lospalos and Viqueque in assuring security for such high risk places. (DN)


International Media Reports

Press Conference by Timor-Leste Special Representative
Source: United Nations

The two rounds of presidential elections in Timor-Leste on 9 April and 9 May had been "deeply satisfying" and proceeded much better than would have been expected six months ago, Atul Khare, the Secretary-General's Special Representative for that country, said at a Headquarters press conference this afternoon.

Briefing correspondents on the situation in the country, Mr. Khare, who also heads the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT), said that, throughout the process, culminating in the graceful acceptance of the results by the political parties and the transfer of power between then-President Kayrala Xanana Gusm ã o and his successor, José Ramos-Horta, Timorese leaders had conducted themselves wisely, with dignity and respect for democratic principles.

The parliamentary elections, to be held on 30 June, would be more challenging, he cautioned, noting that they would involve 16 political parties represented by 14 lists, because four parties had decided to form two coalitions. However, UNMIT was working hard with the Timorese authorities to ensure they were as successful, peaceful and orderly as the presidential polls.

He said the latest developments gave some reason for hope as the parties were starting to interact more frequently and constructively. A code of conduct and a political party accord had been concluded on 25 May. The code was a continuation of a similar agreement signed ahead of the presidential elections dealing with conduct during the campaign. The political accord, on the other hand, was an innovation focusing on a post-electoral commitment to good governance whereby parties committed themselves to a meaningful role for the opposition should they form the future Government, and to making construction contributions to policy development and legislation should they find themselves in the opposition. That accord boded well for the development of a genuine multiparty, liberal democracy.

Several challenges would remain after the elections, he said. They would include the strengthening and comprehensive review of the security sector, including the future role of the Army and police; review and strengthening of the justice sector; strengthening the rule of law; and ensuring good governance and development in a democratic climate. Hopefully, the new leadership would address those challenges, with the support of the United Nations.

A correspondent asked about the biggest obstacles to development in Timor-Leste.

Mr. Khare cited the process of Government formation, noting that the possibility of forming a governing coalition would have to be examined very carefully as it was statistically unlikely that any single party would gain a clear majority. As a post-conflict country, Timor-Leste had not yet dealt with the challenges of forming a coalition Government. "People are starting to talk about it, at least, and I hope that whatever the results, they will be both acceptable and indeed accepted by the population at large so that the country can move forward and avoid the experience which it had in April/May 2006," he added.

Asked about reports of violence, including one involving a person killed by a grenade, he attributed some such incidents to "criminal martial arts gangs". The police had two suspects and were seeking arrest warrants. A few other incidents could be attributed to political rivalries, but leaders across the political spectrum were condemning such incidents and the current Prime Minister had said they were unacceptable.

In response to a question about sexual abuse, the use of brothels and bad driving by United Nation peacekeepers, the Special Representative said he had implemented a zero-tolerance policy towards any form of misconduct. One person had already been repatriated for losing a weapon and another for driving while under the influence of "a very high intake of alcohol".

Regarding children born out of liaisons between Timorese women and United Nations personnel, he said most such cases related to had happened in the past, but they were being examined. Four allegations of sexual exploitation and abuse had been reported to UNMIT, two of which had been found not to be substantiated. Investigations into the other two were continuing.

He said two dedicated telephone lines had been established for people to report such incidents to the Mission, which was proactively seeking such cases in cooperation with non-governmental organizations and local communities. UNMIT had also established a mechanism by which local people and United Nations staff could report incidents directly to the Special Representative through electronic and physical suggestion boxes.

Asked what happened to women who gave birth in the absence of a child support system, Mr. Khare said that, in some cases, even where paternity had been accepted, "I try to move beyond the legal confines and insist on the father providing support."

A correspondent asked whether Timor-Leste's electoral system entailed proportional representation.

The Special Representative said Timor-Leste's unicameral parliament had 65 seats and a proportional representation system with a few "interesting" requirements, the first of which was that, on every party's list every fourth candidate must be a woman, to ensure at least a 25 per cent participation by women, both as candidates and subsequently in the national parliament.

Asked whether the presidency was merely a ceremonial position, he said it was more than ceremonial, but the premiership had more power. Mr. Gusm ã o was not seeking the premiership, but running for a parliamentary seat as the leader of the new National Council for the Reconstruction of Timor-Leste.

