sábado, novembro 03, 2007

Sobre a ausência de perguntas pertinentes

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem ""Tenho por Portugal um sentimento de pragmatismo"":

Pelos vistos não são apenas os jornalistas Timorenses que não confrontam o PR com perguntas incómodas.

Nem o Jorge Heitor que há anos acompanha a situação em TL achou importante confrontar o Horta com três ou quatro questões frontais e actuais, nomeadamente sobre a tal explosão que abalou Dili e que ocorreu no quartel das tropas Australianas, sobre a contratação de conselheiros estrangeiros, sobre a decisão de mandar parar em Julho a detenção do Reinado e sobre as condições cada vez mais miseráveis em que vivem mais de cem mil deslocados.

Infelizmente isto é mais um frete do que uma entrevista.

GNR promove campanha para crianças timorenses

Lusa / AO online
2007-11-02 16:46

A Guarda Nacional Republicana lança a campanha "Uma criança um sorriso em Timor", a nível nacional, onde recolhe brinquedos, roupa e livros para os distribuir no Natal às crianças timorenses, disse à Lusa fonte do Comando Geral.

A recolha dos bens vai ter lugar nos dias 6 e 7 e vai decorrer junto das escolas do segundo e terceiro ciclo a nível nacional.

A "família da Guarda" também se associa a este evento, já que "os filhos dos militares vão contribuir" com materiais didácticos para a campanha, explicou à agência Lusa, o tenente Nogueira.

Os brinquedos e demais bens recolhidos são transportados para Timor pela transportadora DHL, que se "associou à campanha sem qualquer custo", explicou o oficial.

As crianças timorenses vão receber a contribuição nacional nos dias 24 e 25 de Dezembro, das mãos dos militares do sub-agrupamento Bravo, que prestam serviço naquele território.
A recolha é promovida pela Guarda Nacional Republicana com o apoio de várias instituições e empresas, como a TMN e a Delta, explicou à Lusa o oficial responsável pela iniciativa, tenente Nogueira.

Finalmente conhecemos a Margarida!

Hoje o Malai Azul e a Margarida encontraram-se.

:)


OBRIGADO, MARGARIDA!

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "CHUVAS ALAGAM CAMPOS DE REFUGIADOS PERANTE A INDIF...":

Lembro-me, há cerca de um ano, de ler o comentário de um desses portugueses anti-qualquer coisa que apoiam (ainda apoiarão?) incondicionalmente Xanana.

Dizia ele que tinha sido necessário demitir Alkatiri, para se poder acabar com os desalojados e com o sofrimento do povo em geral.

Da banda timorense, também "terus no susar" foi a expressão mais gasta durante este quase ano e meio, para justificar o afastamento de Alkatiri.

Mais de um ano depois, perante tão brilhantes resultados, o mínimo que seria de esperar dessas pessoas era um acto de contrição e o reconhecimento de que estavam erradas.

Mas o que eu gostava era que abrissem os olhos e vissem como Xanana os manipulou, de modo a serem cúmplices - sem o saberem - da sua estratégia de enganar o povo e vender o País.

Prémio "A cultura da impunidade"

“É sobretudo uma língua que já faz parte da nossa história, das nossas vidas, da nossa cultura.” (o bahasa indonésio)

Ramos-Horta no Público - 2 Novembro 2007

Prémio "Por isso é que lhes faço a vida negra"

"Temos investimentos portugueses consideráveis em Timor-Leste. O TimorTelecom é um investimento estratégico vital, como é óbvio."

Ramos-Horta no Público - 2 Novembro 2007

Prémio "Não é que eu não esteja a par da entrega de Timor-Leste por Portugal à Austrália"

"…o actual interesse de Portugal e dos portugueses por Timor-Leste pode diluir-se no tempo. A distância não perdoa."

Ramos-Horta no Público - 2 Novembro 2007

Prémio "Ouviste bem desta vez, Cravinho?!"

"Público: O inglês poderá vir a ser uma das vossas línguas oficiais, a par do tétum e do português?

Ramos-Horta: O inglês e o bahasa indonésio são duas línguas de trabalho estipuladas na Constituição. Temos que investir mais no seu ensino.

Elevar o seu estatuto para línguas oficiais? Não descarto esta possibilidade, mas careceria de um parecer de linguistas e pedagogos, de muito debate, para pesarmos todas as vantagens e desvantagens de tal opção."

Público - 2 Novembro 2007

Continuam as provocações dos militares australianos...

Peter Murphy/Search Foundation (by way of John M Miller) - Fri, 02 Nov 2007

Australian Forces Search F-FDTL Members' Vehicle
Dili, Suara Timor Lorosae, Tuesday 2 October 2007

The car search which occurred suddenly took place in front of the Malilait shop on Aitarak Laran Road. According to the direct observations of the Timor Post journalist, the Australian Forces travelling in a military car and a Pajero with Toyota written large on it, used long firearms to order the F-FDTL members who had been sitting in their vehicle to alight from the vehicle so that the Australian Forces could search it.

The Australian Forces did not find either firearms or any other weapons in the vehicle, in which the fully uniformed F-FDTL soldiers had been in. The car search took nearly fifteen minutes. It appears that the Australian Forces decided to search the vehicle because they were suspicious it might have been used by civilians carrying firearms and other types of weapons.

F-FDTL Members Annoyed

Meanwhile, the F-FDTL members who were subjected to the car search by the Australian Forces were unhappy and annoyed to the point of being angry due to the action by the Australian Forces in searching the vehicle in which they were travelling.

The F-FDTL member who was the driver at the time questioned why the Australian Forces were using a civilian vehicle to undertake such operations, and why the F-FDTL could not use civilian vehicles as they had been: “Ah, why can they (referring to the Australian Forces) use a civilian vehicle, and we are unable to do the same?” said the F-FDTL member regarding the Australian Forces.

We observed directly that the actions of the Australian Forces were seen by the F-FDTL members as being wrong, because they proceeded with the car search even after having clearly seen that they were dressed in full F-FDTL uniforms.

This incident was able to be peacefully resolved after the Acting Commander of the Military Police, Abel Ximenes personally attended the scene of the car search to negotiate with the Australian Forces to desist from further search action.

SEARCH Foundation, Level 3, Suite 3B, 110 Kippax St, SURRY HILLS NSW 2010, Australia; Ph: 02 9211 4164; Fax: 02 9211 1407

TRADUÇÃO:

Continuam as provocações dos militares australianos...
Peter Murphy/Search Foundation (pelo caminho de John M Miller) - Secta-feira, 02 Nov 2007

Forças Australianas revistam veículo de membros das F-FDTL
Dili, Suara Timor Lorosae, Terça-feira 2 Outubro 2007

A revista ao carro que ocorreu subitamente teve lugar em frente à loja Malilait na estrada Aitarak Laran. De acordo com a observação directa do jornalista do Timor Post journalist, as forças Australianas viajavam numa carro militar e num Pajero Toyota escrita em letras grandes, usou armas de fogo de longo alcance para ordenar aos membros das F-FDTL que estavam sentados nos seus veículos para descerem do veículo para que as Forças Australianas o pudessem revistar.

As Forças Australianas não encontraram nem armas de fogo nem qualquer outras armas no veículo, no quam tinham estado soldados das F-FDTL em uniforme completo. A revista do carro demorou cerca de quinze minutos. Parece que as Forças Australianas decidiram revistar o veículo porque suspeitavam que pudesse ter sido usado por civis transportando armas de fogo e outros tipos de armas.

Membros das F-FDTL aborrecidos

Entretanto, os membros das F-FDTL que foram submetidos à revista do carro pelas Forças Australianas estavam descontentes e aborrecidos a ponto de ficarem zangados devido à acção das Forças Australianas na revista ao veículo onde viajavam.

O membro das F-FDTL que era o condutor na altura questionou porque é que as Forças Australianas estavam a usar um veículo civil para fazerem tais operações, e porque é que as F-FDTL não podiam usar veículos civis : “Ah, porque é que eles (referindo-se às Forças Australianas) usam um veículo civil, e nós não podemos fazer o mesmo ?” disse o membro das F-FDTL em relação às Forças Australianas.

Observámos directamente que as acções das Forças Australianas foram vistas pelos membros das F-FDTL como tendo sido erradas, porque continuaram com a revista ao carro mesmo depois de terem visto claramente que eles estavam vestidos com os uniformes completos das F-FDTL .

Este incidente foi capaz de se resolver pacificamente depois do Comandante em exercício da Polícia Militar, Abel Ximenes ter atendido pessoalmente a cena da revista ao carro para negociar com as Forças Australianas para desistirem de mais acções de revista.

SEARCH Foundation, Level 3, Suite 3B, 110 Kippax St, SURRY HILLS NSW 2010, Australia; Ph: 02 9211 4164; Fax: 02 9211 1407

"Tenho por Portugal um sentimento de pragmatismo"

Público - 2 Novembro 2007
Jorge Heitor

A situação de Timor-Leste continua a ser "precária", diz Ramos-Horta da nação que conquistou a sua independência há cinco anos e meio

Duas semanas antes da sua visita oficial a Portugal, de 14 a 16 de Novembro, o PÚBLICO colocou ao chefe de Estado timorense uma série de perguntas, a que ele respondeu por escrito, abordando tanto as relações bilaterais como a presente situação no seu país.

Qual é o significado da viagem que efectua a Lisboa?

É a minha primeira visita oficial a um país europeu e, como não podia deixar de ser, é a Portugal, dada a enorme importância das relações entre Timor-Leste e Portugal. Os que me conhecem sabem o que sinto e penso em relação a Portugal e aos portugueses, um sentimento de muita amizade, gratidão sincera, realismo e pragmatismo.

Gratidão pelo muito que Portugal e os portugueses fizeram por nós ao longo de muitos anos, e pelo muito que ainda estão a fazer por Timor-Leste. Realismo pela imposição da geografia: Portugal está longe da nossa região, os interesses estratégicos de Portugal são na Europa, tem as suas limitações e prioridades, e o actual interesse de Portugal e dos portugueses por Timor-Leste pode diluir-se no tempo. A distância não perdoa. Pragmatismo porque Timor-Leste tem em Portugal o seu melhor amigo e aliado na Europa. Logo, Timor-Leste deve cuidar muito da relação com Portugal.

Portugal e a Indonésia são alguns dos países com que conta?

Temos investimentos portugueses consideráveis em Timor-Leste. O TimorTelecom é um investimento estratégico vital, como é óbvio. Há outros investimentos, mas modestos. Somos um país do Sueste asiático e as nossas atenções estão viradas para a nossa região, sendo de destacar as relações com a Indonésia e a Austrália, dois vizinhos incontornáveis. A maior parte do nosso comércio é com Indonésia, Austrália, Singapura, China, etc.

A alfabetização da maioria da população é um objectivo viável a curto ou médio prazo?

A alfabetização de toda a população só pode ser um objectivo a longo prazo, isto é, de uns dez a 20 anos. Com a cooperação de Portugal, Brasil e Cuba estamos a fazer um grande esforço nesse sentido. Temos excelentes equipas de professores portugueses, brasileiros e cubanos. Cuba está a apoiar-nos muito na alfabetização de adultos, foi o primeiro programa inaugurado por mim como primeiro-ministro. A vertente mais importante, dominante, da cooperação com Cuba é na área da saúde. Temos uns 600 jovens a cursar Medicina em Cuba e mais de 100 a estudar sob a mão amiga de professores médicos cubanos. Além disto temos perto de 200 médicos cubanos a trabalhar em Timor-Leste, colocados em todos os distritos e subdistritos do país.

O inglês poderá vir a ser uma das vossas línguas oficiais, a par do tétum e do português?

O inglês e o bahasa indonésio são duas línguas de trabalho estipuladas na Constituição. Temos que investir mais no seu ensino. Elevar o seu estatuto para línguas oficiais? Não descarto esta possibilidade, mas careceria de um parecer de linguistas e pedagogos, de muito debate, para pesarmos todas as vantagens e desvantagens de tal opção. Acredito que devemos dar às gerações actuais e futuras instrumentos de comunicação e acesso à informação, à ciência e à tecnologia, e isto é mais facilmente feito através do inglês. O bahasa indonésio é também muito importante pelo simples facto de que uns 50 por cento do povo ainda fala o indonésio, pelo facto dessa língua ser falada por 250 milhões de pessoas na Indonésia, 30 milhões na Malásia. É sobretudo uma língua que já faz parte da nossa história, das nossas vidas, da nossa cultura.

Estes últimos meses têm sido ou não de acalmia?

De uma maneira geral, no plano de segurança, a situação em todo o país está muito mais calma. Depois dos eventos tristes e trágicos de Agosto (para não falarmos da situação que se vivia no ano passado, que foi bem mais trágica), graças ao esforço concertado da UNPOL (polícia das Nações Unidas), da GNR, da nossa polícia e das Forças de Segurança Internacionais, a situação estabilizou rapidamente. As nossas Forças de Defesa desempenharam um papel cívico extremamente importante no apaziguamento dos ânimos. O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, foi incansável, um verdadeiro homem de Estado e de paz, ajudou-me imenso com os seus homens a remover obstáculos nas estradas, a realizar diálogos, a fazer mediação. A maior parte da nossa polícia também se portou muito bem. A liderança da Fretilin de igual modo ajudou na tranquilização. Mas a situação continua precária. Não se pode dizer com demasiado optimismo que está tudo resolvido. O Estado é novo, recente, logo necessariamente frágil, e é preciso muita prudência e paciência quando se quer resolver certas situações mais complexas.

O principal partido actualmente na oposição está a conseguir coexistir razoavelmente com a aliança governamental?

A liderança da Fretilin continua a dizer que a minha decisão em convidar a Aliança da Maioria Parlamentar (AMP) é inconstitucional e logo o IV Governo liderado pelo nosso irmão Xanana é ilegal. Convidei-os a levar o caso ao Tribunal de Recurso, mas ainda não tiveram a coragem de o fazer. A liderança da Fretilin pode também iniciar um processo de impeachment do Presidente pela via do Parlamento, se realmente acredita que cometi um acto inconstitucional. Mas a base da Fretilin tem sido mais pragmática do que certa liderança. Exemplo disso é Suai, onde também a Fretilin obteve a maioria. Ali a liderança regional da Fretilin disse claramente em reunião pública comigo: "Uma vez tomada uma decisão pelo Presidente da República, nós acatamos. Não questionamos. Aqui em Suai todos os partidos estão a colaborar". Isto está a acontecer em todos os outros distritos. Acabo de me reunir com todos os administradores dos três distritos e subdistritos de Baucau, Lautém e Viqueque e todos em uníssono comprometem-se a trabalhar com o Presidente da República e com o Governo, porque dizem: "Nós somos da Fretilin, mas somos servidores do Estado."

Como é que vê os pedidos para o afastamento do procurador-geral da República?

Longuinhos Monteiro foi reconduzido por mais quatro anos, pelo então Presidente da República, pouco antes do término do seu mandato. Não tenho razões de força maior para o substituir.

Existe alguma novidade no caso do major Alfredo Reinado e no dos ex-peticionários?

O Governo estabeleceu um grupo de trabalho liderado pelo secretário de Estado para a Segurança, Francisco Guterres, para resolver os dois casos pela via do diálogo. Ele é altamente experiente em resolução de conflitos. Tem um mestrado pela Universidade de Uppsala (Suécia) e um doutoramento pela Universidade Nacional da Austrália em Resolução de Conflitos. Além disso é assistido pelo Centro para o Diálogo Humanitário, de Genebra (Suíça), e por uma organização não governamental timorense. Com paciência e prudência, vamos fechar estes dois dossiers. O caso de Alfredo Reinado prende-se com a justiça, embora esteja ligado também à questão dos peticionários e aos eventos de 28 de Abril de 2006.

Caixa: O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão (na foto), vai visitar em Janeiro a Indonésia, na altura em que deverão estar terminadas as negociações sobre a fixação da fronteira entre os dois países, anunciou esta semana em Jacarta o chefe da diplomacia de Díli, Zacarias da Costa, que esteve em conversações com o seu homólogo Hassan Wirayuda.

Já existe acordo quanto a quase 97 por cento do traçado da fronteira terrestre, explicou Hassan. Depois disto, adiantou, vão-se encetar negociações sobre a fronteira marítima entre os dois países.

As duas partes debateram nos últimos dias a forma de simplificar a regulamentação do comércio transfronteiriço, as travessias de fronteira e a construção de estradas entre o distrito timorense de Oecussi-Ambeno e o território indonésio que o rodeia (uma vez que se trata de um enclave na parte ocidental da ilha de Timor).

Foi há precisamente cinco anos e cinco meses que Timor-Leste conseguiu ver confirmada a sua independência em relação à poderosa Indonésia.

Historically eclipsed by blue helmets, UN police force prepares for major expansion

Associated Press - October 31, 2007

United Nations: With the world facing new security threats, the United Nations is planning for an unprecedented expansion of its police missions. U.N. officials say a shift in the nature of conflicts requires revamped peacekeeping operations.

Traditionally, the U.N. has facilitated peace between warring states by sending its blue-helmeted soldiers to man buffer zones between their armies. But today, interventions are increasingly focused on settling civil wars.

"In recent years the character of conflicts has changed dramatically from mainly state-to-state wars (to) intra-state conflicts which pit various factions within the boundaries of a single state," U.N. Police Chief Andrew Hughes said.

As a result, there is a greater need than ever for conventional police duties in post-conflict situations.

Nowhere is this highlighted more clearly than in Darfur.

The U.N. is recruiting nearly 7,000 police officers to assist some 20,000 U.N. peacekeeper-soldiers in trying to end the four-year conflict in the desert region of western Sudan.

Police involvement in peacekeeping dates from the inaugural mission in Palestine and Israel in 1948.

At the time, the first Secretary-General Trygve Lie urgently dispatched several dozen U.N. security guards from New York to Jerusalem when Jewish extremists assassinated the U.N. peace envoy Folke Bernadotte.

In later interventions, however, the U.N. has come to rely mostly on soldiers to monitor cease-fires or interpose themselves between warring sides, as happened in the Sinai after the 1956 Egypt-Israel war, or later in disputed Kashmir, Cyprus and Lebanon.


The Balkan wars of the 1990s put renewed focus on peacekeeping by police units.

"In such conflicts, once peace is restored the U.N. then has a key role in re-establishing rule of law, which includes police, courts, prisons and the whole justice sector, and to ensure that they rebuild or build up from scratch their police services," Hughes said.

But Hughes emphasized that police and military missions have critical differences.

Soldiers have different rules of engagement that provide for the use of lethal force and are therefore not suited for such duties such as apprehending criminals, escorting children to schools or calming rioting mobs.

"For us the use of force is absolutely the last option," Hughes said. "Our police are trained much more extensively to defuse the situation, and negotiations are by far and away the biggest tool we have."

A new Police Division was set up in October 2000 as part of the U.N. Department of Peacekeeping Operations with a staff of several dozen experienced police officers from contributing countries.

Currently, there are about 70,000 U.N. peacekeeping troops deployed worldwide, with an additional 9,500 police officers, mostly in African regions such as Liberia, Ivory Coast, Congo, Burundi and Western Sahara, as well as in Haiti, Kosovo and East Timor.

With U.N. missions in Chad and Darfur coming on line in 2008, the ranks of U.N. police are to swell to nearly 17,000 officers from more than 100 countries.

"Our duties included everything a policeman can possibly do, from breaking up domestic disturbances to chasing and arresting armed criminals," said Irhad Campara, a Bosnian policeman who served in the U.N. mission in East Timor.

"In addition, we recruited, vetted and trained from scratch East Timor's new national police force."

Whereas military units are dispatched by governments, police officers are recruited on individual contracts from contributing nations. They continue to collect their home pay but receive an extra daily allowance of US$150 (€104) and accommodation from the U.N.

Not all operations have gone smoothly, however, and the U.N. police force has suffered several high-profile reverses over the past several years.

In 2004, U.N. police officers failed to stem the violence in Kosovo when thousands of ethnic Albanians rioted in a backlash against the Serb minority, killing 19 people, displacing thousands, and destroying hundreds of Serb homes, churches and monasteries.

And in East Timor, the U.N.-trained police force collapsed last year following an army mutiny, necessitating another mission to rebuild it anew.

To hopefully prevent such calamities, the U.N. is preparing two initiatives to facilitate rapid police deployment to crisis areas and to enable them to function more effectively from the outset.

The first is the introduction of Formed Police Units — 160-strong contingents of officers from a single country — skilled in dealing with a wide spectrum of problems, from riot control to arresting armed criminals.

The initial unit, an all-female company of Indian officers, has recently arrived in Liberia to join the U.N. force there.

The second initiative is to create a standing police detachment of about two dozen officers who can be deployed together with U.N. military units to a trouble spot, thus allowing the police to be present from the start of a U.N. mission.

Previously, the slow and complicated process of recruiting volunteers from participating countries meant police recruits lagged an average of nine months behind the soldiers.
But critics say these measures are insufficient.