Mr. Khare drew attention to the establishment of a new Committee on High-Level Coordination, which had been formed on the basis of a recommendation by the Security Council. It brought together the President, Prime Minister, the first Deputy Prime Minister, the President of the National Parliament and top UNMIT representatives, including the Special Representative and his two deputies. It provided for collegial and consensual decision-making.


Foreign troops deployed after 2 killed in East Timor campaign violence
5 June 5, 2007
Jakarta Post

DILI, East Timor (AP): International troops were rushed Monday to a volatile region of East Timor where two men were fatally shot during campaigning for parliamentary elections later this month, authorities said.

One of the dead was a campaign worker for independence hero Xanana Gusmao, who is running for prime minister in the upcoming polls, seen as key to restoring stability in the tiny nation, police said.

An off-duty police officer was suspected in the killing in Viqueque district, the United Nations said, indicating bitter divisions in the country's security forces and ruling elite that exploded into violence and political turmoil last year remain a threat.

Later Sunday, Timorese police opened fire on a crowd confronting Gusmao and his supporters as they attempted to return the body to the man's family, the U.N. statement said, citing initial reports. (***)

UNMIT - Security Situation - Tuesday, 5 June 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

The security situation in the country as a whole has been stable, although Viqueque remains tense following the shootings on Sunday.


Today in Dili, UNPol conducted 43 patrols and attended a total of five incidents. At around 0730hrs a student was assaulted at Balide Senior High School. Three hours later, UNPol received a report of a group of about 50 - 60 locals approaching a house in Fomento armed with machetes and darts. A Formed Police Unit was quickly dispatched and dispersed the group. At 1222 hrs, UNPol received a report of a fight between two groups at Bairo Pite junction. When officers arrived, the two groups dispersed. There were no injuries or damage to property.

UNPol is continuing its investigation into the alleged murders that took place in Viqueque last Sunday. Officers from the Major Crime Investigation Unit are working with forensics experts and other officers from the National Investigation Unit who arrived on the scene today.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Report any suspicious activities and avoid traveling the areas affected by disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for the people of Timor-Leste

«Não podemos ser reféns do passado», afirma Ramos Horta

Diário Digital / Lusa
05-06-2007 9:44:43

O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, declarou hoje em Jacarta estar satisfeito com o trabalho da comissão mista sobre a violência de 1999, cujo mandato foi alargado por seis meses por acordo entre os dois países.

«Não podemos ser reféns do passado», afirmou o Presidente da República timorense no Palácio Presidencial, na conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, integrada na visita oficial à Indonésia, a primeira viagem ao estrangeiro desde a posse, em Maio.

«Elogio a coragem, o profissionalismo e a integridade dos comissários dos nossos dois países que tomaram em mãos a tarefa que lhes foi atribuída», afirmou José Ramos Horta sobre a Comissão da Verdade e Amizade (KKP).

«Os nossos dois países concordaram em resolver os nossos problemas passados dentro dos princípios de amizade e da reconciliação e não através da justiça, neste contexto», declarou Susilo Bambang Yudhoyono quando questionado pela Lusa sobre se concorda com as amnistias previstas para os culpados de crimes cometidos em Timor-Leste.

«Foi dentro desse espírito que decidimos criar a KKP para lidar com o assunto», acrescentou o Presidente indonésio.

Um grupo alargado de organizações de direitos humanos pediu recentemente aos dois chefes de Estado que encerrem a KKP, que acusam de não ter nem credibilidade nem legitimidade.

«É óbvio pelo seu mandato e pelo seu desempenho que a KKP não é um mecanismo credível para a procura de justiça nem sequer da verdade sobre os acontecimentos em Timor-Leste em 1999, muito menos entre 1975 e 1999», acusa uma plataforma de 30 organizações timorenses, indonésias e internacionais.

Timor-Leste: PR Ramos-Horta em Jacarta com estudantes e um rochedo na agenda

Lusa – 4 Junho 2007
Jacarta, Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa - José Ramos-Horta chegou hoje a Jacarta, Indonésia, para a sua primeira visita ao estrangeiro como Presidente da República timorense, com a delimitação das fronteiras terrestres e a situação dos estudantes na agenda de encontros bilaterais. O Presidente da República de Timor-Leste, que chegou a Jacarta cerca das 16:30 (09:00 em Lisboa), foi directamente para o Cemitério dos Heróis de Kalibata, onde estão sepultados aqueles que receberam uma das condecorações nacionais da República - incluindo os militares indonésios mortos durante a ocupação de Timor-Leste.