William Durch from the Henry L. Stimson Center, a think tank in Washington, proposed creating a ready reserve of about 11,000 police volunteers worldwide who would be paid retainer fees while on standby and who could be quickly mobilized for future U.N. missions.

"The system by which the U.N. recruits its people must be completely revamped to be able to provide security personnel in the critical initial phases of a mission," said Durch, an expert on peacekeeping operations.

TRADUÇÃO:

Historicamente eclipsados pelos capacetes azuis, a força da polícia da ONU prepara-se para grande expansão
Associated Press - Outubro 31, 2007

Nações Unidas: Com o mundo a enfrentar novas ameaças á segurança, as Nações Unidas está a planear uma expansão sem precedentes das suas missões de polícia. Funcionários da ONU dizem que uma mudança na natureza dos conflitos requer operações de manutenção da paz reforçadas.

Tradicionalmente, a ONU tem facilitado a paz entre Estados em guerra enviando os seus soldados de capacetes azuis para operarem em zonas tampão entre os seus exércitos. Mas hoje, as intervenções estão crescentemente focadas na resolução de guerras civis.

"Nos anos recentes o carácter dos conflitos tem mudado dramaticamente de principalmente guerras Estado-a-Estado para conflitos (em) dentro de Estados que opõem várias facções no interior das fronteiras dum único Estado," disse o Chefe da Polícia da ONUAndrew Hughes.

Em resultado disso, há uma maior necessidade do que nunca para serviços convencionais da polícia em situações pós-conflito.

Em mais sítio algum é isto mais sublinhado que no Darfur.

A ONU recrutou perto de 7,000 oficiais da polícia para assistir cerca de 20,000 soldados de manutenção da paz da ONU a tentar acabar um conflito de quatro anos na região desértica do oeste do Sudão.

O envolvimento da polícia na manutenção da paz data da sua missão inaugural na Palestina e em Israel em 1948.

Na altura, o primeiro Secretário-Geral Trygve Lie despachou com urgência várias dúzias de guardas de segurança da ONU de Nova Iorque para Jerusalém quando extremistas judeus assassinaram o enviado de paz da ONU Folke Bernadotte.

Em posteriores intervenções, contudo, a ONU tem vindo a apoiar-se principalmente em soldados para monitorizarem cessar-fogos ou para se interporem eles próprios entre os lados em guerra, como aconteceu no Sinai depois da guerra de 1956 Egipto-Israel, ou mais tarde nas disputadas Cachemira, Chipre e Líbano.


As guerras dos Balcãs nos anos de 990 puseram um foco renovado na manutenção da paz por unidades da polícia.

"Em tais conflitos, uma vez que a paz é restaurada a ONU tem então um papel chave no restabelecimento da aplicação da lei, que inclui polícia, tribunais, prisões a todo o sector da justiça, e para assegurar que reconstruem ou construem a partir do nada os seus serviços da polícia," disse Hughes.

Mas Hughes enfatiza que as missões da polícia e dos militares têm grandes diferenças.

Os soldados têm regras de engajamento diferentes que lhes permitem o uso da força letal e não estão por isso equipados para tais serviços como apreensão de criminosos, escoltar crianças para escolas ou acalmar multidões em tumulto.

"Para nós o uso da força é absolutamente a última escolha," disse Hughes. "a nossa polícia é treinada muito mais extensamente para neutralizar a situação, e as negociações são de longe o melhor e maior instrumento que temos."

Uma nova Divisão da Polícia foi montada em Outubro de 2000 como parte do Departamento das Operações de Manutenção da Paz da ONU com um equipa de várias dúzias de oficiais da polícia experientes de países contribuidores.

Correntemente, há cerca de 70,000 tropas da ONU destacadas em todo o mundo, com uns adicionais 9,500 oficiais da polícia, a maioria em regiões Africanas como a Libéria, Costa do Marfimt, Congo, Burundi e Sahara Ocidental, bem como no Haiti, Kosovo e Timor-Leste.

Com missões da ONU no Chade e Darfur em linha para 2008, as fileiras dos polícias da ONU vão aumentar para perto de 17,000 oficiais de mais de 100 países.

"Os nossos serviços incluem tudo o que om polícia pode fazer, desde acalmar discussões domésticas a perseguir e prender criminosos armados," disse Irhad Campara, um polícia da Bósnia que serviu na missão da ONU em Timor-Leste.

"Em adição, recrutámos, examinámos e formámos desde o princípio a nova força nacional da polícia de Timor-Leste."

Enquanto as unidades militares são despachadas pelos governos, os oficiais da polícia são recrutados com contratos individuais das nações contribuidoras. Continuam a receber o seu salário nacional mas recebem diariamente uma prestação extra de US$150 (€104) e acomodações da ONU.

Nem todas as operações têm corrido bem, contudo, a a força da polícia da ONU tem sofrido vários falhanços de alto perfil nos últimos anos.

Em 2004, oficiais da polícia da ONU falharam em acalmar a violência no Kosovo quando milhares de etnia Albanesa se amotinaram num retrocesso contra a minoria Sérvia, matando 19 pessoas, deslocando milhares e destruindo centenas de casas Sérvias, igrejas e mosteiros.

E em Timor, a força da polícia treinada pela ONU desmoronou-se no ano passado depois dum motim de militares, necessitando duma nova missão para a reconstruir de novo.

Para esperançosamente prevenir tais calamidades, a ONU está a preparar duas iniciativas para facilitar o destacamento rápido da polícia para áreas de crise e para as capacitar em agirem com mais eficácia desde o início.

A primeira é a introdução de Unidades de Polícia Formada — contingentes de 160 membros de oficiais dum único país — especializados em lidar com um espectro largo de problemas, desde controlo de motins à prisão de criminosos armados.

A unidade inicial, uma companhia inteira de mulheres polícias Indianas, chegou recentemente à Libéria para se juntar lá à força da ONU.

A segunda iniciativa é criar um destacamento de polícia de cerca de duas dúzias de oficiais que podem ser destacados juntamente com unidades de militares da ONU para locais problemáticos, possibilitando assim à polícia estar presente desde o início duma missão da ONU.

Anteriormente, o vagaroso e complicado processo de recrutar voluntários dos países participantes significava que o recrutamento da polícia se arrastava nove meses em média por detrás dos soldados.
Mas os críticos dizem que essas medidas são insuficientes.

William Durch do Centro Henry L. Stimson, um think tank em Washington, propôr criar uma reserva de prontidão de cerca de 11,000 voluntários da polícia a quem seriam pagos salários de retenção enquanto estivessem á espera e que podiam ser rapidamente mobilizados para futuras missões da ONU.

"O sistema pelo qual a ONU recruta a sua gente deve ser completamente alterado para ser capaz de fornecer pessoal de segurança na fase crítica inicial duma missão," disse Durch, um perito em operações de manutenção da paz.

UNMIT Weekly - Issue No 15 - 2 November 2007

SRSG Atul Khare Holds Bimonthly Meeting with NGO Forum

The Special Representative of the Secretary-General (SRSG) Atul Khare met with over 60 representatives of members of the Forum ONG Timor Leste or FONGTIL (Timor Leste NGO Forum) at their headquarters on 30 October as part of a bi-monthly series of meetings held to promote dialogue with Timorese civil society.

At the Forum's request, Mr. Khare updated members on the current security situation, reported on the recent Security Council meeting on Timor-Leste, clarified the UN's relationship to both the crisis of 2006 and the Comisaun Verdade no Amizade (Truth and Friendship Commission), and discussed ways to improve networking between UNMIT and civil society as well as UNMIT's support of capacity building for national NGOs.

During a lively question and answer session, Forum members raised a variety of issues including training for civil society organizations, youth employment, security, human trafficking, the Comisaun, and internally displaced people, among others.

SRSG Khare told participants UNMIT was committed to continued support of NGOs, especially in the human rights, justice, gender and good governance areas, and encouraged them to engage in constructive dialogue with the new Government and other State actors. He urged them to adopt the draft Code of Conduct on non-partisanship and to be active in the districts, where they could help educate people in the villages and make them more aware of their rights.
In addition to the bi-monthly meetings, organized by the Democratic Governance Unit, the Outreach and Distribution Unit of UNMIT's Communications and Public Information Office holds monthly meetings with civil society organizations in Dili, Baucau, Maliana, Oecussi and Suai on such topics as human rights, the rule of law, and democratic governance.

FAO Livestock Project Aims to Reduce Avian Influenza, Infectious Diseases

While Timor-Leste is still free of the H5N1 virus which causes avian influenza or bird flu, the disease is endemic in neighbouring Indonesia where 31 of 33 provinces are infected. According to experts, there is a continuous risk the disease will be introduced into Timor-Leste by cross-border movement of poultry or poultry products or along migration routes of wild water birds. The risk is increased by traditional farming systems practiced in Timor-Leste and other parts of Asia where people and their livestock live in very close proximity.

To control and prevent avian influenza and other diseases that can affect humans as well as animals, the Food and Agriculture Organization of the UN (FAO) has designed a project in Timor-Leste to strengthen 'biosecurity' or precautions taken to minimize the risk of introducing an infectious disease into an animal population.

In an interview with UNMIT Radio, FAO's Dr. Christine Ahlers said the three-year project was initiated at the request of the National Directorate of Livestock, an arm of the Ministry of Agriculture, Forestry and Fisheries, which required assistance to improve its services and build capacity.

The project includes such activities as surveillance, quarantine, response, awareness raising, communication, and education, as well as poultry and pig health and husbandry, veterinary laboratory design, animal health legislation and research. It will be implemented throughout the country, with high risk areas a priority.

The project will be implemented by the Government with the assistance of FAO. Dr. Ahlers says that by the end of the three-year project, all activities and responsibilities will be integrated within the Ministry. The Government of Australia has contributed A$4,750,000 for the implementation of the project.

Entrepreneurship Course Grooms Future Timorese Businessmen & Women

As one of its development priorities for creating employment and alleviating poverty, the Government of Timor-Leste wants to promote the development of small- and medium-scale enterprises.

The majority of Timorese, though, have not been exposed to entrepreneurial traditions and experiences. Almost 75% of the population works in the agricultural sector, with many involved in subsistence agriculture. For the Government to achieve its goal, an entrepreneurial culture will first have to be introduced.

The UN Industrial Development Organization (UNIDO) is helping to do this through the introduction of its Entrepreneurship Education curriculum into pre-secondary and secondary schools. Some 11,500 students in 40 schools across eight districts have been participating since October 2006, when the curriculum was introduced. Classroom lecture is combined with practical experience as students make products found in their everyday environment, such as jams, handicrafts, and processed fish.

UNIDO Consultant Jumar Balonkita, who oversees the programme, notes that while the students' products are destined for the marketplace, it is training, not earnings, that is the programme's first priority.

"Entrepreneurship education stimulates, motivates and creates confidence in students for facing a future career in business," he says. "Students develop the major characteristics of successful entrepreneurs such as creativity, innovativeness, resourcefulness, planning and leadership."
The second part of UNIDO's initiative is the maintenance of a reliable business regulatory framework for entrepreneurs and training of public regulatory officials. The programme is funded by the Governments of Japan and Portugal.

Strategic Plan for Prosecution Services Focus of Dili Seminar

A two-day seminar in Dili, which began on 29 October, marked the official launch of a strategic planning process for Timor-Leste's Office of the Prosecutor General.

Deputy SRSG Eric Tan addressed the seminar along with Minister of Justice Dr. Lucia Lobato, Prosecutor General Longuinhos Monteiro, President of the Court of Appeal Claudio Ximenes, and the Provedor for Human Rights and Justice Sebastião Dias Ximenes.

"The Office of the Prosecutor General is a crucial part of the continuum in the justice system," Mr. Tan told participants. He recalled that Timor-Leste has had to build its justice system from nothing after the crisis of 1999. He said UNMIT would continue to support all efforts to rebuild the justice sector and root out impunity, as an effective justice sector was crucial for the security, safety, human rights and economic development of any country.

On the first day of the meeting, participants heard presentations on the nature and importance of strategic planning, challenges faced by the police in investigating crime, access to justice, gender-based violence, and the right to a fair trial. During the second day, participants broke into working groups to discuss these topics, as well as oversight and supervision of criminal investigations, human rights, and anti-corruption.

http://www.unmit.org/unmisetwebsite.nsf/f042de6a6630334a4925723c003b1a25/$FILE/15.weekly.english.021107.pdf

PD "mudansa"?...

Bereliku Ailaran - 31 October 2007
[http://odanmatan.blogspot.com/]

Political Declaration of the Ermera Leadership of Partido Democratico

We observed and analysed fully the decisions from the National Leadership in regards to the list presentation to the Parliament and the formation of the IV Constitutional Government. We say that the decisions did not have mutual consultation and coordination between National and District Leaderships. Only one or two leaders alone made the decisions, never basing it on the party's constitution.

Reality shows that National Leadership is setting up a political game and a disaster for the party's future.

Therefore we petition to the top leadership such as the president, the secretary general and the CPN (National Political Council), to make a decision on the following demands:

1. Return the powers to CPN and CPD to review the parliamentary list, which should be proportional corresponding to each district whenever there is a substitution.

2. Revise the Parliament's Internal Rules when it comes to substitution. Substitutions should not follow the sequence on the parliamentary list but should be made corresponding to each district (Ermera from Ermera).

3. We appreciate very much the formation of the IV Constitutional Government to undertake political and developmental transformation. But we notice that in reality there is a big discrimination and a sabotage against people with the right skills who should be given cabinet positions in this government.

4. The leadership of Ermera's PD recommend Dr. Lucas da Costa (Rector of UNPAZ and Member of Parliament) as has great skills and experience to hold the portfolio of Ministry of Economy and Development or any other relevant posts.

5. We will recall our two members of parliament who are in the PD faction in the National Parliament, Mr. Dr. Lucas da Costa and Mr. Gabriel Ximenes (Fitun) if the national leadership and AMP ignore and do not value (our demands). There will be a strong reaction from the grassroots.

6. We request the leadership to put individual and group problems behind to concentrate on the party interest and the people's wishes for nation. Do not use slogans to impede others and turn many into victims for PD.

7. We demand an extraordinary party meeting to discuss these demands.

Finally, as the winning district (in the parliamentary elections) there is hope, however we lament these decisions.

Thank you for your consideration.
The Petitioners, The District Leadership Council Democratic Party, Ermera

No. Name, Position
1. Paulino Monteiro, President
2. Mauricio dos Reis Martins, General Secretary
3. João Varela, II Vice president
4. Egidio Maia, Vice Scretary General
5. Jacinta A. Pereira, President of OMD
6. Lucas da C. Salsinha, President of OJD
7. Ernesto Fernandes, President of CPD
8. Armindo das Neves, Vice President of CPD
9. Angelino Brites, Sub Distrito Ermera/ Membro CPD
10. Domingos dos S. Pereira, Vice Coord. of Ermera Sub district
11. Agapito da Silva, Vice Coord. of Hatolia Sub district
Ermera, 27 de Agosto de 2007

To download the original Tetum version, please click here:
http://www.geocities.com/umalulik/PD_letter_304KB.pdf

TRADUÇÃO:

Bereliku Ailaran - 31 Outubro 2007
[http://odanmatan.blogspot.com/]

Declaração Polítical da Liderança de Ermera do Partido Democrático

Estudámos e analizámos no pormenor as decisões da Liderança Nacional relativas à apresentação da lista ao Parlamento e à formação do IV Governo Constitucional. Dizemos que as decisões não foram tomadas por consulta mutua e coordenação entre as Lideranças Nacional e do Distrito. Apenas um ou dois líderes decidiram sozinhos e nunca se basearam na constituição do partido.

A realidade mostra que a Liderança Nacional está a montar uma jogada política e um desastre para o futuro do partido.

Por isso peticionamos para a liderança de topo, isto é para o presidente, secretário-geral e CPN (Conselho Político Nacional), para tomarem uma decisão sobre as seguintes exigências:

1. Devolverem os poderes para o CPN e CPD para reverem a lista parlamentar, que deve ser proporcional correspondendo a cada distrito sempre que há uma substituição.

2. Rever o Regimento Interno do Parlamento no que respeita às substituições. As substituições não devem seguir a sequência da lista parlamentar mas devem fazer-se em correspondência com cada distrito (Ermera de Ermera).

3. Apreciamos muito a formação do IV Governo Constitucional para desenvolver a transformação e desenvolvimento político. Mas reparamos que na realidade há uma grande discriminação e sabotagem contra pessoas com as capacidades certas a quem devem ser dadas posições no executivo neste governo.

4. A liderança do PD de Ermera recomenda o Dr. Lucas da Costa (Reitor da UNPAZ e Membro do Parlamento) porque tem grandes capacidades e experiência para ter a pasta do Ministério da Economia e Desenvolvimento ou qualquer outro cargo relevante.

5. Tiraremos os dois membros do parlamento que estão na facção do PD no Parlamento Nacional, Sr. Dr. Lucas da Costa e Sr. Gabriel Ximenes (Fitun) se a liderança nacional e a AMP ignorar e não responder (às nossas exigências). Haverá uma reacção fortes das organizações de base.

6. Pedimos à liderança para pôr problemas individuais e de grupo para trás e que se concentre nos interesses do partido e nos desejos do povo para a nação. Não usem slogans para impedir outros e virarem muitos em vítimas do PD.

7. Exigimos uma reunião extraordinária do partido para discutir estas exigências .

Finalmente, como distrito vencedor (nas eleições parlamentares) há esperança , contudo lamentamos estas decisões.

Obrigada pela consideração.
Os Peticionários, o Conselho de Liderança do Distrito de Ermera do Partido Democrático

Nº. Nome, Posição
1. Paulino Monteiro, Presidente
2. Maurício dos Reis Martins, Secretário-Geral
3. João Varela, II Vice-presidente
4. Egidio Maia, Vice-Scretário-Geral
5. Jacinta A. Pereira, Presidente da OMD
6. Lucas da C. Salsinha, Presidente da OJD
7. Ernesto Fernandes, Presidente do CPD
8. Armindo das Neves, Vice-Presidente do CPD
9. Angelino Brites, Sub-Distrito Ermera/ Membro CPD
10. Domingos dos S. Pereira, Vice Coord. do Sub distrito Ermera
11. Agapito da Silva, Vice Coord. Do Sub distrito Hatolia
Ermera, 27 de Agosto de 2007

Para descarregar a versão original em Tétum, por favor clique aqui:
http://www.geocities.com/umalulik/PD_letter_304KB.pdf

Comunicado do comando ISF opta pela mentira

Blog Timor Lorosae Nação - Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
Alfredo Ximenes

Quem não deve não teme nem precisa de ISFs

A presença dos militares australianos em Timor-Leste há muito que passou de presença amiga a presença incomodativa, indesejada, excessivamente “nervosa ou medricas” que por dá cá aquela palha dispararam e matam.

Há quem diga que eles procedem assim porque é esse o tipo de instrução que lhes dão para enfrentarem teatro de guerra. Compreende-se.

Compreende-se que os militares reajam assim porque assim foram treinados, não se compreende que estejam presentes em Timor-Leste. Aqui não há teatro de guerra!

Defendem as mais altas individualidades de Timor, Horta e Xanana, que a presença das ISF é útil. Pois, em tempos também os timorenses assim julgaram…

Presentemente chega-se há triste conclusão de que só nos estão a matar e ferir aos pouquinhos, para além de, compreensivelmente, nos fazerem sentir que são uma força de ocupação, repressora que nem kopassus!

A arrogância do comandante australiano, Hutcheson, deixa perceber que este não é o nosso país.

As atitudes dos militares que operam sobre as suas ordens ainda o deixam perceber muito mais.

Verdade é que os timorenses já há muito que não vêem a presença dos militares australianos com bons olhos. Hoje, isso, está uma vez mais agravado, devido aos incidentes de ontem em Comoro.

A versão que o comando australiano divulgou também não ajuda a melhorar a situação. Em todos os casos verifica-se uma desculpabilização pretensamente justificativa das suas acções violentas e desproporcionada. Em todos os casos têm cultivado a inverdade, deturpando os acontecimentos como mais e melhor lhes convém.

Testemunhas oculares afirmam que houve mais de um disparo e mais do que um ferido, assim como salientam que ninguém ameaçou com rama ambon, como eles alegam.

Esta é uma situação que urge ser tomada em consideração pelas mais altas instâncias timorenses.

Se temos um PM que anda a fiscalizar geradores em vez de responsabilizar o ministro da tutela na resolução do assunto, torna-se estranho que esse mesmo PM não exija explicações pormenorizadas, inquirindo ambas as partes, e não torne pública a sua censura e repreensão pelos actos injustificáveis e selváticos até agora cometidos pelos australianos das ISF contra os timorenses.

Diz-se que eles estão cá para guardar as costas do PM e do PR… Pois, quem não deve não teme, não precisando que lhe guardem as costas.

Mais uns mentirosos do costume...

Canberra Times - November 2, 2007
Paper Trail Peters Out For Whistleblowing Diplomat

A former diplomat has slammed public servants' “willingness to lie”, after an investigation into claims he was pressured to break the law ended because of a lack of evidence.

The Greens have used the case to push for a whistleblowers' authority independent from the bureaucracy.