O cemitério foi inicialmente construído em 1953.

José Ramos-Horta encontrou-se depois com a comunidade timorense na capital indonésia, oportunidade para contactar e ouvir alguns dos muitos estudantes timorenses em Jacarta.
Há actualmente 1646 estudantes timorenses na Indonésia, sobretudo nas áreas de Engenharia, Economia e Agronomia, segundo o adido de Educação da embaixada de Timor-Leste em Jacarta, Paulino Henrique Ribeiro.

Na terça-feira, José Ramos-Horta abordará no encontro bilateral com as autoridades indonésias, a simplificação da concessão de vistos e a atribuição de bolsas aos estudantes timorenses, explicou o adido de Educação timorense.

Não existe nenhum programa específico de bolsas para timorenses na Indonésia, desde que terminou em 2005 o apoio concedido durante cinco anos pela Fundação Calouste Gulbenkian a 150 estudantes, explicou Paulino Henrique Ribeiro à Lusa.

"Os estudantes sobrevivem pelos seus próprios meios", acrescentou o adido, sublinhando que a primeira despesa é com o visto indonésio.

O visto ordinário para seis meses na Indonésia custa cerca de 250 dólares e a renovação, com a obtenção de uma autorização de residência pelo ministério da Educação indonésio, custa mais o equivalente a 60 dólares, uma soma avultada para o rendimento médio das famílias timorenses.
Outro assunto nas discussões bilaterais durante a visita oficial de José Ramos-Horta é a delimitação das fronteiras terrestres, um processo negocial e de trabalho técnico, iniciado ainda antes da independência de Timor-Leste, em 2002.

"Falta apenas chegar a acordo sobre um por cento das fronteiras terrestres com a Indonésia", declarou à Lusa o principal negociador timorense, Arcanjo Leite, director nacional da Administração do Território.

"Existem condições para que durante esta visita terminemos a questão do ponto de vista político, para depois definir no terreno", no âmbito da subcomissão técnica de delimitação e regulação de fronteiras.

As negociações da definição das fronteiras terrestres entre Timor-Leste e a Indonésia estiveram paradas quase um ano, em parte devido à crise política e militar de 2006, explicou Arcanjo Leite.

Em Dezembro de 2005, delegações dos dois países encontraram-se em Surabaia, Indonésia. No seguimento dessa reunião, um outro encontro bilateral devia ter acontecido em Díli, mas nunca chegou a realizar-se.

Nessa altura, havia desacordo sobre quatro por cento da extensão das fronteiras comuns e a reunião de Surabaia permitiu um acordo político sobre três por cento.

"Tecnicamente, no entanto, não se fez nada mesmo quanto à parte que foi resolvida politicamente", explicou Arcanjo Leite.

"Politicamente não há desacordo, há apenas diferenças de interpretação da aplicação dos tratados de 1904 e de 1915" entre Portugal e a Holanda, as antigas potências coloniais das duas partes da ilha de Timor.

Um dos últimos pontos de discórdia na delimitação fronteiriça entre os dois países é no enclave timorense de Oécussi, onde a Indonésia disputa o ilhéu de Fatu Sinai ("Pedra Sinai", traduzindo à letra da língua tétum), a que os indonésios chamam Batek.

"É um rochedo do tamanho de um campo de futebol, desabitado mas onde desde sempre as populações baiqueno de Oécussi realizam todos os anos cerimónias tradicionais em Fatu Sinai", explicou Arcanjo Leite.
O ilhéu fica muito perto da costa, num ponto do litoral de Oécussi entre dois braços de uma ribeira que faz a fronteira entre Indonésia e o enclave. Na altura da assinatura do tratado sobre a fronteira de Oécussi, em 1915, existia apenas uma ribeira.

Outra vertente da fixação das fronteiras é a sua marcação, com novecentos pilares ao longo de toda a extensão da fronteira principal e no enclave de Oécussi. Em 2005, foram colocados cinquenta marcos, afirmou Arcanjo Leite. O resto está por colocar, o que em muitas áreas não é tarefa fácil.

A delimitação da fronteira terrestre tem também consequências com a posterior definição da fronteira marítima, um assunto sensível porque, como acontece com a Austrália, envolve o acesso e a partilha de recursos do Mar de Timor.