Peter Ellis, who headed Australia's aid program in East Timor, was removed from the embassy in Dili after he refused to lie to a human rights group about why AusAID broke its contract in 2005. Public servants who lie can be fined or sacked under Commonwealth law.

AusAID later told the organisation, Forum Tau Matan, its $65,830 grant was cancelled because it had signed a petition asking Australia to respect East Timorese sovereignty while negotiating gas rights. The Australian Public Service Commission investigated the incident, but found insufficient documents to prove what Mr Ellis was initially told to say.
It noted Mr Ellis was motivated by his “conviction that he was legally and ethically obliged” to be honest.

But it agreed with the Foreign Affairs Department that public servants did not have to give “transparent reasons” for funding decisions. Documents seen by The Canberra Times show Mr Ellis discussed the contract breach with Australian ambassador Margaret Twomey on May 25, 2005. In a file note that day, he said Ms Twomey told him “being less than honest” was a tool of the “diplomat's trade”.

Ms Twomey later denied making the statement, saying her comments were part of a “brainstorming” session and not an order to lie.

The documents also show AusAID assistant director-general, Alan March, suggested Mr Ellis tell Forum Tau Matan there was “no single reason” it was stripped of funding.

However, Foreign Affairs officials later confirmed to the Senate the contract was broken because of the petition. The commission found it was “probable” Mr Ellis's clash with Ms Twomey contributed to the rare decision to deny him a posting extension, a decision he says cost him about $100,000. But it accepted Ms Twomey's explanation she had other concerns about Mr Ellis's performance.

AusAID did not record why it refused the extension, but later said one reason was its officers in Dili were inexperienced, “given the political crisis and the violence that occurred in East Timor in 2006”.

Mr Ellis, who now works overseas as a governance adviser, said AusAID's explanation was “an embarrassing mistake”, given it decided to end his posting months before the East Timor crisis unfolded. “[It] is a clear sign that the AusAID executive was grappling for excuses after the fact,” he said.

“Public servants were prepared to lie to cover up an awkward ministerial decision that they considered was too robust and likely to attract criticism internationally and domestically. [I] had to go to extreme measures to stop this deception from happening.” Neither the Foreign Affairs Department nor the commission interviewed him about his whistle- blower report. They instead consulted only the senior officers he made the claims against.

Greens Senate candidate Kerrie Tucker said the Ellis case showed the need for an independent whistle- blower authority “able to report directly to Parliament”.

“If we are going to have a public service which is able to be frank and fearless, you have to have good whistleblower protection.” Meanwhile, the organisation at the centre of the dispute has since rejected a World Bank grant because some of the money came from Australia.

Forum Tau Matan cancelled the contract, saying it would prefer to act with “freedom, self-respect and dignity” than accept the funds. Its coordinator, Joao Pequinho, told The Canberra Times the grant, which would have been used to train young East Timorese leaders, was worth $US20,000 ($22A,000). His organisation was happy to work with institutions “which share our goals”. “However, experience has taught us that AusAID has different objectives, and we prefer not to receive funding from them,” he said. Neither the commission nor AusAID would comment.

TRADUÇÃO:

Canberra Times - Novembro 2, 2007
Pista de documentos expulsa Peters por denunciar diplomata

Um antigo diplomata criticou a “disponibilidade para mentir dos funcionários públicos, depois duma investigação a queixas de que foi pressionado a quebrar a lei ter acabado por causa de falta de provas.

Os Verdes usaram o caso para defender uma autoridade independente da burocracia para denunciadores.

Peter Ellis, que esteve à frente do pargrama de ajuda da Austrália em Timor-Leste, foi removido da embaixada em Dili depois de recusar mentir a um grupo de direitos humanos sobre a razão da AusAID ter rompido o seu contrato em 2005. Funcionários públicos que mentem podem ser multados ou despedidos debaixo da lei da Commonwealth.

A AusAID contou mais tarde à organização, Forum Tau Matan, que a sua doação de $65,830 foi cancelada porque tinha assinado uma petição a pedir á Austrália para respeitar a soberania Timorense enquanto negociava os direitos do gás. A Comissão do Serviço Público Australiano investigou o incidente, mas encontrou documentos insuficientes para provar que tinha sido inicialmente dito ao Sr Ellis para dizer isso. Anotou que o Sr Ellis foi motivado pela sua “convicção de estar obrigado legal e eticamente” a ser honesto.

Mas concordou com o Departamento dos Negócios Estrangeiros que os funcionários públicos não têm de dar “razões transparentes” para decisões de financiamento . Documentos vistos pelo The Canberra Times mostram que o Sr Ellis discutiu a ruptura do contrato com a Embaixadora Australiana Margaret Twomey em 5 de Maio de 2005. Numa nota de arquivo desse dia, ele disse que a Srª Twomey lhe disse “que não ser tão honesto” era um instrumento do “trabalho dum diplomata”.

Mais tarde a Srª Twomey negou ter feita tal declaração, dizendo que o comentário foi parte duma sessão de “trabalho psicológico” e não uma ordem para mentir.

Os documentos mostram também que o director-geral assistente da AusAID, Alan March, sugeri-se que o Sr Ellis dissesse ao Forum Tau Matan que não havia “uma razão única” para perder o financiamento.

Contudo, funcionários dos Negócios Estrangeiros confirmaram mais tarde que o contrato foi quebrado por causa da petição. A comissão concluiu que era “provável” que o confronto do S Ellis com a Srª Twomey contribuiu para a decisão rara de lhe negar um prolongamento do seu cargo, uma decisão que ele diz lhe custou cerca de $100,000. Mas aceitou a explicação da Srª Twomey que ela tinha outras preocupações com a actuação do Sr Ellis.

A AusAID não explicou porque é que recusou o prolongamento, mas disse mais tarde que uma das razões qra que os seus funcionários em Dili não eram experientes, “dada a crise política e a violência que ocorreu em Timor-Leste em 2006”.

O Sr Ellis, que trabalha agora além-mar como conselheiro de governação, disse que a explicação da AusAID era “um erro embaraçoso”, dado que decidiu acabar com o seu destacamento meses antes de se ter desenrolado a crise de Timor-Leste. “[Isso] é um sinal claro que os executivos da AusAID se estavam a agarrar a desculpas depois do facto ter ocorrido,” disse.

“Os funcionários públicos foram preparados para mentir para encobrirem uma decisão ministerial vergonhosa que consideraram ser demasiado robusta e provável de atrair criticas externas e domesticas. [Eu] tive de tomar medidas extremas para impedir que esta decepção acontecesse.” Nem o Departamentos dos Assuntos Estrangeiros nem a comissão o ewntrevistou acerca do seu relatório denunciador. Em vez disso apenas consultaram os funcionários de topo contra os quais ele fez as queixas.

Kerrie Tucker, candidato ao Senado pelos Verdes, disse que o caso de Ellis mostra a necessidade duma autoridade independente para os denunciadores “capaz de relatar directamente para o Parlamento”.

“Se quisermos ter um serviço público capaz de ser franco e sem medo temos de ter uma boa protecção para os denunciadores.” Entretanto, a organização no centro da disputa rejeitou desde eentão uma doação do Banco Mundial porque algum do dinheiro vinha da Austrália.

O Forum Tau Matan cancelou o contrato, dizendo que prefere actuar com “liberdade, auto-respeito e dignidadey” do que aceitar os fundos. O seu coordenador, João Pequinho, disse ao The Canberra Times que a doação, que seria usada para formar jovens líderes Timorenses leaders, era de $US20,000 ($22A,000). A sua organização estava contente em trabalhar com instituições “que partilham os nossos objectivos”. “Contudo, a experiência ensinou-nos que a AusAID tem objectivos diferentes, e preferimos não receber fundos deles,” disse. Nem a comissão nem a AusAID quiseram comentar.

Mais do mesmo...

ABC - 02 November 2007

Background Briefing leads the debate on current issues with high quality, cutting edge current affairs investigative programs. This week Background Briefing meets fugitive rebel Alfredo Reinado in the hills of East Timor.

Coming Up: Timor's unpredictable rebel
Sunday 04 November 2007, 9am
Reporter: Chris Bullock

Alfredo Reinado is young, Australian trained, armed and ready for a fight. From a mountain hideout (where he says he can order pizza and cappuccino) Reinado challenges and mocks East Timorese President Ramos Horta and the government, saying he will die rather than give in on his demand for a fair justice system.

Sunday 4th November at 9:10 am; Tuesday 6th November at 7:10 pm; Wednesday 7th November at 4:00 am

http://www.abc.net.au/rn/backgroundbriefing/stories/2007/2075594.htm


TRADUÇÃO

ABC - 02 Novembro 2007

O Background Briefing lidera o debate em questões correntes com alta qualidade, em programas de investigação a negócios arriscados. O Background Briefing desta semana encontrou-se com o amotinado foragido Alfredo Reinado nas montanhas de Timor-Leste.

Próximo: O amotinado imprevisível de Timor
Domingo 04 Novembro 2007, 9am
Repórter: Chris Bullock

Alfredo Reinado é jovem, treinado pelos Australianos, armado e pronto para a luta. De um esconderijo da montanha (de onde diz poder encomendar uma pizza e cappuccino) Reinado desafia e troça do Presidente Timorense Ramos Horta e do governo, dizendo que prefere morrer a desistir da sua sua exigência de um sistema de justiça correcto

Domingo, 4 de Novembro às 9:10 am; Terça-feira 6 de Novembro àst 7:10 pm; Quarta-feira 7 de Novembro às 4:00 am

http://www.abc.net.au/rn/backgroundbriefing/stories/2007/2075594.htm

Mentir não é pecado?...

UCAN - October 31, 2007

UCAN Interview - Struggle And Sacrifice Needed To Attain Peace And Stability

BAUCAU, East Timor - The bishop of Baucau sees the need for much sacrifice and hard work before the people of East Timor can enjoy the fruit of peace and stability after a difficult transition to democracy with inadequate preparation.

Bishop Basilio do Nascimento has headed his diocese since before East Timor gained its independence from Indonesia in 1999 and then emerged as Timor Leste, Portuguese for East Timor, in 2002. Baucau covers the eastern part of the country and Dili diocese the western part.
In Baucau city, where his diocese is based, about 120 kilometers east of Dili, supporters of the Fretilin party went on a rampage following an announcement on Aug. 5 that independence hero Alexandre "Xanana" Gusmao, Timor Leste's first president, would be appointed prime minister.

Fretilin won the most votes in the June national election, but its 21 seats in the 65-member parliament were far short of the majority needed to form a government. Gusmao's party picked up only 18 seats, but then formed an alliance with three other parties to create a parliamentary majority.