A visita de José Ramos-Horta, que regressa quarta-feira a Díli, prevê um encontro com o Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, com os embaixadores dos países lusófonos em Jacarta e com potenciais investidores indonésios.
Lusa/Fim

Timor-Leste: "Não podemos ser reféns do passado" - Ramos Horta com PR indonésio

Lusa – 5 Junho 2007 - 07:14

Jacarta - O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, declarou hoje em Jacarta estar satisfeito com o trabalho da comissão mista sobre a violência de 1999, cujo mandato foi alargado por seis meses por acordo entre os dois países.

"Não podemos ser reféns do passado", afirmou o Presidente da República timorense no Palácio Presidencial, na conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, integrada na visita oficial à Indonésia, a primeira viagem ao estrangeiro desde a posse, em Maio.

"Elogio a coragem, o profissionalismo e a integridade dos comissários dos nossos dois países que tomaram em mãos a tarefa que lhes foi atribuída", afirmou José Ramos Horta sobre a Comissão da Verdade e Amizade (KKP).

"Os nossos dois países concordaram em resolver os nossos problemas passados dentro dos princípios de amizade e da reconciliação e não através da justiça, neste contexto", declarou Susilo Bambang Yudhoyono quando questionado pela Lusa sobre se concorda com as amnistias previstas para os culpados de crimes cometidos em Timor-Leste.

"Foi dentro desse espírito que decidimos criar a KKP para lidar com o assunto", acrescentou o Presidente indonésio.

Um grupo alargado de organizações de direitos humanos pediu recentemente aos dois chefes de Estado que encerrem a KKP, que acusam de não ter nem credibilidade nem legitimidade.

"É óbvio pelo seu mandato e pelo seu desempenho que a KKP não é um mecanismo credível para a procura de justiça nem sequer da verdade sobre os acontecimentos em Timor-Leste em 1999, muito menos entre 1975 e 1999", acusa uma plataforma de 30 organizações timorenses, indonésias e internacionais.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste: Ramos Horta e Susilo alargam mandato da Comissão da Verdade

Lusa – 5 Junho 2007 - 08:52

Jacarta - Timor-Leste e Indonésia alargaram o mandato da Comissão da Verdade e Amizade (KKP) por mais seis meses, anunciaram hoje em Jacarta os dois chefes de Estado.

O anúncio foi feito após uma reunião bilateral em que a educação, o investimento e a delimitação de fronteiras estiveram também na agenda.

"Não podemos ser reféns do passado e temos que seguir em frente com coragem", afirmou José Ramos Horta na conferência de imprensa conjunta após a reunião com o Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, na sua primeira viagem oficial ao estrangeiro desde a eleição para a chefia do Estado, em Maio.

A KKP, que tem comissários de ambos os países, foi criada em Agosto de 2005 para apurar as responsabilidades na violência em Timor-Leste antes do referendo pela independência e nas semanas após o anúncio da vitória do "sim", que terão provocado mais de mil vítimas e a destruição de grande parte da capital timorense.

A KKP decidiu, em Janeiro de 2007, deixar ao critério dos governos de Díli e de Jacarta a concessão de amnistias para quem for considerado culpado desses crimes.

Questionado pela Lusa sobre esta amnistia, o Presidente indonésio declarou que Timor-Leste e Indonésia "concordaram em resolver os problemas do passado dentro dos princípios de amizade e da reconciliação e não através da justiça, neste contexto", declarou Susilo Bambang Yudhoyono.

"Foi dentro desse espírito que decidimos criar a KKP para lidar com o assunto", acrescentou o Presidente indonésio na conferência de imprensa no Palácio Presidencial.

José Ramos Horta concordou com a posição do chefe de Estado indonésio e elogiou "a coragem, o profissionalismo e a integridade dos comissários” que tomaram em mãos a tarefa que lhes foi atribuída por Susilo Susilo Bambang Yudhoyonon e pelo ex-Presidente Xanana Gusmão.

"Acredito que a KKP vai satisfazer as pessoas de ambos os lados e criará um precedente para outros países lidarem com situações semelhantes", acrescentou José Ramos Horta.

"Apoiei a KKP desde o início no sentido de que os dois países têm que olhar em frente. Nas relações entre países através da História, em qualquer lado, há lições positivas, há experiências positivas, há também experiências negativas e dramáticas que acontecem", sublinhou o Presidente timorense.

"É o caso da própria Indonésia, onde há uma diversidade de experiências por que as pessoas passaram através de gerações", referiu.

"No meu país sabem que nunca escondi os meus pontos de vista sobre este aspecto e ainda assim fui eleito com quase setenta por cento dos votos", explicou José Ramos Horta.

"A recepção entusiasta ao Presidente Susilo na visita do ano passado a Timor-Leste não foi uma manifestação organizada, foi espontânea, expressão genuína do povo timorense, melhor do que qualquer coisa que tenha sido dito ou feito", notou ainda o Nobel da Paz.

Um grupo alargado de organizações de direitos humanos pediu recentemente numa carta aberta aos dois chefes de Estado que encerrem a KKP, acusando a comissão de falta de credibilidade e de legitimidade.

"É óbvio pelo seu mandato e pelo seu desempenho que a KKP não é um mecanismo credível para a procura de justiça nem sequer da verdade sobre os acontecimentos em Timor-Leste em 1999, muito menos entre 1975 e 1999", acusou a plataforma de trinta organizações timorenses, indonésias e internacionais.

Dos dezoito acusados na Indonésia de envolvimento nos acontecimentos de 1999, apenas um foi condenado e os outros foram sendo absolvidos em diferentes instâncias.

A única condenação é a do ex-comandante de todas as milícias integracionistas de Díli, Eurico Guterres, que testemunhou também perante a KPP.

"Desde a sua criação, a KKP tem muitos problemas, incluindo falta de legitimidade, ausência de qualquer método claro para análise de provas existentes sobre a violência de 1999, sérias deficiências nas audiências públicas, falta de transparência e clareza", acusa a carta aberta divulgada no final de Maio.
PRM- Lusa/Fim

Timor-Leste: PR indonésio quer mais investimento em Timor-Leste

Lusa – 5 Junho 2007 - 10:45

Jacarta - O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono defendeu hoje "o reforço do investimento e da cooperação da Indonésia com Timor-Leste", após um encontro com o seu homólogo timorense, José Ramos-Horta.

"As relações entre os dois países são boas mas nós queremos reforçar a cooperação em várias áreas", afirmou Susilo Bambang Yudhoyono, durante a conferência conjunta dos dois chefes de Estado. Os dois Presidentes tiveram durante a manhã uma reunião de trabalho, principal ponto da agenda da primeira visita ao estrangeiro do novo chefe de Estado timorense.

"O comércio com Timor-Leste é bom mas gostaríamos de reforçar esta relação", acrescentou o Presidente indonésio, citando o exemplo dos principais investidores da Indonésia no país, como a companhia aérea Merpati, a empresa de combustíveis Pertamina ou o banco Mandiri.

"Queremos que mais empresas indonésias invistam em Timor-Leste e sugeri ao Presidente Ramos-Horta que os empresários timorenses e indonésios deviam ter uma relação mais próxima".

Como lembrou o Presidente timorense, "entre setenta a oitenta por cento do comércio externo de Timor-Leste é com a Indonésia".

Susilo Bambang Yudhoyono referiu saber que o bahasa indonésio "é uma língua de trabalho em Timor-Leste" e defendeu a criação, em breve, de um departamento de língua na Universidade Nacional timorense.

Sobre a situação de segurança na fronteira entre os dois países, o Presidente indonésio explicou que a decisão de a Indonésia fechar os postos da fronteira terrestre, que aconteceu duas vezes este ano, tem por objectivo "evitar que as relações bilaterais sejam afectadas".

Yudhoyono adiantou que os dois países estão a estudar mecanismos que permitam manter o controlo apertado das fronteiras sem impedir o trânsito "tradicional" da fronteira comum.
O traçado das fronteiras terrestres de Timor-Leste com a Indonésia foi um dos pontos na agenda do encontro bilateral de hoje.

Susilo Bambang Yudhoyono declarou que apenas resta chegar a acordo sobre três por cento do traçado, embora parte desta linha esteja politicamente resolvida, faltando concretizá-la no terreno, conforme explicou à Lusa o principal negociador timorense na matéria, Arcangelo Leite.

"Falta apenas chegar a acordo sobre um por cento das fronteiras terrestres com a Indonésia", afirmou Arcangelo Leite, director nacional da Administração do Território.