MENTIRA 1:

Young supporters in Baucau, a Fretilin stronghold, felt their party had been cheated, so they rioted Aug. 7-9 in the city and outlying districts, burning homes and attacking government and Church buildings including the Caritas office, the local Church's social-service agency. On Aug. 10, a gang raped nine young girls at the Salesian-run convent school in Baguia subdistrict, 40 kilometers south of Baucau. More than 3,000 people fled their homes amid the violence.

In a subsequent interview with UCA News, Bishop do Nascimento pointed out that Timor Leste was ill-prepared for democracy and party politics. He also mentions some of the problems the Church had with the former Fretilin government. He concludes that much effort, struggle and sacrifice is needed to create a peaceful and prosperous country, something he believes is possible.

Bishop do Nascimento was born on June 14, 1950, in Timor Leste, then a Portuguese colony. He witnessed the brief weeks of freedom in 1975, after the Portuguese administration left and before Indonesian troops invaded.

He was ordained a priest on June 25, 1977, two years into Indonesian rule. He was appointed apostolic administrator of Baucau when the diocese was created in 1996. After the 1999 referendum in which a large majority of the people chose independence, he witnessed massive violence led by pro-Indonesia militias that killed hundreds of people and destroyed infrastructure.

In 2002, after Timor Leste's full independence following more than two years under a transitional U.N. administration, Bishop do Nascimento was appointed apostolic administrator of Dili as well as Baucau. In 2004, he was appointed bishop of Baucau and Bishop Alberto Ricardo da Silva became bishop of Dili.

The interview with Bishop do Nascimento follows:

UCA NEWS: How do you view the recent violence in your diocese?

BISHOP BASILIO DO NASCIMENTO: I think the violence in the eastern part of the country was because of the lack of political preparation [to accept the results of the election] and the mentality of the people. The Fretilin party never accepted it would lose. The results were not according to what the governing party at the time wanted.

Another reason is due to different interpretations. Fretilin interprets the constitution one way and President (Jose) Ramos-Horta interprets the law differently. Fretilin thinks the president was wrong to let the alliance form the government. That triggered protests from the Fretilin party.

I condemn the burning of homes and properties, and disturbance to people's lives. There is no justification for such violence. One can disagree, and politically one is allowed to protest. But one should respect property and life.

For political reasons, peaceful protest is a right. But something we should not forget is that this country has been independent for just five years, so democracy here is still young. Other countries that have been independent for many years still struggle with democracy.

In the 1999 referendum, we voted for independence. But we were not well prepared for independence. After independence in 2002, we were happy, but we were ill prepared in terms of our infrastructure, mentality and culture. We just started forming a government five years ago, so I think it is natural [to have problems]. Now we hope with the new government we can create stability again.

How have local Baucau people been affected?

The recent violence has strongly affected local people here. Economic activities were paralyzed for some time. People could not make a living in the markets, vendors could not sell their wares, villagers could not come to the market, public functions were paralyzed and schools closed. So it has really affected the community. The most affected area is Viqueque district (60 kilometers east of Baucau), where life is still not back to normal, and lots of people still hide in the mountains.

What has the Church been doing to assist the affected people?

The Church, through Caritas, has been offering help to the people who suffered from the violence. However, Caritas Baucau could not provide an immediate response because Caritas facilities were also destroyed. So Caritas of Dili diocese acted quickly to respond to the needs, and some parishes also organized small donations of items such as clothes and food.

What other challenges does the Church face?

There are lots of challenges, but I still believe in the changes taking place in society. Religion will one day become a reference for Timorese Catholics. Today many Catholics do not act like Catholics - they commit violence against each other.

Education is another challenge. Family and youths are two important concerns in this country, but the diocese does not have the capacity to accompany them in their lives. Unemployment and social problems contribute to the crisis.

Some political leaders have said religious leaders should not get involved in politics.

This is true if a priest wants to take over power in the government, because no priest can be a minister or a leader of a political party. A priest should not be involved in political administration or management, because it is not his working area.

MENTIRA 2:

But as a human being, a priest has the obligation and moral responsibility to call attention if national leaders do something against the people's interest. So religious leaders are here to defend the people's rights.

How is the Church's relationship with the new government of Prime Minister Gusmao?

MENTIRA 3:

We communicate and collaborate with each other. This does not mean we did not collaborate with the former Fretilin-led government. But the relationship with the present government is a bit easier compared with the former government.

Why did the Church have problems with Fretilin?

There was one principle that we did not accept: some leaders in the former government said East Timor was a laiku (secular) state, meaning it had no official religions.

MENTIRA 4:

What the former government did not explain is that this did not mean the state would ban people from the right to have a religion. If the state does not have a religion, that is the state's business. But if the state wants to ban people from having a religion, that's another matter. The state does not have the right to force people not to have a religion.

Another matter, which made things worse, was the government's use of the word "facultative" in referring to religion lessons in schools. It meant there is no obligation for a student to attend religion lessons.

There were two interpretations. The government said the school director decides whether religion lessons are to be taught. From the Church's point of view, only parents and students should decide. I met with the education minister to discuss this matter five times to try to find a solution.

But in February 2005, the ministry issued a letter saying, first, that each school director should decide if religion would be included in the school's regular curriculum or not. So if the school director liked the Church, he or she could include religion lessons.


Second, the letter stated that if religion is included, it should not be taught during important lesson hours. Third, the letter stated that the government would not pay for religion teachers. This would be the responsibility of parents and the Church.

And fourth, marks earned for the religion subject would not be used in determining whether students passed the national exam. The letter also surprised the national parliament, but until now no one knows who was behind it.

What do you feel is your mission as bishop?

What I understand is that my mission is to spread the Bible to the world, to be a shepherd and follow the path of Jesus, for those who follow Jesus will have eternal life with him in heaven. Whether or not I deserve this position as bishop is not my concern - only God can judge.

However, sometimes I do not understand what my mission as a bishop is. I often question this, and then I look into myself.

Why did you become a priest?

As a child, I dreamed of becoming a cowboy after I watched an American cowboy movie. But after I got a little older, I wanted to be a doctor. Then I met a Syrian priest, (Father) Manuel Luis, I started to love the idea of becoming a priest. This priest inspired me because I saw him talking to many people and visiting houses. So I hoped one day to be like him.

Afterwards, I discovered being a priest or bishop is not easy. It is full of challenges and responsibilities. My responsibility is to my people and God.

What are your hopes for East Timor?

There are always good things to be learned from a difficult situation. Something that I have always kept in my mind since I was young is that when I asked for milk in the milking pan, my mother told me, "If you want to drink milk, you must work to get it."

MENTIRA 5:

These words oriented my life - that there is nothing you can get gratis. You have to work and work harder, and it takes time to achieve your objective. So to get peace, this country has to sacrifice.

Now we are learning to sacrifice to be able to attain stability. If we want to live in a peaceful, prosperous country, we need to struggle. From our experiences, we are conscious that everything is not easy to attain. Maybe we need to try another way.

I have a big hope that East Timor will one day become a prosperous country where all people live in peace.

END



TRADUÇÃO:

UCAN - Outubro 31, 2007


Entrevista da UCAN – Lutas e Sacrifícios necessários para alcançar a paz e a estabilidade

BAUCAU, Timor-Leste – O bispo de Baucau vê a necessidade de muito sacrifício e trabalho duro antes do povo de Timor-Leste gozar os fruto da paz e da estabilidade depois duma transição difícil para a democracia com preparação inadequada.

O Bispo Basílio do Nascimento tem liderado a diocese desde antes de Timor-Leste ter ganho a sua independência da Indonésia em 1999 e ter depois emergido como Timor-Leste, a palavra portuguesa para o leste de Timor, em 2002. Baucau cobre a parte leste do país e a diocese de Dili a parte oeste.
Na cidade de Baucau, onde está baseada a sua diocese, a cerca de 120 quilómetros a leste de Dili, apoiantes da Fretilin entraram numa fúria depois do anúncio em 5 de Agosto de Alexandre "Xanana" Gusmão, herói da independência e primeiro presidente de Timor-Leste ter sido nomeado primeiro-ministro.

A Fretilin ganhou a maioria dos votos nas eleições nacionais em Junho, mas os seus 21 lugares no parlamento de 65 membros estavam bastante aquém da maioria necessária para formar governo. O partido de Gusmão ganhou apenas 18 lugares, mas depois formou uma aliança com outros três partidos para criar uma maioria parlamentar.

MENTIRA 1:

Jovens apoiantes em Baucau, uma praça forte da Fretilin, sentiram que o seu partido tinha sido roubado, por isso amotinaram-se em 7-9 de Agosto na cidade e nos distritos circundantes, queimando casas e atacando edifícios do governo e da igreja incluindo a sede da Caritas a agência local de serviços sociais da igreja. Em 10 de Agosto, um gang violou nove raparigas na escola do convento gerido pelos Salesianos no sub-distrito de Baguia, a 40 quilómetros a sul de Baucau. Mais de 3,000 pessoas fugiram das suas casas no meio da violência.

Numa entrevista subsequente com a UCA News, o Bispo do Nascimento apontou que Timor-Leste estava mal-preparado para a democracia e para os partidos políticos. Mencionou também alguns dos problemas que a tinha com o antigo governo da Fretilin. Concluiu que é necessário muito esforço, luta e sacrifício para criar um país pacífico e próspero, algo que ele acredita ser possível.

O Bispo do Nascimento nasceu em 4 de Junho de 1950, em Timor Leste, então uma colónia Portuguesa. Testemunhou as breves semanas de liberdade em 1975, depois da administração Portuguesa ter partido antes da invasão das tropas Indonésias.

Foi ordenado padre em 25 de Junho de 1977, dois anos depois da governação Indonésia. Foi nomeado administrador apostólico de Baucau quando a diocese foi criada em 1996. Depois do referendo de 1999 no qual uma grande maioria das pessoas escolheu a independência, testemunhou a violência maciça liderada por milícias pró-Indonésias que mataram centenas de pessoas e destruiu infraestruturas.

Em 2002, depois da independência total de Timor-Leste seguiram-se mais dois anos sob uma administração transitória da ONU, o Bispo do Nascimento foi nomeado administrador apostólico de Dili bem como de Baucau. Em 2004, foi nomeado bispo de Baucau e o bispo Alberto Ricardo da Silva tornou-se bispo de Dili.

Segue-se a entrevista com o Bispo do Nascimento:

UCA NEWS: Cono vê a recente violência na sua diocese?

BISPO BASILIO DO NASCIMENTO: Penso que a violência na parte leste do país aconteceu por causa da falta de preparação política [para aceitar os resultados das eleições] e da mentalidade do povo. A Fretilin nunca aceitou que perdeu. Os resultados não foram de acordo com o que o partido então do governo queria.

Uma outra razão é devido a interpretações diferentes. A Fretilin interpreta a constituição duma maneira e o Presidente (José) Ramos-Horta interpreta a lei de maneira diferente. A Fretilin pensa que o presidente esteve mal ao deixar a aliança formar governo. Isso desencadeou protestos da Fretilin.

Condeno a queima de casas e propriedades, e distúrbios na vida das pessoas. Não há nenhuma justificação para tal violência. Pode-se discordar e pode-se protestar politicamente. Mas deve-se respeitar a propriedade e a vida.

O protesto pacífico é um direito por razões políticas. Mas não devemos esquecer que este país é independente apenas há cinco anos, por isso a democracia aqui ainda é jovem. Outros países que têm sido independentes há muitos anos ainda lutam com a democracia.

No referendo de 1999, votámos pela independência. Mas não estávamos ainda bem preparados para a independência. Depois da independência em 2002, éramos felizes, mas estávamos mal preparados em termos da nossa infraestrutura, mentalidade e cultura. Começámos apenas há cinco anos a formar um governo, portanto penso que é natural [ter problemas]. Agora esperamos com o novo governo podermos criar a estabilidade outra vez.

Como é que o povo de Baucau foi afectado?

A violência recente afectou fortementeas pessoas locais aqui. Durante algum tempo as actividades económicas estiveram paralizadas. As pessoas não podiam trabalhar no mercado, os vendedores não podiam vender os seus bens, os aldeões não podiam vir ao mercado, a função pública esteve paralizada e as escolas fechadas. Por isso afectou na verdade a comunidade. A área mais afectada é o distrito de Viqueque (60 quilómetros a leste de Baucau), onde a vida não voltou ainda ao normal, e muita gente se esconde ainda nas montanhas.

O que é que a igreja tem estado a fazer para assistir às pessoas afectadas?

A igreja, por intermédio da Caritas, tem estado a oferecer ajuda às pessoas que sofreram violência. Contudo a Caritas Baucau não pôde dar uma resposta imediata porque as instalações da Caritas foram também destruídas. Por isso a Caritas da diocese de Dili actuou rapidamente para responder às necessidades e algumas paróquias organizaram também pequenas doações de bens, como roupas e alimentos.

Que outros desafios enfrenta a igreja?

Há muitos desafios, mas acredito ainda nas mudanças que ocorrem na sociedade. Um dia a religião tornar-sae-à uma referência para os católicos Timorenses. Hoje muitos católicos não actuam como católicos - cometem violência uns contra outros.

A educação é outro desafio. A família e os jovens são duas preocupações importantes neste país, e a diocese não tem capacidade para os acompanhar nas suas vidas. O desemprego e os problemas sociais contribuem para a crise.

Alguns líderes políticos disseram que os líderes religiosos não se devem envolver na política.

Isto é verdade se um padre quer tomar o poder no governo, porque nenhum padre pode ser ministro ou líder de um partido político. Um padre não se deve envolver na gestão ou administração política, porque isso não está na sua área de trabalho.

MENTIRA 2:

Mas como ser humano, um padre tem a obrigação e a responsabilidade moral de chamar a atenção se os líderes nacionais fizerem algo contra os interesses do povo. Por isso os líderes religiosos estão aqui para defender os direitos do povo.

Como são as relações da igreja com o novo governo do Primeiro-Ministro Gusmão?

MENTIRA 3:

Comunicamos e colaboramos um com o outro. Isso não significa que não colaborámos com o antigo governo liderado pela Fretilin. Mas a relação com o presente governo é um pouco mais fácil comparada com a do antigo governo.

Porque é que a igreja teve problemas com a Fretilin?

Havia um princípio que não aceitámos: alguns líderes do antigo governo disseram que Timor-Leste era um Estado laico (secular), significando que não tinha religião oficial.

MENTIRA 4:

O que o antigo governo não explicou é que isso não significava que o Estado cortaria às pessoas o direito de terem uma religião. Se o estado não tem uma religião, isso é assunto do Estado. Mas se o Estado quer retirar das pessoas o direito de terem religião, isso é uma outra questão. O Estado não tem o direito de forçar as pessoas a não terem religião.

Uma outra matéria, que piorou as coisas, foi o uso pelo governo da palavra "facultativa" ao referir-se às aulas de religião nas escolas. Isso significa que não há nenhuma obrigação para um estudante atender lições religiosas.

Houve duas interpretações. O governo disse que os directores das escolas decidem se deve haver aulas de religião. Do ponto de vista da igreja, apenas pais e alunos devem decidir. Encontrei-me com o ministro da educação para discutir essa matéria cinco vezes para tentar encontrar uma solução.

Mas em Fevereiro de 2005, o ministério emitiu uma carta dizendo que primeiro cada director de escola devia decidir se a religião devia estar incluída no curriculum regular da escola ou não. Assim se o director da escola gostar da igreja, pode incluir as aulas de religião.

Em segundo lugar, a carta afirmava que se a religião estiver incluída, não deve ser ensinada durante o horário importante do ensino. Em terceiro lugar, a carta afirmava que o governo não pagaria aos professores de religião. Isso seria da responsabilidade dos pais e da igreja.

E em quarto lugar, as notas das aulas de religião não seria determinantes para os alunos passarem os exames nacionais. A carta também surpreendeu o parlamento nacional, mas até agora ninguém sabe quem esteve por detrás dela.

O que pensa da sua missão como bispo?

O que compreendo é que a minha missão é espalhar a Bíblia ao mundo, ser um pastor e seguir o caminho de Jesus, porque os que seguirem Jesus terão a vida eterna com ele no céu. Se mereço ou não esta posição de bispo não é uma preocupação minha – apenas Deus pode julgar.

Contudo, às vezes não entendo qual é a minha missão de ser bispo. Muitas vezes questiono-me, e depois olho para dentro de mim.

Porque é que se tornou padre?

Em criança, sonhava ser um cowboy depois de ter visto um cowboy num filme Americano. Mas depois de ter crescido um pouco, queria ser um doutor. Depois encontrei um padre Sírio, (padre) Manuel Luis, comecei a adorar a ideia de me tornar padre. Este padre inspirou-me porque o vi a falar com muita gente e a visitar casas. Assim esperei um dia ser como ele.

Depois, descobri que não é fácil ser-se padre ou bispo. É cheio de desafios e responsabilidades. A minha responsabilidade é com o meu povo e com Deus.

Quais são as suas esperanças para Timor-Leste?

Há sempre coisas boas que se aprendem duma situação difícil. Algo que mantive sempre na minha mente desde jovem é que quando pedi leite na ordenhaa a minha mãe me disse, "se queres beber leite, tens de trabalhar para o obteres."

MENTIRA 5:

Estas palavras orientaram a minha vida – não há nada que obtenhas gratuitamente. Tens de trabalhar e trabalhar muito e demora tempo atingires os teus objectivos. Assim para alcançar a paz, este país tem de se sacrificar.

Agora estamos a aprender a sacrificarmo-nos para conseguirmos obter a estabilidade. Se queremos viver num país pacífico, próspero, precisamos de lutar. Pela nossa experiência, estamos conscientes que nada é fácil de obter. Talvez que tenhamos de tentar outro caminho.

Tenho uma grande esperança que Timor-Leste se torne um dia um país próspero onde toda a gente viva em paz.

FIM


NOTAS DE RODAPÉ:

1. Não foi nenhum jovem da FRETILIN que violou jovens. Facto que foi desmentido pelo próprio Bispo, após as declarações de um padre que pretendia acusar a FRETILIN para acirrar os ânimos.

2. A ingerência da Igreja e dos Bispos foi muito mais além do que chamar a atenção para o que consideravam injusto. Organizaram uma manifestação política durante semanas onde os padres exigiam a demissão do Governo de se encontravam cartazes a dizer Morte a Alkatiri... e em casa do Bispo de Díli fizeram-se julgamentos populares contra os infiéis... tal e qual o pior do Irão.

3. Não colaboraram com o anterior governo. Muito pelo contrário ajudaram Xanana e Horta a derrubar ilegalmente o anterior governo.

4. Este parágrafo é todo mentira. O governo estipulou, e bem, que Timor-Leste era um Estado laico onde devia existir direito de escolha quanto à religião e que nenhuma religião devia ser imposta. Cabia às familías decidirem se os filhos deviem frequentar ou não as aulas de religião. Só isso. Mas como o Estado deixava de pagar pelas aulas religiosas, pecado mortal!

5. Para concluir, gostariamos de saber o que o senhor Bispo trabalha para conseguir as verbas do IPAD, que lhe entrega dinheiro sem qualquer justificação, com base em cartas de uma página a pedir dinheiro. (ver despachos de 2005 do SNEC e do Presidente do IPAD, semanas antes da manifestação da Igreja contra o Governo de Alkatiri).

Mentir é feio e está errado. Mas quando vem da boca de um Bispo, perguntamo-nos até onde vai a hipocrisia... será que acreditam em Deus?

Reply to the Tempo Semanal survey

ETAN - 01 Nov 2007

Dear John,

Please post my reply to the Tempo Semanal survey to the East Timor list.
Many thanks,

David

RE: Timor Telecom survey conducted by Tempo Semanal

This survey is deceitful and in no way aimed at getting a "public opinion". Quite to the contrary, it seems to me that this survey aims to damage Timor Telecom unfairly by presenting a "survey" with questions framed in a way so as to lead participants to an obvious and predictable answer. Perhaps the answer that Tempo Semanal wants?

It's as if asking someone if he or she would like to be whacked on the head with a baseball bat.

Of course if I were presented with the questions in this survey my answer would be obvious. If opening up the telecommunication market to competitors means bringing better services and cheaper prices.I would be out of my mind if I were to reject this proposition.

What kind of a survey is this? This is clearly a campaign to damage TT's hold on Timor-Leste's communication sector. Not that there is anything wrong with this type of campaign because, as a costumer of Timor Telecom, I do think that TT needs to improve its services and bring prices down.

But for a news agency to run this type of campaign is disappointing and plainly disgraceful. It's not good journalism. I would not participate in this type of survey and I would discourage anyone else to do the same.

Even more worrying is the fact that TT has been coming under a lot of political attack very recently from key figures in the political establishment.

The president of Timor-Leste, Dr. Ramos-Horta, a Noble Laureate with ambitions to become the next UN Secretary General, recently used TT as a scapegoat in a bid to deflect attention from a scandal involving his close allies, the general prosecutor, Dr. Longuinhos Monteiro and Hermenegildo "Agio" Pereira, now a secretary of state.