As negociações da definição das fronteiras terrestres entre Timor-Leste e a Indonésia estiveram paradas quase um ano, após uma ronda negocial em Dezembro de 2005, em parte devido à crise política e militar de 2006 em Timor-Leste, explicou Arcangelo Leite.

"Tecnicamente, não se fez nada mesmo quanto à parte que foi resolvida politicamente" na negociação anterior, em Surabaia, afirmou o responsável.

Um dos últimos pontos de discórdia na delimitação fronteiriça entre os dois países é no enclave timorense de Oécussi, onde a Indonésia disputa o ilhéu de Fatu Sinai ("Pedra Sinai", traduzindo à letra da língua tétum), a que os indonésios chamam Batek, no subdistrito de Pessabe.

Na conferência de imprensa de hoje, nenhum dos chefes de Estado fez referência ao esperado acordo sobre Fatu Sinai, "um ilhéu do tamanho de um campo de futebol", como diz Arcangelo Leite. PRM-Lusa/fim

Timor-Leste renews bid for ASEAN membership

Xinhua – June 05, 2007 - 17:48

Jakarta - Timor-Leste President Jose Ramos Horta Tuesday reiterated his country's call to become a member of the Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) during his first overseas trip as president to Indonesia.

"Joining with the ASEAN will make our regional diplomacy complete," he told a press conference after a meeting with his Indonesian counterpart Susilo Bambang Yudhoyono at the Merdeka Palace here.

Horta also thanked the Indonesian government for persuading fellow ASEAN members to accept Timor-Leste's entry.

The Asia's newest country has openly expressed willingness to become the 11th member of the regional grouping since the ASEAN Summit in Malaysia in 2005.

ASEAN comprises Brunei, Cambodia, Indonesia, Laos, Malaysia, Myanmar, Singapore, Thailand, the Philippines and Vietnam.

Violência pré-eleitoral deixa três mortos no Timor-Leste

EFE – 5 Junho 2007 - 02:04

Díli - Pelo menos três pessoas morreram nos violentos incidentes entre militantes do partido governamental Fretilin e do Conselho Nacional de Reconstrução do Timor (CNRT), os dois favoritos nas eleições legislativas de 30 de junho, informou hoje a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

O sacerdote Martinho Gusmão, porta-voz da CNE, disse à imprensa que dois membros do Fretilin, de 18 e 24 anos, foram mortos a tiros por um policial no domingo. Os dois estavam bloqueando uma estrada em Viqueque, 250 quilômetros a leste de Díli.

Gusmão confirmou além disso que a terceira vítima, Alfonso Guterres, um encarregado da segurança do CNRT, foi baleado por dois policiais fora de serviço durante um ato de campanha eleitoral no domingo, também em Viqueque.

"Isto não é uma campanha parlamentar, e sim uma campanha criminal. Pedimos ao Procurador-geral que investigue os incidentes", disse Gusmão.

O religioso denunciou que "alguns policiais não são imparciais e se tornaram militantes do Fretlin, usando as armas do Estado para assassinar seu povo".

Gusmão acrescentou que a tensão em Viqueque e em vários distritos da cidade aumentou após as três mortes. Além disso, militantes do Fretilin teriam organizado um desfile para celebrar a morte de Alfonso Guterres.

No entanto, o porta-voz do Fretilin, José Texeira, disse à Efe que não houve o desfile. Ele também negou qualquer participação de seu partido no assassinato de Guterres.

Horta começa a pagar a conta...

Susilo pleased with Indonesian language use in Timor-Leste



The Indonesian government was grateful and delighted with the use of Bahasa Indonesia as one of the official languages in neighboring Timor-Leste, President Susilo Bambang Yudhoyono said Tuesday.

"I really appreciate and welcome the use of Bahasa Indonesia as an official language in Timor-Leste," he said in a joint conference with his Timor-Leste counterpart Jose Ramos Horta here.

"We hope universities in Timor-Leste will open Bahasa Indonesia department to help strengthen bilateral ties," he said.

Horta at the end of his remarks said he hoped he would be able to deliver speeches fully in the Indonesian language in his next visits to the neighbor.

Most of the people in Timor-Leste understand and still use Bahasa Indonesia in daily lives.

Timor-Leste was under the Jakarta rule for 24 years before it gained independence following a UN-sponsored referendum in 1999. The half-island country officially proclaimed independence in May 2002.

Source: Xinhua

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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