A leaked recording of a phone conversation revealed that the general prosecutor and Pereira, then chief of staff to former president Jose Alexandre Gusmao, were conspiring with a suspect, Leandro Isaac, recommended for criminal investigation by a team of international investigators related to last year's violence.

When the taped conversation was exposed to the public, ironically by this same weekly paper, Dr. Ramos-Horta quickly accused TT of illegally bugging a personal conversation, never mind the fact that the conversation involved the prosecutor general, a state official and a criminal suspect.

Dr. Ramos-Horta presented no evidence whatsoever to back up his accusations. But the intention was there, to shift attention away from a revelation which will force him to remove his ally, Longuinhos Monteiro, and could possibly implicate his own integrity.

In a democratic country which Dr. Ramos-Horta claims to model himself on, such actions would have resulted in serious consequences and warranted criminal investigations against everyone involved.

The fact is the world knows that Dr. Loguinhos Monteiro is close ally of President Ramos-Horta, who at the start of his tenure as president backed the former's reappointment as prosecutor general by his predecessor, Jose Alexandre Gusmao. It is widely suspected that they are part of a group which allegedly engineered the fall of Mari Alkatiri, the democratically elected Fretilin prime minister, in 2006. This leaked recording will definitely lend credibility to the suspitions.

The taped conversation also implicated the now prime minister (dimmed illegal and unconstitutional by many), Jose Alexandre Gusmao, another close ally whom President Ramos-Horta helped to install as prime minister.

No wonder President Ramos-Horta is so quick to draw attention away from this damaging revelation and accuse TT. Is Tempo Semanal helping Dr. Ramos-Horta and his allies to bury the truth? Maybe Tempo Semanal should survey its readers whether the prosecutor general should be sacked and the president impeached?

Whereas for this constant attack against TT, I for one am skeptical about this answer to the telecommunication problem in Timor-Leste.

The idea that opening up the market for more competitors to come in would solve this problem overnight is simply simplistic, unrealistic and without much thought put in. And for a news agency to run this kind of line is clearly doing a good deal of disservice to a community it was supposedly set up to serve.

I would first consider the fact that Timor-Leste has a small market in the telecommunications world. Already the slice of the market is so small that no company can run a successful business without charging its customers with outrageous prices.

If more competitors were to come in to grab a share of the market, how big a profit will they get? If each one has a small share of the market and they don't make enough profit, one of these things will happen: either they reduce the services to keep the profit up, they just charge the costumers more, or a combination of both.

More competitors means smaller slice of the market which means a smaller slice of the profit. I don't think any company can take such risk. At the end of the day, it is the consumers who will bear all the burden anyway.

Then again, as far as I know, the deal that TT struck with the government means that at the end of the contract, TT will become a state owned company.

I see only benefits in the state owning such telecommunications infrastructure and service. Whereas the private sector prioritises profit, the state prioritises services. Under the state's ownership, the services can be aimed at serving the people's needs and not about making profit for individuals.

But for sure TT needs to improve its services. Although I am not an IT expert, I am sure that TT can spend some resources to update the telecommunications infrastructure.

The fact that we still have problems with phone calls and have an internet service lagging 20 years behind is just not good enough. There is widespread discontent with TT and this is a good wakeup call for TT to get its act together.

As for the new government, legitimate or not, it needs to put its share in as well. If the government feels that telecommunication is a vital sector and needs to be improved and the prices are too high, it should help this sector, perhaps by subsidizing it and help bring the prices down.

The government is already financing religious institutions (another business institution) to help them bring services to the people anyway, like making catholic school fees cheaper. So why not also help the telecommunications sector? At the end of the day, at the end of the contract, TT will become a state owned company anyway.

Timor Telecom needs to improve its services, but this survey is not the way to do it. For this latest attack against TT, I smell a rat!

TRADUÇÃO:

RE: Sondagem à Timor Telecom feita peloTempo Semanal

Esta pesquisa é enganadora e não visa de maneira alguma obter a "opinião do público". Antes pelo contrário, parece-me que esta sondagem visa prejudicar injustamente a Timor Telecom ao apresentar uma "sondagem" com perguntas formuladas de modo a levar os participantes a respostas obvias e previsíveis. Talvez às respostas que o Tempo Semanal quer?

É como perguntar às pessoas se gostariam que lhes batessem ca cabeça com um taco de baseball.

Obviamente se me apresentassem as perguntas desta sondagem a minha resposta seria óbvia. Se abrir o mercado das telecomunicações a competidores significar melhores serviços e preços mais baratos, seria doido se rejeitasse essa proposta.

Que tipo de sondagem é esta? Isto é claramente uma campanha para prejudicar o papel da TT no sector das comunicações de Timor-Leste. Não que haja algo de errado com este tipo de campanha porque, como cliente da Timor Telecom, penso que a TT precisa de melhorar os seus serviços e baixar os preços.

Mas uma agência noticiosa fazer este tipo de campanha é decepcionante e simplesmente desgraçado. Isto não é bom jornalismo. Não participarei neste tipo de sondagem e desencorajarei qualquer pessoa para fazer o mesmo.

Ainda mais preocupante é o facto de a TT ter vindo a estar sob grande ataque político muito recentemente de figuras chave das instituições políticas.

O presidente de Timor-Leste, Dr. Ramos-Horta, um laureado do Nobel com ambições de ser o próximo Secretário-Geral da ONU, usou recentemente a TT como bode expiatório numa tentativa de desviar atenções dum escândalo envolvendo os seus aliados próximos, o procurador-geral, Dr. Longuinhos Monteiro e Hermenegildo "Agio" Pereira, agora um secretário de Estado.

Uma fuga para a imprensa duma conversação telefónica gravada revelou que o procurador-geral e Pereira, então chefe de gabinete do antigo presidente José Alexandre Gusmão, estiveram a conspirar com um suspeito, Leandro Isaac, recomendado para investigação criminal por uma equipa de investigadores internacionais relacionados com a violência do ano passado.

Quando foi exposta à população a gravação da conversa, ironicamente por este mesmo semanário, o Dr. Ramos-Horta acusou rapidamente a TT de escuta ilegal duma conversa pessoal, sem mencionar o facto da conversa envolver o procurador-geral, um funcionário do Estado e um suspeito de crimes.

O Dr. Ramos-Horta não apresentou qualquer evidência de suporte das suas acusações. Mas a intenção estava lá, para mudar a atenção duma revelação que o forçará a remover o seu aliado, Longuinhos Monteiro, e que pode possivelmente implicar a sua própria integridade.

Num país democrático que o Dr. Ramos-Horta clama querer ele próprio modelar, de tais acções teriam resultado consequências sérias e justificariam investigações criminosas contra todas as pessoas envolvidas.

O facto é que o mundo sabe que o Dr. Loguinhos Monteiro é um aliado próximo do Presidente Ramos-Horta, que no começo do seu mandato de presidente apoiou a re-nomeação do último como procurador-geral pelo seu predecessor, José Alexandre Gusmão. È uma suspeição espalhada que fazem parte dum grupo que alegadamente organizou a queda de Mari Alkatiri, o primeiro-ministro de Fretilin eleito democraticamente em 2006. Esta gravação deixada passar para o público traz definitivamente credibilidade às suspeições.

A conversa gravada implicou o agora primeiro-ministro (tido por muitos como ilegal e inconstitucional), José Alexandre Gusmão, um outro aliado próximo que o Presidente Ramos-Horta ajudou a instalar como primeiro-ministro.

Não admira que o Presidente Ramos-Horta seja tão rápido a desviar a atenção desta revelação devastadora e a acusar a TT. Está o Tempo Semanal a ajudar o Dr. Ramos-Horta e os seus aliados a enterrar a verdade? Talvez o Tempo Semanal deva sondar os seus leitores sobre se o procurador-geral deva ser despedido e o presidente impedido?

Quanto a este ataque constante contra a TT, desta vez sou céptico acerca desta resposta ao problema das telecomunicações em Timor-Leste.

A ideia que abrir o mercado para virem mais competidores resolve este problema do dia para a noite é simplesmente simplista, irrealista e sem muita substância. E uma agência noticiosa perseguir esta linha está claramente a prestar um mau serviço à comunidade que supostamente devia servir.

Considero primeiro o facto de Timor-Leste ter um mercado pequeno no mundo das telecomunicações. Nesta altura a fatia de mercado é tão pequena que nenhuma companhia pode fazer negócio com sucesso sem debitar aos seus clientes preços elevadíssimos.

Se estiverem para vir mais competidores para agarrarem uma parte do mercado, que lucro obterão? Se cada um tiver uma pequena parte do mercado e não tiverem suficientes lucros, acontecerá uma destas coisas: ou reduzirão os serviços para manterem os lucros, debitarão mais aos clientes, ou uma combinação de ambas.

Mais competidores significam fatias mais pequenas do mercado o que significa fatias mais pequenas de lucros. Não penso que alguma companhia possa assumir tal risco. No fim de contas, será o cliente a suportar todo o peso, de qualquer modo.

E depois, tanto quanto sei, o acordo que a TT fez com o governo significa que no fim do contracto, a TT se tornará uma companhia da propriedade do Estado.

Só vejo benefícios em que o Estado detenha tara serviços e infraestruturas de telecomunicações. Enquanto o sector privado dá prioridade ao lucro, o Estado dá prioridade aos serviços. Sob propriedade do Estado, os serviços podem visar servir as necessidades do povo e não fazer lucro para indivíduos.

Mas de certeza a TT precisa de melhorar os seus serviços. Apesar de não ser um perito de TI, tenho a certeza de que a TT pode gastar alguns recursos a actualizar as infraestruturas das telecomunicações.

O facto de ainda termos problemas com chamadas telefónicas e de termos um serviço de internet atrasado 20 anos não é bom. Há descontentamento espalhado com a TT e esta é uma boa chamada para a TT acordar e para actuar.

Quanto ao novo governo, legítimo ou não, precisa de desenvolver a sua parte também. Se o governo sente que as telecomunicações são um sector vital que precisa de melhorias e que os preços são demasiadamente altos, deve ajudar este sector, talvez subsidiando-o e ajudando-o a baixar os preços.

O governo está já a financiar instituições religiosas (uma outra instituição de negócios) para ajudá-las a desempenhar serviços para as pessoas, de qualquer modo, como tornar mais baratas as propinas escolares. Porque não ajudar então o sector das telecomunicações? No fim de contas, no fim do contracto, a TT de qualquer maneira é uma companhia da propriedade do Estado.

A Timor Telecom precisa de melhorar os seus serviços, mas esta sondagem não é o modo para o fazer. Cheiro uma ratoeira, com este último ataque contra a TT!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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